POV Draco

Não acredito que a Granger pode ser tão idiota, ela acha mesmo que nós vamos fazer algo com ela. Pelo menos, está parecendo bastante assustada, mas não quer dizer, é claro, que nós não vamos fazer alguma, quando fomos, literalmente, obrigados a convidar os grifichatos para nossa festinha, acabamos tendo uma conversa no salão comunal da Sonserina:

—Eu vou me matar! – eu disse bem estressado quando chegamos ao salão – Não, melhor, eu vou matar aqueles folgadinhos da grifinoria! – estávamos sentados eu, a Pan, o Blas e o Theo nas poltronas de couro preto. Graças a Merlim, dentro daquele salão eu ainda tinha autoridade, eu sou o príncipe da Sonserina e isso nunca vai mudar, querendo ou não eu sou o cara mais bonito de Hogwarts, e não é eu que estou dizendo, basta perguntar para qualquer garota que ela irá responder “Draco Malfoy”. Eu não acredito que eles ainda tentam ser descolados, querendo agora frequentar nossas festas, acho que nunca devem ter ido em alguma, fora o baile do quarto ano, eu me lembro daquela noite, eu fui com a Pan, ela é uma ótima companhia para festas chatas. Eu lembro do cenoura com uma roupa que, francamente, não podia ser melhor, eu nunca ri tanto na vida, foi muito hilário; e o cicatriz dançava pior que o gigante, ele parecia que estava com medo daquela garota que eu não lembro o nome; mas a Granger me surpreendeu, deu um jeito naquele cabelo de vassoura, e colocou um vestido bastante bonito, eu ainda não acredito que o Krum convidou ela, ele deve ser muito lesado ou ela pagou para ele ir com ela, mas acho que a sangue-ru... ai, saco, ...Granger não tem dinheiro para isso, mas pelo menos se vestiu de acordo.

— Draco, sabe que eu penso o contrario – disse a Pan, me acordando para o mundo real – tipo, acho que está na hora da gente se misturar um pouco, e sem falar que temos o Potter e a Granger com a gente, então se fomos pegos algum dia, o que eu acho difícil, mas pode acontecer, o nosso castigo será bem mais leve. Eles sempre acabam se safando por ser os “queridinhos do mundo mágico”.

— Verdade Pan, mas sabe o que eu estou mais interessado? – o Theo disse olhando malicioso – é nas gostosas da Granger, a Gina e a Lunática, ou sei lá como se chama! – eu olhei para ele com cara de confuso, mas o Blas que comentou primeiro.

— Uhumm... Gina é?!... já esta intimo... – falou em deboche. Mas o Theo sabia dar uma resposta, e foi o que fez:

— Ainda não, mas pretendo ficar, se é que me entendem... Mas não precisa ser ela, a Granger e a Lunatica não ficam atrás!! – disse ele com a malicia estampada no rosto.

— Que nojo Theo, não quero saber das suas intimidades menino! – disse a Pan brincando.

— Concordo com a Pan, como tu chega a pensar em uma coisa dessas! Credo! A Weasley fêmea até que é gostosinha, a Lunatica também mas é bem maluca, mas a Granger nem sob ameaça de morte, credo! – eu disse, não sei de onde o Theo tira essas coisas.

— Para de te fazer, Draco, até parece que tu não acha a Granger gostosa, ela é uma das mais pegáveis da escola. – disse o Blas, não acredito que até ele enlouqueceu.

— Exagero! – foi só o que eu disse.

— Não é exagero, mas parece que só quem conseguiu a façanha de pegar ela foi o Krum e o Cenoura, mas duvido que o Potter não tenha tentado, mas, pensando bem, com a lerdice dele acho que é bem capaz de não ter tentado nada mesmo. – disse o Theo, e até eu ri dessa.

— Verdade! – disse o Blás rindo.

— Mudando um pouquinho de assunto, eu estive pensando em uma coisa durante um tempinho e acho que pode ser uma boa ideia. – disse o Theo rindo.

— Desembucha logo cara! – eu disse, e ele riu.

— Tá apressadinho Draqui! – disse o Theo debochando, vê se pode? Debochando de mim? Draco Malfoy?

— Draqui é a tua avó! Me chama disso de novo e você vai ser obrigado a visita-la! – eu disse com a minha melhor cara ameaçadora.

— Mas a minha vó morreu faz um tempo! – disse ele.

— Por isso mesmo! Quer ver ela pessoalmente? É só me chamar disso de novo.

— Ououou... vamos nos acalmar ai! – disse a Pan, porque eu já estava prestes a pular nele. – Ninguém vai visitar a vó de ninguém aqui!

— O que? Mas onde eu vou passar as minhas férias daqui para frente? – disse o imbecil do Blas.

— Não estou falando de ti, sua anta! – disse a Pan nervosa. – Vamos sentar e retomar nossa conversa, calmos, por favor! Parecem crianças vocês, hein! – Concordamos, porque ninguém queria ver a Pansy Parkinson irritada, já vimos isso uma vez e acabou que nós três fomos obrigados a lavar todos os sapatos dela, “SEM” magia. Foi a pior experiência que passei. – Otimo! Agora, anda logo e fala Theodore!

—Ok, ok! Se o Draco não me bater! – disse me olhando, e eu já estava irritado, pulei nele, mas o Blas me segurou – Tá, parei, parei! – disse, levantando as mãos em rendição.

— Tá, já chega vocês dois!- disse a Pan irritada – Venham os dois aqui!- ela disse e nós ficamos confusos. – Eu disse, venham os dois aqui agora! – ela falou baixo, mas letal. Percebemos que ela estava a um passo de se irritar, e fomos rapidinho até ela. – Fiquem de frente um para o outro! – obedecemos – Agora Theo, diga, “Desculpe Draco por ter te chamado de um apelido maldoso, que você não gostou”

— Isso é serio? Eu não vou em hipótese alguma dizer isso! – disse o Theo.

— O que você disse? – a Pan falou com a cara de psicopata que só ela sabe fazer.

— Desculpe Draco por ter te chamado de um apelido maldoso, que você não gostou! – ele disse rapidamente.

— Otimo! Agora Draco, diga “Desculpe por ter ameaçado você a conhecer sua avó pessoalmente, sendo que isso implicaria em sua morte, no caso, você sofrendo homicídio!” – eu torci o nariz, mas nas circunstancias atuais quem iria sofrer um homicídio era eu, e eu não podia privar o mundo de minha beleza tão cedo.

— Desculpe por ter ameaçado você a conhecer sua avó pessoalmente, sendo que isso implicaria em sua morte, no caso, você sofrendo homicídio! – disse meio a contra gosto.

— Perfeito, agora apertem as mãos! – ela falou, mas não fizemos movimento algum. – Já falei para apertar! – ela disse, nós suspiramos derrotados e apertamos as mãos. – Tudo certo então! Agora sim, vamos sentar e ouvir o que o Theo quer nos contar.

— Bom, eu pensei assim, tipo, o que vocês acham da gente fazer um tipo de iniciação com os grifinorios? – disse ele, pela primeira vez eu quis abraçar o Theo, é uma ideia genial.

— Mas nós nunca fizemos isso com ninguém! – disse a Pan desconfiada.

— Sim, mas eles não sabem! Eu pensei que podia ser alguma tarefa, algo assim! – ele falou.

— Olha, meus parabéns, até que um dia saiu algo que preste dessa sua cabeça de vento! – eu disse rindo.

— ha ha ha... Muito engraçado! – disse o Theo em tom de deboche.

— Obrigado, eu tenho meus momentos! – eu disse.

— Eu acho que é uma ótima ideia, desafiamos eles a fazer algo e se não aceitarem de jeito nenhum, falamos para eles que não precisam fazer nada. – disse a Pan.

— Ok, mas antes vamos pressionar eles a aceitarem e se realmente não tiver jeito deles fazerem, falamos. – eu disse encerrando o assunto – Pensando melhor eu sempre quis ter alguém assim como eles no nosso grupo de festas! – eles pareceram um pouco chocados com a minha revelação.

— Como assim? Achei que você odiasse os grifinorios? – disse o Blás assustado.

— E odeio. O ponto é que nunca tivemos alguém como eles, que nós literalmente odiássemos e que se por um milagre fossemos pegos nós diríamos que eles seriam os responsáveis. Todos sabem que o Potter não tá nem ai para nada e ninguém desconfiaria dele estar fazendo festas clandestinas em Hogwarts. – eu disse simples.

— Cara, não sei se fico feliz pela sua genialidade ou com medo pela sua maldade. – disse o Theo.

— Maldade vírgula, é egoísmo mesmo. – disse a Pan exaltada. – Olha Senhor Draco Malfoy, o senhor já está bem crescidinho e já passou por muita coisa para chegar onde estamos hoje, vivos, no caso. E você vem nos dizer que jogaria a culpa neles com a maior cara de pau, quer dizer então que se a coisa ficasse mal para ti e você pudesse culpar um de nós faria? Eu pensei Draco que você tivesse voltado para mudar, para ser uma pessoa melhor. Achei que tivesse se arrependido e quisesse mudar de vida, tentar ser feliz sem pisar nos outros. Você é um tremendo egoísta metido Draco Malfoy e eu estou envergonhada de ser sua amiga.

— Calma Pansy, não é bem assim... – eu tentei começar.

— Calma nada Malfoy, não é bem assim... Não é bem assim o que? – me interrompeu a Pan – eu estou farta disso tudo, eu vim para me divertir esse ano, para estar com as pessoas que eu gosto. Eu perdi tudo com essa guerra, perdi minha casa, minha família, tudo. E vim para cá com a esperança de ser feliz, de ficar rodeada dos meus amigos. Mas parece que a guerra não teve efeito sobre vocês não é mesmo? – ela estava fora de si, e chorava, nenhum de nós ousou a interromper, mas não tinha o que falar. Eu só escutava de cabeça baixa. – E sabe que eu me cansei desses rótulos idiotas, me cansei de nascidos trouxas, mestiços, sangues puros... Isso já não importa, na realidade nunca importou. Nós somos todos iguais, temos a mesma capacidade. Eu estou cansada deste mesmo assunto. – ela disse, finalmente sentando e chorando convulsivamente, eu sentei ao lado dela assim como o Theo e o Blas.

— Olha Pan, me desculpa. Eu realmente não pensei antes de falar. Você me conhece, eu sou assim e vai demorar um pouco para mudar. Mas eu te prometo que eu vou tentar. – eu disse e ela pareceu se acalmar. – Agora limpa essas lagrimas e vamos planejar a brincadeira, acho que isso podemos fazer. Porque não é uma coisa má, é só uma pegadinha entre colegas. Não é? – ela riu e limpou as lagrimas.

— Então tá, o que você pensou em fazer Theo? – disse a Pan se arrumando no sofá assim como nós todos.

— Então, eu pensei em fazer um...