Meu escudo... escrita por Lady M


Capítulo 19
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Desculpem!!!Me perdoem pela demora!!!
Não abandonei a fic!!!!
Só estou cheia de estudos e deveres de casa.... '-'



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Pov Steve Rogers:

Acordei sentindo as unhas da Nat deslizarem carinhosamente pelos meus braços, abri os olhos acostumando-me com a escuridão do quarto, já devia estar de noite. Olhei para baixo e vi os fios ruivos espalhados sobre o meu peito, a pele alva e macia em contato com a minha pela falta de roupas, os olhos verdes de Nat estavam presos nos meus braços, onde ela traçava um desenho incerto com a ponta das unhas e seus lábios seguravam um sorriso mínimo.

Ela era inacreditavelmente linda, não conseguia parar de sentir-me orgulhoso por tela em meus braços, mas ao mesmo tempo tinha a impressão de que algo estava errado, nós dormimos aqui feito dois bandidos foragidos e isso não me agradava. Nat era só minha e eu queria sair por aí dizendo a todos o tanto que a amava, mesmo sabendo que isso a assustaria.

Apertei os meus braços sobre sua cintura, fazendo com que seus belos olhos verdes se desviassem para os meus, ela subiu sobre meu peito ficando com o rosto a centímetros do meu. Ela estava deitada de bruços sobre mim, os olhos brilhantes como os de uma criança prestes a entrar no parque de diversões , os fios ruivos bagunçados e descendo em lindos cachos do lado de suas bochechas alvas, os lábios entreabertos em um sorriso meigo e sua testa estava colada na minha.

Senti o cheiro bom de canela que emanava dos fios ruivos e acompanhei com as minhas mãos as curvas daquele corpo espetacular, até chegar nos cachos de cobre.

Ela sussurrou sobre os meus lábios:

—Boa Noite Steve.

Eu dei um sorriso ao sentir o meu nome deslizar entre os lábios dela com tanta facilidade.

Afundei o meu rosto na curva do pescoço dela e respondi rouco:

—Boa Noite Nat.

Antes que algo nos atrapalhasse. Sim refiro-me a missões fora de hora do Fury, ligações do Agente Barton, emergências loucas na Torre Vingadores ou alguma mudança de planos na lua de mel do Stark. Inverti a nossa posição na cama, passei a minha mão para cintura de Nat enquanto a outra apoiava meu peso sobre o colchão, ela ficou olhando-me curiosa. Estava deitada embaixo de mim, sem nada para tampar seu corpo dos meus olhos que se deleitavam em suas curvas das coxas, dos seios que já tinham os bicos rosados intumescidos e dos lábios que pareciam clamar por um beijo.

A beijei com carinho e sem pressa, tínhamos a noite toda para matar essa vontade incessante um do outro. Vontade nova para o meu corpo.

 

Pov Natasha Romanoff:

Acordei atordoada, mantive os meus olhos fechados para tentar por em ordem os meus pensamentos que pareciam querer saltar. Eu só podia estar sonhando outra vez, Steve e eu numa cama de casal, esse sonho já estava tornando-se torturante, não era a primeira vez que imaginava-me sem roupas e nos braços do meu loiro preferido. Senti os braços dele me prendendo e abri os olhos lentamente, com medo de ter sido mais um sonho.

 Abri um sorriso ao constatar que aqueles braços estavam desnudos, ao sentir o calor que emanava de Steve e perceber a minha pele colada a pele dele senti-me no céu, sim eu estava nos braços dele, Steve estava sem roupas e assim como eu havia partilhado daquela manhã memorável onde conheci o físico inestimável do Capitão América.

Comecei um carinho tímido em seus braços com as minhas unhas, não sabia se Steve ainda estaria cansado depois do que aconteceu de manhã. Eu estava andando muito tempo com ele, só de pensar nesse assunto minhas bochechas coraram e foi de vergonha.

Senti seus braços apertarem-me e virei-me sobre ele, o cabelo loiro estava desarrumado, ele tinha um sorriso brilhante no rosto, os olhos cristalinos e azuis faziam-me de vítima e refém, porque não conseguia livrar-me da sensação de conforto e carinho que aquele homem me passava, ele estava com alguns arranhões pelo abdômen definido, obra minha, além de um roxo que parecia estar sumindo aos poucos no pescoço. Isso era muito injusto, eu ia ficar marcada por no máximo um dia por causa do super soro da Viúva Negra e ele não ficaria horas marcado, apenas minutos.

As mãos dele fizeram um esboço pelo meu corpo parando nos meus cachos que deveriam estar todos desgrenhados, dado a forma que dormi. Colei a minha testa na dele sentindo seu perfume delicioso e amadeirado, perfume esse que me faz delirar de saudades quando ele está longe.

Sussurrei sobre os lábios dele para não transparecer o carinho que sentia naquele momento:

—Bom dia Steve.

Ele sorriu e antes de responder escondeu-se na curva do meu pescoço, a respiração dele estava fazendo cócegas.

Ele disse com a voz rouca que arrepiou todo o meu corpo:

—Bom dia Nat.

Eu me decepcionei. Talvez? Ao menos uma parte de mim esperava um eu te amo pela manhã, ou pela noite pós sexo, se é que Steve considerava aquilo como sexo e não amor. Mesmo assim me assustei com essa decepção interna, eu não estava pronta para esse passo, para as noites a dois, para os sonhos românticos como casamento, morar juntos, ter um cachorro e depois filhos, eu nem sequer podia dar isso a Steve, a KGB tinha feito do meu útero um lugar nocivo para qualquer feto.

Ele interrompeu os meus pensamentos virando-me na cama e assim que os meus olhos encontraram os dele eu me perdi. Aqueles olhos azuis prometiam-me um mundo em silêncio, queriam-me ali naquele momento, desejavam-me e eu estava afim de beija-lo como se o ar não fosse acabar nunca. Os lábios dele deslizaram sobre os meus de maneira suave e unanime, era um misto de desejo e algo mais, não gostaria de arriscar descobrir, estava com medo e na expectativa para palavra ser amor.

As mãos dele estavam fazendo um caminho pecaminoso que logo expulsaram a racionalidade do meu corpo e a única opção plausível no meu cérebro era acompanhar e aproveitar cada segundo. Enlacei as minhas pernas envolta da cintura de Steve enquanto as minhas mãos iam para nuca dele, o arranhando de leve.

Ele sussurrou beijando o meu pescoço:

—Nat...

Em resposta entreguei-me por completo para ele em um sorriso.

—Steve.

Ele assentiu de leve e ergueu-me em seus braços, nós acabamos tomando um banho juntos entre carícias, beijos e muito sabão. Depois voltamos a dormir, eu e ele abraçadinhos. Estava no meu décimo sono quando fui surpreendida pelo meu telefone fixo.

Consegui desvencilhar-me do aperto de Rogers sem acorda-lo e atendi o telefone que chamava na sala.

Atendi irritada:

—Alô?

Ouvi a voz de Clint aflita do outro lado da linha:

—Nat você está em casa?

Limitei-me a responder:

—Estou.

Ele deu um suspiro aliviado e jogou a bomba:

—Laura está em trabalho de parto, parece que o bebê resolveu adiantar, posso deixar o Cooper com você?

Soltei uma risada contida para não acordar Steve e emendei:

—Se bem te conheço só está me ligando porque está aqui na porta do meu apartamento.

Ele respondeu descrente:

—Como pode ter tanta certeza?

Apenas respondi:

—Eu te conheço Clint.

Ouvi o outro lado da linha ficar mudo e escutei três batidas na porta. Coloquei o telefone no gancho com agilidade e cheguei na porta com a maior rapidez que consegui, não queria que Clint acordasse Steve em meio a sua pressa.

Ao abrir a porta uma figura descabelada de Clint esperava-me, os olhos meio esbugalhados como na primeira vez em que Laura passou por isso, a blusa estava meio amarrotada, ele devia tê-la amassado na pressa, uma mochila infantil estava no seu braço, também carregava Cooper com todo carinho, ele estava dormindo tranquilamente.

Meu afilhado tinha os olhos fechados como um pequeno anjinho, os fios loiros como os da mãe, estavam desalinhados, estava usando um pijama cheio de pequenos foguetes e segurava um urso de pelúcia num abraço apertado.

Estiquei os braços e fiquei feliz ao segurar o pequeno embrulho, Cooper tinha acabado de completar quatro anos e era meu dengo, já que ele era meu único afilhado.

Clint despediu-se:

—Obrigado por cuidar dele Nat.

Com meu melhor sorriso encorajador disse:

—Me avisa quando o traidorzinho tiver nascido.

Ele maneou a cabeça e desceu as escadas como uma avalanche desenfreada.

 

Pov Steve Rogers:

Movi meu corpo sobre a cama em busca do corpo quente e macio de Nat, sem nada encontrar levantei, vesti a minha calça e caminhei até a sala.

Fui surpreendido ao vê-la sentada no sofá cantando uma canção de ninar para um garotinho loiro de olhos castanhos, ele estava com os olhinhos vidrados na minha ruiva, as mãozinhas abraçavam um ursinho de pelúcia cinza, ele quase sumia em meio as cobertas que protegiam-no do frio sobre o sofá.

Ela estava vestida com a minha blusa social, a mesma que eu estava usando no casamento de Tony. O que me lembrou: precisava passar na Torre mais tarde para trocar de roupa. O cabelo levemente bagunçado, os olhos verdes transmitiam conforto como uma mãe embalando seu bebê e os lábios mexiam com a melodia prendendo a minha atenção, assim como prendiam a da criança que já havia pegado no sono.

Nat ajeitou-o melhor no sofá e sorriu ao beija-lo no topo da cabeça, olhou-me surpresa por eu estar ali presenciando aquela cena doce.

Ela andou na minha direção e disse descontraída:

—Bom dia loiro número um da minha vida.

Deu-me um beijo no rosto e continuou:

—Esse no sofá é o meu afilhado, Cooper Barton, ele tem quatro anos de idade e ama foguetes, carros de corrida e cavalos.

Assenti perdendo-me no carinho de suas palavras, ela parecia não notar o tanto que soava meiga falando daquele jeito.

—Laura entrou em trabalho de parto essa madrugada, Clint a levou para o hospital, mas precisava de alguém para ficar com o Cop, e eu como uma madrinha boa aceitei ajudar.

Brindei-a com um sorriso e disse em tom divertido:

—Tenho impressão de que Clint te intimou a ajudar.

Minha ruiva respondeu rindo:

—Talvez.

Depois ela deu de ombros roubando os meus lábios em um beijo rápido e furtivo.

 

Pov Steve Rogers:

Dormi tranquilo até umas cinco da manhã quando o afilhado da Nat acordou-me. Ele parecia um pouco assustado, estava soluçando e abraçava forte o seu ursinho de pelúcia. Tentei consolá-lo na medida do possível, mas ele só parou mesmo quando o coloquei de volta no sofá da sala e fiz um cafuné nos fios loiros dele, quase tão loiros quanto os meus.

Ele perguntou baixinho:

—Você é namorado da Tia Nat?

Continuei a passar a minha mão sobre o cabelo dele e respondi sussurrando:

—Sou sim.

Ele olhou-me feio e cruzou os bracinhos, tomando uma postura muito próxima a de Clint quando não concordava com algo.

Ele disse:

—Ela é minha.

Sentou-se melhor no sofá e concluiu sério:

—Não vou dividir.

Analisei sua expressão divertindo-me. Coloquei a mão no queixo como se pensasse seriamente e ele descruzou os bracinhos.

Falei em tom sério:

—Eu sei que ela é sua, mas eu achei que você não ia ligar se eu cuidasse dela por você.

Ele parou para pensar, abraçou o seu ursinho e disse concordando comigo:

—Cuidar pode.

Sorri torto para o pequeno que era novamente vencido pelo sono.

Antes de fechar seus olhinhos ele disse:

—Tio boa noite.

Cobri-o melhor e fiquei observando por um tempo. Voltei para o quarto da Nat, ela estava usando a minha blusa social como pijama, a coberta estava em cima de suas pernas, o cabelo ruivo espalhado sobre a fronha branca, o rosto estava sereno, ela permanecia deitada de lado abraçada no meu travesseiro e eu não conseguia mais parar de admira-la.

Sentei na cama e ela mexeu-se de leve, apenas o suficiente para soltar o travesseiro e colocar a cabeça no meu colo. Os olhos esmeraldinos fitavam-me divertidos.

Nat perguntou:

—Então eu sou sua namorada Steve?

Senti as minhas bochechas corarem, ela sempre me pegava desprevenido, eu jurava que ela estava dormindo. Deslizei a minha mão pelo seu cabelo fazendo um carinho tímido.

Respondi simplesmente a verdade:

—Sim.

Ela ficou estática, seus olhos levemente arregalados e a boca pendia para um sorriso. Natasha levantou-se sentando no meu colo, suas pernas enlaçando a minha cintura e as mãos pararam sobre os meus ombros.

Ela indagou em tom divertido:

—Você tem certeza do que está dizendo Steve Rogers?

Passei uma das mãos por sua cintura e com a outra tirei uma mecha de cabelo ruivo para brincar entre os dedos.

Brindei-a  com um sorriso torto e respondi:

—Tenho. Nat você é a minha namorada, a minha melhor agente, minha única parceira, a minha ruiva, a minha russa, a minha melhor amiga, a minha amante, olha que eu nuca pensei que um dia diria a palavra amante com tanta convicção.

Corei de leve e ela passou as mãos pelas minhas bochechas. Mergulhei em seus olhos verdes que mostraram-me um imenso apreço e carinho, Nat nunca tinha sido tão emotiva ou fácil de ler pelos olhos, esse fato deu-me coragem para aproximar nossos rostos e colar nossos lábios de maneira urgente.

Ela sussurrou entre o beijo:

—Steve.

A apertei com carinho entre os meus braços e nossos corpos encaixaram-se de maneira urgente. Acabamos dormindo novamente, Nat entre os meus braços e eu aconchegado no corpo dela.

Levantei as oito da manhã com Cooper dizendo-me que estava com fome, não sabia o que uma criança de quatro anos podia ou não comer e Nat parecia estar cansada então dei um banho em Cop que molhou o banheiro inteiro. Ele estava de roupa trocada e calçado, eu vesti a minha roupa amarrotada do dia anterior e com Cop na garupa da minha moto fomos para Torre Vingadores.

Fui direto para o meu quarto e Cop ficou entretido olhando para o meu escudo. Tomei o banho e troquei de roupa, nada demais hoje seria um dia normal de trabalho, vesti uma calça jeans clara, uma blusa preta e calcei o meu coturno.

Antes de sairmos do quarto Cop perguntou afobado atropelando suas próprias palavras:

—Tio é o Cap América?

Coloquei-o sobre o meu ombro direito segurando-o com as duas mãos.

Resolvi brincar com ele dizendo:

—Para uma criança de três anos você é muito esperto.

Ele deu uma gargalhada e disse mostrando-me quatro dedinhos:

—Tenho quatlo. Tio vai mesmo proteger Tia Nat.

Eu continuei andando com ele pela Torre, ele não parava de tagarelar sobre o emprego do papai. Cheguei no refeitório da Torre, Visão e Sam estavam tomando café juntos, aproximei-me deles.

Sam saudou-me encabulado:

—Bom dia Cap.

Visão estava olhando Cop com bastante interesse assim como o menino o encarava.

Respondi:

—Bom dia Sam, Visão.

Visão levantou-se e veio na minha direção.

—Este é o filho do Agente Barton?

Cop sorriu para Visão esticando os braços na direção do mesmo:

—Sou Cooper Barton.

Visão olhou-me como se pedisse permissão para carregar o garoto e eu assenti, Visão o segurou com interesse. Aproveitei a deixa para sentar ao lado de Sam na mesa. Visão levou Cop até a bancada do refeitório dando algumas frutas para ele comer.

Sam disse maroto:

—Seu lance com a ruiva é mesmo sério em Cap, já tá até treinando para ser papai.

Arregalei os olhos e só não me engasguei com o café que estava tomando porque o engoli rápido.

Expliquei:

—Não é nada disso, ela é madrinha dele e eu estava na casa dela e não vi mal nenhum em trazê-lo para andar comigo.

Sam deu uma gargalhada e completou:

—Não fica com neura não Steve eu só estava brincando com você, aquela russa não quer casar tão cedo.

Assenti concordando com ele.

Quando eu achei que ele se daria por vencido alfinetou-me:

—Dormiu com ela ontem Cap?

Não respondi, apenas continuei tomando o meu café sabendo que Sam encheria-me de perguntas constrangedoras se eu falasse o que realmente fiz na noite passada.

Visão e Cop pareciam estar divertindo-se um com outro, para uma criança deve ser fascinante ver frutas cortando-se sozinhas, até para mim era.

Passei em um supermercado antes de voltar para o apartamento da Nat, aquele armário dela precisava urgentemente de comida de verdade. Cheguei em casa e liguei a televisão em um desenho animado, Nat ainda não tinha saído do quarto dela.

 

Pov Natasha Romanoff:

Ao acordar percebi que a casa estava vazia, tomei um banho e vesti uma blusa branca, uma calça preta, calcei uma bota de cano médio e sem salto, prendi o meu cabelo em um coque frouxo e voltei para o meu quarto.

Senti uma mãozinha deslizar pela minha perna abaixei-me ficando na altura do meu afilhado fofo. Cooper encarava-me, seus olhinhos castanhos analisaram-me de cima a baixo, peguei ele no colo sentando-o na cama. Recebendo um sorriso brincalhão do meu pequeno.

Ele disse:

—Bom dia Tia Nat!

Respondi sorridente:

—Bom dia Cop!

O enchi de beijos enquanto ele dava muitas gargalhadas.

Uma voz bem conhecida nos interrompeu:

—Bom dia tampinhas!

Olhei para porta do meu quarto e Steve estava escorado no batente da mesma. Seu cabelo loiro levemente desarrumado, os braços cruzados em contraste com um lindo sorriso no seu rosto, não pude deixar de notar aqueles olhos azuis e perfeitos, estava com a roupa diferente da noite passada, ele deve ter ido até a Torre Vingadores enquanto eu dormia. Com uma calça jeans clara, uma camisa lisa preta e as típicas botas militares.

Cop o olhava com extremo interesse, os dois sorriram cúmplices um para o outro e eu reparei que Cop já estava de banho tomado.Os fios loiros penteados, vestia uma bermuda roxa e uma blusa cinza com a estampa de um arco e flecha, só Clint mesmo para fazer isso com o menino, estava descalço e parecia estar acordado a um bom tempo.

Olhei para o meu relógio digital de cabeceira e quase tive um infarto ao constatar que havia dormido até agora, já passava das onze da manhã, Steve estava deixando-me mal acostumada.

Desci Cop da minha cama e ele correu em direção a sala. Steve passou os braços em volta da minha cintura e fitou-me sorridente.

Ele disse com a boca próxima do meu pescoço:

—Nat você acorda sempre tão linda, estou até pensando em me mudar para o seu apartamento.

Deslizei minhas mãos pelos ombros largos do meu Capitão respondendo:

—Se você vier morar aqui vou ficar mais mole do que já estou e isso é imperdoável senhor Rogers.

Ele deu-me um daqueles sorrisos marotos que só ele tem. Aproximei nossos rostos e senti o hálito bom de menta que Steve exalava, nos beijamos devagar, tão demoradamente que senti-me como uma daquelas mocinhas de filme, afastei nossos lábios e fitei os olhos azuis. Ele é tão perfeito, tão certinho, tão heroico e eu tenho muito medo de quebrá-lo. Na verdade acho que bem no fundo o meu medo é ele consertar os meus rachados só para quebrar tudo novamente.

Ele fitou-me intensamente e acabou perguntando:

—O que tanto observa senhorita Romanoff?

Deslizei a minha mão pela sua bochecha e dei o meu melhor sorriso meigo para disfarçar a tristeza que devia estar no fundo dos meus olhos, perto dele não conseguia mais dissimular certos sentimentos.

Respondi:

—Nada...Estou apenas com fome.

Saímos em direção a cozinha, Cop estava sentado no tapete da sala assistindo algum desenho animado. A mesa do café da manhã estava arrumada, Steve é um excelente cozinheiro, anos no gelo e muitos canais disponíveis de culinária o transformaram em um verdadeiro masterchef.

Ele sentou-se a minha frente, estava lendo jornal e eu fiquei ali deliciando-me com o café na minha caneca da SHIELD. Os olhos dele deslizavam rápidos pelas palavras do jornal e ele parecia muito interessado nos classificados. Levantei levando a louça para pia, lavei as panelas que Steve milagrosamente conseguiu encontrar na bagunça da minha cozinha.

Voltei para mesa e ele não estava mais ali, andei a passos lentos até a sala para surpreender-me com Steve andando com Cop em cima de seus ombros, os dois estavam brincando. Steve parecia ter voltado a ser criança.

 

Pov Steve Rogers:

Cop e eu estávamos esperando Nat terminar com a louça, mas o desenho animado tinha acabado e nós dois resolvemos brincar de piratas. Coloquei Cop sobre os ombros e começamos a simular uma embarcação.

Perguntei como um comandante:

—Está pronto marujo?

Cop sorriu e balançou a mão como se fosse um gancho e assentiu fazendo barulho de pirata:

—Argh!

Começamos a navegar estávamos enfrentando um monstro marinho quando Nat resolveu se juntar a nós em nossa brincadeira.

Ela pegou Cop e o colocou em cima do sofá escondendo-se atrás do mesmo.

Ele começou a gritar:

—Tio!Tio! Sereia má me pegou!

Nat deu uma gargalhada imitando aquelas bruxas malvadas de filme.
Sorrindo para mim disse:

—Se você vier resgatá-lo vou fazer cócegas nos dois.

Ela começou a fazer cócegas no garotinho que contorcia-se entre as gargalhadas e pedia-me socorro.Corri para trás do sofá e antes que Nat pudesse reagir a joguei sobre os ombros.

Cop saiu do sofá gritando:

—Tio pego sereia!

Sorrindo para ele, olhei para Nat que estava dando leves gargalhadas no meu colo.

Perguntei para Cop:

—O que vamos fazer com ela?

Ele cruzou os bracinhos depois os colocou na cintura declarando:

—Ela fica!

Eu dei um beijo na testa de Nat e o menor balançou a cabeça em confirmação. Continuamos brincando até sermos interrompidos por uma ligação de Barton dizendo que Francis havia nascido saudável e Laura já poderia voltar para casa de manhã.

Nat nos convenceu a brincar de índio e agora todos nós de banho tomado estamos deitados em um colchão no chão da sala, dentro de uma barraca feita de cobertores. Ela está dormindo aconchegada em meu peito e Cop está do nosso lado dormindo com seu ursinho de pelúcia.

Acabei pegando no sono com um sorriso bobo nos lábios e a minha namorada nos braços.


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Notas finais do capítulo

Isso vai ser divertido ^.^
Desculpem mais uma vez pela demora.
;* Até o próximo capitulo pessoal!!!!



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