Máfia Malfoy escrita por Gnoma de Marte, Jazzie


Capítulo 18
♦ Primeiro Tapa




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Oscar estava bravo. Muito bravo. Como eu nunca vira em toda minha vida.

Ele havia perdido um jogo muito importante para a Sonserina e para meu azar, ele me vira comemorando com as pessoas de minha casa. Ele havia ficado insano! Me puxou com grosseria do meio da festança e me arrastou para o vestiário que nesse momento já estava vazio. Estávamos namorando há dois anos e ele nunca havia sido tão ignorante.

E eu tremia de medo. Literalmente. Oscar estava assustador.

— Querido... — sussurrei baixinho, vendo-o andar pra lá e pra cá.

— Não conversa comigo! — ele gritou avançando em mim e eu encolhi assustada. Oscar me segurou forte pelos braços e me sacudiu feroz — Você não tem noção do meu ódio nesse momento!

— Eu só...

Oscar tampou minha boca com grosseria e sua mão pesada machucou de leve meus lábios, fazendo meus olhos marejarem. Ele estava sendo ridículo! Seus olhos pareciam desfocados de ira e ele me olhou ameaçador.

— Você é minha namorada. É minha. Não seja uma traidora de merda, Rose Weasley. — ele sussurrou — Eu não estou brincando com você. Quem você quer atingir fingindo-se de feliz com o resto dos sonserinos? Sonserinos são lixo! Todos. Esteja comigo ou esteja contra mim. Eu não vou aceitar você comemorando a minha derrota.

Ele voltou a andar em círculos e eu comecei a chorar baixinho, sem conseguir conter meu pavor. Eu não tinha culpa do fracasso dele. Muito pelo contrário! Eu sabia como ele detestava perder então sempre torcia para que ele ganhasse.

Tentando fazer com que ele ficasse mais calmo, me aproximei devagar dele e quando ia encostar em seu braço, ele se transformou!

— Vamos para meu quarto para que você relaxe, que tal as...

Antes que eu terminasse de falar, Oscar se virou furioso para mim e me acertou um tapa em cheio no rosto.

O barulho foi alto e o tapa de uma força tão grande, que me desequilibrei e caí sentada no chão. Meu rosto inteiro ardeu e eu desabei em lágrimas, no mais completo pavor.

— Oscar... — solucei, colocando a mão sobre a bochecha, sentindo cada músculo do rosto doer e uma vergonha sem fim quase me matar engasgada — C-como... Como você pôde?

Ele não se ajoelhou. Ele não pediu desculpas. Ele sequer se mostrou arrependido. Apenas encarou minha imagem patética chorando no chão do vestiário para finalmente suavizar sua respiração.

— Levanta. — ele disse duro.

Mas eu não tinha forças para obedecer. Sentia cada parte do meu corpo se contorcer com um turbilhão de sentimentos ruins e por um momento, eu quis sumir!

— Levanta! Anda! — Oscar me levantou de mal jeito e passou o polegar onde o tapa me acertou, fazendo com que eu me encolhesse ainda mais. Seus dedos limparam minhas lágrimas devagar, quase que de uma forma meiga — Rose...

— Me deixa sair daqui. — implorei, me sentindo humilhada.

— Você me provocou, Rose... — ele segurou meu rosto devagar — Eu perdi a cabeça! Homens agem dessa forma quando são pressionados!

— Me deixa sair, Oscar... — repeti.

— Não vou fazer isso nunca mais. — Oscar sussurrou, me envolvendo em seus braços. Presa ali, chorei ainda mais, com uma culpa esmagadora. — Jamais vou levantar a mão pra você outra vez, se você prometer não me provocar novamente.

Apenas concordei com a cabeça e fiquei ali, abraçada com ele até que eu conseguisse parar de chorar.

Depois disso, Oscar apenas me deu uns empurrões em outras discussões. Mas empurrões eram tranquilos e normalmente só quando eu o irritava muito. Ele nunca mais me deu outro tapa daquele.

Oscar me amava, mas de um jeitinho completamente dele.


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