Uma semana depois e ainda se ouvia boatos de que eu era uma filha de Poseidon rara que conseguia ficar invisível.

Ouvi também que eu consigo mudar de forma pra virar água e me misturei com o riacho ou que fiz parte das moléculas de água da madeira da bandeira. E depois as levei pro riacho. Ou que depois disso eu fiz ela ficar invisível e trouxe ela. Sinceramente...Não sei de onde tiram essas ideias. É só aceitar o fato de que eles estavam seguros demais de si para se preocupar em verificar a bandeira.

Mas, dizer como realmente eu tinha pego? Falei apenas pra Nico, Percy e Annie. Os outros podem sobreviver com as histórias sobre como eu sou demais.

Liam, bom, ele estava bastante ocupado com os irmãos e se enturmando com os outros campistas. Fora as atividades do acampamento. Eu resolvi dar um espaço para ele ir se acostumando com os irmãos e etc. Na última semana, conversamos algumas vezes, o suficiente pra mim entender que ele não havia se acomodado verdadeiramente no chalé, mas que estava tentando.

Annie frequentemente ia no chalé para visitar Percy, ou eu, ou, ambos.

E nesse período eu e Nico estabelecemos uma rotina, que incluía fugir da fogueira e ir treinar na colina. Menos em uma única vez, que Nico me perguntou se eu queria participar de uma fogueira. Foi quando conheci Clarisse, filha de Ares.

Uma coisa que eu percebi logo de cara é que ela é bem reservada. Ela mantém os sentimentos um pouco no fundo, no centro de uma personalidade extremamente forte. Mas tem suas brechas, pequenos momentos em que ela demonstra algo para as pessoas especiais para ela. E ela provavelmente vai manter essa fachada até o último dia desse que é seu último ano no acampamento, antes da faculdade.

— Realmente? - No momento, Clarisse me falava um pouco dos outros, como eram antes (ela passou muito mais tempo que eu aqui no acampamento, ela os conhecia desde sempre, praticamente) e de algumas missões deles. Prestar atenção seria um problema se as histórias não fossem tão interessantes (ela geralmente descrevia Percy como um magrelo irritante), pois a "aula de história"(como ela chamou) era dada enquanto fazíamos o "treino matinal" (como ela também chamou).

No momento, estávamos subindo parede de escalada, eu quase sendo acertada várias vezes ao olhar pra ela incrédula com alguns fatos.

—Sim, ele é bem solitário como você já deve ter percebido. -Ela havia começado a falar sobre Nico agora. - Ele havia aceitado há algum tempo a ideia de passar mais tempo no acampamento depois dos anos que saiu por aí sozinho que te falei.

"Ele estava melhorando um pouco, conversando e comendo mais, mas ele era bem sombrio ainda, ele sorrir era extremamente raro, praticamente como eu me importar com alguém ou você, uma novata, ter escapado daquela estaca ali atrás na sua primeira escalada sem nem estar prestando atenção direito no seu caminho. -Dei um meio sorriso por isso, apesar de achar que havia sido pura sorte. Então ela continuou de onde havia parado antes:

—Isso foi até você chegar. Agora, quando vocês estão fazendo algo ou apenas sentados e entediados juntos ele tem, se não um sorriso, um expressão de...não sei, acho que paz, no rosto dele. Você trouxe, um... equilíbrio, não sei bem. Acho que ele precisava de alguém para...sei lá, não sou tão boa com sentimentalismo.

Mas acho que você faz bem pra ele. E ele pra você, de algum jeito. -- Ela finalizou enquanto chegávamos ao topo da parede e começávamos a descer. Enquanto eu pensava sobre o que ela havia me dito. Mas ela não me deu muito tempo para pensar nisso e logo estávamos indo treinar, ela com a lança e eu com um arco, uma das várias formas da minha arma metamorfa.

*

Estava de tarde e Nico e eu estávamos andando pelas colinas. Conversando algo sobre como os filhos de Hermes aprontaram com um grupo de filhos de Éolo e como isso acabou mal....quando ele "congelou"

(Myssie: Soou meio irônico agora...  -Me:Percebi). Ele simplesmente parou de andar, falar, etc. Fato que estranhei, até perceber que não estava sozinha.

—Olá, Artemys.