Segredos de uma GRIFINÓRIA escrita por Kathiemorais


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oiii fofuras *-*
O capitulo esta um pouco grande.. Mais espero que gostem....



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/658239/chapter/4

Já estava quase no horário da minha detenção com o Snape, nas primeiras detenções eu ficava tensa e com um certo medo, mas se passaram tantos anos que eu ganhava uma detenção por motivos que só o Snape enchergava, agora já me acostumei, ele é tão injusto comigo, não sei se é marcação ou ele quer me ter sempre perto dele, o que seria muito estranho. Faltavam 20 minutos, eu sai da Torre da Grifinória e fui até as masmorras, Snape me esperava em frente a sua sala com um sorriso sonserino e um olhar frio.
— Srta. Davis, entre — disse com a voz monótoma de sempre, ele esperou eu entrar, entrou e fechou a porta.
— O que eu tenho que fazer hoje? Separar baratas em concerva? Limpar seu estoque de poções particular? Ou...
— Calada — ele disse rispidamente — eu digo o que deve fazer.
Eu esperei ele dizer algo, nós dois ficamos um bom tempo olhando um para a cara do outro, eu olhava com raiva porque estava ali injustamente e ele com um rosto sem demonstrar emoções, era difícil saber o que ele estava pensando. Começei a ficar nervosa, mordi o lábio inferior para conter o nervosismo, sempre fazia isso quando estava tensa, ele olhou para meus lábios com uma expressão que eu não soube ler, então ele pigarreou e disse:
— Eu quero que você tire a poeira destes livros — ele indicou a prateleira enorme da sala — e organize-os por ordem alfabética, quando terminar verei o que mais você poderá fazer.
Em seus lábios finos se formou um sorriso torto, daqueles tipo "você está ferrada". Ah que ódio, fechei os olhos um instante e pedi forças à Merlim.
— Está bem professor, mas é um pouco alto demais para mim, o senhor não tem uma escada?
— Eu irei buscá-la, fique aqui e não toque em nada, fui claro?
— Sim, senhor.
Ele me de um último olhar e saiu. Eu nunca tinha ficado sozinha naquela sala, devo dizer que é meio assustador, um tanto quieto e escuro demais, misterioso e sombrio como o Snape, não sei como ele consegue lecionar e morar nas masmorras, é um lugar solitário, me fez pensar se ele tinha uma namorada, alguém da qual pudesse acordar e ver cartas com belas palavras, alguém que fizesse suas férias serem ótimas, mas eu não encontrei foto alguma, não visível, então eu resolvi me arriscar, sentei em sua cadeira e revirei sua escrivaninha, achei penas, tinta, pergaminhos, livros e até alguns ingredientes de poções, porém, nada de sua vida pessoal, até eu achar uma caixinha, droga, está trancada, por algum feitiço é claro.
— O que é que a senhorita está fazendo — eu congelei, nem percebi Snape entrar, seu rosto estava ficando vermelho.
— Senhor, e-eu só estava, é, professor, e-eu...
— Me dê isso — ele arrancou a caixinha da minha mão e me puxou pelo braço, eu soltei um gemido, o aperto foi muito forte.
— Professor, me desculpe, eu n-ão, eu não queria... — seu rosto estava próximo do meu, sua respiração estava ofegante e seu rosto fervia de raiva.
— Você abriu? — ele disse muito alto, como se eu estivesse longe.
— Não, não senhor — minha voz saiu um pouco baixa.
— Cumpra o que eu lhe mandei, amanhã terá outra detenção.
O que? Outra? Ah não, não acredito que eu consegui uma detenção enquanto eu cumpria outra. Ele colocou a escada em frente a estante e me deu um pano úmido e um balde. Estive fazendo aquela tarefa por horas, eu estava muito cansada, poderia dormir naquele momento e estava morta de fome, quanto tempo será que tinha se passado?
— Acho que depois que a senhorita terminar a tarefa pode se retirar, não terá mais o que se fazer hoje — disse ele enquanto folheva um livro.
Aconteceu de repente, minha visão ficou turva, meu corpo ficou mole e eu cai, não no chão como eu imaginava, foi nos braços de alguém. Nos braços de Snape? Eu simplesmente apaguei.

Snape

Ela estava suando, seu corpo estava gelado, eu deitei ela em minha cama, afrouxei o nó de sua gravata e tirei sua capa. Eu fique observando ela por um tempo, os cabelos ruivos estavam bagunçados, mesmo depois do susto ela tinha um sorriso nos lábios, passei minha mão em seu rosto e pensei em como seria possuí-la, oh meu Merlim, que pensamentos. Deixei ela lá sozinha, ainda me sentia culpado por ela ter desmaiado, era meio arriscado a tarefa que eu a mandei fazer. Me deitei no sofá mas não consegui dormir, toda hora eu ia ao quarto vê-la, ela parecia cansada, entreabri a boca dela e despejei um pouco de poção para ela dormir. Depois de um tempo eu peguei no sono.

Eleanor

No meu sonho eu estava na sala do professor Snape, ele estava dando aula, havia terminado, meus colegas de turma sairam da sala mas eu fiquei, Snape e eu sozinhos na sala, minha respiração estava ofegante, o professor se aproximou de mim e me puxou, eu o beijei e ele me beijava de volta, nós dois correspondíamos os desejos um do outro, eu o beijava loucamente, Snape passava suas mãos em todo o meu corpo, ele não estava satisfeito só por isso, ele tirou minha capa e a minha gravata, destribuia beijos e chupões em meu pescoço. Alguém bateu na porta, seja quem fosse iria nos ver, não dava tempo para eu me esconder.
— Eleanor, o que vocês... — era Renata, e o sonho acabou ali.
Eu acordei atordoada, minha cabeça latejava de dor, não conseguia acreditar no sonho que eu tive, com o Snape? Como assim? Ele me odeia, eu o odeio, como isso iria acontecer? Mas se bem que, no sonho, nós dois parecíamos gostar um do outro, será que vai se tornar real? Ah, que idiota, ele é um professor, eu sou só sua aluna, só isso e nada mais. Eu olhei em volta e não reconheci o lugar, nunca o vi no castelo, onde será que estava Snape? Me lembro e estar cumprindo uma detenção e eu desmaiei, por quanto tempo será que eu estou desacordada? Não consegui me levantar, meu estômago estava vazio e eu ainda me sentia tonta. Bateram na porta, eu gelei, era o Snape, será que ele havia cuidado de mim? E essa cama? Esse é o quarto dele? O que houve nesse quarto? Será que eu e ele? Não, não pode ser.
— Enfim você acordou — Snape disse com um pouco de deboche, eu queria gritar e acusa-lo de ter me mandado fazer um serviço que adiquire equilíbrio por várias horas, mas ele cuidou de mim, ele poderia ter me deixado cair, ele me salvou, eu devia isso a ele, embora ele tenha sido meio culpado. Eu queria saber o que aconteceu nesse quarto, queria saber se em algum momento ele havia me possuído nesta cama.
— Snape — foi o que eu consegui dizer e muito baixo ainda, Snape me olhou com preocupação e fez sinal para eu me calar.
— Você precisa descansar — ele colocou a mão sobre a minha testa e fez uma carícia no meu rosto.
Ele estava sentado na beira da cama, eu segurei sua mão ainda no meu rosto e me inclinei mais para perto dele, ele parecia estar com olheiras, talvez não tenha dormido direito, e chegou mais perto de mim, eu umideci os lábios e fechei os olhos, podia sentir seu rosto bem próximo do meu.
— Professor — eu sussurei, ele pôs seu dedo fino e gélido em meus lábios. Seria agora, nós iriamos nos beijar, sua boca estava bem perto da minha, era só mais uns 3 centimetros.

Snape

Eu poderia beijá-la ali e agora, mas não conseguia, eu havia desejado isso por um tempo, mas ela é uma aluna, ela é uma Grifinória, eu não podia desejar uma aluna. Ela se arriscou, selou seus lábios nos meus, por um momento eles só estavam colados, mas eu não aguentei por muito tempo, eu a beijei delicadamente, sentindo cada espaço de sua boca, seu hálito ainda com um pouco a poção que eu dei a ela. Ela passou suas mãos em meus cabelos e me puxava mais a encontro dela, devíamos parar isso, não podíamos continuar, mas era quase impossível, o beijo se tornou mais urgente, mordi seu lábio inferior e ela abriu um sorriso entre o beijo, poderíamos fazer muito mais que isso, meus desejos eram maiores, esqueçeríamos isso depois, era só nos entregármos, mas eu não podia, eu sou o mais velho, tenho que usar o bom-senso, parei o beijo relutantemente. Ela estava com os olhos arregalados e com um grande sorriso nos lábios. Eu não sabia como agir depois disso, ficamos nos olhando por um tempo, ela continuava sorrindo e não tirava os olhos de mim.
— Vá tomar um banho para se refrescar — eu disse quebrando o silêncio.
Ela assentiu e tentou se levantar mas não conseguiu. Eu segurei em sua cintura e a ajudei.
— Obrigada — ela disse.
Eu a levei até a porta do banheiro, peguei umas roupas minhas e entreguei a ela.
Esperei ela entrar no banheiro para pôr os pensamentos no lugar. O que fizemos foi um erro enorme, ela é uma aluna, sou o professor dela, sem contar os anos de diferença. Mas ela tinha correspondido, ela também queria o mesmo, o que torna essa situação mais errada ainda. Eleanor demorou bastante no banho. Ela saiu uns 20 minutos depois, ela estava com um short e uma camisa preta minha, ficou um pouco largo, mas sua roupa de antes estava suja, seus cabelos estavam molhados e bem bagunçados , um tanto sensual demais, suas pernas torneadas estavam amostra, não consegui evitar olhar para elas com cobiça, o rosto dela ficou num tom rubro ao perceber como eu a olhava. Eu pigarreei.
— Hum, está com fome Davis?
Ela fez que sim com a cabeça.

Eleanor

Talvez o fato de nos odiarmos tanto era porque gostamos um do outro, e como eu fiquei depois do beijo me denunciou, eu estava caidinha pelo meu professor de Poções e ele também parecia estar afim de mim, mas por que? Sou apenas uma adolescente, ele poderia ficar com mulheres da mesma idade que ele e mais maduras, mas me escolheu, isso é péssimo, somos aluna e professor, não vai dar certo.
— Guardei para você o café da manhã, mas se bem que, já está quase na hora do jantar — ele me entregou um prato de mingau de aveia.
— Obrigada — eu disse.
Eu me sentei num sofá em degustei do meu café da manhã, ah, como ele podia se importar tanto comigo? Quando eu terminei ele se ofereçeu para me acompanhar até a Torre da Grifinória para eu trocar de roupas, eu claro, aceitei. Fomos até lá sem dizermos nada, ele me esperou do lado de fora da Torre, eu me arrumei o mais rápido possível, pus meu uniforme, penteei o cabelo e fui até ele, sem dizermos uma palavra continuamos.
Andamos juntos pelo Castelo, nossos passos ecoavam, eu não parava de pensar no que tinha acontecido entre a gente. Um de nós tinha que dar uma explicação, uma desculpa, mas de mim nada saía. Estávamos bem perto do Salão Principal, devíamos nos separar agora, eu devia ir para a mesa da Grifinória e ele para a dos professores, tínhamos chegado a porta, Snape se virou para mim, seus olhos fixos nos meus, eu não pude aguentar, sussurei baixinho:
— Me beije — ele me puxou pela cintura ao encontro de seu corpo me fazendo arfar e me beijou, passei meus dedos em seus cabelos enquanto ele me beijava.
Era um pouco estranho nos ver nesta situação, nunca nos demos bem e tinha que ter uma explicação do porque estarmos fazendo isso. Eu interrompi o beijo, ele arqueou uma sombrancelha não entendendo porque eu parei.
— Professor — eu não consegui terminar o que eu iria dizer. Olhei nos seus olhos esperando ele dizer algo.

Snape

Acho que devíamos por um fim nisso, agora, é perigoso dar continuidade, eu devia parar isso.
— Esqueça o que aconteceu entre... — começei a dizer, mas ela interrompeu.
— Esquecer? Mas professor! E-eu não quero esqueçer, eu não quero TE esquecer — ela disse começando a chorar, suas lágrimas escorriam pelo seu rosto delicado.
Eu a segurei pelos ombros e a fiz olhar atentamente para mim, foi aí que eu disse:
— O que aconteceu foi um erro, vá para a mesa da Grifinória agora, esqueça o que houve, só fale comigo quando tiver alguma dúvida em poções.
Doeu dizer aquilo, mas eu precisava por um fim, uma hora nós esquecemos que isso um dia aconteceu.
— O senhor está me dando um fora? Se o senhor não quisesse que eu alimentasse esperanças era só não ter ME beijado.
— A culpa não é toda minha, você que se atirou para cima de mim — eu a acusei.
— Ora seu... pois saiba que estava na sua cara que você já tinha se afeiçoado à mim.
— Ridículo! Eu só fiquei preocupado... é, no caso de você ter de macucado, quem ficaria em maus lençóis seria eu, não é?
— Então o beijo foi um pedido de desculpas? — ela perguntou, a coragem grifinória tomando conta.
Eu esperei um pouco para responder, decorando cada palavra para não errar uma sequer.
— Não, não foi. De repente você não era mais para mim um aluna desagradável e irritante, infelizmente você acordou e eu fiz essa tolice que nos deixou assim!
— Não vou responder a esse tipo de comentário sobre mim. Se não foi para pedido de desculpas, por que me beijou?
Pedi a Merlim discernimento e forças, que menina curiosa, não para de perguntar e falar.
— Porque... por que VOCÊ quis me beijar? Pelo que eu me lembre foi você que se jogou.
— Eu o que? Olha aqui, era meio óbvio que deveríamos nos beijar!
— Como você sabe disso? — Argh, agora eu que estou fazendo questionamentos.
— Simplesmente sei — ela sorriu marota.
— Simplesmente sabe?! — arqueei uma sobrancelha.
Ela revirou os olhos, nós ficamos nos encarando por bastante tempo, até que ela abriu a boca.
— Então fica assim, não é? Nada resolvido.
— Está TUDO resolvido, esqueça, é o melhor a se fazer.
— Mas Snape! — e lá estava Eleanor, chorando novamente.
— Ah, pare de chorar! Nem é para tanto, sou seu professor, NUNCA daria certo.
Eu tentei acreditar em minhas palavras, eu a desejava, isso é um fato, mas não podemos.
Ela não parava de chorar, me deixou triste vê-la assim, ela secou as lágrimas e se virou, eu a observei chegar até a mesa da Grifinória, suas amigas preocupadas com ela, me fez ficar com uma certa pena dela, mas é o correto a se fazer, não devia nem ter acontecido. Eu perdi a fome, me dirigi para as masmorras, lembrei de ontem, quando Eleanor desmaiou, eu fui duro demais com ela, e agora, o que aconteceu piorou tudo.

Eleanor

— Tem certeza que está bem mesmo? — Mariana me perguntou.
— Absoluta — estávamos na Sala Comunal da Grifinória
Eu tinha uma detenção com o Snape, mas eu não estava em condições para ir, isso me custaria outra detenção, do jeito que ele é injusto, mas eu precisava tirar satisfações. Já tinha passado do horário combinado da detenção, eu me despedi de Mariana e Renata e fui para as masmorras, bati na porta da sala do professor e nada, talvez ele estava em seus aposentos, me dirigi até lá, bati e nada, bati novamente e esperei. Sempre é frio nas masmorras, mas acho que pelo fato de eu estar de camisolas fez ficar mais ainda, eu me abaixei e me encolhi no chão, esperando o Snape chegar e acabou que eu caí no sono.

Snape

— Mas por que expulsá-la? — Dumbledore perguntou.
— Por muitos motivos.
— Ela vive em detenções com você sem razão, é uma boa aluna, ótima, para dizer a verdade. Você sabe não, é? Aliás é o professor que mais convive com ela, me faz pensar até que...
— Não termine essa frase Dumbledore — interrompi — ela é apenas uma aluna desagradável para mim.
Tentei converçer a mim mesmo, não tirava ela da cabeça, mas precisávamos nos distanciar e ela ser banida seria uma boa maneira de nunca nos vermos, essa vontade vai passar.
— Não irei expulsá-la só porque você pediu, ela é uma aluna excelente.
— Mas Dumbledore, ela precisa sair.
— Tem algum bom motivo? Não parece ser acadêmico, mas sim pessoal, senão me dizer não poderei cogitar o seu pedido.
Eu não podia dizer a ele. Confiava minha vida a ele, mas isso, não era possível dizer, por onde eu iria começar? Sem contar a encrenca que arrumaríamos, sou um professor, não devo andar pelo castelo beijando minhas alunas. Dumbledore me olhava com aquela expressão bondosa e sábia, ele estava me estudando, logo ele descobriria.
— Severo, você não tem nada mais para falar comigo? — ele falou me olhando pelos óculos de meia lua, sua testa franzida.
Ele já sabia, com certeza. Talvez sem perceber eu não usei a oclumência para tentar bloqueá-lo, e então ele provavelmente usou o legilimens e entrou em minha mente, mesmo assim eu não consegui admitir.
— Não diretor. Com licença — ele acenou com a cabeça e eu já estava saindo quando ele disse:
— Severo. Você não tinha uma detenção hoje com a senhorita Davis? — eu fiquei em silêncio, como eu pude esquecer?
— Já é de madrugada, se ela
foi até as masmorras ela já deve ter voltado para a Torre da Grifinória.
— Será? — Dumbledore me perguntou com um sorrisinho travesso.
— Com toda certeza, agora se me permite — o diretor fez uma leve reverência com a cabeça para eu me retirar.
— Boa noite — ele disse sorrindo, eu apenas assenti e sai.
O castelo estava silêncioso, não havia nenhum aluno desrespeitando regras, todos deviam estar em seus dormitórios, eu passei primeiro em minha sala, só para ter certeza de que Eleanor ainda não estava me esperando, e realmente ela não estava lá. Quando eu estava perto dos meus aposentos e vi algo no chão em frente a porta, me apressei e a reconheci o que estava na porta de meus aposentos. Era Eleanor, ela estava dormindo, provavelmente adormeceu me esperando, sua pele estava muito gelada, claro, ela só usava uma camisola fina, eu a peguei em meus braços, destranquei a porta e a levei para o meu quarto. Deixei ela deitada em minha cama, tudo parecia estar se repetindo. Tirei meu sobretudo preto e a envolvi nele. Fiquei sentado na cama esperando ela acordar, sua expressão era feliz, fiquei imaginando no que ela estaria sonhando, depois de um tempo ela acordou, assustada e com raiva ela disse:
— O senhor devia parar com isso professor, toda vez que eu adormecer me trará para sua cama? — sua voz estava fria, me lembrei que eu disse a ela para esquecer e eu a troxe aqui novamente.
— Você que me procurou, garota tola — eu disse ela me defendendo.
— Eu TINHA uma detenção para cumprir, professor. O senhor que se esqueceu deste compromisso.
— Não venha colocar a culpa em mim, a senhorita não veio até aqui só para cumprir uma detenção, veio?
O rosto dela ficou vermelho, podia sentir que ela queria concertar as coisas, ela mordeu seu lábio inferior e ficou olhando para mim sem dizer nada, me senti obrigado a beijá-la, sua boca estava me convidando. Sem eu dizer uma palavra me aproximei dela e a beijei, ela parecia estar pronta para isso, me puxou mais a encontro de si, eu parei o beijo, tirei meus sapatos e começei a despi-la, primeiro a minha capa que estava com ela, destribui chupões em seu pescoço, passei minhas mãos em seu corpo por baixo de seu pijama, sentindo cada curva da grifinória fazendo-a arfar, eu a beijava cheio de desejo, tentei tirar sua camisola, mas ela me repreendeu.

Eleanor

Snape arqueou uma sobrancelha e me olhou tentando entender porque eu o parei. Sinceramente, eu não podia fazer sexo com o meu professor, isso está indo longe de mais.
— O senhor está certo professor, eu não vim aqui em busca de cumprir uma detenção, muito menos para ter uma relação sexual com o senhor, eu vim aqui para resolver as coisas, colocar tudo no lugar — lágrimas deslizavam em meus rosto, eu sabia que não podíamos continuar, esse seria o fim.
Ele se distanciou de mim, sentou na cama e bufou.
— Diga então — ele falou.
— Eu devia tê-lo escutado, era pra eu não ter vindo aqui hoje, porém precisamos resolver, só que o que fizemos piorou tudo, professor.
Eu ainda chorava, ele se levantou e disse:
— Então saia daqui — sua voz estava cheia de raiva — saia! Se a senhorita prefere acabar com algo que mau começou.
— Ah, agora é assim? — eu também me levantei e fiquei de frente para ele, tentei parecer durona, mas só a sua altura já me deixava desanimada em brigar.
— Você me traz até sua cama e me beija, depois acaba com o que tínhamos e diz que tudo foi um erro, agora me traz aqui outra vez e quase transa comigo no seu quarto, nesta ESCOLA e quando eu falo que precisamos conversar você me manda ir embora! Então sou eu que quero acabar? Me poupe.
Eu o enfureci mais ainda, não consegui parar de chorar.
— Sem palavras Snape? — eu atiçei mais ainda.
— Professor! Com que direito acha que pode...
— Chega professor. Não podemos mais adiar essa conversa, sabe disso, por favor, diga a verdade.
— Dizer a verdade sobre o que? — ele perguntou.
— Sobre nós — eu disse melancolicamente.
Ficamos em silêncio por muito tempo, ele me estudava com um olhar frio, até que ele chegou mais perto de mim, pegou uma mecha do meu cabelo que estava na frente do meu olho e a colocou atrás de minha orelha.
— Será muito perigoso, se alguém descobrir, talvez nos tirem da escola.
— O senhor está dizendo que irá correr esse risco e por mim? Mas porque? Eu sou só uma aluna! Não tem nada de interessante em mim — uma única lágrima escorreu pelo meu rosto, ele a enxugou.
— Eu quero estar com você, nada mais importa, — ele disse com uma voz rouca e completamente sensual ao pé do meu ouvido — você pode dizer o mesmo?
Eu sorri, não consegui dizer nada, apenas o beijei, ele me deitou em sua cama, mas não tentou nada, nos beijamos por um tempo, completamente delicado, embora Snape mordesse bem forte e chupasse meus lábios e meu pescoço, eu também resolvi descobrir o corpo do mestre de poções, como eram muitas roupas eu demorei bastante até tira-las, passava minhas mãos em todo o seu corpo sentindo cada lugar desconhecido que eu nunca pensei em tocar no meu professor, gelei ao encontrar um grande volume na box preta, ele estava excitado com o meu toque, seus olhos eram cheios de desejo e malícia, eu o voltei a beijar, não queria dar continuidade a isso, me deitei em cima dele e fiquei acariciando o seu cabelo.
— E se descobrirem? — eu perguntei baixinho.
— Não tenho ideia do que pode acontecer — ele disse.
Ficamos em silêncio, em alguns momentos nós nos beijávamos e continuávamos sem dizer nada.
— Eu não deveria ir para o meu dormitório? — perguntei logo que um pouco de sono bateu.
— Não quer ficar? — ele perguntou arqueando uma sobrancelha.
Eu sorri, como esse homem consegue ser assim?
— Você quer que eu fique? — devolvi sorrindo.
— Você quer que eu diga que eu quero que você fique? — ele estava meio impaciente, mas riu um pouco com essa brincadeira.
— Você quer...
— Chega! — ele disse — eu quero que você fique e você quer ficar, acabou.
— Quanto mal humor — eu disse rindo.
— Muito engraçado Davis — ele figiu uma falsa risada.
— Eleanor, acho que já pode me chamar assim — eu disse mordendo o lábio inferior.
— Há necessidades? — ele disse revirando os olhos.
— Bem, sim, há — não consigo acreditar que mesmo nos beijando e deitados juntos ele continua a me chamar pelo sobrenome.
— Ah, está bem, Eleanor — ele disse relutantemente o meu nome.
— Você é um homem muito formal — eu o observei.
— Por acaso há algum problema nisso?
— Não, não há — eu disse — é até bonitinho.
Eu falei com uma voz de criança para irritá-lo mais.
— Você continua sendo intragável — ele falou sorrindo um pouco.
— Mas você deve gostar disso em mim — eu falei com uma carinha travessa.
— De você eu gosto, mas desse seu jeito não — ele disse com um sorriso sonserino nos lábios finos que agora estavam meio inchados por causa dos beijos trocados.
— Você admitiu!!! — eu disse fingindo demasiada felicidade, só para irritar o professor.
Ele revirou os olhos e repirou alto como se estivesse cansado.
— Uma hora eu teria de admitir, não é? Seria educado se você também admitisse — ele disse.
— Eu gosto muito de você — disse sorrindo e o beijei.

Snape

— Isso é bem estranho — ela disse depois de um tempo.
— O que é estranho? — eu perguntei a ela.
— Nós dois — ela disse mordendo o lábio.
Eu odiava quando ela fazia isso, ela parecia tão... irresistível, tão convidativa. Como eu estava conseguindo estar na mesma cama com ela e não poder me sastifazer? Bem, eu não sei, mas, a presença dela, apenas conversando comigo já estava em bom tamanho, eu não queria assustá-la, ela poderia pensar que eu estava com ela por puro interesse sexual.
— Severo? — ela estalou os dedos na minha cara — acorda pra vida!
Ela riu, ri junto, tenho a sensação de que viveremos bem felizes.
— O que você tinha dito? — eu perguntei encarando-a.
— Que é meio estranho... nós dois, é, juntos — ela disse meio envergonhada.
— Por que acha isso? — Argh, peguei a mania de ficar perguntando como ela.
— Bem, digamos que, não temos muitas semelhanças, você é um Sonserino, eu sou uma Grifinória, você é um professor e eu sou uma aluna.
— Mas seria mais estranho ainda se fossemos do mesmo jeito, muito monótomo, como os outros casais — eu disse a ela.
— Você está certo — ela disse sorrindo.
— E quando é que eu não estou?! — eu disse com orgulho.
Ela revirou os olhos e ficamos rindo um pouco.
— Convencido você, né? — ela falou ainda rindo bastante.
— São apenas verdades — eu sorri.
Eleanor também sorriu, ela tinha um rosto angelical, tão pura e desejável.

Eleanor

Eu ficavam brincando com os cabelos oleosos do professor, ele vez ou outra ficava em silêncio, provavelmente pensando em algo, em nós.
— No que está pensando? — eu perguntei com curiosidade.
— Isso realmente importa? — ele indagou sem responder minha pergunta.
— Sim, importa — eu disse tentando ser fria.
Ele não respondeu, continuou em silêncio encarando o teto.
— Responda! — eu falei com raiva.
Ele sorriu.
— Quanta impaciência, eu só estava pensando em como você é bonita — ele disse meio envergonhado.
O sangue subiu as minhas bochechas, quando ele percebeu o rubor em minha face ele não teve mais motivos para se envergonhar e sim para curtir com a minha cara.
— Você é muito ingênua mesmo — ele disse rindo — já devia estar acostumada com elogios.
— Não sou tão bonita — eu disse colocando tristeza nas palavras e abaixei a cabeça encostando-a no peito nu do professor.
Ele levantou minha cabeça com uma mão, com a outra ele segurava minha cintura.
— Você é perfeita, Eleanor — eu sorri ao ouvir isso do Snape.
Ele tomou meus lábios em um beijo cheio de carinho, sua mão ainda segurando forte a minha cintura. Eu passava minhas mãos em seus cabelos, mordi o lábio do professor, ele soltou um gemido baixo.
Ficamos conversando por mais tempo e quando eu estava quase pretes a dormir eu sai de cima dele e me deitei ao seu lado.
— Boa noite Severo — eu arrisquei dizer seu primeiro nome.
— Boa noite Eleanor — ele me deu um beijo na testa.
Encostei minha cabeça em seu peito e rapidamente adormeci.

Snape

Ele dormiu tão rápido, é incrível como ela consegue ser tão bonita e pacífica enquanto dorme, depositei um pequeno beijo em seus lábios e tentei dormir, mas muitos pensamentos vagavam em minha mente, o que estamos fazendo é errado, claro. Mas nós gostamos um do outro e é só termos cuidado para não descobrirem, apenas isso, eu não conseguiría ficar longe dela nem se eu quisesse.
— Bom dia — Eleanor me acordou com um sorriso largo mostrando seus dentes brancos.
Seus olhos me encarando e suas mãos passeando pelo meu cabelo.
— Bom dia — eu disse com um sorriso não tão entusiasmado.
— Dormiu bem? — ela me perguntou ao se levantar da cama e começar a dobrar os edredons e lençóis delicadamente.
— Sim e você? — acho que ela esperava algo mais em minha resposta, algo sobre eu ter dormido com ela.
— Também — ela deu de ombros, meio irritada.
Eu me levantei da cama, Eleanor estava de costas para mim ainda dobrando as roupas de cama, eu a abraçei por trás assustando-a.
— Foi uma... ótima noite — eu sussurei em seu ouvido, dizendo as palavras quase soletrando-as.

Eleanor

Oh meu Merlim, como ele conseguia ser tão sensual e convidativo? Eu me virei de frente para ele e disse com uma voz melosa:
— Eu sei disso — ele revirou os olhos, deu um sorriso torto e me beijou.
Essa coisa entre a gente é estranha, sim, mas também é maravilhosa, nós nos completávamos, eu falei entre o beijo:
— Tenho de ir para a Torre da Grifinória — após me ouvir ele parou.
— Está bem, até o Salão Principal — eu lhe dei um último beijo e sai.
Se é meio anormal uma Grifinória andar pelas masmorras sozinha e de camisolas durante o dia? Bem, eu acho que é, mas ninguém disse nada, graças a Merlim. Entrei na Sala Comunal da Grifinória e me deparei com Mariana e Renata sentadas nas poltronas, completamente cansadas e preocupadas, quando me viram foram correndo ao meu encontro alegres.
— Onde você se meteu garota? — perguntou-me Renata um pouco brava, mas aliviada.
— Estávamos pensando em ir falar com a McGonagall se você não aparecesse, é a segunda vez! — disse Mariana sem esperar eu responder a pergunta de Renata.
— Me desculpem meninas, eu não queria preocupar vocês atoa.
— Está ok. Mas agora nos diga, onde você estava? Você tinha dito que iria cumprir uma detenção com Snape e não voltou cedo, pela segunda vez. O que está acontecendo? Vocês dois estão...
— Flertando? — Renata terminou disse antes que Mariana deixando-a irritada.
Eu olhei para elas com cara de quem não está entendendo.
— O que? Eu e o professor Snape? Que coisa mais ridícula para se pensar — eu disse enfim.
Evitei olhar diretamente em seus olhos, elas reconheceriam se eu estivesse mentindo, e me senti um pouco traíra por mentir para minha amigas.
— Eleanor! Diga a verdade! Você ficou duas noites cumprindo detenções com ele, sem contar que na primeira que você não voltou, no dia seguinte só apareceu no jantar!
— Isso são só teorias, e-eu meramente estava cumprindo detenções.
— A noite toda? — Renata debochou.
— Nos conte Eleanor, somos suas amigas! — Mariana disse implorando.
Eu fiquei calada, Snape disse que não era para ninguém descobrir, mas elas são minhas amigas, eu confio nelas, Snape tem que entender, eu não vou conseguir guardar isso só para mim, preciso de conselhos. Sem muita vontade eu começei:
— Vocês são minhas amigas, sempre irão estar do meu lado mesmo eu fazendo besteira ou passando por momentos difíceis né?
Elas assentiram, seus olhos mostravam tal curiosidade.
— Está bem, talvez vocês me achem meio maluca, mas eu... Hum, eu acho que gosto do Snape.
Mariana ficou radiante, sorrindo sonhadoramente e disse:
— Eu sabia! Você quis dizer que GOSTA dele, todas essas detenções, os pontos a menos, o tratamento arrogante era pra ele disfarçar que também gosta de você! Vocês dois ficaram não, é?! — Ela parecia estar muito feliz por mim, então eu também me senti.
— Bem, eu... nós dois — eu mordi o meu lábio por conta do nervosismo — sim, nós estamos ficando.
— E como ele é? Porque sabe, ele é tão misterioso, sombrio e tem um jeito tão...
— Ei! — interrompeu Renata que estava quieta até agora — Eleanor, você sabe que isso é perigoso não? Se alguém souber, se alguém ver vocês dois as consequências serão, digamos, bem SEVERAS.
Nós três rimos um pouco da palavra que a Renata usou, mas depois ficamos sérias.
— Eu sei que terá alguns riscos, que poderemos ser punidos e ficármos mal falados aqui, mas ninguém vai descobrir, ninguém pode descobrir, vocês irão me ajudar, não é?
— Com certeza — disse Mariana sorrindo.
— Pra que servem os amigos mesmo! — Renata disse com um sorriso não tão animado quanto o de Mariana.
— Obrigada! Vocês são as melhores amigas que alguém pode ter.
— Sabemos disso — Mariana riu ao dizer — mas voltando o assunto, nos fale, como é o Snape?
— É, bem, o Snape ele parece gostar muito de mim, e ele... ele beija muito bem, ele é tão carinhoso.
— Difícil é imaginar um Snape carinhoso — Renata disse rindo — então, você realmente passou todo esse tempo com ele?
— Na minha primeira detenção eu desmaiei e caí de uma escada, aí ele me deitou na cama dele, mas ele não se deitou comigo, claro — eu acrescentei ao ver algo estranho nos olhos das minhas amigas.
— Eu dormi por um tempão, até de tarde no outro dia, e quando eu acordei, nós nos beijamos, foi tão... perfeito, mas quando estávamos indo para o Salão Principal, depois dele me beijar, nós meio que brigamos, ele quis acabar com o que houve entre nós, por isso eu estava triste, na mesma noite eu fui até lá, mas ele não estava, eu dormi na porta de seus aposentos, então acordei novamente na cama dele, discutimos um pouco sobre ele ter acabado tudo sem uma verdadeira conversa, e então ficamos, ele queria... é, bem, quase que nós dois fizemos... sexo, mas eu, vocês sabem, não poderia simplesmente fazer isso, mesmo assim nos deitamos na cama dele e dormimos juntos.
Eu terminei o que eu disse e fiquei meio com vergonha porque Renata e Mariana ficaram se olhando meio esquesito, efim Mariana disse:
— Parece que vai durar não é? E me diga, por que você não quis aquele algo a mais?
— Eu não estava pronta, e era só o segundo dia que ficamos juntos.
— Hoje tem aula de Poções, será que ele vai mudar o tratamento com você? — Renata me perguntou.
— Não sei, mas seria melhor que não mudasse, não quero que percebam.

Snape

Eu estava na mesa dos professores, hora ou outra Eleanor me olhava da mesa da Grifinória, suas amigas também me encaravam, o que me deixou confuso, será que Eleanor havia contado a elas sobre nós? Me deixou um pouco infurecido. A minha primeira aula de hoje seria do 7 ano, Grifinória e Corvinal, eu não saberia como agir, mas acho que devo continuar com o mesmo tratamento com Eleanor, alías não queríamos que descobrissem.
— Silêncio — eu disse ao entrar na minha sala, embora todos já estivessem quietos, exceto Eleanor e suas amigas.
Eu as encarei friamente, e ela me encarava com cara de nojo.
— Abram na página treze de seus livros, façam corretamente a poção do morto vivo, os ingredientes estaram desponíveis para vocês usarem nestas prateleiras, devem terminá-la até o fim da aula.
Os alunos me olhavam pela espreita com uma certa raiva, a poção do morto vivo para quem não tem habilidades em poções é muito difícil e se torna um grande perigo. Eu andei pela sala observando as poções dos alunos, nada de surpreendente, claro que Davis estava conversando com suas amigas, não sabia o que, elas falavam muito baixo, eu cheguei perto delas e disse:
— Caladas! Nada de conversinhas em minha aula senhorita — me dirigi a Eleanor com uma voz fria.
Ela me olhava com uma expressão leve, sem raiva alguma. Continuei andando pela sala, o olhar de Eleanor me seguindo, hora ou outra eu a olhava e ela mordia o lábio o que me deixava complemente louco para beijá-la, ela umideceu os lábios e me olhava cheia de desejo.
— Quem conseguiu concluir a poção coloque uma etiqueta com o nome e traga até a minha mesa para ser avaliado.
Graças a Merlim aquela aula acabou todos os alunos depois de me entregarem as suas poções se retiraram, até que Eleanor foi a última, ela se demorou arrumando a mesa e sua mochila. Ela veio andando para a frente da sala e me ficou de frente para mim. Finalmente sozinhos, eu a puxei à encontro de mim sem nenhuma delicadesa, ela me beijava cheia de desejo, entregue à mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!