Você Me Destruiu escrita por Hyiani


Capítulo 9
Palavras Arrasadoras


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem com vocês?
Está bem tarde, mas eu só consegui terminar de escrever e revisar agora, desculpem. Eu realmente não gosto de postar assim tão tarde.

E então? Eu adorei escrever os pensamentos iniciais da Sakura nesse capítulo! Espero que vocês também gostem! Boa leitura.



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Algumas palavras podem mudar completamente o seu dia.

De uma forma boa, ou de uma forma ruim.

Por exemplo... Sim, lá vou eu citar mais uma parte da minha infância.

Teve uma tarde, em que eu estava brincando alegremente no jardim, quando minha mãe surgiu na porta dos fundos, que dava para o quintal onde eu estava. Ela estava falando no telefone, quando de repente ela o afastou da orelha e me pediu que entrasse em casa. Preciso dizer que eu fiquei extremamente preocupada?

Eu entrei em casa e assim que minha mãe desligou o telefonema, disse que estavamos indo ao médico.

Okay, não é um exemplo MUITO trágico, mas para uma criança de 7 anos que detesta ir ao médico é o fim do mundo.

*

-Entre, Sakura. - Meredith falou para mim sem me olhar.

Eu fiz basicamente o de sempre, entrei joguei a minha mochila em um sofá do outro lado da sala e me sentei de frente para a Dra.

Minha mãe havia agendado uma consulta de última hora. Eu não entendi exatamente o porquê. Não, na verdade eu não entendi nada.

Achei que talvez, só talvez eu pudesse parar de frequentar as consultas, minha mãe teve uma mudança significativa em sua postura, e eu acabei mudando a minha junto com a dela.

-Você sabe porque está aqui? - Meredith perguntou, eu fiz que não meneando a cabeça. - Supõe algo?

-Porque alguém acha que eu não estou bem? Ou... sei lá! - eu tentei pensar em mais teorias e suposições, mas todas eram... levemente absurdas.

-Sua mãe mudou algum comportamento dela, Sakura? - ela perguntou parando de dar rodeios, parecia realmente curiosa e isso me fez ter vontade de fugir do assunto somente para irritá-la, mas... eu queria saber porque ela falava da minha mãe.

-Por quê? - eu perguntei incisivamente, ela se manteve impassível, mas ainda era possível ver que estava agitada. Aquilo me fez vê-la como a adolescente, não a psicóloga.

-Poderia apenas responder minha pergunta?

-Não, não poderia. - falei disposta a provoca-la o máximo possível. - Mas sim ela teve umas mudanças. - sou um pouco contraditória e preciso admitir isso para mim, dizem que aceitação é o primeiro passo.

-Tem alguma ideia do por quê dessa mudança? - ela perguntou como quem já sabe a resposta, mas quer testar o outro.

Eu dei de ombros. Na realidade eu quero muito saber o que houve. Será que existe um serviço de abdução alienígena e eu não tô sabendo? Me passa o número, tem uma lista de pessoas que precisam dessa mudança por abdução alien!

-A sua proposta em uma das primeiras consultas. - ela falou me deixando deduzir o resto sozinha.

-Acabar com a tortura? Quer dizer... consulta? - eu falei tentando me lembrar de qualquer outra coisa, eu tenho que dizer que sou horrível com dedução.

-Você disse que achava que era a sua mãe quem precisava de consultas. - ela disse ainda me examinando, onde ela quer chegar?

-E ela fez? - eu perguntei duvidando.

Minha mãe? Admitindo o problema e buscando uma solução? Para mim é mais fácil acreditar em um serviço "Disk abdução alien".

-Sim, ela me contou várias coisas, e aparentemente fez efeito! Estamos tendo resultados bons, e ela me contou algumas coisas... Sobre... - sinceramente? Pior momento para ela tentar tocar no assunto que eu tenho quase certeza de que ela iria tocar.

-Bom, podemos parar de falar da minha mãe? A consulta é minha. E outra eu quero te contar, e perguntar algumas coisas. Não seja inconveniente. - eu disse interrompendo ela, seu olhar era hesitante, mas ela aparentemente decidiu não insistir.

-Tudo bem. Prossiga. - ela disse fazendo um gesto condescendente com as mãos.

-Eu quero te perguntar o por quê de você insistir tanto em saber da minha vida pessoal. E também por quê você queria ser psicóloga. - eu falei pensando nas perguntas o mais rápido o possível. Eu só havia dado a desculpa das coisas para conversar, porque qualquer coisa é melhor do que aquele assunto, mas o que seria a qualquer coisa, eu não sabia.

-Eu escolhi ser psicóloga para ajudar as pessoas, de todas as formas possíveis. E para te ajudar a resolver o seu problema, eu preciso entender como funciona a sua vida pessoal e seus pensamentos. - ela falou me olhando nos olhos, eu estava morrendo de vontade de desviar o olhar, mas eu me contive. Sustentei o máximo o possível.

-Pode me ajudar com uma coisa? - eu falei e pude contemplar a expressão surpresa de Meredith. - Eu quero saber o que leva uma pessoa a parar de falar palavrão por conta de outra pessoa.

-Motivos diversos. - ela falou curiosa com a razão de eu ter perguntado sobre aquilo. - Talvez você admire o palavreado da pessoa, ou admire-a e queira ser semelhante, ou talvez queira impressionar essa pessoa.

-Então eu quero impressionar ele?! - eu deixei escapar e no mesmo instante um sorriso começou a brincar no canto dos lábios da Dra.

-Posso saber de quem se trata? - ela perguntou tentando me deixar à vontade, ela estava utilizando uma técnica, que eu obviamente não sabia o nome, mas às vezes também usava.

-Sasuke. - eu falei olhando para a janela. Ela vem me ajudando de fato em algumas coisas, e esse talvez seja o mínimo que eu posso fazer por ela, já que ela quer tanto saber um pouco da minha vida, que seja então da parte aparentemente boa.

-O garoto da qual falamos na consulta anterior? - ela pergunta e eu assinto com a cabeça. - Você gosta dele Sakura? - ela faz as perguntas se inclinando para frente cada vez mais a cada pergunta.

-Sei lá. Ele é legal. Parece como a minha válvula de escape perante a situação. - eu falo lembrando de alguns devaneios que eu tive em relação a ele.

-Lembre-se que nada é saudável quando usado como válvula de escape, Sakura. - ela fala deixando de lado a curiosidade e voltando a agir como uma psicóloga, não como a "Maria das fofocas". Será que alguém chama os outros assim?

-É que válvula de escape é um nome melhor do que: ralo de pia, negócio de escoamento... e coisas assim. - eu falo tentando me lembrar de outras denominações, mas nenhuma me vem a mente.

-Sakura, de fato, válvula de escape é um nome melhor do que "negócio de escoamento", porém não é saudável, de qualquer forma. - ela diz segurando o riso, e é só aí que eu percebo que negócio de escoamento, soa um tanto quanto estranho fora da minha cabeça. Dentro dela também.

-É... pode ser... - eu falo olhando para o relógio, eu ainda tenho míseros minutos de consulta. Acho que nunca passou tão rápido.

-Já pensou que ele pode apenas te fazer feliz? - ela pergunta seguindo a direção do meu olhar para o relógio. O despertador apita indicando o fim da seção. Eu percebo que ela deixou aquela perturbação de questão no ar de propósito.

Levanto e apanho minha mochila no sofá ao canto da sala. Antes de sair eu lanço um olhar por cima do ombro e percebo ela me observando. Ela está ali, ainda analisando. Ela conseguiu dar algumas notícias chocantes, deixar minha mente toda bagunçada e eu estou muito perdida.

Saio batendo a porta.

*


Às vezes nós só precisamos das palavras certas na hora certa.

Precisamos que as pessoas certas nos digam, e as pessoas certas podem ser estranhos na rua! Nunca se sabe.

Às vezes, é possível que a pessoa "certa" esteja sempre lá, mas você faz questão de ignorar, fingir que não existe, ou até mesmo desprezar.

Às vezes só precisamos de um abraço na hora certa.

E às vezes, precisamos estar com os braços abertos para dar Abraços, e recebe-los. Das pessoas mais inusitadas que se pode imaginar.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Se quiser comentar eu adoraria ler e responder todos! Vocês são adoráveis! Isso me deixa muito feliz!

Quero saber a opinião de vocês, por favor!

Beijos e até o próximo.



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