Apenas um sonho escrita por Florrie


Capítulo 7
Jon


Notas iniciais do capítulo

Esse é como um capítulo bônus, não planejava um ponto de vista para o Jon agora, mas esse acabou surgindo. É pequeno e tudo mais, entretanto, decidir postar para vocês lerem algo enquanto o próximo não está pronto.

A linda aqui postou esse capítulo na historia errada, ainda bem que notei logo depois de cometer o erro. - só eu mesmo -.-



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Sentar-se sozinho na torre abandonada havia se tornado um hábito desde que Sansa acordou sem memórias. Ele costumava se manter ocupado para que o impulso de ir até ela não vencesse. Quando não estava resolvendo algum problema ou treinando com os rapazes ou mesmo dando atenção aos filhos, ele se escondia naquele lugar. Era cheio de memórias, algumas tristes e outras felizes. Meses atrás havia se falado em reformar o lugar, Jon agradeceu por não terem levado a discussão adiante.

Foi neste lugar que ele e Sansa trocaram o primeiro beijo. O inverno estava em seu auge, os mortos se levantavam e o futuro era incerto. Ambos sentiam uma mistura de sentimentos confusos naquele momento, um redemoinho de sensações que resultou em Sansa lhe dando um beijo. Logo depois Jon se sentiu na obrigação de se desculpar, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ela correu. Evitaram-se por sete dias até se encontrarem novamente.

Havia sido um caminho tortuoso e difícil e agora... Agora parecia que tinha voltado para o inicio. Temia que ela nunca voltasse a se lembrar, que nunca voltasse a amá-lo como ele o fazia. O jeito era fazer o que Arya tinha lhe aconselhado, esperar.

Ele é tão bonito. Sansa disse com o pequeno bebê nos braços na cama. Ele sentou ao seu lado, esticando as pernas ao lado das dela e a abraçou. Benjen será um menino forte segundo o meistre.

Sua mãe é forte, ele também será. Ela riu com o elogio e o garotinho se remexeu no colo dela.

Vamos rezar para que ele não lute espadas como eu. Dessa vez foi a vez dele rir. Ela corou. Lembra de como fui um completo desastre com Arya e Brienne. Nem você conteve o riso quando cai na lama.

Ela tentou soar brava, mas o bebê fez um barulhinho adorável e ela logo se esqueceu.

Você vai lutar como o papai e como a tia Arya.

E esperto como a mamãe, sabia que ela passou a perna em Tormund apenas com sua conversa?

Não fale assim, ele vai achar que sou uma trapaceira. Sansa deu um beijinho na testa dele. A mamãe não é trapaceira, ela só encontra soluções rápidas para pequenos problemas sem usar uma espada.

Os dois riram.

Sorriu com a memória e se deixou viajar pelo passado por alguns minutos.

Um barulho o tirou a concentração. Por um instante pensou se tratar de Sansa, com seus passos graciosos subindo as escadas e reclamando das teias de aranha. No instante seguinte uma mulher entrou, mas não era Sansa.

Val vestia azul escuro, seus cabelos estavam soltos e seus lábios sorriram ao vê-lo. Jon levantou-se rapidamente inquieto para ir embora.

– Parece nervoso. – ela disse analisando o lugar com os olhos. – Parece triste também.

– Não estou nervoso ou triste.

– Pensei que o veria alegre, não se fala em outra coisa.

Jon olhou pela janela, lá embaixo Sansa e Arya passaram conversando. Havia outras mulheres nobres, damas de companhia, e algumas criadas. Devem estar se preparando para a chegada dos Baratheon. Sansa parou por um instante e olhou para a torre, ele viu no olho dela um brilho de reconhecimento, o mesmo brilho que viu na tarde em que ela fugiu dele. Por um instante ela me olhou e foi como se lembrasse.

Arya a puxou e ela voltou a andar. Jon respirou aliviado, seria problemático se ela subisse.

– Do que estão falando tanto?

– Estão falando que sua esposa espera outro bebê. – Val sorriu. – Tormund está esperando o anúncio para começar a apostar sobre o sexo, ele quer acerta desta vez e ganhar o que perdeu com o pequeno Sam.

Jon trocou o peso de uma perna para a outra desconfortável.

– As pessoas falam demais... Devo ir.

– Já eu não imaginei que ela estivesse grávida, mas tenho que dizer que está diferente. – Jon a ignorou e continuou andando em direção da escada. – Ela parece mais... Distante.

Ele desceu deixando Val para trás.

Lá embaixo encontrou Wynafryd. A mulher esbelta de longos cabelos castanhos e olhos perspicazes sorriu cordialmente, mas sua expressão agradável sumiu no momento seguinte. Jon soube o motivo assim que a voz de Val soou atrás dele.

– Lady Wynafryd.

– Lady Val.

– Não sou nenhuma Lady. – a loira respondeu sorrindo, Wynafryd também sorriu, mas Jon podia sentir a tensão entre elas. – Não como a senhora.

– Não uma Lady, mas uma princesa... A princesa dos selvagens, não é como a chamam? Talvez possamos usar sua sábia opinião no salão, as mulheres não conseguem decidir sobre a cor das fitas e Tormund decidiu que seria proveitoso dar sua opinião. Acompanha-me Lady Val?

A loira sorriu.

– Será um prazer.

As duas mulheres se afastaram e Jon decidiu que deveria se manter o mais longe do salão possível.

Acabou se refugiando no quarto do pequeno Sam. O bebê tinha os cabelos claros, era um tom de loiro arruivado que lembrava ouro misturado com cobre. Ele falava coisas sem sentindo nos seus braços e depois se mexeu querendo descer. As gêmeas também estavam por lá. Brianna foi brincar com o bebê enquanto Eddara andou até ele e pediu para se aconchegar no seu colo.

As gêmeas eram miniaturas de Sansa, os cabelos ruivos tinham o mesmo tom e os traços no rosto à mesma leveza. Entretanto, as meninas eram bem diferentes entre si. Brianna falava mais e irradiava energia, já Eddara era mais quieta e tímida, preferindo observar a dizer alguma coisa.

– Eu sonhei com um dragão papai. – sua filha falou em seus braços.

– Um dragão?

– Ele era claro, como aquele que o senhor montou.

Viserion, o dragão branco que pertenceu a Daenerys Targaryen e que agora estava nas terras dos Targaryen. Jon o tinha montado um par de vezes no passado.

– O dragão voava lá no céu e então soltava um fogo amarelo e vermelho.

– Foi só um sonho. – falou dando um beijo no topo da cabeça dela.

– Uma moça montava o dragão papai, eu vi, ela tinha um vestido azul bonito.

Brianna soltou um gritinho quando um inseto passou perto do seu pé e Eddara parou de falar sobre seu sonho. Jon achou melhor desse jeito, não gostava de seus filhos pensando sobre dragões, já bastava Ben com seu fascínio sobre eles.

Uma criada surgiu, pareceu surpreso em vê-lo e comunicou que Sansa estava vindo ver os filhos. Jon colocou Eddara no chão e despediu-se.

Hora de esconder-se no quarto.



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Notas finais do capítulo

Comentários? Por favor :)
Desculpem qualquer erro que passou por mim.
Beijos ;*



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