Apenas um sonho escrita por Florrie


Capítulo 13
Jon


Notas iniciais do capítulo

Não é uma miragem, sou eu que voltei. o... Sobre o meu sumiço, eu culpo os trabalhos e os lindos professores que passaram uns monstros para serem feitos em menos de duas semanas. A última semana ficou com sensação de um ano, sério, chegava o natal, mas não chegava o sábado. Ontem, teoricamente, foi minha última aula e se todas as notas que faltam sair forem na média, eu estou de ferias - partyhard.

Adeus tretas em grupo de trabalho - e foram muitas - e aulas chatas com um certo professor.

Comecei minha maratona para atualizar todas as fics.
Se alguém achou que eu tinha morrido... Estou bem viva e estou de volta XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657793/chapter/13



Correrrio estava preparado para uma enorme festa. O Rei Edmure os recebera com sorrisos e saudações animadas. O homem agarrou Sansa e Arya para um forte abraço e depois as cobriu com elogios, logo foi a vez de Rickon, o rapaz parecia tão feliz em ver o tio que ignorou completamente as formalidades da ocasião. Jon foi o último a cumprimentá-lo, deram as mãos e trocaram breves palavras de cortesia.

            Atrás dele foi possível ver Roslin Frey, com seus longos cabelos castanhos e maçãs do rosto salientes. Ao seu lado o príncipe Edmyn sorria orgulhoso. Seu cabelo era tão vermelho quanto o do pai, mas seus olhos eram castanhos como os da mãe. Na frente da mãe estavam as duas princesas e as duas tinham as cores do pai. Catelyn Tully era uma menininha de seis anos com uma confusão de cachos vermelhos enfeitando a cabeça e olhos azuis claros como o céu ao amanhecer. Minisa Tully, de quatro, tinha os cabelos ruivos lisos e os mesmos olhos da irmã.

            Ben torceu a cara quando olhou para Catelyn e a menina respondeu da mesma maneira. Fazia pouco mais de um ano desde que eles se viram pela última vez em uma visita de Roslin e das crianças. Os dois odiaram-se no primeiro olhar e aparentemente, a inimizade sobreviveu todo esse tempo.

            Jon deu uma tapinha no ombro do filho, o encorajando a andar e cumprimentar os filhos de Edmure.

            Sansa, que estava de pé ao seu lado, enlaçou o braço no seu e sussurrou perto do seu ouvido. Ele sentiu todos os pelos do corpo se arrepiar com o gesto, mas fez o máximo para não demonstrar.

            – Por que ele está tão tímido?

            – Não é timidez, ele só não gosta muito da pequena Catelyn.

            – E por que não haveria de gostar?

            – Digamos que os dois não se deram muito bem desde que se conheceram.

            Catelyn se aproximou para cumprimentar seu filho, ela era uma perfeita senhora e até fingiu um sorriso para Ben. O garoto, por outro lado, não era tão educado e colocou a língua para fora, fazendo a garota corar de horror e fechar o rosto. Sansa o fuzilou com o olhar e por um segundo foi como se sua Sansa tivesse voltado. Em uma situação normal, Jon teria rido para então receber um beliscão da esposa que reclamaria que risos somente iriam incentivá-lo.

            Mas está não é uma situação normal, por isso, Jon permaneceu quieto.




O quarto era amplo e arejado. A própria Roslin se prontificou em levá-los até ele. A rainha era bastante gentil e agradável, parecia tão animada quando uma donzela com a perspectiva dos festejos. Enquanto caminhavam, a mulher contou que em breve Correrrio estaria cheio de convidados de todos os reinos.

            – Os Hardyng devem chegar nos próximos dias e depois os convidados mais ao sul. – Tyrell, Martell, Targaryen e Lannister. Fazia um bom tempo desde que todas as famílias reais estiveram sob o mesmo teto. Haveria muitas conversas sobre alianças e a manutenção da paz, Rickon tendia a participar delas de vez em quanto, mas Jon e Sansa ficavam encarregados de grande parte da diplomacia.

            Agora teria que fazer a maior parte sozinho. A perspectiva não era animadora.

            – Só tem uma cama. – Sansa comentou assim que ficaram sozinhos.

            Era verdade. Uma larga cama foi posta no centro do quarto, perto da entrada para a varanda. Jon suspirou, dormir no chão, outra perspectiva que não o animava. Sansa estava apertando as mãos nervosamente e seu rosto ganhou um tom mais escuro de rosa.

            – Acho que não haverá problema. – ela disse antes que ele pudesse se oferecer para dormir no chão. Jon arqueou a sobrancelha curioso. – Estamos casados, certo?

            – Sim.

            – Então eu acredito que não haverá problema em dormir na mesma cama. – ela encarou a parede. – Você ficará dolorido se dormir no chão duro.

            – Eu não tenho problemas em fazê-lo.

            – Não se preocupe Jon, nós dois dormiremos na cama.

            O modo decidido como ela falou... Pela segunda vez ele pensou estar vendo a sua Sansa.




Você acha que vamos viver para ver a primavera?

            Jon a olhou sem saber o que responder. Pensou um pouco e por fim disse:

            Acho que faremos o melhor que pudermos. Ela deu um sorriso e olhou além da janela, para onde a neve cobria impiedosamente tudo de branco. Os Caminhantes Brancos viriam com os mortos, à última batalha se aproximava.

            A Longa noite chegaria ao fim, bastava saber quem seria o vencedor. A última batalha... Já tinham tido grandes perdas. Entre elas a rainha, provando que nem mesmo o sul estava livre. Seu irmão era rei agora e insistiu para que ele permanecesse com um dos dragões. Precisamos de fogo para ganhar Jon, tinha dito ele, e nada melhor que um dragão para isso.

            Nós passamos por tantas coisas, vamos vencer isso. Sansa colocou a mão no braço dele e aquilo o fez lembra-se das noites que tinham compartilhado. Não eram mais irmãos, não depois do que vinham fazendo. E então iremos para uma grande festa em Porto Real.

            Sim.

            Estou grávida. Ela soltou der repente. Jon ficou sem reação. Ele ou ela nascerá depois que essa guerra acabar. Talvez possamos fazer uma cerimônia na capital antes do bebê vir, obviamente casaremos em um represeiro primeiro.

            Sansa...

            Ela apenas riu.

            Não fique corando Jon, você está parecendo a minha versão com onze anos.




Contrariando as expectativas de Roslin, os Lannister chegaram primeiro que os Hardyng. Vieram em uma comitiva vermelha e dourada, com furiosos leões adornando as roupas, bandeiras e carruagens. Jon podia sentir os olhares tortos que algumas pessoas lançaram a Tyrion Lannister quando este desceu da carruagem com sua esposa Tysha.

            – É estranho vê-lo depois de tanto tempo.

            – Eu imagino que sim. – respondeu de volta. Sansa se apertou mais nele e Jon não reclamaria. – Sua esposa é bonita.

            – Bonita e de baixo nascimento, mas o Lannister fez questão de mostrar o que aconteceria com quem falasse qualquer coisa descortês sobre ela.

            Atrás do casal surgiram os filhos. Primeiro a filha mais velha, que foi concebida ainda no primeiro casamento, com cabelos claros e olhos verdes. Lana era uma moça bonita e casada com um jovem vassalo do seu pai. Os filhos que o rei Tyrion viria a ter depois também seriam bonitos. Havia o casal de gêmeos dourados, Gerion e Joanna Lannister, tão perfeitos quanto os antigos gêmeos foram. Também havia um garotinho de quatro anos, Damien e uma menininha de dois, Tya. Com exceção de Damien, todos eram tão dourados quanto um Lannister tinha direito de ser. Já o garoto tinha o cabelo escuro da mãe.

            Eles foram recebidos e instalados. Tyrion conversou um pouco com Sansa e ela lidou impressionante bem com a situação, fingindo saber de todos os acontecimentos que o homem mencionava. Ao anoitecer, o Lannister o encontrou sentado no pátio interno observando a amas seguirem as crianças. Os garotos Brune jogavam com Gerion e Ben. As meninas juntaram-se em um jogo onde uma delas era vendada e precisava pegar as outras. Fomos todos inimigos antes, pensou, agora era difícil de acreditar que seus filhos brincavam como se o passado nunca tivesse existido.

            – Eles me lembram os meus irmãos. – Tyrion comentou ao sentar do seu lado. – Os gêmeos, eu digo. Quando nasceram eu pensei que fosse algum tipo de piada dos deuses. – o homem levantou a taça de vinho e olhou para o céu. – Vocês nunca gostaram de mim. – então houve risadas. – São dourados e perfeitos como Jaime e Cersei.

            Jon continuou calado e olhou para gêmeos. Joanna e Gerion eram parecidos, com olhos verdes, cabelos dourados cacheados e traços bonitos.

            – Sabe qual é o meu maior medo? Vê-los terminar como eles. – Tyrion lhe ofereceu sua taça, mas Jon recusou. – Sempre foram muito unidos, andando juntos de um lado para o outro. Eu os separei e dei expressas ordens para que os vigiassem noite e dia. Tysha dizia que era paranóia minha e até o momento parece que é.

            – Você tem medo que eles encarnem fantasmas do passado. – disse com a voz profunda. – São crianças Sua Graça e não se parecem em nada com seus irmãos.

            Tyrion deu uma forte gargalhada.

            – Gerion pode ser tão impetuoso quanto Jaime e os deuses sabem que Joanna tem o gênio de Cersei. – o garoto Damien avistou o pai sentado nas sombras, correu até ele com as bochechas coradas e sentou ao lado do pai aos risos. – Você está certo Stark ou Targaryen, não sei bem como chamá-lo... Eu tenho medo dos fantasmas do passado assim como quase todos que conheço. Olho para meus filhos e me pergunto se o ciclo de ódio e tristeza os agarrará como nos agarrou.

            – Mamãe disse que não existem fantasmas. – Damien comentou para o deleite do pai.

            – Sua mãe é mais esperta do que eu garoto, sempre a escute.

            – Ela também disse isso.

            – Claro que disse. – o anão então olhou para Jon. – São inocentes como nós fomos e nosso mundo sempre foi cruel.

            – Eu tenho medo pelos meus também. – era uma revelação que não fazia com muita freqüência. Benjen, Brianna, Eddara e o bebê Sam. Temia por eles todos os dias. – Mas nós vamos fazer o possível para manter a paz, ela não durará para sempre, mas com sorte, durará o suficiente.

            – Sim... Sim... Em breve teremos tantos reis e rainhas em um mesmo lugar. Tente não dormir na reunião Jon.

            Ele corou envergonhado e virou o rosto.

            – Foi apenas uma vez e eu havia virado a noite. – e não tinha propriamente dormindo, apenas tombado a cabeça por alguns segundos antes de Harry Hardyng o sacudir discretamente. – Não vai se esquecer disso nunca?

            – Essa é uma piada que nunca perde a graça. – respondeu o outro. – Assim como Willas Tyrell perdendo para a esposa em um jogo de bebida.

            Esta era uma memória engraçada.

            – Prevejo muitos acordos sendo assinados e, quem sabe, promessas de casamento para o futuro.

            – Eles são muito novos.

            – Não serão assim para sempre e precisamos estreitar os laços continuamente. – Tyrion deu uma tapinha no seu ombro. – Não se preocupe, deixaremos os casamentos para o futuro. Os deuses bem sabem que não suporto a ideia de pensar em deixar que algum rapaz leve minha Joanna ou minha Tya para longe.

            Quando as gêmeas passaram correndo com Megara Baratheon as seguindo vendada, ele pensou a mesma coisa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Tivemos aparição dos Lannister - estava louco para introduzi-los - e mais um capítulo do Jon.
Gostaram? Comentários?

Uma pequena nota sobre o reencontro de Jon e Sansa que foi a coisa mais linda do universo. Agora eu quero que eles cortem a cabeça do Ramsay e corram atrás dos Lannister - amo os leões, mas diferente de alguns lordes nortenhos, eu não esqueci. Outra coisa que queria salientar, o desenvolvimento do Jaime foi para o espaço né? Honestamente, esse capacho da Cersei já está me dando nos nervos, agora seria uma boa hora para a Coração de pedra aparecer e dar uns cascudos nele.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Apenas um sonho" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.