Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 53
Capítulo Cinquenta e Quatro


Notas iniciais do capítulo

GENTEW, EU DEMOREI, SEI DISSO, MAS... Olhemos pelo lado bom, não demorei quase um ano =^)

ESPERO QUE GOSTEM, BEJOS♥



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Diego

 

 

Diego...

Essa voz... Quem é?

Diego..

Ah... É a voz da bobona, me deixe em paz...

DIEGO!

Sinto minha testa arder com um tapa, abro os olhos devagar e me deparo com o rosto carrancudo dela me encarando— O que você quer..? —murmurei cada palavra com rancor.

Eu não posso sequer dormir em paz nessa casa? Não é à toa que detesto tanto esse lugar!

—Sua mãe passou aqui tem uns dez minutos, dizendo que o jantar está pronto... E nos espera lá embaixo. —falou com o olhar fixo em qualquer canto que não fosse meu rosto.

— Eu não vou. —virei-me do lado oposto a ela, esperando a droga do sono voltar.

— Você sabe que ela vai voltar. —quebrou o silêncio.

Eu não me importo.

Descer pra esse jantar significa que também terei de aguentar Sabrina, os questionamentos do meu pai e a pressão da minha mãe, nada de bom me espera. — Se quiser ir, apenas vá. Não tô prendendo você aqui. — respondi ríspido.

— Sabe muito bem que sou a última pessoa a querer estar lá.

— O que eu sei é que você não passa de uma morta de fome.

O silêncio novamente tomou conta do lugar, a qualquer momento esperava uma resposta retrucando o que acabei de dizer, afinal ela é assim.

Porém nada!

Se passou uns 5 minutos e ela continuou quieta, eu conseguia ouvir sua respiração estranhamente calma. Virei o rosto em sua direção e a vi sentada no chão, ao lado da cama olhando para a janela.

Que silêncio estranho... Até pra ela.

— Qual o teu problema guria?!

— Eu... — pausou receosa.

— Diz logo, porra. — bufei impaciente.

— Eu não quero mais fazer isso. — disse com firmeza.

— Ah não.. Não me venha com essa baboseira de novo, isso já tá me cansando, Erika. Sempre muito repetitiva... Precisa inovar, se não vou me cansar de você. —afirmei com deboche.

Essa é a pura verdade, no começo era até divertido todo esse showzinho de contrariedade, mas sempre consegui dominar a situação, essa é minha especialidade.

Dá até certo orgulho.

— Baboseira? Pode falar o que quiser, mas meus dias estão sendo um completo caos, me sinto sufocada... — resmungou com a voz trêmula.

— Então vá lá fora respirar ar fresco se sente tão sufocada— falei ficando de pé a procura dos meus chinelos— Mas uma coisa te garanto, não suportei tudo isso pra você chegar agora com esse lance de desistir. —afirmei indiferente.

Mulheres... Seres movidos a emoção, é tão divertido quanto maçante.

— Eu não dou a mínima— respondeu irritada— Vou pegar minhas coisas e ir embora.

Ela se levantou indo até a cômoda onde se encontrava alguns pertences, fiquei parado observando cada movimento e imaginando como poderia torturá-la por essa rebeldia.

Suspirei indo em direção a porta, a magrela continuava a organizar suas coisas na sua mochila de viagem.

Inocente.

Fiquei de costas para a porta, levei minha mão esquerda até a fechadura podendo sentir a chave— Erika, para, vamos conversar. — resmunguei.

— Conversar? —indagou guardando algumas roupas— Não há diálogo contigo, simplesmente não dá. —bufou cada vez mais alterada.

Enquanto ela balbuciava qualquer idiotice tratei logo de trancar a porta sem que ela notasse, não importa o que eu tenha de fazer para a manter quieta... Mas daqui ela não sai.

Ao terminar de recolher suas coisas ela colocou a mochila nas costas, amarrou o cabelo para o alto, na tentativa falha de fazer um rabo de cavalo, creio eu... Parece mais um espantalho com todos esses fios soltos e desgrenhados, ela não tem o mínimo de preocupação no que as pessoas vão pensar ao vê-la tão... Mulamba.

— Acho que deveria ir até o banheiro arrumar seu cabelo. — opinei irônico.

— Como se eu ligasse pra isso— caminhou até mim, me encarando— Agora sai.

— Como é? — indaguei sorrindo.

— Sai. —repetiu.

— Acho que não te ouvi... — desviei o olhar.

Pude a ouvir bufando impaciente, provavelmente está com muita raiva.

Isso tá ficando divertido.

— Por favor... —murmurou quase inaudível.

— Por favor o que?

— Por favor me deixe passar. —disse por fim.

Ela se deu por vencida mais rápido do que eu esperava. Isso é muito bom!

Com um sorriso no rosto me afastei da porta, caminhei até a cômoda parando ao lado da cama, do lugar que estou posso ver claramente qualquer movimento dela, e o melhor... Poderei ver a cara feia que vai fazer quando notar a falta da chave.

Ela me encarava, cismada como sempre, então se virou para a porta, ficou assim por um tempinho e BAM.

Lá está a cara feia... Hahaha.

— Abre essa porta, Diego. —disse autoritária.

— Olha só, parece que alguém está tentando dar ordens.

— Se você não abrir... Vou começar a gritar. — ameaçou carrancuda.

— Ora, faça o que quiser, vou apenas dizer que está em um daqueles dias sangrentos — debochei— E por isso ficou tão histérica.

— Eu não falei o que ia gritar exatamente... — falou deixando a mochila cair ao chão— Vou gritar para a casa inteira ouvir o quanto Dieguinho é safado e mentiroso.

Não pude evitar de perder o sorriso que antes fazia questão de mostrar a ela, essa garota tá brincando com fogo... Mesmo se eu der um jeito de converter a situação a meu favor, tudo que meus pais, incluindo a Sabrina ouvirem dela, vão me causar muita dor de cabeça.

— Você não vai fazer isso, é melhor não me provocar hoje... Hoje não. — respondi impaciente.

— SRA MÔNICAAAA— gritou, me pegando de surpresa— VOCÊ SABIA, QUE SEU FILHO É UM BAITA SAFADO??

Corri até ela cobrindo sua boca com a mão — Fecha essa matraca, idiota. — apertei com força tentando a imobilizar.

Mas ela estava revidando, parecia uma macaca selvagem... Tive de utilizar um pouco mais de força para mantê-la neutralizada, mas ela continuava lutando, e demonstrava uma força que eu não imaginava que tinha num corpo tão franzino assim.

— Fica quieta, se não — senti uma mordida forte em meu polegar, controlei o máximo que pude para não gritar altos palavrões no momento— EU MANDEI FICAR QUIETA.

A prensei com força na parede, balancei minha mão na tentativa de dispersar a dor.

Mas que filha da mãe.

— Olha só o que fez com meu dedo, sua...

Sua respiração estava ofegante, parecia querer puxar todo o ar do quarto naquele momento, seu rosto estava vermelho e molhado de suor — Você... —pausou puxando ar— É mesmo um canalha, não é?

Minha mente estava com um turbilhão de pensamentos.... Meu dedo dói, meus dias estão sendo um inferno, essa garota me irritando cada vez mais...

Quanto mais eu penso em tudo isso, mais puto eu fico com todos, e esse olhar... O olhar de quem perdeu o respeito.

— Se é assim... — murmurei apertando seus braços com força— Parece que preciso mudar a abordagem.

Seu rosto estava visivelmente aflito, esperando por um movimento meu, provavelmente está esperando algum tipo de agressão vinda de mim.

Não pude deixar de expressar um sorriso.

Meu lado sádico está tremendo de emoção com esse olhar...Erika, Erika...

Quando ela estava prestes a falar mais alguma coisa eu a beijei, por um momento pude notar seu estado atônito, porém logo em seguida começou a se retorcer tentando escapar. Soltei seus braços e levei minhas mãos até seu rosto, a segurando firme, não era a primeira vez que alguma mulher bancava a selvagem comigo, sabia como dominá-la.

Encostei meu corpo ao dela forçando contra a parede, ela não tinha pra onde correr.

Eu não acredito, eu, Diego... Aqui beijando ela contra sua vontade?

 

Ah... Sua boca tem gosto de bala.

 

 

[...]


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