Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 46
Capítulo Quarenta e Seis


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que dizer, mas acordei com uma disposição muito estranha pra escrever hoje!! Queria acordar assim sempre :3

Então segue outro cap! HUAHUAHUA



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— Sheila!! Como é bom te ver. — disse Henrique abraçando a mulher que acabara de chegar.

— Henrique, minha nossa quanto tempo. — o abraçou alegremente.

Olhei de relance para Mônica que estava logo atrás com uma feição enojada, ela está mais decepcionada em ver essa mulher do que sempre demonstrou comigo desde que nos conhecemos. — Que saudade— falou olhando a mulher parada atrás de Henrique— Mônica, continua linda como sempre! — e foi abraçar também Mônica.

— Vocês demoraram Sheila— suspirou Artur.

— Bom te ver, Sheila. — disse Mônica brandamente.

E lá está, de novo a incrível atuação.

— Eu não demorei tanto assim, querido— disse irônica— Sabe muito bem que queria fazer tudo perfeito para eles. — sorriu.

— O inferno vai começar a arder mais e mais daqui para frente... — sussurrou Diego irritado— Só tá faltando a...

— Henrique, Mônica!! — gritou uma menina carregando sacolas.

— Esquece. — suspirou.

Ela jogou tudo no chão pulando e abraçando os pais de Diego fortemente, ambos retribuíram o ato, porém Mônica estava muito desconfortável com a situação— Sabrina, como está linda querida. — Henrique acariciou seu rosto.

Comecei a observá-la e de fato era bonita, loira com cabelos compridos abaixo da cintura, um porte físico atlético e sorriso meigo, mas bem baixinha. — Obrigada— exclamou eufórica.

Seus olhos foram imediatamente de encontro ao Diego parado a meu lado— Diego, meu amor. — correu pulando e o abraçando. — Que saudades. — choramingou o beijando bem próximo a boca.

Ela é bem atirada.

Me afastei deles indo para perto de Mônica, que estranhamente me trazia uma sensação de tranquilidade por estar com alguém não tão estranho, mesmo ela me odiando tanto. Enquanto todos ali falavam e falavam, sorriam e até choravam, Mônica e eu estávamos quietas apenas observando. —Que menina vulgar... — resmungou surpreendendo-me.

— É mesmo? — perguntei não muito surpresa.

— Não está vendo? — encostou-se em mim— Ela pulou em meu filho como um leão ataca uma gazela, essa garota sempre foi uma histérica psicótica.

Arregalei os olhos surpresa por Mônica me confidenciar essas coisas, e receosa pelo que acabei de ouvir, é claro que não posso levar ao pé da letra sendo que a tal Sabrina não é muito querida por ela, mas mesmo assim... — Talvez seja apenas uma primeira má impressão. — murmurei na tentativa de abrandar a tensão presente no ar.

— Essa não é a primeira impressão. — terminou com a voz cortante.

Mônica então foi até Artur falar-lhe algo, enquanto os quatro, Henrique, Diego, Sabrina e sua mãe Sheila conversavam em uma roda, novamente me senti um peixe fora d’água, suspirei cansada imaginando minha cama, minha casa e... — Erika. — gritou Diego.

Olhei para ele assustada—Venha aqui. — chamou balançando a mão para me aproximar.

Droga...

Quando estava chegando perto ficou bem claro o que tava rolando, a tal Sabrina olhou-me com tamanho desprezo que me senti indo para o abatedouro— Como eu falei, essa é minha namorada, Sabrina.

— Oi-

— Mentira.

— Eu disse que é verdade, meu pai pode confirma-

— MENTIRA! — gritou fazendo todos ali se calar.

— Filha, se acalme— disse Sheila envergonhada.

— Como vou me acalmar, mãe? Olha só, isso!— apontou para mim— Ele prefere aquilo ao invés de mim, por Deus. — gritou inconformada— E eu te esperei Diego, tenho esperado desde sempre.

— Sabrina, pare já com isso. — repreendeu Artur irritado— Que falta de respeito!

E lá vamos nós, Diego estava certo, vai arder mais e mais.

— Você não tem o direito de falar dela assim, Sabrina— Diego se prostrou ao meu lado— Nada do que disser vai mudar o que sinto, eu gosto dela.

— Tá vendo mãe? — gritou já chorando.

—Deveria controlar mais sua filha, Sheila. — Mônica tinha a voz fria e séria.

Mas que escândalo tá acontecendo, quando eu penso ter encontrado pessoas ruins o suficiente, aparece alguém muito pior, ela já estava chorando com sua mãe tentando a acalmar, Artur irritado com as atitudes da filha e Henrique abrandando a situação como podia, Diego estava inexpressivo, mas a energia que inalava era destrutiva e obscura. Agora entendo o porquê de sua atitude estúpida mais cedo.

Mônica estava tão infeliz quanto Diego, e eu? Bem... Queria muito acordar desse pesadelo, prefiro acreditar que ainda estou naquele sonho, onde encontrei o homem misterioso e tudo isso é apenas uma provação dada a mim por ele.

— Já chega, vá para o seu quarto Sabrina, pense em suas atitudes e volte quando quiser pedir desculpas. Já, menina.

Não sabia dizer se Artur estava mais irritado ou envergonhado, Sabrina deixou a sala correndo e derrubando tudo o que via pela frente, Sheila foi atrás dela.

Artur se desculpou pela filha nos pedindo para sentar novamente, trouxe algumas bebidas e serviu a todos— Perdão Erika, minha filha sempre foi esquentada. — sorriu sem graça.

Apenas sorri de volta sem saber o que falar, mas acho que isso foi o suficiente— Ela não mudou nada, continua a mesma que me lembro. — afirmou Mônica bebendo seu vinho.

— Bom, ela sempre foi apaixonada pelo Diego, sua atitude é apenas a de uma mulher com coração partido. — disse Sheila adentrando o local e sentado ao lado do marido.

Mulher de coração partido? Será que ela sequer conhece a verdadeira face do Diego?

Depois de uma longa e cansativa conversa sobre o passado e como Diego e Sabrina brincavam quando crianças, eu já sentia minha mente longe, os olhos pesados e muita dor de cabeça, até que Diego decidiu se manifestar e falar algo— Essa garota consegue me irritar mais do que você, a muito mais... — murmurou em escárnio— Alguém tão desprezível como ela me faz gostar de você. — sorriu.

— Isso é um tipo esquisito de elogio? — resmunguei— Acho que posso dizer o mesmo de você.

Nos olhamos por um tempo e me lembrei que ele ainda segurava minha mão depois do chilique de Sabrina, eu deveria me afastar mas aquilo não me incomodou, provavelmente está buscando uma rota de escape daquela garota em mim.

Tudo bem, isso não me importa nem um pouco.

Eu preciso fazer alguma coisa... Não, eu quero fazer alguma coisa para sair daqui!

— Hum, Sr. Henrique, poderia me emprestar a chave do carro para pegar algo que eu esqueci? —perguntei insegura.

Ele fitou-me interrogador e enfiou a mão no bolso de sua calça retirando a chave— Aqui está!

Me levantei do sofá obrigando Diego a soltar minha mão, peguei a chave e fui em direção a porta— Eu vou com você. — sorriu Diego.

— Não há necessidade meu filho— cortou Mônica rapidamente— É falta de educação deixar seus pais e sair quando se faz visita a alguém.

Olhei para Diego que ficou infeliz e conformado. É melhor assim, não o quero me perturbando quando finalmente penso em algo para sair daqui, coloquei a mão na maçaneta e dei uma última olhada naquele lugar, e então para ele, que me encarou pedindo socorro.

Hunf... Se lasque sozinho com seu pessoal, idiota.

Abri a porta e sai rapidamente fechando em seguida, me recostei para recuperar o fôlego e respirar ar fresco, fitei o lugar onde estava antes olhando a paisagem lá fora, caminhei até lá e parei pensativa, pensando...

Voltei para o apartamento surpreendendo todos ali me encarando— Na verdade... Eu prefiro que ele venha comigo, não quero me perder. — sorri sem graça.

Mônica me fuzilou com os olhos e Diego correu até mim mais do que depressa— A gente já volta. — exclamou me empurrando para fora e fechando a porta. — Valeu mesmo, minhoca! — disse beijando minha testa.

— Minhoca? Que maneira de agradecer. — suspirei indo para o elevador.

— Vamos fugir, deste lugar baby! — cantarolou contente— Você me salvou, e nunca esquecerei isso— fez reverência como um soldado faz a uma rainha— Como gratidão pode pedir o que quiser. — sorriu encantador.

Olhei para ele com desdém apertando o botão do térreo— Vou pensar sobre isso. — falei séria.

Será que ele ficaria bravo se eu dissesse que apenas voltei porque não me lembrava onde estava o carro?

 

Provavelmente sim... Deixa pra lá.

 

 

 

[...]


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