Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 36
Capítulo Trinta e Seis


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora aos que acompanham a fic... Tem uma frase que sempre costumo dizer. "Merdas acontecem" E muita coisa aconteceu em minha vida nesse tempo sem postagem, tanto sentimental como física, família, amigos, trabalho etc. E eu me senti culpada o tempo todo que não escrevi, porque apesar de tudo, os leitores não tem culpa, mas o problema é que simplesmente não "sai" quando estou preocupada, sem mais delongas.

SORRY, espero que gostem, e rezarei p/ nada mais me atrapalhar no andamento da história. :3



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— Aii aii—resmunguei choramingando.

— Deixa de ser mole, garota. — retrucou Diego jogando-me com ignorância na cama.

— AI, seu palhaço voc— ahh não, eu olhei pra ele, agora essa imagem nunca vai sair da minha cabeça... — Hã?

O encarei por um tempo, tentando assimilar a atual situação, olhando-o da cintura para cima— Você não está pelado.

— Decepcionada? — perguntou com um sorriso cínico.

— É obvio que não, eu só pensei que... Deixa pra lá. —enfiei minha cabeça contra o travesseiro, suspirando aliviada.

Pelo menos isso não ficou ainda pior...

Quando sinto um peso contra minhas costas— Hey— gritei irritada— Saia de cima de mim.

— Por quê? Seu corpo magrelo até que serve como um bom assento. — disse mexendo o quadril de um lado para o outro.

— Di- Diego tá doendo, para com isso— falei dando um soco em sua perna.

— Ora, você disse que deu mau jeito nas costas, não é? Então—sussurrou pulando com força em minhas costas— Isso vai melhorar. —riu debochado.

Agarrei o travesseiro com força contendo a voz para não gritar, esse maldito quer me quebrar ao meio? — E aí, como se sente?

O silêncio pairou no ar, sério que ele tá perguntando isso? — Ei— disse puxando meu cabelo— Me responda.

Um, dois, três... Do nada relembrei o passado, onde eu estava tendo um ataque de raiva e minha mãe estapeou-me a mão com força dizendo para me controlar. “O ser humano é um animal racional, não aja do contrário, isso é uma vergonha, ainda mais para nós mulheres”.

Depois desse dia sempre que pensei estar prestes a explodir e cometer algum crime ou loucura começo a contar até dez, repetidas vezes, ao final não estou mais com raiva, e sim com tédio porque sei que contar não fará diferença alguma— Diego, pode sair de cima de mim, e soltar meu cabelo?

— Humm... Tá— disse pensativo por fim soltando meu cabelo.

Depois disso fiquei na ansiedade de sentir meu corpo livre do peso dele, mas nada, quando vejo ele deitando ao meu lado encarando-me curioso, rapidamente voltei a enfiar o rosto no travesseiro— Que foi?

— Não quero te olhar agora... — murmurei.

— Tem medo de se apaixonar por mim? — perguntou com certa seriedade, o que estranhei no momento.

Babaca.

Como que por reflexo com minha mão esquerda agarrei seu cabelo que estava molhado e com um pouco de espuma, levantei-me ficando de joelhos na cama— Nem pensar seu idiota— com a outra mão também apertei o cabeção dele— Eu devia arrancar seu couro com as unhas.

— Cuidado com essas mãos, ein— disse sorrindo— Se eu ver algum fio solto vai pagar por isso.

O encarei irritada e apertei com força puxando-o para perto— Você quem deveria ter cuidado, eu senti muita dor quando cai e com seu peso sobre mim, sem falar que estou toda molhada agora.

Senti minha camisa escorrer onde ele estava sentado— Isso não é problema, apenas vá tomar banho logo— disse com desdém agarrando meus braços— Agora solta.

Lentamente e com cuidado soltei seu cabelo e afastei-me rapidamente, agarrei a cesta no chão e fui para a sacada— Hey— gritou e eu apenas o ignorei— O que pensa que está fazendo?

— Comendo, é cego ou idiota perguntando isso? — abri uma barrinha de cereal dando uma mordida com gosto.

Às vezes o único calmante efetivo é a comida.

—Vai comer tudo sozinha? E quanto a mim? — disse já em pé ao meu lado.

Abracei a cesta inclinando meu corpo para frente, não o deixando ver sequer o que havia ali, olhei para ele com ódio e hostilidade, então Diego abaixou-se me encarando— Sabe, você tem os olhos bem bonitos.

— Que? — indaguei surpresa, ele está me elogiando? O Diego?

— É verdade, são grandes e brilhantes... — disse serenamente— Igualzinho aqueles cães de rua implorando por comida— riu— É bonitinho.

— Vá se danar— dei outra mordida engolindo a barrinha inteira— Você não vai tocar nessa cesta.

— Não deveria falar com a boca cheia paspalha, que coisa feia.

Ele saiu e foi em direção ao banheiro novamente, minha respiração estava alterada e o coração batia loucamente, aposto que meu rosto está completamente vermelho, e dessa vez não por estar envergonhada, e sim por estar quase explodindo com tantos sentimentos negativos causados por ele.

Olhei para a movimentada avenida e senti meus olhos arderem, soltei a cesta e cobri meu rosto com as mãos, eu não vou chorar, não pelo Diego.

 

 

 

[...]


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