Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 35
Capítulo Trinta e Cinco




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Deixei a cesta de lado e fui a procura do banheiro, passando por um corredor pude ver as luzes acessas e a porta aberta, parei ao lado sem olhar lá dentro— Nossa, porque a porta está escancarada assim? Tenha um pouco de vergonha.

— Não há motivos para fechar a porta, afinal estou sozinho aqui. — respondeu imediatamente.

—Sozinho, e quanto a mim?

— Você não conta como uma pessoa— respondeu entre risos. — Venha.

— O que quer?

— Eu disse— pausou— Venha!

Meu Deus, estou começando a pensar que ele tem problemas mentais, uma pessoa assim não é normal.

Virei a cabeça dando uma espiada lá dentro, apreensiva com medo de ver algo desnecessário, havia uma banheira enorme onde o panaca se encontrava e uma quantidade absurda de espuma na mesma, dei meus primeiros passos parando centímetros a frente da porta— E então? — perguntei indiferente.

— Bom, está vendo aquela prateleira ali? — apontou para a parede — Pegue um shampoo, a esponja para esfregar as costas e qualquer creme que tenha um cheiro bom.

O encarei durante o trajeto até a tal prateleira, isso tudo é preguiça de levantar-se para pegar ele mesmo? Atitude de moleque mimado, Diego deve estar acostumado a sempre receber tudo na mão, por isso é essa coisa estragada hoje em dia, peguei o que ele havia pedido e um condicionador com cheiro de amêndoas— Aqui. — estendi a mão entregando as coisas.

Ele fitou-me com um olhar inexpressivo e levantou deixando seu peito a mostra— Lave meu cabelo. — sorriu.

— Hum... — lentamente direcionei meus braços para o lado e soltei tudo dentro da banheira— Lave você mesmo bebê.

— Isso foi uma ordem, pegue essas coisas e comece logo— seu tom de voz mudou, estava rígido e mandão— Eu tenho muito cuidado com meu cabelo, e graças a você, ele está uma nojeira.

— Cuidado com o cabelo? Isso não parece algo que um homem diria, nem eu me preocupo com meu cabelo assim. — falei pegando de volta as coisas boiando no meio de toda aquela espuma.

O que eu falei foi propositalmente na intenção de magoar seu ego masculino, quem sabe ele não se irrita e me manda sair, sei que estou brincando com fogo, mas já estou queimada mesmo, então não faz diferença.

— É mesmo? Por isso seu cabelo parece uma peruca feita com palha— exclamou entre risos— Não vai conseguir me provocar, além do mais meu cabelo sempre foi elogiado pelas mulheres. —afirmou orgulhoso.

— Até parece... — abri o shampoo despejando um pouco na palma da mão, vamos ver se ele vai se sentir tão orgulhoso de si mesmo quando meus dedos cobertos de sabão entrarem em seus olhos.

Comecei a esfregar seu cabelo e estava incrivelmente macio, mesmo depois da água do mar e ter secado com o vento das ruas, e ele ainda diz que está uma nojeira, bem diferente do meu, que realmente parecia uma palha no momento— Tenha cuidado, não use essas unhas estranhas. — falou de olhos fechados.

— O que tem de estranho nelas? — retruquei irritada.

— O que não tem de estranho nelas? Estão grandes e afiadas, até parece um animal selvagem.

Eu te odeio. Juro que um dia vou fazê-lo chorar feito uma criança.

— Olha Diego, você me parece ser um sádico maluco...

— Quem sabe. — riu debochado. — Mas, eu até gosto de você, Erika.

— Claro que sim, suas atitudes demonstram seu amor— exclamei sarcástica.

— Com você eu não preciso fingir, é um grande alivio— sorriu encarando-me— Não acha? É um saco agir de acordo com o que esperam de você, sempre e sempre...

— Deve ser. —falei indiferente. — Mas isso não justifica sua canalhice. —depois de esfregar seu cabelo uma espuma espessa se formou. Sem que ele notasse comecei a fazer pequenos chifres.

Como sou infantil. Mas não deixa de ser engraçado.

— Do que está rindo? — questionou sério.

— Nada, terminei de esfregar o cabelo, agora vou sair.

— De jeito nenhum— disse segurando-me pelo braço— Falta lavar minhas costas.

— Pro inferno você e sua esponja, me solta. — me joguei para trás com toda força.

Quando vi que ele não iria soltar passei minha mão livre com sabão em seu rosto, imediatamente ele me soltou e cai de bunda no chão— Sua idiota isso arde. — resmungou lavando o rosto.

— Ai, acho que quebrei algum osso— choraminguei tentando levantar— Você me paga por tudo que me fez passar Diego.

Droga, está doendo, não consigo me levantar, olhei para porta e comecei a engatinhar, espero que seja apenas mal jeito pela queda, quando sinto algo pesado batendo contra minha cabeça.

— Mas que porcaria é essa? — gritei massageando o local atingido, olhei para frente e vi que ele jogou em mim o vidro de shampoo.

— Isso foi por ter me desobedecido— disse levantando-se.

— Espera, Diego. — ele vai sair pelado? Pelas barbas de Merlin. — Para, fique aí mesmo, eu vou lavar as suas costas. Tá bom?

— Tarde demais— disse irritado já fora da banheira.

Tudo o que eu menos quero agora é ver o Diego sem roupa, quando escutei passos e o barulho de água pingando no chão cobri meu rosto com as mãos, nem pensar que vou ver isso. Não importa o que aconteça, não vou olhá-lo, não quero essa visão em minha mente— Eu já estou cansado das suas idiotices garota.

Quando sinto suas mãos por debaixo dos meus braços, tirando-me do chão com rapidez.

Ah... Juro que escutei minha coluna estralando.

— AAH—gritei com a dor.

Acho que o prédio todo foi capaz de ouvir meu grito de agonia... Quem se importa?

 

 

 

[...]


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