Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 28
Capítulo Vinte e Oito




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— Mas... O que é isso? — perguntei a mim mesma, assustada.

— Uma festa. — falou Diego contente.

Isso é uma festa? Está parecendo mais um mutirão a beira mar de pessoas se agarrando descaradamente. Quando noto Diego encarando-me e dizendo alguma coisa inaudível, a música estava muito alta— Que? — gritei me aproximando para ouvir melhor.

— Idiota. Está trancando a passagem. — disse ríspido puxando-me com ignorância.

Olhei para trás e havia um grupo de cinco pessoas debochadas, rindo de mim, como assim estou trancando a passagem? Isso aqui não tem uma entrada ou saída, apenas um amontoado de gente por todos os lados, e o lugar em que eu estava era o único ao qual consegui me encaixar nessa muvuca toda. — Foi mal, ela é do interior. — disse Diego para o grupo.

— Entendi, haha— riu o cara mais alto com cabelo moicano— Esse pessoal não tem muita noção das coisas.

— Realmente. — sorriu Diego.

Qual é a desses imbecis? Até parece que não estou aqui ouvindo tudo.

Havia mais um rapaz e três meninas, duas delas ficaram encarando Diego indiscretamente, acho que ele notou e por isso foi puxar papo— Prazer, Felipe— disse o gigante apertando a mão de Diego.

— Prazer, Diego.

Todos disseram seus nomes e se apresentaram me deixando de fora, as três garotas deram um beijo no rosto dele, esse idiota deve estar adorando essa situação— Que tal vocês virem com a gente? — perguntou a morena de cabelos compridos— Mais tarde terá um show de eletrônica com um DJ incrível.

— Claro. — sorriu Diego gentilmente.

— Desculpe, mas, a que horas será esse show? — perguntei desanimada.

— Vai ter início a meia noite. — respondeu a morena sorridente.

Seus olhos até brilhavam enquanto ela olhava para Diego, pobre garota inocente— Meia noite? — provavelmente irá até de manhã— Acho que não podemos ir.

— Sério? — indagou a garota fazendo bico.

—E posso saber o por quê? — questionou Diego sério.

Todos estavam encarando-me, senti meu rosto ferver, ele está me fazendo passar vergonha. O puxei pela manga da camisa trazendo seu rosto para perto— Porque não estou afim de passar a noite aqui. Com essas pessoas e com você.

— Isso é problema seu. —disse indo ao lado da morena. — Eu vou.

O que?

 Todos saíram andando e rindo enquanto me olhavam parada e boquiaberta, posso jurar que uma das meninas lançou-me um olhar de pena, eu não acredito que ele vai me deixar aqui sozinha, não pode ser verdade.

Fiquei paralisada por um momento, essa atitude dele não me surpreende, mas ele me largou aqui sozinha, eu nem sei como voltar para casa, deveria ter prestado mais atenção no caminho... — Eei eiii— gritou alguém atrás de mim— E aí gatinha, está sozinha? — perguntou um cara completamente bêbado.

Sua repentina aparição deixou meu coração acelerado com o susto, ele está fedendo, sinto seu hálito daqui— Não, estou acompanhada.

—É mesmo? Uma amiga, ou seu namorado? — disse tentando me abraçar.

O afastei com as mãos, ele estava cambaleando, usando uma bermuda e chinelos, sem camisa e com uma garrafa de uísque debaixo do braço, com a face completamente vermelha— Estou com meu namorado, se afasta de mim, por favor. — exclamei insatisfeita.

— Ahh... por quê? Conta outra mentira, já ouvi muito essa história. — sorriu passando a mão lentamente em meu braço.

Senti um arrepio por todo meu corpo, me afastei dele e direcionei-me em direção à rua com passos largos, talvez assim ele desista de me importunar, a maioria das pessoas estavam concentradas na areia, onde se encontrava o palco para o show, a rua estava bem mais vazia e talvez eu soubesse me guiar de volta sem precisar ligar para aquele estúpido do Diego.

Até que senti meu braço sendo puxado, era ele— Quaaal é, tá com pressa? — disse arrastado e ofegante. — Vamos conversar um pouquinho.

— Cara, me solta. — gritei irritada— Quer que eu chame a polícia?

— Não precisa ficar com medo. — sorriu malicioso— Quero te conhecer, vamos nos sentar um pouco na areia e aproveitar a festa.

— Eu não quero. —falei séria— Larga do meu pé.

O que eu disse não adiantou nada, ele parecia determinado a me perturbar, e continuava segurando meu braço, o cheiro de álcool estava me enjoando e ele não falava nada com nada, quando notei que estava tentando me agarrar novamente dei um chute com força no meio de suas pernas, ele caiu no chão agonizando de dor e gritando palavrões enquanto eu me afastava.

— Eu avisei para me soltar, idiota.

Essa foi a segunda vez que precisei agredir um homem assim, já entrei em brigas com garotos antes, mas eu era uma criança, a primeira vez que usei esse golpe foi em um menino da escolinha que roubou meu chocolate, depois disso minha mãe foi chamada na diretoria e tivemos uma conversa séria.

 

Ela me fez prometer que eu apenas faria isso em casos extremos, como agora.

Cheguei a rua e olhei atentamente por todos os lados, haviam muitas pessoas que dificultavam minha visão e principalmente o reconhecimento dos lugares por onde Diego e eu passamos para chegar aqui.

 

Tsk... O que eu faço? Como vou voltar?

 

 

 

[...]


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