Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 26
Capítulo Vinte e Seis


Notas iniciais do capítulo

Como eu havia dito que ia desenhar os personagens, aí está a Erika.
Eu demorei a desenhar devido a fatos difíceis (baixa energia, resumindo preguiça) Decidi mudar o "estilo" também, fiz de uma maneira mais simples, ainda postarei os outros. Espero que gostem. :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657574/chapter/26

— É isso aí— levantei da cama e espiei o corredor— Chega de ser boazinha.

Olhei em volta e deveria ter pelo menos cinco ou seis cômodos de cada lado do quarto em que eu estava, para que lado ele foi? Eu não prestei atenção, estava sentindo muita raiva dele no momento. Decidi ir para a esquerda.

Espera... Não seria nada legal se alguém me pegasse olhando para dentro dos quartos descaradamente.

Meus passos estavam inaudíveis e sorrateiros, dei uma rápida olhada no primeiro quarto, não tinha ninguém. Meu coração está disparado, me sinto quase como uma espiã em busca de pistas. — Não é hora pra isso Erika. — falei para mim mesma, rindo.

Sinto-me como uma criança.

Chegando ao próximo quarto, novamente me esgueirei ao lado da porta dando uma rápida olhada para dentro, e lá estava ele, deitado em sua cama distraído com o celular, respirei fundo na esperança de reunir a coragem que se apossara de mim minutos atrás.

— Então esse é o seu quarto. — falei com desdém enquanto entrava— Bem mais organizado do que imaginei.

— A empregada faz um ótimo trabalho deixando tudo arrumado, ela é paga para isso— olhou-me indiferente— Sabe... Eu pensei que daria um chilique, vejo que não é o caso, já que está aqui. — sorriu debochado.

— Bom, só estou cansada de discutir com você.

Diego estreitou seus olhos para mim desconfiado, olhei em volta e uma estante enorme cheia de livros chamou-me a atenção— Nossa, não sabia que gostava de ler. — exclamei surpresa indo dar uma olhada.

— Um homem precisa de muitas distrações. — disse vindo até mim— O que está tramando? —sussurrou em meu ouvido.

— Se afasta garoto— o empurrei para trás—Por falar nisso, onde vou dormir?

O quarto era espaçoso, havia uma cama de casal, a estante de livros que pode ser muito útil nos dias que seguirão, ler é uma ótima distração e eu adoro. Também havia dois sofás em volta de uma cômoda que servia de suporte para uma tv de tela plana enorme com vídeo games, um aparelho DVD, uma coleção de filmes e pelo que pude ver, uma caixa com revistas.

— Você pode dormir até no chão, não me importo— deu de ombros voltando para a cama— Mas se for boa menina, posso deixar dormir na cama comigo. — sorriu.

Crápula.

— Não estou de bom humor para suas gracinhas, vou dormir no sofá. —preciso me controlar e não demonstrar a raiva que estou sentindo. Mas você dificulta demais para mim Dieguinho.

Quando ouço passos vindo do corredor, ainda bem que não fiquei muito tempo parada lá olhando para dentro dos quartos— Diego eu preciso falar com você— olhou-me surpreso o diretor— Erika, você está aqui? Pensei que fosse ficar em outro quarto. — disse sem jeito.

— Bom, seu filho e eu conversamos e decidimos deixar a vergonha de lado. — sorri.

Eles entreolharam-se sem reação, Diego encarou-me desconfiado, vocês não esperavam por essa vindo de mim, não é? — O que foi pai? — perguntou indiferente.

— Não é nada, sua mãe só estava preocupada que algo tivesse acontecido com vocês... — pausou aliviado— Mas parece que está tudo bem, vou falar com ela. — sorriu e logo em seguida foi embora.

Diego estava observando-me cada movimento, mesmo me sentindo desconfortável devido a minha atuação não me deixei abater, dessa vez ele iria pagar por toda irritação que já tive, olhei para ele e sorri novamente. — Estou com fome. — afirmei tentando mudar o foco.

— Isso não é surpresa, você se alimenta como um cão morto de fome— sorriu— Basta jogar qualquer coisa comestível e você devora.

— Isso não é verdade—talvez seja, só um pouco... —Estou em fase de crescimento.

— Eu não sei o que está pensando, mas te aviso que não vai funcionar—disse jogando o celular de lado— É melhor parar com essa atitude estranha.

— Atitude estranha? Só estou entrando no seu joguinho.

— E porque essa mudança de repente? — questionou duvidoso.

— Se eu preciso atuar na frente dos seus pais, então farei direito— sorri encarando-o— Qual o problema Dieguinho?

— Se está disposta a agir corretamente, você vai fazer o que eu disser, certo?

— Essa é a intenção— isso não está cheirando bem— Por quê?

— Se é assim, quero que faça umas coisinhas— sorriu malicioso— Quando formos falar com meus pais você vai me elogiar e dizer o quanto sou bom rapaz, carinhoso, gentil, e que você teve sorte em me conhecer.

Idiota cheio de si.

— É claro, como desejar vossa alteza. — falei sarcástica.

— Venha aqui— ordenou sério.

Fui até ele, sentando-me na cama ao seu lado— Que tal treinarmos aqui antes de ir falar com eles? — perguntou curioso.

— Você não presta mesmo— murmurei alto o suficiente para ele ouvir— Tudo bem então, se você dúvida de mim.

O encarei nos olhos, respirando fundo, eu estou reunindo toda minha energia e força de vontade nisso, não posso fraquejar devido a vergonha e desconforto com a situação, afinal ele parece disposto a me infernizar a qualquer momento.

— Sra. Mônica, Sr. Henrique, seu filho é uma pessoa incrível, sinto-me muito feliz por tê-lo conhecido. — sorri meigamente.

— Até que você não é tão ruim nisso— sorriu aproximando seu rosto ao meu— E o que mais?

—Ele é carinhoso, gentil, confiável e o melhor de tudo... — pausei— É um completo gigolô sem vergonha.

Seu sorriso desapareceu na hora dando lugar aquela expressão amedrontadora, ele levou sua mão direita até meu rosto calmamente, beliscando minha bochecha— Você estava indo muito bem, é uma pena. — disse beliscando com mais força.

— Não tenho culpa de você forçar a barra. — resmungei dando-lhe um tapa.

— Olha, para ser sincero eu não pensava que fosse aguentar tudo isso— exclamou afastando sua mão— Eu estava apenas esperando você ir correndo e contar tudo ao meu pai, fiquei surpreso. Isso demonstra que apesar de tudo é uma pessoa confiável e que tenta resolver seus problemas sem depender dos outros. — pausou sério— Eu respeito isso.

— Isso é sério? — perguntei duvidosa.

— Sim! — disse deitando ao meu lado— Poderíamos ser bons amigos, sabia? Eu posso contar com você sempre para me ajudar com meus problemas, do tipo mentir para meus pais, me encobrir de alguma enrascada— sorriu— E é claro que eu também te ajudaria quando precisasse, eu confiaria em você. Nem preciso mencionar que poderia confiar em mim também. E então esqueceríamos toda essa história sem ressentimentos.

Ele me encarava inexpressivo, porém verdadeiro, quanto a mim estava boquiaberta e sem reação. É a primeira vez que ele fala comigo dessa maneira, civilizado, sem gracinhas e seriamente. É muito difícil acreditar nisso tudo, e também não sei se esqueceria de tudo o que ele me fez passar, eu não sou uma pessoa vingativa ou rancorosa, mas Diego ultrapassou todos os limites. Muitas vezes me fazendo querer matá-lo.

— Então está propondo uma trégua? — questionei surpresa.

— Hum... Seria uma boa ideia, né? —disse evasivo— Mas...

— Mas o que?

— Isso tiraria toda a graça da brincadeira, que é chantagear você e te irritar. — sorriu debochado.

E então é isso... Ele sorriu para mim, esperando uma reação negativa e furiosa de minha parte, mas não, eu sorri de volta para ele, gentilmente.

Eu vou mesmo matar você, cretino.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sonho x Realidade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.