Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 23
Capítulo Vinte e Três


Notas iniciais do capítulo

Quero desejar a todos um feliz ano novo, que se divirtam bastante e fiquem bem! Obrigado a todos que acompanham, isso me deixa muito feliz.♥

Nos vemos ano que vem. :3 ( Como se fosse muito tempo até lá)

Que o cosmus esteja com vocês. `-´



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Só pode ser brincadeira... — Não pai, nem pensar. —bufou Diego alterado.

— E porque não? Você nunca gostou de ir para lá conosco, se sua namorada fosse não seria mais agradável? — indagou curioso o fitando.

Parece que ele tocou no ponto certo, Diego não sabe o que dizer— Bem, isso é... — murmurou— Ela me disse que tem compromisso, não é mesmo? — olhou para mim.

Cretino, sempre jogando a responsabilidade para outra pessoa, o diretor agora estava com seus olhos intimidadores sobre mim— Isso é verdade Erika?

— Sim... — realmente é verdade— Meus pais e eu pretendemos viajar para nossa antiga cidade.

— Entendo, mas eu insisto que nos acompanhe— encarou-me sério— Você terá outras oportunidades de viajar, minha mulher está inquieta a seu respeito. —suspirou.

Isso é pior ainda! — O que ela quer afinal de contas? — questionou seu filho.

—É sua mãe, tenha mais respeito. Ela quer conhecer a Erika, desde que comentei que você estava em um novo relacionamento ela vem me enchendo de perguntas sobre isso. E quem melhor para responder do que sua namorada em pessoa? — sorriu.

Não pode estar acontecendo, o que direi aos meus pais? Preciso pensar em algo e rápido!

— Senhor eu entendo sua esposa, mas não sei se meus pais irão permitir, estamos planejando essa viagem já faz um tempo. — pura mentira, decidimos isso de última hora.

— É mesmo? Se quiser posso ligar para eles e marcar um encontro, conversamos sobre isso pessoalmente, garanto que eles vão entender. — sorriu gentilmente.

— Não— gritei por impulso— Quer dizer... Eu falo com eles. — sorri tentando disfarçar o desespero.

Droga, ele sempre arruma uma saída para todos obstáculos que coloco em sua frente, olhei para Diego que continuava com sua cara de desagrado, como uma criança que acabou de ser castigada. Idiota. O que devo fazer agora?

Eu queria muito ir viajar, iria descansar e planejar uma forma de livrar-me dele, mas a essa altura seria impossível, cada vez mais me afundo em complicações ao redor do Diego, a mentira de que estamos juntos chegou aos ouvidos de sua família.

Meu estômago está queimando de desconforto, só de imaginar sinto uma enorme tristeza.

— Vocês já podem ir, Diego lhe dirá os detalhes sobre a viagem. — disse o diretor voltando sua atenção para todos os papéis sobre a mesa.

Diego permaneceu sentado por algum tempo, fiquei me perguntando se deveria sair sozinha e o deixar ali, mas simplesmente estava paralisada, senti como se um movimento em falso seria devorada por bestas selvagens. — Vamos! — exclamou irritado levantando-se e me puxando pelo braço.

Decidi ficar calada até chegar a um local seguro, a sala do diretor e a secretaria onde Carol ficava era muito arriscado para colocar minhas mãos nele... E matá-lo.

Eu o olhava com tanto ódio que imaginei se ele podia sentir mesmo estando de costas, quando estávamos passando em frente ao canteiro das flores me preparei para socar as costas dele, quando de repente ele virou-se e me empurrou irritado— O que você tem nessa sua cabeça de vento? Paspalha.

— Essa fala é minha. — o empurrei de volta— Por culpa sua minha vida está uma droga, agora vou ser obrigada a ir com vocês para essa tal casa de praia.

— Acha que estou contente com isso? —rosnou vindo contra mim— Tudo porque quis dar uma de espertinha e acabou ferrando nós dois.

Conforme ele se aproximava eu ia andando para trás, todas as vezes em que discutimos sempre me preparo para sair aos tapas com ele, até que senti algo bloqueando meus passos, era a parede, fria e inconveniente por estar ali agora— Não pense em jogar toda a culpa sobre mim— falei com coragem— Você foi o errado em não ter aparecido na aula hoje.

Ele colocou suas mãos em meus ombros e apertou-me com força, prensando contra a parede, não desviei meu olhar por um segundo— A culpa não é minha, sabe...— sussurrou— Ela não queria tirar as mãos de mim. — sorriu.

Ela? Está falando daquela mulher... — Me solta imbecil, tá me machucando. — exclamei irritada. — Não me interessa nem um pouco o que você faz com essas mulheres, são detalhes da sua vida fútil que não quero saber.

Ele encarou-me sério, com um olhar indecifrável, sem saber o que pensava naquele momento, Diego parou de usar força onde suas mãos se encontravam, então as deslizou lentamente por meus braços se afastando de mim— Quero um suco de maracujá no intervalo, e algo para comer. Não se esqueça. — disse indo embora.

Que se dane.

Apressei-me para voltar a sala, Diego não estava lá quando cheguei, para onde ele foi? Como se não bastasse tudo que já aconteceu graças a sua impertinência, expliquei a situação para a professora de matemática que permitiu minha entrada, a atenção de todos ali se dirigiu para mim, não pude deixar de ruborizar um pouco— Erika, o que aconteceu lá? — indagou Letícia rapidamente.

— Desculpa, mas... — agora não— Podemos falar sobre isso depois?

Ela entendeu a situação e concordou sem perguntar mais nada, ainda não posso acreditar, o que direi a eles sobre a viagem? Eu fui a única que sugeri isso porque sentia falta de lá, agora vou dizer que não posso ir, minha mãe vai implicar comigo novamente, estou cansada disso tudo.

Dez minutos depois Diego bate à porta com uma expressão indiferente, a professora o deixou entrar e todos ficaram o encarando, Lukas foi imediatamente falar com ele, com a típica tradição de sempre, pular em cima dele o agarrando pelo pescoço, Letícia os fitava com ódio no olhar. As três sentadas ao fundo da sala também nos encaravam com rancor, mas isso não é culpa nossa e elas deveriam ter o mínimo de bom senso e entender.

Tentei imaginar que Diego não existia naquele momento, para ficar mais tranquila e raciocinar tudo que aconteceu e que ações deveria tomar, se eu inventar desculpas de que não poderei ir com eles a casa da praia, o diretor provavelmente irá conversar com meus pais e isso não pode acontecer.

De jeito nenhum.

O que dirão ao ficar sabendo desse suposto namoro que tenho com o filho do diretor, sendo que nunca disse nada a eles, e em tão pouco tempo já estou em um relacionamento e arrumando brigas pela escola, seria um tormento e grande choque para eles. A filha quieta e antissocial que não sai de casa, com poucos amigos que sempre preferiu não se envolver em encrencas.

Uau, até eu me surpreendo com tamanha “mudança”...

Chegando o intervalo Letícia interrogou-me sobre tudo que aconteceu depois que ela saiu, contei sobre ser a palestrante na feira de ciências, e ela ficou aliviada, embora eu tenha esboçado uma expressão de tristeza e desânimo, é claro que omiti a outra parte, que é viajar com a família do Diego.

—Bom, isso não é tão ruim quanto o meu castigo— suspirou— Eu não me importaria em ser a apresentadora.

— Então vamos trocar, você faz minha parte que eu faço a sua. — ajudar Lukas a passar em física não me parece tão ruim.

— Sério? — perguntou com os olhos brilhando.

— Não— suspirei— Não dá pra fazer isso, o diretor não aceitaria.

— Que saco, fiquei até animada. — resmungou.

Eu também ficaria, lidar com Lukas não é o mesmo que lidar com uma multidão vidrada em ouvir o que você tem a dizer, isso é horrível. — Eu vou comprar umas coisas, depois nos falamos. — levantei-me para ir comprar as coisas do Diego.

— De novo? Mas você acabou de comer um sanduíche enorme de atum com suco de laranja. — questionou intrigada.

— Sim, mas... Ainda tenho fome. — sorri sem jeito.

Ela lançou-me um olhar confuso, sinto muito Letícia, mas por enquanto prefiro que pense que sou uma olho gordo a dizer que essas coisas são para ele. Isso traria muitas perguntas que não poderia responder sinceramente. Peguei o suco de maracujá como ele havia pedido e pão de queijo, espero que ele não tenha reclamações, o problema agora é encontrar aquele idiota.

O procurei nos lugares que pensei que poderia estar, a quadra de esportes, o pátio, no refeitório não estava, nem no jardim, uma raiva ia me dominando conforme o tempo passava e nada de encontrá-lo.

Quando o vejo sentado na grama perto dos portões de entrada, parecia concentrado falando ao telefone— Sim, irei ficar fora uma semana. Eu não queria, isso é um saco. — suspirou decepcionado.

Quando me aproximei ele desligou rapidamente dando um tchau para seja lá quem fosse e fitou-me indiferente, fiquei esperando por alguma resposta ignorante, porém ele continuou em silêncio, olhando-me. Entreguei o pacote com pão de queijo e seu suco, nada disse.

O que ele tem?

— Trouxe pão de queijo, como não sabia o que gostava... E seu suco de maracujá. — o encarei receosa.

— Tá. — respondeu apenas.

Abriu o pacote pegando o pão de queijo e dando uma mordida, logo em seguida bebeu um gole do suco. Isso está estranho. — Era só isso? — perguntei curiosa.

—Eu andei pensando... —pausou encarando-me nos olhos.

Isso me fez estremecer um pouco, ele pretende fazer algo— O que?

— Nas férias, na casa de praia.

— E? — desembucha garoto.

— Vamos nos divertir bastante. — sorriu.

[...]


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