Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 21
Capítulo Vinte e Um


Notas iniciais do capítulo

Como não tive a oportunidade de dizer antes devido a correria que estava aqui em casa....

Espero que todos tenham tido um ÓTIMO NATAL :3
Bom... Hoje ainda é natal, mesmo a essa hora, então MERRY XMAS♥



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— Como foi? — perguntou aproximando-se mais e mais.

— Bem... Minha mãe me castigou, devo fazer o jantar por um mês e meu pai, não sei dizer. — respondi incerta.

— Não sabe dizer? O que isso significa? — questionou Letícia.

—Meu pai e eu nunca fomos de nos expressar muito, ele conversou comigo calmamente e eu disse como tudo aconteceu, só isso. —devo admitir que foi tranquilo— Minha mãe diz que somos estranhos.

— Eu acredito, pode apostar— sorriu— Já no meu caso meus pais tiveram um chilique, minha mãe até chorou, são muito dramáticos. “Como pode minha filha, uma dama ter esse comportamento inaceitável? E blá blá” — suspirou— Queria que eles fossem estranhos como seus pais.

— Deve ter sido difícil— sorri — E quanto ao castigo do diretor, está sabendo de alguma coisa?

— Castigo, como assim? — gritou surpresa.

— Foi o que ele disse a minha mãe quando ligou ontem, disse que receberíamos castigos de acordo com a gravidade de participação.

— Ein?

— Pois é, fico imaginando como ele fará isso sendo que nem viu a briga. — enquanto pegava o caderno dentro de minha bolsa olhei para Letícia que parecia angustiada.

Isso é natural, sabendo o que aquelas meninas disseram ao diretor sobre ela, deve estar assustada com o tal castigo. Depois das coisas que vivenciei com Diego isso não é nada com o que se preocupar assim, querendo ou não isso está me obrigando a amadurecer de uma forma estranha. — Não precisa se preocupar tanto, calma. — sorri dando leves tapas em seu ombro.

Ela me olhou irritada e pensei que meu ato solidário, porém debochador a tivesse irritado— Aquelas bruacas vão me pagar.

— Sério mesmo? Esquece isso, só trará mais problemas, olha só no que deu. — preciso ensinar ela a ser mais indiferente com certas coisas, para o bem dela, e para o meu também. — Nem tudo na vida deve ser levado a ferro e fogo.

— Ahhh eu sei— suspirou debruçando-se sobre a mesa— Mas não é justo.

— A vida não é justa.

— Erika, Léticia, e o grupinho desordeiro aí atrás— gritou uma voz rouca— O diretor as espera em sua sala.

Virei-me para olhar quem era e não reconheci aquele homem, me aparenta ser um professor, as meninas sentadas e quietas se entreolharam e todos da sala começaram a cochichar relembrando a confusão de ontem— Mas já dissemos tudo ao diretor ontem, não foi nossa culpa. — exclamou a gordinha confusa.

— Isso não me importa, apenas vim dar o recado, apresem-se. — deu de costas e foi embora.

Lukas veio rapidamente em nossa direção, para falar a verdade até Letícia— Qual é, essas meninas ainda estão implicando com você? — indagou encarando as três carrancudas e abraçando Letícia, que o empurrou bruscamente.

— Sai fora, isso não te importa Lukas, vamos logo Erika. — puxou-me pelo braço.

— Haha qual é cara? Desiste logo, ela não gosta de você. — disse um garoto qualquer.

Todos começaram a rir, mais fofocas eram ditas dali e daqui, alguns fazendo gracinhas enquanto passávamos por entre as carteiras, rindo, outras dizendo o quão ridículo tudo aquilo era. Ao sair da sala Letícia parecia muito apreensiva— Esse garoto me irrita— disse ainda me puxando, quando sinto seus dedos me apertando um pouco forte demais.

— Sabe, meu braço é fino e mesmo parecendo um pedaço de pau ainda sinto um pouquinho de dor. — falei calmamente a encarando.

Ela soltou imediatamente e olhou-me arrependida— Desculpa, estou meio alterada. —falou massageando o local que estava vermelho.

— Não precisa ficar assim, é só um castigo.

— Não é apenas pelo castigo, toda essa situação me tira do sério— tentou justificar-se— Para ser sincera, acho que Lukas é o motivo principal para tanto estresse. — sussurrou mesmo não havendo mais pessoas no corredor.

— E porquê? — perguntei surpresa.

— Ele não me deixa em paz, sempre aparece onde estou, me diz coisas idiotas e tenta me tocar, garoto estúpido. — bufou irritada.

Sei bem como é! — Talvez ele goste mesmo de você, já pensou nisso?

— Sai dessa— fitou-me sarcástica— Se ele estivesse sério teria parado de sair com qualquer uma por aí. — bom, isso é verdade.

Olhei por sobre os ombros e as garotas estavam logo atrás, discutindo entre si, também pareciam surpresas e aflitas, parece que nenhuma de nós esperava por essa tal punição.

Chegando na secretaria Carol nos lançou um olhar de piedade com um leve sorriso nos lábios, veio até nós e parou ao lado da porta abrindo em seguida acenando para passarmos, entramos e para minha surpresa, como das outras também, Diego estava em pé, ao lado de seu pai, com uma expressão impassível.

Não pude disfarçar meu olhar de surpresa e apreensão. Isso não é bom.

— Sentem-se senhoritas— exclamou Henrique gentilmente.

Quando Diego voltou sua atenção para mim, senti um leve aperto no estômago, nossos olhares se encontrando, ele junto com seu pai, deviam estar conversando, ele nem subiu para sala, não sabia sequer que estava na escola.

Isso não me parece nada bom.

[...]


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