Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 18
Capítulo Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Para quem acompanha a fic queria avisar que decidi desenhar os personagens principais, eu fiz em estilo anime/mangá porque é o que estou acostumada e.e kkkkkkkkkkkk
Eu vejo eles de certa forma e pensei que seria legal vocês terem uma "imagem" em mente enquanto leem, espero que gostem!!

Primeira personagem Letícia no final da fic!! Segue desenho dela feito por muá!! :3

Boa leitura!!



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O professor nos trouxe para secretaria e já faz dez minutos que estão conversando lá dentro, não faço ideia do que ele possa estar dizendo ao diretor, provavelmente a versão dele da história e isso não vai acabar bem para nós. Eu e Letícia nos sentamos lado a lado enquanto as garotas ficaram em pé cochichando entre elas, pensam que não podemos ouvir o que estão dizendo. — Se elas pensam que vamos ficar caladas com essas mentiras que vão contar... —sussurrou Letícia— Estão muito enganadas.

— Isso é um saco. — suspirei esfregando um lenço que recebi da secretária Carol para meu corte no lábio— Minha mãe vai me encher com isso.

— Me desculpa Erika—exclamou chorosa— Você até apanhou por minha culpa.

Olhei para ela que tentava desesperadamente disfarçar a satisfação e um sorriso— Sua fingida. —sorri— Não precisa exagerar assim, admita que esta contente com isso.

— Deu pra notar? — esboçou um largo sorriso— Eu dei uma bela surra em cada uma delas, me sinto ótima mesmo com esses arranhões. —disse mostrando os braços finos e marcados.

Quando o professor aparece com a porta entreaberta nos fazendo ficar quietas e receosas— Entrem. —ordenou.

As três foram na frente, as seguimos e ao entrar na sala e visualizar o diretor ali sentado, com cigarros recém-apagados no cinzeiro e os olhos fixos nos papéis, percebi que todas sentiram medo— Alfredo pode se retirar. — mandou o diretor.

O professor saiu nos deixando sozinhas com Henrique— Sentem-se. —ordenou.

As meninas rapidamente sentaram-se e até brigaram por um lugar, ele ficou as encarando o tempo todo inexpressivo, Letícia me puxou pelo braço e fomos nos sentar também, ele então lançou-me um olhar acusador— Então...Podem me explicar o que houve?

— Senhor diretor, essas meninas nos agrediram. — exclamou a gordinha corajosamente por ser a primeira a se pronunciar. — Olhe nosso estado, a pobre Carla foi a quem mais apanhou, olhe o rosto dela. — apontou para baixinha que estava com cara de coitada.

Essas garotas...

— Isso é mentira— disse Letícia— Elas estavam bloqueando o caminho e me empurraram quando passei.

O diretor passou seu olhar de uma para outra, tentando adivinhar quem estava mentindo e quem dizia a verdade— Escutem aqui, eu já coordeno esta escola há onze anos, e em todo esse tempo nunca houve um caso onde cinco alunas foram pegas aos socos no corredor. —repreendeu.

Sua voz estava calma porém firme e autoritária, o que causava mais arrepios devido ao ambiente e situação— Não quero saber quem começou, quem terminou, vão ajeitar os uniformes e seus cabelos senhoritas, devem voltar para a sala imediatamente.

— Sim senhor. — houve uma resposta unanime entre nós.

— E não quero saber de outro caso como esse, fui claro? — indagou severo.

Todas afirmaram balançando a cabeça e levantando-se para sair da sala— E mais uma coisa, seus pais ficarão sabendo disso.

Notei que Carla encolheu os ombros ao ouvir isso, provavelmente está encrencada, todas íamos embora quando o diretor disse— Menos você— todas pararam se entreolhando surpresas— Erika você fica. — ordenou.

— Mas diretor a Erika não fez nada— disse Letícia— Ela até se machucou tentando me ajudar.

— Eu não pedi para explicar-se mocinha— fitou Letícia — Saiam.

—Mas-

— Tá tudo bem. — toquei seu ombro— Pode ir.

Ela encarou-me confusa e foi embora, quando a porta se fechou um silêncio desagradável tomou conta do lugar, o único som audível ali era nossa respiração— Sente-se Erika.

Voltei a sentar-me enquanto seus olhos me avaliavam cada movimento— Você é mesmo diferente de todas as garotas com quem meu filho já saiu. — disse acendendo um cigarro.

De novo serei obrigada a ficar aqui com ele fumando...

— Isso foi um elogio senhor? — perguntei irônica.

Ele notando meu senso de humor abriu um sorriso— Bem, ainda não sei dizer, afinal olha o tipo de situação em que se envolveu.

— Bom, eu diria que as coisas saíram fora de controle. — suspirei decepcionada.

Onde ele quer chegar com essas perguntas?

— Bom Erika, embora esse comportamento seja inaceitável no meu colégio— tragou seu cigarro demoradamente— Não foi por isso que ficou aqui , quero saber sobre meu filho.

Droga.

Eu sabia que algo estava suspeito, novamente essa história do Diego sumir com aquela mulher sem dar notícias ao pai, e para piorar ele supostamente deveria estar na minha casa, mas o imbecil não apareceu na escola hoje... — Desculpe, mas não entendi senhor. — falei feito boba.

Ele me lançou aquele olhar terrível, desviei minha atenção para qualquer coisa que não fosse seu rosto— Não se faça de boba. — repreendeu ríspido.

— Não é isso, acontece que... — pausei na esperança de pensar em algo convincente— É que fiquei atordoada devido a essa briga, desculpe. Eu até levei um soco no rosto sem perceber, olha como fiquei. — mostrei meu lábio cortado e bochecha vermelha.

— Entendo, é compreensível. Depois que deixei meu filho em sua casa no sábado de manhã ele não respondeu minhas mensagens e não atendeu minhas ligações. — explicou me encarando.

— Esse garoto... Não tem jeito— sorri sem graça.

— E esse não é o problema, entendo que queiram privacidade enquanto estão sozinhos— suspirou— Mas ele não veio a aula hoje, e parece que seu celular está desligado.

Privacidade? Até parece cara...

— Então quero saber, onde meu filho está? — questionou inexpressivo.

Onde seu filho está? Essa é uma boa pergunta, como se eu soubesse— Bem... — e agora Erika, o que fará? — Para ser sincera, eu não sei.

— Como assim? — perguntou surpreso.

— Senhor direi a verdade, seu filho e eu tivemos uma briga. — falei convincente.

— Brigaram?

— Sim.

— Qual motivo?

Agora minha vingança, Dieguinho... — Acontece que seu filho é um tarado senhor. Ele queria fazer coisas comigo e me tocar em lugares inapropriados e eu não o deixei— não ria Erika— Eu o avisei desde o começo quando ele quis ter algo comigo, não pense que sou igual a essas meninas com quem está acostumado.

O diretor olhou-me incrédulo e tossiu— Bem... Eu entendo que meu filho pode passar dos limites às vezes — admitiu sem jeito.

Essa é a primeira vez que vejo essa expressão no rosto do diretor, e olha que só conversamos duas vezes— E depois que me neguei a satisfazer suas vontades ele se irritou, acabamos brigando e ele foi embora, desde então não tenho notícias de seu filho.

Eu não sei de onde surgiu essa ideia, mas estou muito satisfeita com isso, me livrei de inventar desculpas vagas para explicar a ausência de Diego e acabei ainda mais com a imagem que seu pai tem dele— Peço desculpas pelo comportamento duvidoso de meu filho— disse educadamente— Espero que as coisas se resolvam entre vocês— ah... com certeza algo vai sair disso tudo— Você já pode ir, até e melhoras.

— Obrigada pela compreensão senhor, até. — tentei manter uma expressão abatida e triste enquanto contava tudo, parece que funcionou, quando virei-me de costas para ir até a porta não pude conter um enorme sorriso.

— Mas isso não muda o fato de que seus pais saberão dessa briga. — exclamou repentinamente.

Virei meu rosto para vê-lo, meu sorriso desapareceu na hora, enquanto um sorriso estava firme e satisfeito em seu rosto.

Hunf... Nem tudo é perfeito, terei de lidar com minha mãe.

[...]


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