Sonho x Realidade escrita por M1ssingN0


Capítulo 13
Capítulo Treze


Notas iniciais do capítulo

Sorry a demora gente, eu sei que estou demorando a postar, mas é que ultimamente anda sendo muito difícil reunir minhas energias para escrever algo >.>... Eu sei, ME DESCULPEM.
Vou tentar postar com mais frequência, e para quem notou a falta de um "nome" para o capítulo vai ser assim daqui para frente, minha lista de idéias estava chegando ao fim, e dependendo de quantos mais eu escreva acabaria ficando complicado pra mim.

Espero que gostem, boa leitura!

KISSU na testa de todos vocês!!♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657574/chapter/13

— Eu já disse, vá embora. — gritei puxando o braço de Diego, ele estava sentado no sofá me encarando com um olhar de desdém, como se minha força não fizesse diferença nenhuma.

— Olha, já deve ter percebido que em questão de força você não é páreo para mim. — disse soltando o braço de minhas mãos com um movimento rápido, logo em seguida perdi o equilíbrio e cai sentada no chão.

Quando voltei a olhar para ele estava com um sorriso cínico no rosto— E isso me lembra, quer que eu vá embora assim? — apontou o polegar para seu peito— Ainda não lavou minha camisa, idiota.

— Eu não vou lavar nada, a culpa é sua por tê-la segurado tanto tempo assim. — me levantei de onde tinha caído e fui em direção às escadas, se Luna tinha feito xixi nele provavelmente estava apertada e ele não a soltou.

Vou ignorá-lo por hora, é melhor me arrumar para encontrar Júnior, até lá penso em algo para me livrar do Diego, depois de subir 4 degraus escuto passos atrás de mim, virei meu rosto para ver e ele me fitava sério. — O que?

— Me arrume outra camisa— exclamou indiferente.

Isso não vai ser nada fácil, olhei para o relógio na parede ao fim da escada e já marcava 9 e 30, o dia já estava bem claro e raios de sol entravam pelas janelas, parece que hoje vai ser bem quente, isso me faz pensar nas roupas que devo usar. Voltei a olhá-lo e sua expressão estava visivelmente impaciente— Se quer outra camisa vai ter que pegar alguma do meu pai.

— Tanto faz. — respondeu carrancudo.

Ninguém merece, o que ele é, uma criança birrenta?

Soltei um leve suspiro de cabeça baixa, quando sinto minha coxa arder, isso só pode ser— Mas que droga é essa? Pare de me beliscar.

— Anda logo, porque está parada suspirando feito uma bobona?

Cretino, você ainda vai me pagar por tudo isso, pode apostar, voltei a subir os degraus em direção ao quarto dos meus pais, abri a porta e fui até o guarda roupa, ele veio andando tranquilo avaliando tudo que via. Bom, ele e meu pai não têm muita diferença de porte físico, embora Diego seja mais magro que ele, as camisas devem ficar um pouco largas.

Abri o guarda-roupa onde meu pai deixava todas suas camisas penduradas, escolhi uma de cor branca— Aqui, prove. — estiquei meu braço até ele.

— Essa não serve.

— E porque não? Nem experimentou ainda. — qual é a sua?

— Não quero essa. — se aproximou de mim empurrando-me para o lado — Deixe-me ver.

— Hey, seu folgado eu que escolho.

— Se eu vou sair por aí com a camisa, eu escolho— falou sério encarando as roupas com cuidado— Ah.

Quando vejo o que ele escolheu fico surpresa, a camisa vermelha com detalhes pretos que minha mãe deu de presente para meu pai no seu aniversário— Não— tirei de suas mãos rapidamente— Essa aqui não está disponível.

— Eu gostei dela— puxou a camisa com ignorância de mim— A cor é legal e a estampa em preto também. —disse já vestindo.

— Qual é Diego, meu pai adora essa, escolha qualquer outra. — falei na tentativa de impor autoridade e apelar para sua razão.

Afinal de contas meu pai dará falta dessa camisa, e isso trará perguntas, tanto dele quanto da minha mãe.

Ele se vestiu e foi em direção ao espelho, me ignorando de novo, ficou ali se olhando por uns dois minutos, ajeitando a roupa, mexendo em seu cabelo e fazendo poses feito um mané, até parece que minha presença não existe. — Tudo certo, depois que lavar a outra que sua gata fez xixi me entregue na escola, agora é só esperar dar a hora para ir encontrá-la.

Respirei fundo, contei até dez, pensei em filhotes e comidas que eu adoro, tudo para não matá-lo aqui e agora, inconscientemente já havia planejado tudo, não deixaria pistas e nem vestígios, nunca me descobririam... — Por que está me olhando assim? — perguntou curioso.

— Hunf— o empurrei até a saída do quarto e fechei a porta— Agora volte para a sala e não faça nada estúpido. — dei de costas e caminhei até o banheiro.

— Você está insuportável sabia? Qual o seu problema afinal? — disse em tom alto para que eu pudesse ouvir antes de entrar no banheiro.

Parei de costas para ele — Meu problema é você. — respondi com raiva, bati a porta e a tranquei, por enquanto não quero olhar para ele, admito que meu humor está horrível e isso chega a me fazer mal, posso enfartar de tanta raiva.

Parei em frente ao espelho e meu rosto estava tão ruim quanto o humor, tirei as roupas e liguei o chuveiro, a água morna caindo sobre meu rosto me acalmava, é uma sensação ótima e me alivia todo o estresse, tomar banho sempre foi um prazer para mim, como se lavasse minha alma e todos sentimentos com energias negativas. Mas como um raio caindo em minha cabeça lembro-me do Diego, e isso é tão doloroso quanto.

— Até no banho esse panaca me perturba... — desliguei o chuveiro e vesti meu roupão, o cabelo estava encharcado pingando sobre meus ombros, mas esqueci de pegar uma toalha para enrolá-lo, ao abrir a porta e sair sinto algo bloqueando a passagem dos meus pés, fui de encontro ao piso frio e dolorido.

De novo caída no chão.

— Você deveria olhar por onde anda.

— Diego... — minha voz estava repleta de ódio, virei-me para ver o que era aquilo.

E lá estava ele, sentado a porta do banheiro com uma perna esticada em frente à passagem e com a outra servindo de apoio para seu braço direito, — O que faz aí? Idiota! — gritei me reerguendo e saindo de uma posição vergonhosa, por sorte, meu roupão é comprido até altura dos joelhos.

— Bom eu estava entediado, e comecei a sentir fome, então decidi esperar você sair do banho para dizer isso— sorriu— Me alimente.

— Vá pro inferno. — meus joelhos doem, apoiei todo o peso da queda sobre eles— Você não existe, sério...

— Quem é o panaca que você disse lá dentro?

— Você ouviu isso? — perguntei curiosa, há quanto tempo ele está ali?

— Ouvi muita coisa— disse aproximando-se — Falava de mim?

— Nossa como adivinhou— admiti me afastando dele, quando de repente sinto meu braço sendo puxado. — Que foi agora?

— Então você pensa em mim até no banho? Que fofinho. — exclamou sarcástico ainda me segurando.

— Com certeza não como você pensa. — sorri. De novo ele vem com esses joguinhos.

— Erika, você gosta de mim?

— Sem brincadeiras, minha paciência é nula no momento.

— Não estou brincando— seu rosto estava sério, seus olhos me estudavam a cada palavra que dizia.

— Isso é de verdade? — perguntei sem graça.

Tem algo errado nisso, ele quer brincar comigo, não vou cair nessa, é irrelevante se no momento o assunto é pra valer ou não, nem imagino as intenções dele por trás disso.

Estou ficando envergonhada de novo, droga... Não é nem por ele em si, mas a situação não ajuda muito, afinal estou sentada aqui no chão apenas de roupão com ele segurando meu braço assim e me fazendo perguntas idiotas. — Me solta.

— Não até responder.

— Não gosto de você Diego. — falei com toda a minha coragem, não há motivos para fraquejar— Como eu poderia gostar de alguém assim?

— Responda você— sorriu— Afinal de contas... — sentou ao meu lado, perto, perto até demais— Eu não consigo te entender.

Dito isso ele apoiou sua cabeça em meu ombro e me trouxe mais para perto com seu braço esquerdo em volta de mim— Tá fazendo o que? — perguntei em desespero.

— Nada, só quero fazer um carinho em você. — sua voz se tornou gentil e manhosa, até parecia um gato ronronando, ao mesmo tempo começou a passar a mão em meu cabelo que continuava encharcado e pingando, senti um arrepio passar por todo meu corpo e uma grande necessidade de afastamento tomou conta de mim. Isso significa perigo.

— Sai daqui!— o empurrei para longe, ele ficou me encarando surpreso, levantei-me e o olhei por um tempo— Seja lá o que esteja pensando, não vai conseguir, gigolô sem vergonha.

Sua expressão de surpresa logo deu início a um sorriso de deboche, ele abaixou seu rosto e levou sua mão direita em seu cabelo— Haha Erika... Você é mais difícil do que eu pensei— riu.

Eu sabia...

— Eu tenho uma dúvida. — seu olhar voltou para mim, mas o sorriso continuava.

— O que é? — indagou ficando em pé também, frente a mim.

— Porque me escolheu para isso? Como eu disse antes, você tem várias meninas dispostas a isso sem questionar... Então fico pensando, porque eu? — lá no fundo, sempre me perguntei isso, e nunca consegui encontrar uma resposta como explicação.

Diego ficou em silêncio, logo em seguida sorriu novamente— Eu a escolhi por que... — fez uma pausa respirando fundo— Você atravessou meu caminho na estrada do tédio. — respondeu indiferente.

— Então é isso? — questionei séria.

— Sim.

Esse cara, simplesmente decidiu fazer da minha vida um inferno apenas porque não tinha nada melhor para fazer, isso só mostra como é fútil e não se importa com a vida dos outros— Você é tão egoísta e vazio quanto um buraco negro— suspirei— Não se importa em destruir e sugar tudo ao seu redor.

— Tem razão— admitiu dando-me as costas— Mas você é parecida comigo— sorriu. — Te espero lá embaixo, anda logo que estou com fome.

Parecida com você?

Essa me pegou desprevenida, dizer que somos parecidos... É claro que 99% de ambos são completamente diferentes, personalidade e tudo mais. Fui ao meu quarto e tranquei a porta, caminhei até meu guarda roupa e o abri para decidir o que usar, os raios de sol entravam pelas brechas na cortina, fui até a janela e a abri, uma brisa ainda fria soprava para dentro do quarto e contra meu rosto, o céu estava quase sem nuvens, encarei novamente minhas roupas e um cansaço me dominou, olhei para minha cama e uma enorme vontade de voltar a dormir passou pela minha cabeça.

Decidi me deitar por uns minutos, só por alguns minutos não fará diferença, com o cabelo ainda molhado e de roupão apenas me joguei sobre a cama, novamente fitando o teto.

Você é parecida comigo... Ele diz

Eu me pergunto, quando foi Diego? O que o fez pensar assim e chegar a essa conclusão, quando você percebeu?

— Que também sou vazia...

Ouço pássaros cantando lá fora.

[...]


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sonho x Realidade" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.