Contrato de Amor escrita por Thaisa Cullen, Ise Cullen


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas desculpa a demora. Primeiro venho o Enem, meu computador deu problema e apagou os últimos capítulos que tinha escrito, depois venho os vestibulares, todo final de semana era uma prova, e logo em seguida venho as festas de fim de ano e a família do meu pai estava aqui, então foi bem corrido.
Mas agora eu estou aqui e vou tentar postar logo nas outras fic's.
Bjosss e boa leitura.



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POV – EDWARD

Isso já estava passando do limite, e não aguentava mais. Dois meses sem uma conversa, sem nenhum motivo para ela agir assim.

Resolvi sair mais cedo da empresa e conversar com a Bella, cheguei a minha casa, Eleonor estava preparando o jantar. Deixei-a terminar e a dispensei. Fui pro meu quarto, tomei banho e troquei de roupa, me sentei no sofá da sala e esperei por ela.

Duas horas depois ela chegou, entrando em silencio.

– Oi Bella – disse a ela quando ia em direção a escada.

– Edward, não sabia que estava em casa – disse ela.

– Hum – resmunguei – Nos precisamos conversar.

– Agora? – perguntou com os olhos arregalados.

– Sim agora – respondi me levantando do sofá

– Posso tomar banho antes? – pediu ela

– Pode e tente não demorar – pedi sentando no sofá

Ela subiu e meia hora depois voltou, vestida com uma calça de moletom e uma regatinha branca e justa marcando perfeitamente seus seios.

– Sobre o que quer conversar? – perguntou ela

– Sente – disse indicando o sofá

Ela respirou fundo e se sentou.

– Eu não sei bem por onde começar – disse

– Pelo começo – resmungou ela, eu simplesmente ignorei e continuei.

– Meus pais não tinham um relacionamento muito bom a algum tempo, Carlisle se importava mais com empresa do que com ela ou os filhos, nunca foi muito presente nem como pai e muito menos como marido. Sempre tinha notas em jornais dizendo sobre as amantes deles. Lembro-me de varias vezes minha mãe ter esperado ele chegar sentada no sofá da sala quando ele só parecia do outro dia de manha para trocar de roupa, ainda me lembro dela chorando quando ele saia.

– Era difícil, logo Carlisle resolveu colocar Alice em um colégio interno, então pouco estava em casa, não sabia como era difícil, Emmett já estava na faculdade e já namorava a Rosalie não ia muito a nossa casa, já que ele morava perto da faculdade. Eu tinha 19 anos, cursa direito e morava em um pequeno apartamento perto da universidade, sempre que podia ia visitar minha mãe, eu sabia que ela estava mal por causa do meu pai, mas eu achava que estando todo dia lá, iria ficar tudo bem.

– Mas um dia, quando eu fui lá, ela estava trancada no banheiro há muito tempo, eu tive que arrombar a porta pra entrar, ela estava caída no chão, tinha um estilete no chão perto da sua mão e um enorme corte no seu braço, tinha muito sangue e ela estava muito pálida. – comentei sentindo as lagrimas escorrerem por meu rosto.

– Eu liguei pra emergência, e quando eles chegaram ela já estava morta – contei chorando. – Carlisle cuidou de toda a parte burocrática, Emmett foi buscar a Alice no colégio. Eu passei a odiá-lo, por culpa dele a minha mãe tinha morrido. Depois que eu me formei fui trabalhar na empresa, Carlisle tinha contratado uma secretaria especialmente pra mim, eu podia jurar que eles já haviam transado e durante quatro anos fomos amantes.

– Há nove meses Carlisle morreu, cinco meses depois abrimos o testamento dele, eu só teria direito a minha parte da herança e assumir a presidência da empresa se me casasse, com alguém que minha família aceitasse e durante um ano eu não poderia pedir o divorcio, mas a minha esposa podia sim pedir o divórcio. Eu tinha seis meses após a abertura do testamento pra me casar. Então eu resolvi me casar com você.

– Você só se casou comigo por causa da sua herança? – ela perguntou

– Sim, foi. – respondi.

– E agora você quer que eu peça o divórcio? – perguntou ela

– Não claro que não, eu não quero me divorciar, eu quero ficar com você. Você quer o divorcio? – perguntei sentindo uma dor em meu peito por pensar em que ela podia ir embora.

– Não, eu não quero o divorcio mesmo por que eu não casei por amar você eu quero continuar casada com você. – disse ela

– Se não me amava, por que se casou comigo? Por causa do meu dinheiro? – perguntei a ela.

– Quem se casou aqui por dinheiro foi você. – acusou ela

– Por que se casou então?

– Por que eu estava cansada de viver sozinha e além do mais não preciso do seu dinheiro – disse ela.

– Como assim? – perguntei confuso.

– Eu também menti. – contou ela

– Sobre o que?

– Muitas coisas Edward, sobre mim, minha família, meu emprego, eu tenho escondido muitas coisas. É uma historia muito longa.

– Eu estou disposto a ouvir tudo, mas não esconda nada. – pedi, afinal eu não escondi nada dela e queria que ela fizesse o mesmo.

– Eu não tenho certeza por onde começar. – disse ela em um suspiro.

– Tem todo o tempo do mundo pra isso. – disse a ela tentando não a pressionar.

– Meu nome é Isabella Marie Swan, ou melhor era antes de nos casar, tenho 26 anos.

– Isso eu sei Bella. – disse a ela, estava curioso de mais pra saber a historia toda.

– Me deixe falar.

– Tudo bem, continue, só vou comentar quando achar necessário.

– Ok, eu sou filha de Charlie e Renée Swan quando eu tinha 8 anos, descobri que tinha um meio irmão, dois anos mais velho que eu, no começo não gostei muito, estava feliz em ser filha única, não queria e nem achava que precisava de um irmão.

– Isso não soa algo como você. – comentei

– Eu sei, mais eu era só uma criança, e de repente chega Jacob Black, filho do meu pai com uma mulher que nem conhecia, pra mim, era como se ele viesse destruir meus sonhos infantis. – disse ela sorrindo.

– Espera, você disse Jacob Black? – perguntei pra ter certeza do que eu ouvia.

– Sim, disse por quê?

– Ele é advogado, 28 anos, comanda o escritório de advocacia Swan & Associados?

– Sim, é ele, por que? – perguntou confusa.

– Ele se formou comigo, é meu amigo, ele que leu o testamento do meu pai.

– Eu não sabia disso – respondeu ela.

– Eu fui algumas vezes a sua casa, com meus pais e meus irmãos, nós já nos conhecíamos antes? – perguntei.

– Não, eu não frequentava os jantares, uma ou duas vezes eu estive no jantar, mas nem você e nem meu irmão estavam.

– Só não entendo, Jacob nunca falou que tinha uma irmã, eu fui ao enterro dos seus pais, e você não estava lá.

– Eu não fui ao enterro e nem ao velório, eu não lamentei a morte do meu pai, talvez um pouco a morte da minha mãe, mas não a do meu pai.

– Posso saber por quê?

– Sim, é uma longa historia.

– Já disse que tenho todo o tempo do mundo.

– Eu tinha 16 anos quando eu conheci o Mike.

– Mike? – perguntei achando que não ia gostar nada do que ela iria me contar.

– Sim, Michael Newton, ele era cinco anos mais velho que eu. E eu me apaixonei por ele e ele por mim, meu pai não gostava dele, ele tinha 21 anos e cursava medicina, as vezes ajudava na clinica dos pais, o fato do meu pai não gostar nele e não aceitar o nosso namoro, fazia eu e meu pai discutir ainda mais, minha mãe nunca bateu de frente com meu pai, e embora as vezes tentasse que eu visse as coisas de outra maneira eu só enxergava o meu lado na historia. É eu sei, soa como se eu fosse uma menina mimada, mas não é isso, eu só não entendi a implicância do meu pai com ele, Mike não era um irresponsável, alias tinha mais juízo que meu irmão tinha na idade dele. Quando fiz 18 anos eu sai de casa e fui morar com o Mike, o apartamento que tenho hoje, e onde moramos juntos por quatro anos.

– Vocês se casaram? – perguntei

– Não, mas era como se fossemos, nos últimos meses ele gostava de me apresentar como sua mulher. – respondeu ela e eu tentei reprimir uma careta.

– O que foi? – perguntou ela.

– O que?

– Por que está fazendo careta?

– Estou?

– Esta

– É por que, bem, ah.

– Diga de uma vez Edward.

– Se quer mesmo saber, não é nada legal saber que sua esposa foi praticamente casada com uma cara que não é você. – disse enciumado a ela.

– Então eu estava quase me formando.

– Em que?

– Medicina

– Faz sentido – murmurei me lembrando de quando ela cuidou da minha mão e que já havia ajudado Rose quando havia passado mal.

– Então, tinha acabado de chegar da universidade quando me ligaram do hospital dizendo que o Mike tinha sofrido um acidente de carro, eu fui até o hospital, e encontrei com os pais dele lá, depois de algum tempo, o médico foi falar conosco e contar que ele tinha morrido. Eu passei a culpar meu pai pelo acidente dele, eu cheguei a dizer isso a ele uma vez, eu o acusei de ter matado o Mike. Ele não gostava do Mike, e queria que eu terminasse com ele e voltasse pra casa.

– Eu tinha pensado em abandonar a universidade depois que ele havia morrido, mas Jake e minha mãe me convenceram a continuar, eu me formei, mas nunca exerci minha profissão, sete meses depois meus pais foram viajar e morreram.

– Eu herdei uma parte da casa dos meus pais, a joalheria da minha mãe, o apartamento do Mike, e o hospital que ele estava construindo, onde antes era a clinica dos pais dele.

Então consegui um emprego na sua empresa, nos conhecemos, ficamos algumas vezes, nos casamos, e dois meses depois eu descobri que você me traia com a Tanya.

– Eu nunca te trai Bella – disse a ela.

– Eu vi você com ela, na sua sala.

– Quando?

– No dia que você foi pra Nova York, antes de ir embora eu fui até a sua sala e eu vi vocês se beijando perto da sua mesa.

– Ela me beijou e eu não retribui Bella, se continuasse trabalhando na empresa saberia que eu a demiti.

– Ah claro, e contratou outra mais bonita com quem pudesse se divertir. Ou talvez resolveu deixar a Tanya somente como sua amante. – reclamou ela.

– Eu contratei uma senhora com idade pra ser minha mãe e casada, eu não tenho nada com a Tanya desde que ficamos noivos. Eu juro Bella, nunca a faria sofrer como meu pai fez com a minha mãe. – disse me ajoelhando a sua frente.

– Você a demitiu mesmo?

– Sim

– Hum, e nem tem mais visto ela?

– Desde que a demiti não.

– Mas você me traiu com ela enquanto estávamos namorando?

– Sim, algumas vezes e com algumas prostitutas também, se quiser contar como traição, mas era só sexo. – contei a ela, já que estávamos contando a verdade, não fazia sentindo mentir.

– Isso não muda o fato que tenha me traído. Ao menos usou preservativo? – perguntou ela irritada, ou pelo menos era o que parecia.

– Mas é claro que usei. Por quê?– disse a ela.

– Pra não ter a desagradável surpresa de uma vadia qualquer batendo na minha porta dizendo estar gravida do meu marido. Ou que você tenha se infectado com alguma doença.

– Não se preocupe com isso, eu sei que nosso casamento não foi o melhor de todos, digo foi tudo muito rápido, mas eu realmente amo você e eu quero ficar com você, ter um casamento de verdade, isso se você quiser também.

– Eu te amo Edward, ou acha que eu estive afastada esses meses todos depois de ver aquela coisa que você chamava de secretaria te beijando por causa de que?

Sorri pra ela e colei nossos lábios, beijando-a pela primeira vez com amor.

– Eu também amo você. O que você tem feito desde que pediu demissão da empresa?

– Trabalho no hospital e em breve vou começar fazer minha especialização.

– Em que?

– Neurocirurgia.

– Então você não vai voltar pra empresa?

– Não, eu não gostava do trabalho que fazia.

– Ah – resmunguei, gostava da ideia de tê-la perto de mim.

– O que foi?

– Nada, eu gostava de te ter por perto, mas também quero que faça algo que goste, ainda me lembro de como cuidou do corte da minha mão, apesar que – comecei e parei de falar, acho que não seria bom falar que imaginei se ficaria corada ao ser bem fodida.

– Apesar do que?

– Eu não sei se devo dizer – murmurei incerto.

– Por favor, me diga – pediu ela.

– Eu te desejei quando entrou na minha sala pela primeira vez e quando voltou do banheiro corada, imaginei se ficaria assim após ter sido bem fodida por mim – contei.

– Oh – murmurou ela.

– Me desculpe não devia ter dito nada – disse a ela.

– Tudo bem, eu não me importo, já faz tempo que ninguém fala assim comigo – sussurrou ela.

Segurei-me para não reclamar, não queria que ela ficasse pensando daquele tal de Mike.

– Quanto tempo? – me vi perguntou, imaginando como ela está após anos sem ser tocada.

– Acho que três anos, não fico contando – disse ela envergonhada.

Merda, essa conversa esta me deixando excitado.

– Eu quero você – disse me inclinando para beija-la.

Erguia em meu colo e a levei para nossa cama, deitei sobre ela beijando seu pescoço.

– Edward – sussurrou ela.

– Sim Bella? – perguntei sem deixar de beija-la.

– Eu não sei se eu estou pronta – murmurou ela – Droga isso me faz parecer uma adolescente insegura.

– Eu sei o que esta dizendo amor, só vamos trocar carinho. – murmurei a ela, envolvendo minha mão em seu seio, fazendo a gemer.

Continuei a beija-la, percorrendo minha mão por sua cintura. Preferi parar por ali, antes que ficasse difícil de me controlar.

– Quer ir jantar? – perguntei me deitando ao seu lado ofegante.

– Quero – respondeu ela ofegante.

– Vem, vamos ver o que Eleonor fez hoje – chamei-a levantando da cama.

Descemos para a cozinha, enquanto Bella esquentava nosso jantar, me sentei no balcão observando-a. Jantamos em silencio, no balcão da cozinha. Bella guardou o que sobrou da janta e eu lavei a louça.

Percebi que ela estava me olhando.

– O que foi? – perguntei.

– Nada – disse ela sorrindo.

– Nada? Por que está rindo então? – perguntei sem entender.

– Você, lavando louça – disse ela.

– E o que tem isso? – perguntei confuso.

– É que eu nunca vi você fazendo nada em casa, então sei lá, é diferente. – disse ela.

– Ah – murmurei – Isso é ruim? – perguntei sem saber.

– Não, não é.

Terminei de lavar a louça e subimos para o quarto, Bella trocou de roupa para dormir e eu tirei a minha deitando somente de boxer, na cama, logo ela saiu do closet com uma das suas camisolas curtinhas.

– Bella eu não sei ter um relacionamento. – murmurei para ela.

– Como? – perguntou ela se virando para mim.

Fiquei de frente para ela.

– Eu não sei ter um relacionamento serio, eu nunca tive, mas eu quero com você. – disse olhando em seus olhos. – Eu quero poder sair com você, ir ao cinema, teatro, jantar em um restaurante, não quero só viver para a empresa. Não quero ser como meu pai – disse a ela.

– Nós vamos tentar juntos fazer nosso casamento dar certo. – disse ela.

– Sim, juntos – respondi abraçando-a forte.

– Boa noite querida – sussurrei beijando seus cabelos.

– Boa noite – sussurrou ela.


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