Contrato de Amor escrita por Thaisa Cullen, Ise Cullen


Capítulo 35
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Não esqueçam de ler as notas lá embaixos.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/65741/chapter/35

POV – EDWARD

Esperei ansiosamente para que sábado chegasse, trabalhei exaustivamente para me distrair, até que chegou sábado e no final da tarde, fui até a casa que era dos meus pais, entrei e segui para o escritório.

Abri a porta da estante e peguei mais um diário de Carlisle, queria saber mais sobre ele, sobre o que ele achava das coisas que aconteceram.

Sentei na poltrona de leitura, tirei meus sapatos colocando os pés sobre o pufe e abri o diário.

“Edward adora mamar, sempre achei que o Emmett mamaria mais do que o Edward quando ele nasceu, por ser maior e mais gordinho, mas ele não desgruda dos seios da mãe. Ele é um bebe muito calmo, está com quase três meses e é muito lindo, ama ouvir a mãe tocar piano, às vezes quando está inquieto a noite e esta demorando para dormir, Esme toca para ele dormir, é tão bonito vê-lo deitado com seu pijaminha azul deitado no carrinho próximo ao piano com Esme tocando uma cantiga de ninar e então ele boceja fechando os olhos e dormindo. Varias vezes quis pega-lo no colo e sentar no sofá ouvindo-a tocar, mas Esme não deixava, dizia que não podia acostuma-lo a dormi no colo, então sentava próximo ao carrinho e a Esme para ouvi-la tocar, depois colocávamos Edward no berço e íamos para nosso quarto. Emmett em compensação não demorava muito para dormir, as oito da noite estava na cama, mas ele vivia correndo para lá e para cá em casa, que quando chegava a noite ele já estava cansado.”

Virei a pagina para continuar lendo o seu diário.

“Emmett está enciumado com o irmão, ele me disse que quando contamos que ele ia ter um irmãozinho, dizemos que ele teria alguém com quem brincar, e antes dele dormi hoje disse que até agora não pode brincar com ele e que não gostava dele. Então tive que explicar que o Edward ainda é muito pequenininho para brincar com ele, afinal ele só tem um pouco mais que três meses, e que quando ele ficar um pouco maiorzinho vai poder brincar com ele.”

Continuei lendo as paginas até o fim e peguei o próximo diário e voltei a me sentar na poltrona.

“Quando cheguei do trabalho a noite, tive uma surpresa maravilhosa, Edward estava engatinhando atrás do Emmett na sala, Esme estava sentada no chão com eles, era bonito ver o quanto Emmett, mesmo pequeno, se interessava pelo desenvolvimento do irmão.”

Virei a pagina para continuar lendo.

“Edward andou hoje! Havíamos preparado um piquenique no quintal, para passarmos à tarde de domingo com as crianças e aproveitar o tempo ensolarado que fazia, víamos Emmett brincando em um canto com os carrinhos dele, e vimos Edward gatinhar pela grama indo até o irmão, quando de repente ele se levanta e caminha até um carrinho do Emmett, ele se desequilibra e cai sentado quando tenta pegar o carrinho, pensei que ele fosse chorar, mas ele riu com o carrinho na mão.”

Continuei a ler o diário, sabendo mais da minha infância.

“Há alguns dias Esme não tem se sentindo bem, resolvemos ir ao medico dela, deixamos as crianças com Elizabeth e fomos ao hospital, saímos de lá com a noticia que ela estava gravida de quase três meses, não estávamos esperando ter um bebe agora, mas realmente estava feliz em poder ter mais um filho ou quem sabe uma filha com minha Esme.”

Fui ler a próxima folha, pensando encontrar algo sobre a gravidez da minha mãe.

“Hoje aconteceu algo engraçado, ou não tão engraçado assim. Estava pronto para ir trabalhar, e fui beijar Esme que dava comida para o Edward, que já está com um ano e meio, ele gritou um não, pegou a colher com que Esme o alimentava cheia de comida e jogou em meu peito, sujando minha camisa branca. Esme chamou sua atenção ele a olhou e voltou a olhar para mim e emburrado disse: mãe meu. Peguei o no colo, tirando o da cadeira de alimentação, enquanto dizia a mãe é sua, mas a esposa é minha, e pedi que Esme me visse uma camisa limpa, ele resmungou um pouco quando a mãe se afastou, mamãe já volta filho disse a ele. Edward não gostava de ficar longe da mãe, às vezes achava que Esme o mimava demais. Ficava imaginando como Edward ia reagir ao descobrir que ia ter um irmãozinho ou uma irmãzinha. Sentei na cadeira que Esme estava e tentei dar de come-lo, mas ele estava mais interessado e puxar minha gravata. Quando Esme voltou ele disse mamãe, mamãe estendendo os braços ela pega-lo no colo, peguei a camisa e entreguei-o a Esme, troquei de roupa e fui trabalhar.”

Não me lembrava de ter feito isso, mas devia ter sido engraçado.

Guardei o diário de fui para casa dormi, no outro dia voltei para continuar lendo os diários do meu pai.

“Esme morreu, ela se matou, Edward a encontrou morta no banheiro, e eu sei que a culpa é minha, por não ter dado mais atenção a ela, não ter dito que tudo que ela lia em revistas e jornais eram mentiras, que eu amava e nunca iria trai-la, errei eu não demostrar que a amava, trabalhei tanto para lhe dar tudo que quisesse dar um futuro brilhante aos nossos filhos, mas esqueci de lhe dar amor, atenção, carinho.”

As letras estavam um pouco borradas por lágrimas.

“Desde a morte de Esme, Edward anda cada dia pior, sempre indo a festas, bebendo, saindo com cada garota, que pareciam ter saído de um bordel.”

“Edward começou a trabalhar hoje na nossa empresa, o pior é que a secretaria que havia contratado para ele, não era aquela mulher vulgar que apareceu hoje, aconteceu alguma confusão na hora e contrataram a mulher errada. E ainda por cima tive que ouvir de um dos diretos, Sr. Copper, que o Edward estava transando com a secretaria no escritório dele, e que ele não devia estar na empresa. Sei muito bem que meu filho é competente para o trabalho, mas esse tipo de coisa não devia acontecer.”

“Estava ficando preocupado com esse comportamento que o Edward vem tendo, os irmãos estão casados e ele fica de farra por ai, saindo com mulher vulgares, tendo caso com aquelazinha da secretaria dele, ainda não sei como não demitiram era, totalmente inapropriada, isso quando não sai de madrugada dos bordeis da cidade.”

“Meu medico me disse que meus exames estão muito ruim, e se não me cuidar vou acabar morrendo, não importo muito em morrer, depois que Esme se foi minha vida é sem graça, amava ouvi-a tocar o piano, as vezes sentou próximo ao piano e consigo imaginar com perfeição ela tocando, se eu fechar os olhos consigo até sentir seu perfume de flores, ouvir sua voz melodiosa, sentia tanta falta dela, Esme era minha vida. O que me preocupa é deixar Edward, eu sei que ele esta perdido depois que Esme se foi, eu queria saber como ajudar.”
“Depois de muito pensar, analisar, tive uma ideia, talvez isso ajudasse Edward a reencontrar seu caminho, deixaria no meu testamento uma cláusula para ele, só receberá a herança se ele se casar com uma mulher direita e respeitada, ela teria que passar pela aprovação dos irmãos, sei que eles não o deixaria casar com uma qualquer, e teria que passar um ano casado com ela, quem sabe assim ele não toma jeito e volta a ser aquela pessoa educada, responsável e amável. Não quero que ele tenha os arrependimentos que tenho e me trazem tanto sofrimento.”

Ler os últimos anos do meu pai foi difícil, muitas vezes me encontrei com os olhos cheios de lagrimas, o julguei mal quando o acusava de coisas que ele não fez, as coisas que dizia sobre minha mãe, o quanto a amava e sentia sua falta me emocionou, e quis de alguma maneira, não ser como ele, não deixar minha família de lado, de me importar mais com o trabalho do que com minha família.

No final do mês fui até a sala da Bella, estava pensando em convida-la para sairmos jantar, queria fazer algo de verdade com ela, ser um casal, ter um casamento.

Abri a porta da sala dela e encontrei uma mulher sentada em sua mesa.

- Posso ajuda-lo Sr. Cullen? – perguntou ela.

- Desculpe, quem é você?

- Ângela Webber

- Onde está minha esposa? – perguntei.

- Ela não trabalha mais aqui – respondeu ela.

- Como?

- Ontem acabou o aviso prévio dela, Sr. Cullen. – contou ela.

- Ah ok, então – sai de lá antes que parecesse que não sabia nada sobre minha esposa.

“Você não sabe e nunca quis saber” acusou-me meu subconsciente.

Bufei e me fechei em minha sala, trabalhando para não ficar pensando em por que a Bella se demitiu.

Andei de um lado para o outro do meu escritório tentando achar uma solução.

- Licença Sr. Cullen, precisa de algo? – perguntou minha nova secretaria.

- Peça para que minha irmã venha aqui agora. – pedi me sentando na minha cadeira.

- Sim senhor – respondeu ela saindo da minha sala.

Não aguentei ficar parado esperando e voltei a andar de um lado do escritório, Alice estava demorando.

- Me chamou Edward? – perguntou ela entrando em minha sala.

- Estava demorando – resmunguei me sentando em minha cadeira.

- Deixa de ser chato, então o que quer de mim?

- Onde esta a Bella? – perguntei

- A esposa é sua e eu que tenho que saber?

- Alice você virou a melhor amiga dela, deve saber, por que ela se demitiu?

- Edward.

- Não me enrole Alice eu tenho direito de saber, ela é minha esposa.

- E sua esposa sabe por que se casou com ela?

- Claro que não.

- Então não a culpe por ela esconder coisas de você.

- Ela sabe? – perguntei preocupado.

- Não, ainda não sabe – respondeu Alice – Você gosta dela?

- Ela é minha esposa.

- E dai? Ser sua esposa não significa que ela é sua mulher, que a ama, que se preocupa.

- Eu me preocupo com ela sim, agora me diga o que está acontecendo.

- Converse com ela, acho que é o que tem que fazer, se realmente se preocupa com ela, devia saber o que esta acontecendo com ela. – disse ela antes de sair da minha sala.

Fiquei sentado frustrado, queria saber o que estava acontecendo com ela, o pior de tudo é que era sexta-feira e bem se Alice não havia dito nada, talvez a Bella fosse ficar em casa.

No final do dia queria ter indo embora, mas Emmett apareceu querendo resolver alguns assuntos da empresa.

Quase dez horas da noite pude ir embora, fui para casa o mais rápido possível, na garagem percebi que a Bella não estava em casa, afinal seu carro não estava ali, tive vontade de dar a ré e ir para outro lugar, mas não tinha ideia para onde ir, desliguei o carro, desci e fui para o elevador.

Entrei em casa sem animo e fui direto para o quarto, olhei a cama e senti uma tremenda falta da Bella, tomei um banho quente, coloquei uma boxer e fui me deitar.

A cama estava gelada e grande demais sem a Bella aqui. Todo final de semana era isso, eu me sentia sozinho, sentia falta da pouco intimidade que tínhamos após nos casarmos, de estar com ela como em Paris na nossa curta lua de mel.

Ainda não conseguia entender o que havia acontecido, ela não devia ter ficado chateado porque não a levei a Nova York comigo, a não ser que a Tanya tenha aprontado alguma enquanto eu estava lá. Eu vou descobrir o que aconteceu e trazer de volta minha Bella.

Foi meu ultimo pensamento antes de dormir.

Passei a merda de um final de semana, sozinho em casa, imaginando mil coisas, queria minha esposa, mas ela sumiu e nem me dei o trabalho de ligar, ela nunca atende mesmo ou se atende logo dá um jeito de desligar. Será que era assim que ela se sentia quando eu a deixava sozinha? Aflito, carente, triste, abandonado e pior de tudo é a agonia de não saber onde ela está, como está, e se ela vai voltar. A ideia de um dia chegar a nossa casa e descobrir que ela foi embora. Eu devia contar a verdade a ela, sobre o testamento ridículo do meu pai, mas tenho medo que ela já embora.

Domingo de manha acordei agarrando ao travesseiro dela, imaginando estar abraçado a ela, bufei irritado ao me ver sozinho novamente na cama, virei para o lado tentando dormir mais, mas estava sem sono, irritado levantei e fui para a academia, passei a manha lá tentando descontar minha raiva.

Pela madrugada senti a cama se mover e seu delicioso cheiro chegar até mim, abracei-a contra meu corpo e voltei a dormi contente por ela ter voltado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá meninas desculpe a demora, mas esse ano eu não tenho ferias, como sabem estou fazendo vestibular e não tenho muito tempo.
Por isso decidi que postarei um capitulo de cada uma das minhas fic's por semana, essa semana foi aqui, na próxima será em Um Ingénieur du Pornô e na outra em Amor Virtual, e então volto para essa fic.
Eu sei parece muito tempo sem um capitulo, mas eu tentei postar um capitulo por semana na fic e não dei certo, acabei postando capítulos que não foram do meu agrado.
Espero que gostei do capitulo, não esqueçam de me dizer o que acharam.
E gostaram da nova capa que eu fiz?
Bjosss e até a próxima semana



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contrato de Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.