POV – EDWARD

Faz quinze dias que eu e Bella nos casamos. Nossa rotina é a mesma de antes, pelo menos é o que eu acho, já que a minha não mudou nada.

Saímos juntos pro trabalho, almoçamos algumas vezes juntos quando dá e ela volta pra casa de carona com a Rose ou com a Alice. Já que eu e o Emmett ficamos até às 22 horas trabalhando na empresa.

Quando chego em casa Bella normalmente está na sala vendo TV, esquenta o meu jantar, enquanto tomo banho, janto e vamos dormir. Nos finais de semana, quando a Rosalie não implica, eu e o Emmett vamos trabalhar em algumas coisas da empresa, a Bella sai com a Alice e a Rosalie pro shopping. Quando Emmett resolve ficar com a esposa, eu fico em casa com a Bella, conversando sobre coisas que gostamos, mas nunca sobre o passado nem meu e nem dela. Não havia tocado nela novamente depois da segunda feira que voltamos de Paris.

É bem, talvez tenha mudado um pouco, mas não estava sendo tão ruim, quanto pensei que seria.

Agora estava eu no meu carro, dirigindo até um hotel onde os caras da reunião de agora à noite nos esperavam. Deixei meu carro com o manobrista e esperei o Emmett fazer o mesmo que eu, logo ele estava do meu lado.

- Saco! Esses caras não tem mulher não? – reclamou

- Pare de reclamar, esse contrato é importante.

Ele bufou, mas fingiu que estava feliz em estar ali.

Fomos ao bar do hotel encontra-los, bebemos uma dose de whisky e fomos pra nossa mesa no restaurante do hotel.

Após a refeição voltamos ao bar, o que por sorte tinha uma TV onde passava um jogo de futebol e o Emmett parou de olhar no relógio a cada 30 segundos.

Quando o jogo acabou já era uma hora da manha. Nos despedimos e fomos embora, no meio do caminho tinha um acidente interditando a rua, tive que esperar por uma hora e meia pra liberarem a pista.

Cheguei em casa e fui pro quarto, entrei em silencio e vi a minha esposa deitada, quietinha, pelo visto estava dormindo, fui até o banheiro, tomei banho e fui deitar.

Foi quando eu vi a sua face marcada pelas lagrimas. Droga! Eu a fiz chorar, mas queria o que, vi as horas, já se passava das três da manha e eu nem avisei onde iria estar.

Lembrei-me nas vezes que minha mãe esperava, sentada no sofá da sala, o meu pai chegar, muitas vezes, chegava só no outro dia.

Limpei sua face e fiz uma promessa silenciosa.

- Prometo nunca mais te fazer chorar, prometo ser um bom marido, ou ao menos, tentar ser o melhor pra você, ser seu amigo e prometo nunca te fazer sofrer como meu pai fez com a minha mãe.

Beijei carinhosamente e bem de leve seus lábios para ela não acordar, nos cobri com o lençol e dormi com seu corpo quente próximo ao meu.