Contrato de Amor escrita por Thaisa Cullen, Ise Cullen


Capítulo 12
Capítulo 12




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 POV-BELLA

  Subo pro meu apartamento, tentando ver quem era o remetente do pacote.

   Ótimo!

   Penso irônica, recebo um pacote sem remetente. Olhando quem é o remetente da carta caminho ate a porta do meu apartamento.

   Entro e fecho a porta. Vou ate a sala, jogo a bolsa no sofá e o pacote. Abro a carta

Querida Bells

   Espero que esteja bem, a medida do possível. Sei que não faz muito tempo em que suas lembranças se tornam dolorosas.

   Bom, eu não estou escrevendo pra isso, sei que deveria te entregar pessoalmente, mas se fosse assim, acabaríamos brigando como sempre, por causa das nossas decisões

   Estou te mandando os documentos da joalheria e do hospital. Eu vou continuar a administrar o que você pediu, mas é bom você guardar estes documentos.

Saiba que eu te amo e sinto sua falta

Abraços Jake.

   Assim que terminei de ler a carta, era bem do estilo dele não colocar remetente nas cartas, abri o envelope.

   Jake havia mandado vários documentos, bem uma folhada por cima. Havia copia do testamento, o documento em que deixava o Jake administrar os meus bens, vários documentos do hospital e da joalheria. Fiz uma careta pra eles e segui ate o escritório pra guardá-los em uma gaveta qualquer.

   Logo segui pro meu quarto, assim que entrei no mesmo, resolvi tomar banho. Despi-me e entrei embaixo do chuveiro. Durante o banho, em minha mente se passava um filme, a minha infância ao lado dos meus pais, a chegada de Jake, as tardes com minha mãe, o dia em que conheci o Mike, o nosso namoro, a nossa vida no apartamento, o acidente dele, o funeral, a morte dos meus pais, o testamento.

   Toda a minha vida se passou como um filme acelerado me fazendo chorar de dor e tristeza. Assim que sai do banho vesti um pijama e resolvi comer alguma coisa enquanto via algo na TV para me distrair. Acabei dormindo no sofá mesmo enquanto via um filme qualquer.

   Acordei na quinta-feira com dor nas costas pela noite mal dormida, alem do cansaço físico e mental. Tinha dias que eu odiava trabalhar naquela empresa, principalmente como assistente do Sr. Copper, odiava fazer uma grande parte do seu trabalho e odiava, principalmente, fazer o papel da sua secretaria, já que a mesma prefere faltar, isso quando não esta fofocando pelos corredores o que pouco me importava, alem do fato de fazer o seu trabalho.

   Odiava trabalhar em algo que não tinha a menor vocação e alem de tudo eu nem era formada em Contabilidade. Na verdade pra fazer o que eu fazia acho que nem era preciso.

   Embora que quando estava no ensino médio, escolhi a opção de fazer o ensino médio técnico em gestão empresarial, embora que não tenha sido só uma escolha, e sim uma obrigação, imposta pelos meus pais.

   Então algum tempo depois, quando Mike sofreu o acidente, resolvi não exercer a minha profissão e só me formei por imposição da minha mãe e dos meus sogros. Resolvi fazer o curso de técnico em contabilidade que pra minha sorte terminei em menos de dois semestres, Jake me ajudou muito, se não fosse por ele, eu nunca teria feito o curso, mesmo não concordando com as minhas decisões, ele me apoiava, ao menos pra que eu não desistisse de mim mesma.

   Lembrar-me de tudo isso e ainda enfrentar uma condução lotada fazia o meu mau humor piorar. Tudo por que não conseguia encontrar um único carro popular que me agradece, não, todos tinha que ser carro de luxo, ou seja, uma simples assistente do diretor de uma empresa não tem condição de ter.

   [...]

   O dia passou lento e que me deixou ainda mais irritada, meu mau humor só piorava, acho que começava a ficar de TPM.

   Quase do fim da tarde, Rose apareceu na minha sala.

   - Olá Bella, posso entra? – perguntou pela fresta da porta que havia aberto

   - Oi Rose, entre

   Ela entrou e se sentou a minha frente, muito silenciosa diria ate que estava um pouco abatida.

   - Rose, aconteceu alguma coisa?

   - Não, por quê?

   - Nada, você só parece um pouco abatida

   - Na verdade aconteceu sim. Você já esta saindo?

   - Sim, só tenho que terminar de salvar alguns arquivos

   - Posso te dar uma carona?

   - É claro – disse terminando de desligar o computador.

   - Vamos?

   - Sim – Descemos ate a garagem em silencio e foi assim ate chegarmos e entramos a sua BMW vermelha.

   - Rose? – Chamei-a ao ver que ela mordia seu lábio inferior nervosamente e me olhava atentamente

   - Bella, é que – começou hesitante

   - Rose, você pode de dizer o que quiser

   - Bom, eu estou com alguns problemas e queria ajuda de alguém sabe, algum conselho

   - Pode falar, se eu puder te ajudar, eu ajudo

   - Sabe, eu me tornei modelo muito nova, e foi assim que eu conheci o Emmett, na época ele já tinha a agencia, embora ainda estivesse no inicio – disse ligando o carro e partindo do estacionamento.

   - Na época que eu o conheci, tinha 22 anos, e nos casamos quando eu tinha 25 e ele 27 anos. Já faz três anos que estamos casados. A carreira de modelo é curta, e sempre soube disso, nunca desejei ser modelo pra sempre, tinha outros sonhos pra realizar, sabe, sonhava em casar, ter filhos – murmurou

   - O problema é ter filhos? – perguntei cautelosa

   - Sim, logo que casamos, eu e o Emm resolvemos esperar dois anos antes de termos nossos filhos, acontece que já faz alguns meses que não estamos nos prevenindo, e ate agora nada. Lembra daquele dia em que passei mal no banheiro e você me ajudou? – perguntou estacionando o carro em frente ao meu apartamento

   - Lembro sim! Quer continuar a conversar no meu apartamento? – perguntei

   - Sim

   Descemos do carro e subimos em silencio ate o meu apartamento

   - Sinta-se a vontade – disse enquanto fechava a porta

   - Bonito o seu apartamento

   - Obrigada – disse me sentado ao seu lado no sofá

   - Então, eu pensei que poderia estar grávida, mas no fim foi novamente alarme falso. Isso é tão frustrante.

   - Eu imagino que sim

   - Você já pensou em ser mãe, casar?

   - Há algum tempo, eu não tenho pensado nisso, deixo a vida correr o seu caminho. Mas quando eu era adolescente sim, sonha muito com isso. E acho que é isso que você deve fazer! Vocês já procuraram um especialista pra ajudá-los?

   - Sim, fizemos isso ontem, por algum milagre consegui convencer o Emmett em adiar a reunião com o Edward. Ele pediu alguns exames e pra daqui a quinze dias nos voltarmos no seu consultório, embora ele ache que nos não tenhamos problemas de fertilidade, já que eu engravidei uma vez do inicio do nosso namoro, mas infelizmente eu perdi o bebe

   - Talvez o médico esteja certo, mas se quer um conselho, eu te diria pra continuar tentar, um dia vocês conseguem. E tente não ficar muito ansiosa, sabe, pode ser isso dificulte a fecundação.

    - Sabe acho que você esta no emprego errado, você deveria ser medica – disso Rose sorrindo

   - Não é primeira pessoa que diz isso, talvez em alguma encarnação passada eu deva ter sido – comentei rindo fazendo rir comigo – Quer jantar aqui comigo?

   - Claro, o Emm deve chegar só bem mais a noite, já esta em reunião com o Edward, falando em Edward, soube que ele te convidou pra ir jogar boliche com a gente sábado

   - Sim, ele convidou

   - O que rola entre vocês?

   - Humm... Nada – comentei incerta, o que estava rolando entre nós pra mim era uma incógnita.

   - Ele parece interessado, e você?

   - Bom, ele é lindo

   - Você gosta dele?

   - Não sei se posso dizer que estou apaixonada, por que acho que não estou, mas gostei da companhia dele, sempre que nos encontramos

   - Sabe que eu acho que vocês formam um lindo casal

   - Quem sabe – comentei encerrando o assunto

   Logo em seguida Rose começou a me ajudar a preparar algo para nós jantarmos, enquanto conversávamos.  Após três horas, Rose foi embora, pois tinha recebido uma mensagem do Emmett dizendo que estava indo pra casa e que o Edward lhe daria carona, nós despedimos e eu fui deitar.

   Conversar com Rose melhorou meu humor. Foi bom ouvir que eu tinha vocação pra medicina, fazia-me ter vontade de atuar na minha área de formação acadêmica, me fazendo sentir ainda mais a falta da agitação dos plantões, do contato com os pacientes, a satisfação de ve-los curado, mas sentia medo, muito medo de não consegui. Pois tudo isso iria me lembrar de Mike, da falta imensa que sentia dele.


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