Infinito escrita por P4ndora


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

GENTE ESSA VIDA DE UM CAPÍTULO POR DIA ESTÁ ACABANDO.
Só estou postando esse pq já estava pronto e eu não vou ter acesso a essa coisa linda chamada internet até domingo e eu também não queria deixar vocês na mão.
Ou seja APROVEITEM...............



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– Por favor, me diga que já chegamos em terra firme.

– Não, mas você precisa levantar Ethan. Agora! – ordenou Skye, chacoalhando o garoto em seu beliche.

O alojamento estava completamente deserto, a não ser por Skye e Ethan. A garota havia levantado muito cedo naquele dia e após tomar o café da manhã – que Ethan havia perdido – resolveu que já passava da hora de seu “conselheiro” acordar.

– Eu não entendo como você consegue estar tão disposta a esta hora da manhã. – resmungou Ethan, enquanto se levantava do beliche.

– Manhã? O sol já está quase no meio do céu. – disse Skye – Se vista e vá até a cozinha para comer algo. Vou te esperar nas escotilhas.

– Você ainda está com essa ideia na cabeça?

– Sim, e não adianta você falar nada. – disse Skye, saído do alojamento em seguida.

[...]

O vento estava mais forte, mas não o suficiente para que os remadores pudessem descansar. Skye odiava o fato de que havia pessoas fazendo esforço físico para que o Peregrino pudesse sair do lugar. Então desde o momento que o vento havia sumido, Skye decidiu que sempre que pudesse iria até a “sala dos remos” – foi assim que a garota apelidou a sala onde ficavam os remadores – e tomaria o lugar de um dos homens.

– Aposto que o Rei não sabe nada sobre isso. – disse Ethan, ao descerem em uma das escotilhas.

– E nem precisa. – declarou Skye – Eu posso muito bem tomar minhas próprias decisões.

Haviam dúzias de marinheiros sentados nos bancos do compartimento. Todos empurravam os remos, fazendo assim a força necessária para que o barco saísse do lugar. Ninguém se deu conta da presença da Rainha, pelo menos até que ela gritasse:

– Homens! Acho que todos aqui devem estar exaustos. Por isso, eu, que não faço nada em vês de apenas andar pelo barco, irei tomar o lugar de um de vocês.

– Desculpe-me majestade - começo um dos homens – mas a senhora é uma dama. Nenhum de nós poderia deixá-la sujeita a todo esse esforço.

Os outros homens concordaram, mas aquilo não era o bastante para fazer Skye desistir.

– Eu agradeço o seu cavalheirismo, e tudo mais. Mas isso não foi um pedido, foi uma ordem.

O silêncio pairou sobre toda a sala, e apenas o som do mar podia ser ouvido. Ethan se chegou para o lado de Skye e sussurrou:

– Acho melhor você desistir. Quer dizer... acho que será muito esforço para você aguentar.

Skye suspirou. Então todos achavam que ela não podia aguentar usar um simples remo? Aquilo deixou a garota com mais vontade de remar.

– Se nenhum de vocês cederá seu lugar para mim, eu irei escolher um. – Skye andou vagarosamente, até chegar ao homem mais afastado – Que tal você?

– Minha senhora...

– Saia! Essa será uma oportunidade ótima para você descansar de tudo isso. Pode confiar em mim! Eu aguento.

O homem analisou os colegas, como se pedisse permissão e por fim cedeu seu banco para Skye, subindo até o convés em seguida. A garota sorriu vitoriosa, sentando no banco.

No começo foi um pouco difícil de adaptar-se ao ritmo das remadas, mas aos poucos Skye foi pegando o jeito. Ethan apenas analisava a cena, enquanto ficava em pé, ao lado da garota.

– Uau!

– O que foi? – perguntou Ethan, um pouco assustado.

– Você tem que experimentar Ethan. – sugeriu Skye – É divertido!

E quanto mais remava, mais Skye falava. A animação que era emitida da garota foi contagiando os remadores, que contavam piadas e riam sem parar. Toda aquela alegria durou até que Caspian descesse da escotilha.

– Homens! Vocês est... O que você faz aqui? – perguntou após ver Skye.

– Isso aqui é muito divertido! E estou aproveitando para desenvolver meus braços, acho que eles estão muito fininhos. – brincou Skye.

Caspian olhou feio para a irmã por vários segundos, até que se lembrasse de que tinha um aviso para dar:

– Pois bem! O vento já está favorável o suficiente para que vocês parem de remar.

A notícia foi recebida com gritos de vivas, pois a animação que Skye trouxera ainda rodeava o ambiente. Aos poucos, a sala foi se esvaziando e ali ficaram apenas o Rei, a Rainha e Ethan.

– Por que você fez isso? – perguntou Caspian, severamente.

– Porque você sabe que odeio saber que há homens trabalhando arduamente, enquanto eu estou simplesmente fazendo nada lá em cima. – explicou Skye.

– Skye você sabe que não deve se meter com esse tipo de coisa. – articulou Caspian, com o máximo de calma – Não é postura que esperam de uma Rainha.

– Você sabe muito bem que eu não nunca me portarei como uma Rainha perfeita. Eu não quero ser igual a todas elas. Eu quero ser eu mesma. Eu quero fazer a diferença.

O silêncio tomou a sala, e Caspian não sabia o que dizer para a irmã, mas insistir estava fora de questão, pois ele a conhecia muito bem para saber que nada que ele dissesse iria mudá-la. Por fim, ele disse:

– Tudo bem. Faça o que quiser. – e logo em seguida subiu pela escotilha.

Passaram-se vários minutos até que Skye percebesse que não havia saído do lugar. Ethan fitava-a, inquieto.

– Não me olhe assim. – reclamou Skye.

– A opinião do seu “conselheiro" valerá para alguma coisa? – perguntou Ethan, sentando em um dos bancos dos remadores.

– Não, mas eu gosto de saber o que você está pensando.

– Tudo bem. – suspirou Ethan – Eu acho que Caspian está certo, pelo menos por um lado.

– E que lado seria esse? – perguntou Skye.

– Rainhas não deveriam se envolver com trabalho árduo. Mas parece que você não se sente feliz quando está agindo como uma “Rainha”.

– E eu não me sinto! – exclamou Skye – Você me conhece o suficiente para saber que eu não sei ficar sem fazer nada.

– Ótimo, então faça algo. – afirmou Ethan – Mas você também tem que pensar no que Caspian acha sobre isso, até porquê, ele também é Rei. Vocês dois reinam juntos. Um precisa ter confiança no outro.

Skye ficou algum tempo em silêncio. Ela sabia que Ethan estava certo, mas era orgulhosa demais para admitir.

– Pense um pouco sobre isso. – pediu Ethan, levantando-se – Eu vou respirar um pouco lá fora. Volto mais tarde.

A garota assentiu, sentando no banco que antes Ethan ocupava. A luz do sol, entrando pelo orifício dos remos, dançava no teto. Aquilo prendeu a atenção de Skye e ela passou horas apenas observando o pequeno espetáculo.

De repente, o mesmo bom pressentimento da noite anterior tomou conta da garota e um sorriso surgiu em seu rosto. Algum tempo depois Ethan apareceu, trazendo seu bandolim junto. Ele havia criado o costume de tocar o instrumento sempre que Skye estava triste – o que era extremamente raro.

A música que Ethan tocava era calma e aconchegante e fazia Skye se sentir extremamente feliz. Aos poucos ele foi aumentando o ritmo da melodia e após alguns minutos Skye já estava rodopiando pela sala. Os dois riam sem parar e Skye dançava animadamente.

Porém, sem nenhum aviso prévio, Ethan parou de tocar o bandolim, mas aquilo não fez Skye parar de dançar. A garota ainda escutava a música em sua cabeça, mas perguntou animadamente:

– Por que parou de tocar?

O silêncio foi a resposta que Skye recebeu. Só então foi que ela percebeu que algo estava errado, enfim parando de dançar e ficando frente a frente com Ethan.

– O que aconteceu Ethan? – perguntou Skye, sobressaltada.

O garoto olhou para ela um pouco intrigado, olhando em seguida para um ponto qualquer atrás de Skye. Ethan se afastou um pouco da garota, o que a deixou mais assustada. O receio de olhar para trás tomou conta de todo o corpo de Skye, mas ela juntou o resto de coragem que ainda tinha e virou-se vagarosamente. O que lhe esperava era algo melhor do que qualquer coisa que podia esperar. Tudo que existia na sala simplesmente sumiu, e só existia ele.

As pernas de Skye pareciam ter vida própria e aos poucos a distância que existia entre ela e Edmundo foi diminuindo. Quando estava a menos de meio metro do garoto, ela esticou sua mão e acariciou-lhe o rosto.

– Eu espero muitíssimo – começou Skye, aos sussurros – que isto não seja só mais um dos meus inúmeros sonhos.

– Se for, é melhor que ninguém em sã consciência tente me acordar. – acrescentou Edmundo, acabando com distância que ainda existia entre os dois, beijando-a como se fosse a última vez que faria isso.


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Notas finais do capítulo

O OTP INABALÁVEL ESTÁ DE VOLTA
Isso me lembra que nós temos que providenciar um nome pra esse shipp......
É nessas horas que eu queria ser a Skye ;-;
Obrigado por lerem, comentem o que acharam, possíveis nomes para o shipp, o que você acha que vai acontecer, enfim, comentem o que vocês quiserem hahah.
Bjks da tia P4nda sz