Infinito escrita por P4ndora


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

ALOOOOO O CAPÍTULO DOIS CHEGOU
Basicamente não tenho nada pra falar, apenas espero que gosteeeeem.
Bjks da tia P4nda sz



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Uma risada serena e acolhedora podia ser ouvida não muito longe. Edmundo virou-se na direção do som que tanto amava. Skye estava no meio de um jardim de flores amarelas. Ela tinha uma única flor branca em suas mãos e de seus lábios escapava um sorriso extremamente cativante. Edmundo estava a menos de 10 metros da garota.

– Por que não se aproxima Eddie? – perguntou Skye.

Edmundo tentou ao máximo andar até Skye, mas seus passos eram inúteis, pois ele continuava no mesmo lugar.

– Eu... eu não consigo! – gaguejou Edmundo.

O sorriso que antes iluminava o rosto de Skye se transformou num semblante triste e assustado.

– Que pena. – disse uma voz fria e extremamente familiar para Edmundo.

O que antes era um jardim feliz e ensolarado virou um lugar frio e escuro. O chão era feito de gelo e Edmundo sentia que qualquer movimento que ele pudesse fazer, quebraria toda a superfície. O garoto não sabia o que fazer, apenas olhou para Skye, desesperado. De trás da garota, uma névoa esverdeada havia surgido. De repente a névoa foi tomando a forma de uma enorme mulher: a Feiticeira Branca.

– Skye, fuja! – ordenou Edmundo.

Porém antes mesmo que ele pudesse terminar a frase, Jadis atravessou sua varinha de gelo no corpo pequeno e frágil de Skye, transformando-a em uma estátua.

– NÃO!

[...]

– Então você acordou? – perguntou Lúcia, curiosa.

Aquele era um dos raros momentos que Lúcia e Edmundo se encontravam sozinhos. Normalmente, os dois falariam sobre Nárnia, mas naquele dia Edmundo havia tido mais um dos seus inúmeros sonhos com Skye. Bem, aquele não havia sido um sonho e sim um pesadelo.

– Sim. Na verdade, Eustáquio me acordou. Acho que gritei muito alto. – explicou Edmundo.

– Que estranho! – exclamou Lúcia – Seus sonhos com Skye normalmente sempre são bons. Por que será que desta fez foi um pesadelo?

– Talvez ela precise de mim. – sussurrou Edmundo.

– Talvez Nárnia precise de nós. – disse Lúcia.

– Isso só serve para nos lembrar que estamos aqui, e não lá. – completou Edmundo, olhando para um quadro que havia no quarto de Lúcia.

Tudo naquele quadro lembrava Nárnia. Várias vezes Edmundo e Lúcia simplesmente paravam de falar e ficavam analisando o quadro. Nele havia um barco navegando em nossa direção. A proa era dourada e tinha o formato de uma cabeça de dragão. A embarcação estava na crista de uma enorme onda e o mar parecia estar agitado.

Enquanto estavam distraídos, olhando para o quadro, Eustáquio Clarêncio Mísero, primo dos Pevensie, estava escutando toda a conversa por de trás da porta, e viu ali uma bela oportunidade de aborrecer os primos.

– Era uma vez, órfãos desocupados que acreditavam em Nárnia e em contos de livros empoeirados. – rimou Eustáquio.

– Agora você apanha! – exclamou Edmundo, indo na direção do primo.

– Não! – pediu Lúcia.

– Você não sabe bater? – perguntou Edmundo.

– A casa é minha! – exclamou Eustáquio – Entro onde eu quiser, vocês são só convidados.

O garoto adentrou o quarto, sentando-se na cama de Lúcia. Edmundo só conseguia sentir raiva pelo primo.

– O que há de tão fascinante nessa pintura? É horrorosa.

– Não da pra ver do outro lado da porta. – disse Edmundo, sarcástico.

– Edmundo, parece até que a água está se mexendo. – disse Lúcia.

– Quanta bobagem viu! – resmungou Eustáquio – É nisso que dar ficar lendo esses romances imaginários e contos de fadas.

– Era uma vez Eustáquio, o chato. Só lia livros inúteis, de fato. – insultou Edmundo, fazendo sua irmã rir.

– Gente que lê contos de fadas – explicou Eustáquio – vira sempre um fardo horroroso para gente culta como eu que lê livros com informações reais.

Aquela havia sido a gota d’água para Edmundo, fazendo-o virar para o garoto desprezível.

– Fardo horroroso? – perguntou Edmundo, indo para cima de Eustáquio, fazendo com que ele se levantasse rapidamente da cama de Lúcia. – Eu não vi você movendo uma palha desde que nós chegamos aqui. Eu devia era contar para o seu pai que foi você quem roubou os doces da tia Alberta.

– Mentira!

– Será mesmo? - desafiou Edmundo.

– Edmundo, a pintura! – chamou Lúcia, sendo ignorada pelo irmão.

– Eu os achei debaixo da sua cama! E sabe o que eu fiz? – perguntou Edmundo – Eu lambi um por um.

– Eu fui infectado por você! – gritou Eustáquio.

Edmundo sentiu alguns respingos em seu braço, e só então percebeu o porquê de Lúcia está lhe chamando. Estava saindo água do quadro que a pouco os dois estavam admirando. Primeiro começou fraco, mas aos pouco o volume foi aumentando.

– O que é isso ai? – perguntou Eustáquio.

– Lúcia, será que...

– Isso só pode ser um truque! – interrompeu Eustáquio – Pare se não eu vou contar para a mamãe.

Lúcia e Edmundo mal escutavam o que o primo dizia. Eles voltariam para Nárnia, de uma forma ou de outra.

– Eu vou pisar nesse quadro mofado! – gritou Eustáquio, tirando o quadro da parede e sendo atingido pelo grande volume de água que saia do quadro.

NÃO! Você não me impedirá de vê-la novamente, pensou Edmundo, no momento em que agarrou uma das extremidades do quadro, puxando-o para si, sendo ajudado por Lúcia.

Mas os três foram vencidos pela a força da água e em questão de segundos, o quarto que pertencia a Lúcia já estava completamente tomado pela água, que subia cada vez mais, fazendo com que os três tivessem que nadar.

Quando o quarto estava completamente inundado, eles sentiram a necessidade de respirar. Lúcia foi a primeira a voltar para a superfície. Eles não estavam mais em seu quarto, e tudo que via era o mar, com exceção apenas do...

– Edmundo! – chamou Lúcia.

Edmundo emergiu não muito longe de Lúcia, sendo seguido de Eustáquio.

– Nadem! Nade Eustáquio! – gritou Lúcia.

– Que história é essa? – indagou Eustáquio.

O pequeno barco que antes habitava apenas o quadro de Lúcia, havia se transformado num imenso navio que agora estava indo na direção dos três.

– Vamos sair da frente! – gritou Edmundo.

Eles já estavam fora do caminho do navio, quando Lúcia sentiu alguém passar os braços por debaixo de seu corpo.

– Calma! Eu te peguei.

Lúcia se sentiu preocupada. Quem era aquele? Poderia ser aquele? Mas ao virar na direção do homem, ela se deparou com um rosto mais familiar do que esperava.

– Caspian! – exclamou Lúcia.

– Oi Lúcia! – disse Caspian, rindo.

– Edmundo! É o Caspian!

– Fiquem tranquilos. – pediu Caspian – Estão a salvo.

– Estamos em Nárnia? – perguntou Edmundo, que estava sendo ajudado por outro homem.

– Sim. – respondeu Caspian.

– Eu não quero ir! – gritava Eustáquio, desesperado – Eu quero voltar para a Inglaterra.

Uma espécie de balanço desceu até a água. Lúcia e Caspian subiram nele, sendo erguidos até o navio. Edmundo veio logo em seguida.

O navio estava apinhado de tripulantes, alguns eram narnianos. Eles formaram um círculo ao redor dos visitantes, e outros trouxeram toalhas para que todos pudessem se enxugar.

– Foi emocionante! – exclamou Lúcia.

– Como foi que vocês vieram parar aqui? – perguntou Caspian.

– Eu não faço ideia. – respondeu Lúcia

– Caspian!

– Edmundo. – disse o Caspian, abraçando o garoto.

– É um prazer ver você. – proferiu Edmundo.

– O prazer é meu.

– Você não chamou a gente? – perguntou Lúcia.

– Não. – respondeu Caspian – Não desta vez.

– Bom – começou Edmundo – Mas seja qual for o caso, é um prazer estar aqui.

Enquanto os três conversavam, Eustáquio gritava e se debatia no chão do navio. Ripchip estava em cima do garoto, tentando fazer com que ele se calasse.

– Tira esse bicho de perto de mim! – gritou Eustáquio, jogando Ripchip longe.

– Ripchip! – exclamou Lúcia.

O rato se endireitou e fez uma reverência.

– Majestades.

– Oi Ripchip! – disse Edmundo. – É um prazer.

– O prazer é todo meu, Senhor! Mas primeiro, o que fazer com esse intruso histérico? – perguntou Ripchip, se referindo a Eustáquio.

– Esse rato gigantesco quase arranha a minha cara toda! – gritou Eustáquio.

– Eu só tentei tirar a água dos seus pulmões, rapazinho! – explicou Ripchip.

– Ele falou! Vocês ouviram? Alguém mais ouviu? Ele falou!

– Ele fala sempre. – disse um dos tripulantes.

– Fazer ele se calar é que são elas. – brincou Caspian, fazendo todos rirem.

– Quando não houver nada a dizer, majestade, eu prometo ao senhor que não direi nada. – prometeu Ripchip.

– Eu não sei que brincadeira é essa, mas eu quero acordar agora! – bradou Eustáquio.

Edmundo já estava cheio daquela gritaria toda e assim que Ripchip propôs jogar Eustáquio no mar aquilo pareceu uma ótima ideia.

– Edmundo! – exclamou Lúcia, ao ver a cara que o irmão havia feito.

– Eu exijo saber agora mesmo onde é que eu estou! – gritou Eustáquio.

– Está no Peregrino da Alvorada, o melhor navio da marinha de Nárnia. – respondeu um minotauro.

A visão de uma criatura tão fantástica como um minotauro fez Eustáquio cair duro no chão, desmaiado. Mas que alívio, pensou Edmundo.

– Eu disse alguma coisa errada? – perguntou o minotauro.

– Cuide dele, por favor. – pediu Caspian.

Caspian foi até as escadas que ficavam na popa do navio e gritou para que todos no convés pudessem ouvir:

– Homens! Vejam nossos náufragos! Edmundo, o Justo, e Lúcia, a Destemida. Grandes Rei e Rainha de Nárnia. – todos que estavam presentes ali, se ajoelharam perante Lúcia e Edmundo. Caspian aproximou-se dos dois e sussurrou para que apenas eles pudessem escutar – Venham! É melhor vocês trocarem de vestes o quanto antes. Me desculpe Lúcia, mas você terá que vestir minhas roupas na falta de vestes apropriadas para uma dama. Era de se esperar que houvesse vestidos a bordo, mas acho que você já conheça a Rainha.

Caspian e Lúcia já estavam subindo as escadas da popa, quando perceberam que Edmundo não havia saído do lugar. Os dois viraram na direção do garoto, e ele parecia extremamente espantado.

– O que foi Edmundo? – perguntou Lúcia, indo até o irmão e ficando na sua frente.

Edmundo sussurrou algo inaudível tanto para Lúcia, quanto para Caspian.

– O que? – perguntou Caspian.

– Onde ela está? – repetiu Edmundo, quase gritando.

Caspian deixou um sorriso escapar, e trocou olhares com Lúcia, que também sorria.

– Acho melhor você se trocar antes, Eddie. – disse Lúcia.

– Não! Eu preciso vê-la! Agora!

– Tudo bem, vamos. Eu levo você. – disse Caspian.

Aquele era o momento por qual Edmundo tanto havia esperado. Ele finalmente veria a garota que tanto amava. Ele finalmente veria Skye em um lugar que não fosse em seus sonhos.


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Notas finais do capítulo

E FOI ISSO MIGAS. TA CHEGANDO O GRANDE MOMENTO TÔ MORRENDINHO.
Esse capítulo foi apenas para mostrar como havia sido o dia do Edmundo, ou seja, no próximo vai ser o dia da Skye + Ethan + Reencontrou = PREPAREM O CORE.
Espero que tenham gostado. Me digam nos comentários o que acharam ou o que esperam pro próximo capítulo.
Enfim, bjks da tia P4nda sz