Infinito escrita por P4ndora


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

VAMO QUE VAMOOO
Esse foi um dos capítulos que mais me deu uma dorzinha no coração enquanto eu escrevia?
Por que? Bem, vocês logo saberão.



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— E-Eu tive tanto medo de te perder. – gaguejou Skye envolvendo Edmundo no abraço mais apertado que ela podia dar.

— Está tudo bem. – sussurrou Edmundo, entre o abraço.

Os dois ficaram abraçados por vários segundos até Skye lembrar-se novamente que era para ela estar com raiva de Edmundo.

— Seu idiota. – gritou Skye empurrando Edmundo – Eu odeio você. Você podia ter morrido e eu estaria com raiva porque você é muito burro. Eu te odeio. – Skye dava socos no peito de Edmundo com o máximo de força que podia.

— Eu já disse que ta tudo bem. – disse Edmundo, enquanto segurava os braços nervosos de Skye.

— Não! – exclamou Skye afastando-se de Edmundo – Não ta nada bem. Espera um pouco... Tem um dragão... Bem aqui.

Skye apontava para o animal que não parecia tão feroz como Skye imaginava. Era um dragão com escamas amarelas e olhos azuis extremamente familiares para Skye. Caspian observou calado toda a cena.

— Eu não acredito que estou perdendo o meu tempo discutindo com você enquanto tem um dragão bem na minha frente! – berrou Skye se afastando cada vez mais de Edmundo e do dragão – Como você conseguiu convencer essa... Coisa a trazer você de volta?

— Eu já teria explicado se você não tivesse me atacado.

— Edmundo!

Lúcia acabara de chegar à praia em um bote, acompanhada de Ethan, Drinian, Tavros – o minotauro – Ripchip, Rhince e Gael. A garota desceu do bote correndo, e foi até o irmão, abraçando-o com força.

Todos mantinham uma distância considerável do dragão, enquanto Edmundo contava o que havia acontecido depois que o animal lhe capturou.

— Por Aslam! – exclamou Skye, se aproximando do dragão, que agora todos sabiam que era Eustáquio – Como isso pode ter acontecido?

O dragão – ou Eustáquio – mordia e esfregava uma de suas patas no chão, como se algo lhe incomodasse.

— Ele deve ter sido tentado pelo tesouro. – disse Edmundo.

— Mas todo mundo sabe que o tesouro de um dragão é encantado. – objetou Caspian, recebendo um olhar indignado do dragão – Todo mundo... Em Nárnia.

— Isso deve estar incomodando ele. – apontou Skye para uma pulseira de ouro que adornava uma das pernas dianteiras do dragão, que antes era um dos braços de Eustáquio. A pulseira parecia extremamente apertada.

— Eu posso? – perguntou Lúcia, se aproximando do dragão.

Eustáquio acenou com a cabeça e estendeu a pata até Lúcia, que com um puxão forte tirou a pulseira de uma vez só. O dragão gemeu de alívio.

— Tem algum jeito de voltar a ser gente? – perguntou Edmundo.

— Não que eu conheça. – lamentou Caspian.

— A Tia Alberta não vai gostar disso. – proferiu Edmundo.

Durante todo aquele período de tempo, Skye estava ao lado de Eustáquio, acariciando suas escamas amarelas. Ela sempre adorara histórias sobre dragões, e agora havia um na sua frente. A garota estava encantada.

— Desculpa ter machucado a sua mão, amigo. – pediu Ripchip – Às vezes eu me empolgo um pouco.

— Os botes estão prontos, senhor. – avisou Tavros.

— Não podemos deixá-lo aqui. – disse Lúcia.

— E não podemos trazê-lo a bordo, majestade. – explicou Drinian.

— Eu não sei vocês, mas daqui eu não saio. – disse Skye, sentando-se ao lado do dragão.

Caspian também não queria deixar Eustáquio sozinho ali e resolveu seguir o plano da irmã.

— Drinian, você e os outros vão num bote só. Nós vamos ficar aqui até de manhã, pra decidir o que fazer.

— Mas estão sem provisões – objetou Rhince – e sem meios de se aquecer majestade.

— Acho que você esqueceu um pequeno detalhe. – sussurrou Skye, enquanto ela e Eustáquio se entreolhavam.

No segundo seguinte, Eustáquio cuspiu fogo num pergaminho velho que jazia no chão, formando uma pequena fogueira.

— O que disse? – perguntou Ripchip, sarcasticamente.

— Bom trabalho! – exclamou Skye, dando uma batidinha na pele escamosa de Eustáquio.

— Nos vemos pela manhã. – disse Caspian, dispensando os homens.

Skye acabara de levantar do chão, quando viu que Ethan também se dirigia ao bote, junto a Drinian.

— Ethan? – chamou Skye, correndo até o garoto e sendo seguida pelos olhos atentos de Edmundo.

— O que?

— Por que você não fica aqui? – perguntou Skye

— Ah... É que... Hum... eu... – gaguejou Ethan tentando criar uma desculpa.

— É o Edmundo, não é?

Ethan não disse nada, apenas ficou de cabeça baixa, olhando para seus próprios pés.

— Escuta. – começou Skye, colocando uma das mãos no ombro de Ethan – Eu sei o clima entre vocês sempre foi estranho, e agora tudo piorou. Acredite, está acontecendo a mesma coisa comigo. Mas eu não quero que você se afaste de mim só por causa dele.

— Skye... E-Eu não quero causar problemas entre vocês dois. – sussurrou Ethan, tenso.

— E você não vai. Você nunca causaria qualquer problema para mim ou para ele. O Edmundo só não percebeu isso ainda. Mas quando tudo se acertar, eu prometo que vou conversar com ele sobre você.

— Eu não sei...

— Ethan, eu nunca vou te perdoar se você se afastar de mim por causa daquele idiota. – disse Skye aumentando o tom de voz e apontando para Edmundo, chamando a atenção de todos.

— Skye, fale baixo. – pediu Ethan, constrangido.

— Quer saber... É melhor você ir para o Peregrino. Amanhã eu vou resolver isso.

Ethan assentiu calado, e andou devagar até o bote. Skye olhava para Ethan, e só conseguia sentir raiva. Raiva de Edmundo, por confundir as coisas. Raiva de Ethan por estar se afastando por causa de Edmundo. Raiva dela mesma por ter deixado isso chegar a esse ponto.

Todos que permaneceram na praia olhavam para Skye, e aquilo só conseguiu deixa-la com mais raiva.

— O que é? – perguntou ela indignada – Nunca viram alguém com raiva?

Eles tentaram se ocupar em outras coisas, mas Edmundo continuou fitando a garota. Uma Skye emburrada se aproximou de Edmundo devagar, parando bem na sua frente.

— Espero que esteja feliz por estragar tudo. – disse Skye, para que apenas ele escutasse.

Skye passou alguns segundos olhando para Edmundo com raiva, e depois se afastou, indo até Eustáquio.

— Espero que não se importe com a minha presença. – disse Skye, sentando-se ao lado do dragão, que balançou a cabeça em discordância.

Parece que Eustáquio havia se tornado uma ótima companhia, pois ele era o único que não lhe diria nenhuma palavra, o que no momento, era o que Skye precisava: o silêncio.


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Notas finais do capítulo

Eu fiquei muito triste por dois motivos.
1. Os amores da minha vida aka Ethan e Skye brigaram e isso me feriu bem no coração porque eles são tão próximos e tão amigos, se eu fizesse parte da história eu pegaria a cabeça dos dois e bateria uma na outra. BRIGAS AQUI NÃO SÃO PERMITIDAS.
2. E também teve o restinho da tretinha generalizada entre Sked. Mas não foi nem o começo. Eu sinto no fundo do meu coração que talvez a Skye dê um gelo no Edmundo... Nada confirmado, vamos ver.
Enfim, hoje eu fui bombardeada com uma teoria que MEU DEUS. Um leitora ilustre (@Maduh_Skywalker) chegou a pensar que talvez eu MATE A SKYE. O que vocês acham sobre isso? E o que acharam do capítulo? Me contem nos comentários. Até quinta



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