Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 8
O Expresso de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez, obrigada a Alice Prince ♥ Boa leitura!



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Astrid acabou de arrumar seu malão, soltando um suspiro aliviado. Checou duas vezes se não havia esquecido alguma coisa e se sentou na cama. Estava refletindo acerca do que Malfoy dissera desde o dia em que se conheceram, sobre as casas de Hogwarts. Imediatamente, pensou na Sonserina.

Seus amigos sempre falavam mal da casa e de como ela formou bruxos das trevas, contudo, ela já havia parado para analisar a sua própria opinião? Muitas pessoas devem ter sido de Sonserina e não se tornado más pessoas. Não é como se fossem obrigadas a rumar para as trevas. Não devia ser tão ruim. Draco não parecia tão mal, apesar do jeito meio carrancudo...

Sua única preocupação no momento era: E se ela entrasse para Sonserina? Perderia os seus amigos?

— Olá. – Trid se virou para ver quem interrompera seus pensamentos.

— Oi, pai. – a menina disse, sorrindo para Sirius, que estava escorado na parede perto da porta.

— Posso entrar? – ele perguntou docemente. A menina assentiu.

— Está todo mundo lá embaixo te esperando para jantar. – disse o homem.

— Diga a eles que eu já vou. – ele assentiu.

O homem já ia sair do quarto, quando ouviu a voz de Trid:

— Pai, me responde uma coisa...

— Sim?

— Digamos que por acaso eu vá para Sonserina... – ela disse cautelosa – Você vai me odiar?

Ele franziu a testa.

— Porque a pergunta?

A jovem contou para o maroto que esse assunto estava a preocupando faz tempo, todavia não mencionou a sua conversa com Malfoy na Madame Malkin.

— Querida, nem sempre a Sonserina formou maus bruxos. Muitas pessoas foram desta casa e são boas. Tenho que admitir, apesar de eu ter odiado muitos sonserinos na minha época de escola, nem todos são más pessoas. – o maroto disse, sentando-se ao lado da filha.

— E os meus amigos? Todos estão na Grifinória. – Trid perguntou, preocupada.

— Se forem seus amigos de verdade, não vão te odiar. – Sirius disse atenciosamente.

— Obrigada, pai. – ela agradeceu.

— Por nada. – o homem disse, abraçando a garota – Ah, já ia me esquecendo! Espere aqui.

Astrid franziu a testa, confusa. Sirius saiu do quarto correndo.

A loira começou a batucar em seu malão distraidamente, esperando o pai. Sentia-se feliz e um tanto aliviada pela conversa.

— Espero que goste. – a garota levantou os olhos para Sirius (que voltara rapidamente), depois os desviando para o que ele trazia nas mãos.

— Que lindo! – ela foi correndo até o pai, pegando a gaiola com uma bela coruja cinzenta. – Vou chamá-la de Belona.

— É um belo nome. – Sirius sorriu. – Vamos descer?

— Sim. – Trid disse, abrindo a gaiola de Belona e a janela, para que ela pudesse voar livremente. Pai e filha desceram juntos para jantar.

~x~

Chegara o dia de ir para Hogwarts. Trid e Pete estavam muito animados e não paravam de comentar sobre suas expectativas para o ano letivo.

Foram todos juntos para King’s Cross, acompanhados do Sr. e Sra. Weasley, Remo, Tonks, Olho-Tonto Moody, Anna e Sirius, que teimosamente decidiu ir. Sua esposa quase arrancou os cabelos, alegando que mesmo na forma de cão havia o perigo de ser reconhecido por alguém. Olho-Tonto concordou fervorosamente e elogiou Sirius por ter uma boa mulher para botar juízo em sua cabeça de vento.

Atravessaram a barreira e se depararam com a belíssima Maria-Fumaça vermelha e imponente: o Expresso de Hogwarts. Os irmãos contemplaram o trem com ansiedade, boquiabertos. Ainda faltavam vinte minutos para que ele partisse.

Sirius abanou o rabo, andando alegremente em volta de Peter e Astrid. Despediu-se com um latido feliz.

— Se cuidem, ok? – disse Anna, abraçando os filhos.

— Sem aprontar, Trid. Não quero receber cartas reclamando de você.

— Pode deixar mãe. Como sempre, serei um anjo. – disse Astrid, sorrindo e desenhando uma auréola invisível acima de sua cabeça. Ela havia puxado o pai no quesito travessuras, com toda a certeza.

— Pete, fique de olho na sua irmã e continue estudando bastante.

— Pode deixar. – disse Peter, com um sorriso convencido, fazendo a irmã revirar os olhos.

Os adultos se despediram e saíram, prometendo escrever cartas. Meio segundo depois, os irmão se entreolharam ao ouvir uma voz familiar:

— PETE! TRID! Mis queridos amigos!— Guadalupe correu animadamente até eles.

Estava linda como sempre, com um sorriso estampado no rosto radiante. Seus cabelos estavam soltos, com uma fina tiara branca na cabeça. Usava um vestido de alças azul marinho, uma jaqueta jeans por cima e um par de coturnos negros.

— Lupe, há quanto tempo... – Pete já ia se afastando com um sorrisinho nervoso, prevendo o ataque de pelancas.

— MONTINHO! – ela berrou, jogando seu peso em cima do garoto.

Os dois caíram, fazendo os amigos rirem e outros na plataforma olharem com desgosto. Peter ficou vermelho, tampando o rosto com as mãos.

— Se esqueceu de mim, é? – perguntou Astrid, fingindo estar triste – Esse merdinha é mais importante que eu?

— Ei! – Peter resmungou.

Lupe se levantou com um sorriso sapeca.

— Ah, desculpe. MONTINHO NA...

— Deixa pra lá, um abraço está de ótimo tamanho! – ela disse, interrompendo a garota e a abraçando.

Pete ainda resmungava, fazendo uma careta para Lupe. Ela ergueu as sobrancelhas.

— É melhor não fazer essa cara, meu amor... Ou quer que eu faça que nem ano passado e coloque tinta vermelha no seu shampoo? Lembra, Trid? Foi hilário! O cabelo dele ficou parecendo menstru...

— Chega, chega, não vem ao caso – ele sorriu timidamente, indo abraçar a garota – Tenho que admitir que estava com saudades.

— Eu sou inesquecível, meu bem. – disse Lupe, dando uma piscadela. Pete revirou os olhos.

— Gente, essa é Guadalupe, uma amiga do Brasil. – Astrid apresentou.

— Como vão, gente boa? – disse a morena, sorrindo calorosamente.

— Que sotaque estranho, esse não é brasileiro, não é? - perguntou Hermione.

— Esse sotaque, minha cara, vem das minhas veias latinas. – disse a morena, batendo no peito com orgulho.

— Nossa, Fred... – disse Jorge, sorrindo maliciosamente – Porque nunca nos disseram que há tantas garotas bonitas no Brasil?

Os dois beijaram a mão da garota, sorrindo galanteadoramente.

— Fred e Jorge Weasley, a seu dispor. – Fred se apresentou, apontando para ele e para o irmão.

A jovem colocou a mão no queixo, erguendo uma das sobrancelhas:

— A meu dispor? Vejamos...

— Lupe! – repreenderam os irmãos Black.

— Ai, gente! Que horror! – ela disse, com um sorrisinho inocente – Eu só ia pedir para esses gentis cavalheiros levarem meu malão para dentro do trem, ora...

— Tá bom, Guadalupe. Me engana que eu gosto. – Astrid riu.

Faltando cinco minutos para o trem partir, todos entraram a procura de um vagão. Fred e Jorge se separaram deles, indo procurar seu amigo Lino Jordan. Gina também saiu, juntando-se a Neville e Luna na cabine ao lado. Hermione, Harry, Rony, Astrid, Peter e Guadalupe se acomodaram rapidamente.

Começaram a conversar sobre vários assuntos: O trio descobrira que Astrid adorava Quadribol, e que, apesar de ser batedora na A.M.B., iria tentar a vaga para artilheira em Hogwarts. Com a chegada de Bichento, perceberam o quanto Lupe odiava gatos, deixando Hermione indignada. Rony e Mione saíram para a reunião dos monitores. Conversa vai e vem, e com mais alguns minutos finalmente chegaram em Hogwarts.

— Alunos novos aqui comigo, por favor! – um homem de capa acinzentada gritava, segurando uma lanterna. Parou em frente a Pete, Trid e Lupe, analisando-os da cabeça aos pés -Ah, vocês devem ser os alunos do Brasil. Venham comigo.

Eles se separaram do trio e seguiram o homem, com o coração disparando ao ver o imenso e lindo castelo que os aguardava.


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