Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 40
Considerações finais e Epílogo


Notas iniciais do capítulo

OI :D
Pois é... Estamos no fim!
É difícil me despedir de Potens Summi depois de escrevê-la por tanto tempo, desenvolver personagens e vê-los amadurecer.
Enfim, gostaria de agradecer a TODOS que acompanharam a história da Astrid (até mesmo os fantasmas ♥), riram e sofreram junto com ela ou se identificaram com algum de nossos carismáticos personagens. Espero que tenham gostado de ler tanto quanto eu gostei de escrever!
Pela última vez, eu digo:
Boa leitura e não se esqueçam de ler as notas finais o/



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Astrid abriu os olhos e sentiu a visão turva. Olhou ao redor com o cenho franzido: Estava de volta a Hogwarts, em uma das camas da Enfermaria. No criado-mudo ao lado, havia uma porção de chocolates e outros doces enviados por seus amigos.

Passados alguns minutos, Maria Guadalupe adentrou o local com passos calmos. Ao ver Trid de olhos abertos, suspirou de alívio e puxou um banco para se sentar perto de sua cama:

— Graças a Merlin!

— O que houve?

— Minutos depois do que aconteceu com Ellaria, você desmaiou de cansaço. Harry, Remo Lupin, Ninfadora Tonks e alguns outros membros da Ordem chegaram logo depois, mas já estava tudo acabado. Viemos todos para a Enfermaria cuidar de nossos ferimentos, mas você continuou desacordada. – ela disse. Trid notou que a garota parecia um tanto cansada e abatida.

— Por quanto tempo eu dormi?

— Três dias.

Após alguns segundos de silêncio, Guadalupe comentou:

— A escola esteve de luto pela Isabelle. – e engoliu em seco - É tão estranho estar aqui sem vê-la pelos corredores, fazendo alguma piada ou simplesmente caminhando daquele jeito desleixado.

— Sinto saudades dela. – disse Astrid com amargura.

— É, eu também. – a garota lhe lançou um sorriso triste – Eu sei que não posso largar os estudos, então ficarei aqui até o fim. Mas, depois que tudo isso terminar, eu vou embora.

— Ficou doida? – Astrid tentou se sentar na cama, mas seu corpo inteiro doía – Embora para onde?

— Não sei... Mas eu preciso de um tempo sozinha para esquecer. Para me conformar... – ela olhou para o chão – Eu não aguento mais pensar nela o tempo todo e em como tudo poderia ter sido se estivesse viva.

As duas viraram o rosto na direção da porta ao ouvirem passos: Harry caminhava em direção a Astrid. Ele e Lupe se cumprimentaram com um aceno de cabeça. A morena levantou-se do banco e disse:

— Eu preciso ir. Nos vemos depois. – e saiu com passos largos.

— Como se sente? – perguntou Harry.

— Dolorida. – a garota respondeu.

Os dois se encararam por alguns segundos antes de Trid dizer:

— Olhe, não precisamos falar disso. Meu coração está tão partido quanto o seu. Eu acabei de abrir os olhos, mas a minha vontade era de dormir e nunca mais acordar. – seus olhos começaram a se encher de lágrimas – É como se meu mundo tivesse desabado, Harry.

— Eu sinto o mesmo. – ele levou as mãos ao rosto, mexendo a cabeça em sinal de negação – Às vezes eu não consigo acreditar que é verdade.

— Lembra da última vez que nós três estivemos juntos, depois do natal? – Harry assentiu com a cabeça – Ele disse que no fim do ano letivo voltaríamos para casa e tudo estaria bem como sempre. Estava programando até uma viagem para um lugar quente, talvez uma praia... – e desatou a chorar, tentando balbuciar algo que fizesse sentido.

Potter segurou sua mão e a apertou, derramando lágrimas também.

— Parece que não teremos isso nunca.

A garota tentou se recompor, fungando:

— Ainda podemos ter, Harry. Sirius pode não estar aqui, mas é o que ele gostaria. Temos um ao outro. Temos Pete e minha mãe. Você é parte da nossa família. Quando for maior de idade, pode largar os Dursley e ir morar com a gente. Vamos visitar uma cidade de verão, como ele sempre quis... Estaremos sempre juntos, não importa o que aconteça. – ela disse firmemente – E, daqui a alguns anos, nos reuniremos no natal com nossos amigos. Você terá filhos, eu também terei. Contaremos juntos a eles todas as aventuras que tivemos e como Sirius foi um homem bom e corajoso. Não se esquecerão dele.

Harry assentiu com a cabeça e os dois ficaram ali em silêncio, pensando em tudo o que poderia vir a acontecer. Klaus estava morto, mas Voldemort ainda era uma ameaça. Contudo, Harry Potter e Astrid Black sabiam que, não importava o que acontecesse, sempre poderiam contar um com o outro.

EPÍLOGO

25 de dezembro de 2014.

Astrid Black se encontrava ajoelhada na frente do túmulo no jardim dos fundos da mansão das Potens Summi. Deslizou os finos dedos pela lápide fria de mármore com os olhos marejados de lágrimas e um pequeno sorriso triste.

Sofrera tantas perdas... E aquela fora uma das maiores.

— Já se passaram alguns anos mas meu coração ainda dói e chora por dentro. Não há um dia em que eu não pense em você ou não sinta sua falta. Sei que, de onde você está agora, observa tudo com atenção e realmente espero que esteja orgulhosa de mim e de tudo o que fizemos desde que você partiu. – ela limpou uma das lágrimas com a manga do casaco delicadamente – Só quero que saiba que estamos todos bem e que temos muitas saudades.

— Trid? – a garota virou o rosto em direção à porta dos fundos ao ouvir uma voz masculina.

Fred Weasley caminhou calmamente até a garota e a ajudou a se levantar, envolvendo-a em um abraço acolhedor. Após o gesto, ambos ficaram a observar silenciosamente o local onde o corpo fora enterrado anos atrás.

Astrid Black apontou a varinha para o túmulo e - com um simples feitiço - tirou a neve de cima do mesmo, revelando o nome do defunto em letras negras:

Aurelia Oberlin. 10 de novembro de 1999.

Líder das Potens Summi, mentora sênior e protetora da causa.

 

— Mais um ano sem a velha Aurelia... – lamentou Fred. – Ela aguentou firme.

— Uma das pessoas mais geniais que já conheci.

A mulher lançou um último olhar para o túmulo de Oberlin antes de ouvir seu nome ser chamado por uma fina voz feminina. A garotinha magricela de cabelos loiros abriu a porta e esboçou uma careta ao sentir a brisa fria tocar seu rosto:

— Mãe, tio Jorge disse que tem alguém na porta!

O casal se entreolhou e sorriu animadamente. Entraram na casa junto da garotinha e caminharam até o saguão de entrada. Jorge Weasley saiu da cozinha e caminhou animadamente até eles:

— Finalmente! Ser um dos primeiros a chegar é um saco.

— Onde está Angelina? – perguntou Trid.

— Está com mamãe, papai e Anna na sala, vendo Roxanne e o pequeno Fred brincarem.

 A filha de Astrid correu até a porta e a abriu, deixando que um homem de cabelos castanhos com alguns fios grisalhos, óculos redondos e sua famosa cicatriz na testa entrasse. Atrás dele vinha uma mulher alta de cabelos ruivos que batiam na altura do ombro, que segurava pela mão uma garotinha de cabelos ruivos: Lily Luna Potter. Depois do casal e da menina, entraram dois garotos: o primeiro mais alto e de cabelos castanhos bagunçados como o pai era em seu tempo de escola, o menor tinha cabelos lisos bem arrumados; respectivamente, James Sirius Potter (afilhado de Astrid) e Albus Severus Potter. Por último, um adolescente alto de cabelos coloridos – o jovem Teddy Lupin - passou pela porta e a fechou com cuidado.

Todos se cumprimentaram animadamente. Astrid adorava o feriado natalino: a mansão Oberlin (agora sua casa e de Jude) estava sempre cheia naquela época do ano.

Trid abraçou Harry com força, que retribuiu o gesto:

— Estava morrendo de saudades, que bom que vieram! Como vão as coisas no Ministério?

— Corridas, como sempre. Ser Auror não é brincadeira... Ah, e semana que vem o almoço vai ser na minha casa, é bom vir ou te arrasto. – brincou Potter com um sorriso animado, voltando-se para a pequena garota loira – Como vai, pequena Quinn?

— Vou bem, padrinho! – a garota lhe lançou um sorriso.

— James não via a hora de chegarmos, ele estava com saudades de você. – disse Harry.

— Pai! – advertiu James, sentindo as bochechas corarem – Não é verdade...

— É claro que é, bobão. – disse Albus, cutucando o irmão - Ele tagarelou a semana inteira sobre isso.

— Por Merlin! Eu, animado por causa de uma menina? Corta essa. – James desconversou com um sorriso amarelo – Só estava pensando em jogar Quadribol, é claro. – e voltou sua atenção para Quinn – Albus e eu trouxemos as vassouras, podemos jogar no jardim da frente.

— É claro! Vou pegar a minha. Mas prepare-se para perder, Potter. Como sempre... – a menina loira provocou, subindo as escadas correndo.

— Você vai ver uma coisa! – e James foi atrás da menina com passos acelerados.

— E pensar que eles vão juntos para Hogwarts ano que vem. – comentou Gina.

— Aposto dez galeões que até o quarto ano já terão começado a namorar. – disse Fred com um sorriso maroto.

— Apostado. – sua irmã gargalhou, apertando a mão do ruivo.

A pequena Lily foi até a sala brincar com Fred e Roxanne e logo Rony e Hermione chegaram com os filhos Hugo e Rose Weasley. O local estava uma bagunça: todos tentavam falar ao mesmo tempo. De repente, com um estampido que os fez se assustarem, algumas pessoas aparataram no centro da sala.

A mulher tinha cabelos escuros e belos olhos cor de mar, embora estes parecessem cansados por conta das noites mal dormidas em seu sexto mês de gravidez. Ao lado dela, o homem alto e forte com expressões orientais segurava a mão de uma menina baixinha de cabelos negros extremamente parecida com ele.

— Jude! Como foram as férias em Los Angeles? – perguntou Trid, abraçando a garota com cuidado.

— Visitei lugares lindos e vomitei em cada um deles. Culpa do pequeno Ben, é claro. – a morena acariciou a própria barriga.

— Pode ir brincar se quiser, Eleanor. – Bruce disse para a filha com um sorriso encorajador, mas ela mexeu a cabeça negativamente. Ele deu de ombros e disse para os outros adultos – Ela é tímida.

Quinn e James desceram as escadas segurando algumas vassouras e gargalhando de algo que os outros desconheciam. Ao ver Eleanor, a garota loira deu-lhe um sorriso, cumprimentou a ela e aos outros. Estendeu uma vassoura para Rose e para a menina de cabelos negros enquanto James estendeu uma para Hugo:

— Disputa garotos x garotas no quintal da frente, valendo uma caixa de doces da Dedos de Mel.

— Doces? – Rose Weasley segurou a vassoura – Já me convenceu.

Hugo, Rose, James e Quinn correram porta afora. O pequeno Albus Potter aproximou-se de Eleanor e segurou sua mão, puxando-a em direção à saída:

— Sei que não é muito boa no Quadribol também, El. Mas você pode ficar assistindo a partida comigo, que tal?

— Tudo bem. – a garota assentiu com a cabeça o seguiu.

Logo depois, todo o resto dos Weasley chegaram, enchendo ainda mais a casa: Gui e Fleur com os filhos Victoire, Dominique e Louis; Percy e Audrey com Molly Weasley II e Lucy Weasley.

Trid contou a Jude que Sapphire estava de férias no México com seu marido Robert (sim, o Robert com quem ela havia gritado quando bêbada na festa de Hogwarts, no quinto ano!) e que mandou um beijo a todos, se desculpando por não poder passar o natal com eles.

Por último mas não menos importantes, Peter e Rachel chegaram com os gêmeos Jeremy e Lisa, de onze anos de idade. Pete se tornou colunista do Profeta Diário e Rach uma Auror. Ao saber que nenhum de seus filhos havia adquirido a licantropia, a mulher ficou extremamente aliviada.

Antes que todos fossem almoçar, Astrid sentiu um arrepio estranho percorrer sua espinha, como se algo a chamasse. Tentou ignorar o sentimento por alguns minutos mas parecia ficar cada vez maior.

Pediu licença para se ausentar por alguns instantes e subiu as escadas até seu quarto. Ao abrir a porta, deparou-se com uma mulher alta e esguia, de pele morena e cabelos cacheados, agora curtos. Ela tirou o capuz de seu manto, colocou sua mala no chão e sorriu para Trid com os olhos marejados de lágrimas:

— Hola, mi amiga. ¿Me extrañaste?

Astrid Black ficara sem reação por um instante. Não sabia se estava feliz ou zangada; simplesmente correu até a mulher e a abraçou com força, instantaneamente debulhando-se em lágrimas.

— Por Merlin... Sua desgraçada, filha de uma puta, latina dos infernos, por onde você esteve? – e o abraço ficou ainda mais forte – Não respondeu nenhuma das minhas cartas!

As duas sentaram-se na cama de Astrid. Maria Guadalupe pousou as mãos sobre o colo e disse:

— Eu havia dito que precisava de um tempo, lembra? Mesmo depois de Hogwarts, depois da Batalha... Tudo me lembrava ela. Eu sei que já se passaram anos mas isso ainda me sufoca e me machuca todos os dias... Pelo menos todo esse tempo fora me ajudou a me conformar com a situação toda. – ela suspirou – Depois de me formar, não queria ter que me comunicar diretamente com pessoas, então decidi viajar ao redor do mundo para estudar criaturas mágicas. Eu era praticamente uma nômade, conseguia abrigo em troca de qualquer tipo de trabalho voluntário. Durante minha estadia na Colômbia em 2003, inesperadamente encontrei Luna Lovegood, que estava viajando a trabalho com o marido Rolf. Um Scamander, você acredita? Pois é. Rolf e Luna também estavam estudando animais, então propuseram que trabalhássemos juntos para que criássemos uma versão ainda mais completa do livro de seu avô Newt, Animais Fantásticos e Onde Habitam. Passamos anos trabalhando duro, mas foi realmente gratificante. Todos os lugares que visitei e as pessoas que conheci... Foi realmente incrível. O livro sai daqui a alguns meses, Rolf está fazendo os ajustes finais.

— Tenho certeza de que será um sucesso. – Astrid sorriu carinhosamente para a amiga – Sabe, da primeira vez em que tive contato com Potens Summi, ela disse que tinha assuntos pendentes comigo. Eu tinha me esquecido disso até o dia de hoje, quando ela me tocou minutos atrás.

— Do que está falando? – Lupe franziu o cenho.

— É sério, ela me tocou e eu senti. Está falando comigo agora. – Astrid olhou para ambos os lados, como se procurasse alguém. Repentinamente, apontou para a mala de Guadalupe – Por favor, abra-a.

Lupe, com uma expressão confusa e um pouco assustada, abriu a bagagem e esperou pela próxima ordem. Astrid se levantou e caminhou até a mala, tirando dela um objeto que estava envolto em um lenço branco: um pequeno espelho com moldura negra – aquele que havia sido mandado para Isabelle em Hogwarts anos atrás.

— Você tem guardado isso até hoje? – perguntou Astrid, com os olhos marejados de lágrimas.

— Sempre, desde aquele dia. Eu o encontrei no armazém e o peguei. – afirmou Lupe.

Astrid segurou o objeto e fechou os olhos por alguns segundos. Ao abri-los novamente, estendeu o objeto para Lupe:

— Quando Potens disse que ainda tinha pendências para tratar comigo, foi sobre isso que ela falou. Ela disse que é um presente por tudo o que fiz... Que com ele eu poderia ver qualquer pessoa de quem sinto falta. Qualquer uma. E, embora eu sinta muitas saudades de meu pai, eu pude me despedir dele mesmo sem saber que era a última vez que o veria. Eu disse o que o amava e isso foi o suficiente. Já a sua oportunidade de dizer adeus à Belle foi tirada de você, e nada mais justo que possa ter essa chance. Por isso eu quero oferece-la a você.

— Tem certeza? – a garota perguntou com hesitação.

— Absoluta. A única coisa que você precisa fazer é segurá-lo. E seja direta, pois terá pouquíssimo tempo.

E assim Lupe o fez.

 Ao tocar o espelho, tudo a sua volta se desfez e em segundos ela se encontrou em seu antigo dormitório em Hogwarts. Tudo parecia tão real e sólido. Caminhou até sua cama e sentou-se nela. Tudo parecia igual: os lençóis mal colocados, as caixas de sapos de chocolate no criado mudo ao lado...

Olhou-se no espelho e se viu jovem novamente, com a mesma aparência que tinha aos quinze anos de idade: Usava até mesmo o uniforme de sua casa.

— Lupe?

Guadalupe sentiu um calafrio percorrer sua espinha e virou-se instantaneamente ao ouvir seu nome. Escorada na parede perto da porta do dormitório, uma garota bonita de longos cabelos loiros a observava com um sorriso triste e os olhos marejados de lágrimas.

— Eu não acredito. Eu não posso acreditar...

A loira se aproximou da garota rapidamente e a puxou para um beijo antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa. Depois que se separaram, Lupe balbuciou:

— Eu sinto muito, Isabelle... Eu sinto tanto. – e desatou a chorar. – Não era para ter sido desse jeito.

— Ei, está tudo bem! Estamos aqui juntas, não estamos? Mesmo que por pouco tempo. – Belle disse, começando a chorar também – Eu não quero que fique triste. Eu parti, mas você ainda tem uma vida inteira pela frente. Sei que, a este ponto, você já deve ter conquistado muito porque é a garota mais incrível que já conheci. Mas eu não quero que fique se culpando por nada que aconteceu anos atrás, a culpa não foi sua. Eu quero que me prometa que irá continuar sua vida e que vai buscar ser muito feliz. – ela entrelaçou sua mãos nas de Lupe - Realize todos os seus sonhos e que não se afaste ou se sinta mal pelo que houve no passado. Mantenha todas as pessoas que ama perto de você e nunca desista delas.

— Eu prometo.

Repentinamente o local começou a ficar enevoado e Lupe olhou para Isabelle com uma expressão confusa. A garota apenas sorriu tristemente:

— Diga às garotas que eu sinto saudades.

— Nosso tempo está acabando! – a morena disse, desesperada.

Isabelle puxou a jovem para um abraço acolhedor e sussurrou em seu ouvido:

— Eu te amo, Maria Guadalupe, e meu coração é seu. Estarei te esperando na eternidade.

— Eu também te amo, Isabelle, e meu coração é seu também. Nunca te esquecerei.

Guadalupe fechou os olhos e desatou a chorar ao sentir o corpo quente de Isabelle começar a se desfazer.

 Ao abri-los novamente, estava ao lado de Astrid no quarto da Mansão Oberlin, ainda com o espelho na mão. Sem encontrar palavras para se expressar, ela simplesmente abraçou a amiga e desatou a chorar.

— Obrigada.

— Quer se juntar a nós? – perguntou Astrid animadamente – Tenho certeza de que todos estão com saudades.

— É, pode ser... – ela disse, trocando o peso de um pé para o outro e secando as lágrimas – E sabe, estava pensando em ficar permanentemente por aqui. Arranjar um emprego estável talvez...

— É uma ótima ideia. – Astrid passou o braço pelo pelos ombros da garota e a guiou até a sala de jantar.

Quando Guadalupe adentrou o local, todos se calaram instantaneamente. Peter foi o primeiro a caminhar até a mulher com uma expressão incrédula, abraçando-a com força.

— Por Merlin, depois de tantos anos... O que faz aqui?

A garota apenas se limitou a dizer:

— Estou em casa.

Anna, que estava com os cabelos grisalhos presos em um elegante coque, lançou lhe um sorriso:

— Bem-vinda de volta, minha querida.

E todos a cumprimentaram. Enquanto todos se sentavam em seus devidos lugares, Astrid caminhou até a janela para olhar o céu, se sentindo plenamente feliz pela vida que levava.

Sentiu uma mão tocar seu ombro, era Jude. Ela disse com humor:

— Depois de todos esse tempo, a gangue se reuniu de novo. – mordeu o lábio inferior, hesitante – Sei que fazem anos, mas ainda estamos amarradas à causa. Quando acha que as novas Potens irão aparecer?

— Eu não faço ideia, mas estaremos aqui esperando. – Astrid afirmou – Soube de uns terremotos um tanto estranhos na África do Sul? Acho que vale a pena investigar.

As duas trocaram um olhar cúmplice e sorriram. A morena moveu a cabeça afirmativamente:

— Definitivamente.

E então Jude White começou a observar o céu também. Pensou consigo mesma:

Espero que eu não esteja muito enferrujada.

Concentrando-se com todo o seu coração, enviou uma mensagem mental de alcance mundial, esperando que alguém lá fora a ouvisse.

A linhagem não acabou. Nunca acabará. Essa mensagem te alcançou? 

Se for uma jovem bruxa e estiver se sentindo um tanto estranha ou deslocada, fique atenta aos sintomas: tatuagem bizarra no corpo, comunicação com animais, força sobre-humana, controle dos elementos, entre outros.

Se você se identificou com qualquer uma das coisas citadas acima, saiba que é a próxima, querida.

Fique exatamente onde está. Não importa onde esteja...

Nós iremos encontrá-la.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Gostaria muito de ler as opiniões de vocês, já que chegamos ao final da nossa história e é hora de se despedir :(
Mais uma vez, muito obrigada ♥



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