Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 39
Enfim, a liberdade.


Notas iniciais do capítulo

Syh All Black, muito obrigada pelo comentário ♥
Boa leitura e não se esqueçam de ler as notas finais o/



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No andar de cima do armazém o caos ainda reinava. Impaciente, Anna ainda duelava com a mulher ruiva. Ambas já haviam tornado aquilo pessoal e insistiam em gastar todas as suas energias ali.

 Os outros jovens continuavam a afastar as aranhas mas o esforço parecia em vão: Eram muitas e, logo que se recuperavam dos feitiços mais fracos, voltavam a avançar; os encantamentos apenas pareciam deixa-las ainda mais irritadas. Sapphire limpou o suor do rosto:

— Não vamos sair daqui vivos se continuarmos assim!

— Mas o que podemos fazer com essas coisas? – perguntou Fred, tentando conter a respiração ofegante.

— É bom o casal de gênios começar a pensar... – Jorge moveu a cabeça em direção à Rachel e Peter – De preferência, em algo que não envolva a nossa morte.

— É isso... Uma isca! – disse Pete, e no momento em que olhou para Rach ela o compreendeu.- Precisamos de algo que as atraia.

— Estão com fome, não irão sair daqui enquanto não comerem. – Rachel falou, arfando – Aquela mulher só tem controle sobre as acromântulas porque utiliza a fala, ou elas já a teriam comido. Se ela não puder falar nada, não poderá nos impedir de fazer nada.

— Existe algum feitiço para emudecer? – perguntou Jorge, franzindo o cenho.

— Não que eu conheça... – começou Pete.

— Mas com certeza existem outras formas. - após acertar um feitiço em cheio no peito da mulher, fazê-la cair com um baque e desmaiar, Anna arrastou-a para perto do baú e deixou-a ali. Correu para o lado oposto e escondeu-se atrás de uma máquina, projetando uma grande bola de luz com a varinha na direção da mulher desacordada – Lumus Maxima!

A luz forte atraiu as aranhas de tal forma que todas se reuniram em torno da mulher com voracidade e, finalmente, tiveram sua merecida refeição. Felizmente, a mulher ruiva não estava acordada para se defender e teve de aceitar seu destino silenciosamente.

— Vamos atrás dos outros, precisamos... – Pete começou, mas foi interrompida por Sapphire.

— É, vamos. – e, após esta frase dita em tom hesitante, a garota caiu no chão e soltou um gemido de dor. – Não dá mais. Não dá mais. Não dá...

— Que porra é essa? – Rachel correu até Sapphire e abaixou-se para vê-la melhor. Notou uma ferida em seu braço direito e completou, desesperada – Ela foi picada por uma Acromântula!

Anna correu até a garota desesperadamente:

— Isso foi agora?

— Há uns minutos. – disse a garota, com a voz fraca.

— E não disse nada? – perguntou Jorge, exasperado.

— Eu não queria que parassem por minha causa, estávamos quase conseguindo. – Sapphire disse, com a respiração ofegante – Me desculpem, não consigo mais.

— A única coisa pela qual deve se desculpar é por não ter nos avisado antes. – disse Rachel, tentando manter a calma – Sua cabeçuda...

— Eu poderia preparar um antídoto usando o próprio veneno da Acromântula, mas acredito que nenhum de nós tenha por acaso tenha trazido dois baços de rato e duas folhas de urtiga seca. Por Merlin, não temos nem um Caldeirão...

— Precisamos leva-la ao St. Mungus ou a coisa vai ficar feia. – disse Anna. Fred e Rach ajudaram Sapphire a se levantar enquanto ela falava rapidamente – Fred, Jorge, Rachel, poderiam acompanha-la? Vai ser bom para ela acordar com rostos amigos e eu não irei sair daqui sem a minha filha.

Fred interviu dizendo que queria acompanha-los, mas decidiu obedecer a mãe de Peter e ajudar a garota ferida.

— Pode deixar. – Jorge concordou – E vocês vão atrás da Trid logo. Sabe-se lá o que está acontecendo lá embaixo...

De repente, ouviu-se barulho de vidros quebrando e coisas caindo; o solo começou a sofrer leves tremores. Peter e Anna trocaram um olhar de desespero. Os bruxos ficaram sem reação por alguns instantes, até que Fred disse com uma expressão assustada jamais vista em seus olhos:

— Por favor, tragam-na sã e salva.

Antes que pudesse sair correndo com seu filho porta adentro, ela lançou a Fred Weasley um olhar penetrantemente confiante. O ruivo não precisou de nem mais uma palavra.

~x~

¡Te odio! ¡Odio a todos ustedes! Espero que se quema en el fuego del infierno junto con toda su crueldad!— gritava Guadalupe, disparando uma série de feitiços estuporantes em Oliver, que gargalhava e os rebatia com facilidade.

Muitas coisas aconteciam simultaneamente. A sala estava quase em ruínas, muitos dos artefatos do Colecionador estavam em pedaços ou jogados pelos cantos. O chão estava cheio de cacos e vidro e poeira que caía das rachaduras que se formavam no teto. Perto de Guadalupe, Aurelia Oberlin podia parecer e realmente estar muito cansada e ferida, mas não dava o braço a torcer. Com toda a elegância e dignidade que lhe restava, brincava com Ivy como um gato brinca com o rato por diversão. Com suas últimas forças, criara com suas próprias mãos uma ilusão que parecia extremamente real para a seguidora de Klaus, que corria em círculos com medo de algo que Aurelia havia plantado em sua mente e a feito acreditar que estava sendo seguida por aquilo. Lançava feitiços no vácuo e gritava, os olhos negros refletindo puro terror.

— Faça parar, por favor! – a mulher sentou no chão e abraçou os próprios joelhos, fechando os olhos e implorando desesperadamente – As vozes na minha cabeça...

— Eu quero que sinta toda a dor que esse seu grupo de merda fez as outras pessoas sentirem. – Oberlin começou a caminhar em direção à Ivy e só parou quando seus pés estavam a poucos centímetros dos dela.

— Me mate, me mate.

— Eu não irei te matar, querida. – Aurelia abaixou-se e colocou as mãos nas têmporas da mulher, que estava tão assustada que mal moveu um músculo – Não é digna de uma morte rápida. Sabe o que você merece, escória? Merece sentir até o fim de sua vida, e espero que ela seja muito longa, toda a tristeza que trouxe aos outros. Olhe para mim. Agora.— a mulher abriu os olhos lentamente para encarar Aurelia. No momento em que o fez, suas pupilas aumentaram de tal forma que seus olhos se tornaram inteiros negros, como se ela estivesse em um tipo de transe – E espero que se lembre do meu rosto enquanto passar todo o resto de sua vida no St. Mungus, enlouquecida pela quantidade de vozes gritando em sua cabecinha oca, todas de pessoas que já perderam outras por conta de injustiças e gente idiota como você. Espero que se divirta escutando todas as lamúrias. Ah, e não se preocupe, não sou tão má assim: Esta ilusão cessará um dia antes de sua morte. E farei questão de arranjar um quarto com uma bela vista no hospital. – e, fechando os olhos da mulher com os dedos, deitou-a no chão – Boa noite.

 Do lado direito, Bruce voava em volta de Edmund desviando de seus feitiços com agilidade e tentando acertá-lo com um dos seus. Contudo, o homem de barba grisalha era extremamente rápido e bloqueava os encantamentos com a mesma agilidade.

Jude duelava com Jim arduamente. Seu rosto estava vermelho e suado, seus olhos totalmente compenetrados no que estava fazendo. Ela tinha ódio daquelas pessoas sem nem mesmo as conhecerem. Não tirava a razão de si mesma, afinal, eles mal conheciam Isabelle e deixaram que seu mestre matasse a garota sem dizer nada. Jim era cúmplice, então era tão culpado quanto o homem que utilizara a faca e sujara as mãos. Ela não era Astrid: Não tinha tempo para discursos de paz.

Ela queria justiça e não iria mais esperar. A raiva parecia se dissipar de seu corpo de forma tão natural quanto o movimento instável do mar numa tempestade. Por um instante, imaginou-se como o tal mar, as águas dançando violentamente para derrubar o barco de um pescador. De repente, sentiu seu corpo se esvaindo, desvanecendo. Sentia que estava ficando mais leve e logo percebeu: Ela era feita de água! Digo, não como os outros seres humanos. Literalmente.

Jim assustou-se com a silhueta feminina líquida que tomara essa forma repentinamente e hesitou antes de enviar um feitiço, isso foi o bastante para desconcertá-lo e dar a Jude White a vantagem que ela queria. O homem magro e careca não sabia o que fazer. Em um ato de desespero, começou a dizer em sua defesa:

— Eu nunca soube que chegaríamos a esse ponto. Não achei que ele faria essas coisas...

— Não achou, mas foi o que aconteceu. – Jude avançou violentamente. O homem já não podia mais acertá-la com seus feitiços.

— Eu não queria que fosse desse jeito...

— Não queria, né? Certo. Mas o que você fez para mudar tudo aquilo? Você é tão culpado quanto Klaus. – e aproximou-se ainda mais do homem que estava assustado demais para recuar – Você ao menos sabe o nome das pessoas de quem você tirou a vida, Jim? – e, lentamente, começou a envolve-lo em água – Sun-Hee. Uma mulher adorável, guerreira, avó carinhosa e a pessoa mais importante da vida de alguém com quem eu me importo muito. Essa mulher atravessou países, passou fome e frio, fugiu da porra do seu mestre para chegar até mim e passar o seu legado e que me disse que as coisas precisavam mudar, que eu precisava continuar o que ela começou. Ela morreu com um feitiço Avada Kedavra. – Jim, já envolto em uma bolha d’água, começara a prender a respiração com os olhos esbugalhados – Isabelle Lawrence, uma adolescente de quinze anos que tinha problemas para lidar com os sentimentos e, por trás de toda a marra e sarcasmo, estava aprendendo a aceitar a si mesma. Fez amizades que mudaram a sua vida e não teve tempo de aproveitar os amigos. Cometeu erros e não teve tempo de superar todo o remorso que a corrompia a cada dia. Descobriu o amor e não teve tempo de dizer mais um eu te amo. E isso é tudo culpa sua, sua e de todos os que começaram com essa palhaçada toda. Então não venha me dizer que não queria que fosse desse jeito, porque as coisas pareciam estar correndo exatamente como o planejado. Exceto para você agora...

E Jude observou Jim começar a perder o fôlego e deixar a água entrar em seus pulmões por exatos três minutos. Extremamente concentrada na tarefa de contemplar seu ato de vingança, estava alheia a tudo a seu redor. Exceto uma voz tirou-a de seu transe de ódio:

— Chega. Ele aprendeu a lição.

Ela se virou e olhou para Bruce, que tentava se concentrar em duelar com Edmund e prestar atenção em Jude. A garota lançou lhe uma expressão confusa e ele disse, ofegante:

— Deixe-o ir. Se fizer o que está pensando não será melhor que ele. – Bruce desviou por pouco de um feitiço Expelliarmus – Você não é uma assassina, Jude White. Você é incrível, inteligente e corajosa, e sei que no fim vai fazer a coisa certa como sempre.

Bruce a havia desarmado. Ela finalmente entendeu e, no momento em que o fez, a bolha de Jim se desmanchou e ele caiu no chão com um baque, desacordado. A garota correu até Jim e abaixou-se, preocupada:

— Ele vai ficar bem! – Bruce gritou de longe e não pôde conter um sorriso – Eu disse que você era incrível. – antes que pudesse dizer algo mais, foi atingido por um feitiço em cheio no abdômen e bateu em uma das paredes, caindo no chão perto dos cacos de vidro.

— Filha da puta, eu vou ter que falar toda vez pra não mexer com ele? – Jude pegou a maca em que Astrid estivera deitada minutos atrás com apenas uma mão e jogou-a na direção de Edmund, acertando-o e fazendo-o desmaiar. Correu até Bruce (que estava acordado) e passou a mão pelo corte que havia sido feito perto de seu lábio. Ele balbuciava, se sentindo um tanto atordoado:

— Está tudo bem, tudo joia, maravilhoso...

Ela aproximou seu rosto e selou seus lábios rapidamente, logo depois lançando lhe um sorriso.

— Se está tudo bem, se levante. Temos mais bundas para chutar. – e ambos avançaram em direção à Loretta, outra seguidora de Klaus.

Lupe estava cansada de duelar. Não era habilidosa ou forte como seus outros amigos e sabia disso. Lutava por sua melhor amiga com força e vigor, mas a tristeza e angústia que a abatiam não permitiam que usasse o máximo de sua energia. Ela estava desolada, mas precisava continuar. Só não sabia se conseguiria.

Baixou a guarda por um instante e foi desarmada por Oliver. Repentinamente, fechou os olhos e preparou-se para o que quer que o homem tivesse reservado para ela.

No fundo, bem lá dentro, ela desejou morrer. Contudo, nada a atingiu.

Incarcerous! — abriu os olhos ao ouvir uma voz masculina conhecida.

Oliver foi envolvido por cordas que o prenderam firme e violentamente. Peter Black correu até a garota e pegou-a pela mão, arrastando-a para longe de onde os duelos aconteciam e trazendo-a para perto da porta. Ao pararem, puxou a moça para um abraço forte e carinhoso. Guadalupe desatou a chorar, balbuciando:

Das outras quatro aliadas fieis, uma irá sucumbir às trevas. Das grandes amizades, algumas perdas. — um calafrio percorreu pela espinha de Peter – Ele a assassinou, Pete. Isabelle está morta.

O rapaz abriu e fechou a boca várias vezes, sem ter o que dizer. Abraçou Lupe por mais alguns segundos antes de engolir seco para falar:

— Não diga mais nada... Você precisa descansar, está bem? Já fez muito. Fique aqui.

Pete olhou para Anna, que já havia corrido para o meio do salão e olhava Astrid dali de baixo. A mulher sentia-se impotente ali e o terror tomava conta de seu rosto enquanto ela via o vulto preto que outrora era O Colecionador investir contra sua filha.

Do lado esquerdo de Anna, em uma das pilastras que balançava, Ellaria estava com os braços estendidos e seus olhos – agora cor de fogo – miravam a jovem Astrid. Ela não lutava diretamente com ninguém, mas parecia estar extremamente concentrada em sua pequena tarefa enquanto sussurrava palavras desconexas.

No ar, Astrid e O Colecionador batalhavam arduamente. A luz que emanava da garota incomodava muito o homem que agora era feito de um tipo de massa escura, principalmente quando ela lançava feixes luminosos em sua direção gritando energicamente. Ela usava tais feixes para afasta-lo, pois o mesmo tentava envolve-la em toda aquela escuridão para tirar-lhe o fôlego. Astrid sentia-se forte, mas Klaus também era. Se continuassem daquele jeito ela não conseguiria aguentar por mais muito tempo, afinal, não sabia toda a extensão daquele poder. Vamos, luz. Me ensine algo! Eu não aguento mais voar em círculos.

A garota tentava bolar uma estratégia, o que era algo difícil enquanto não podia deixar ser pega por aquele homem bizarro. Ao ver Anna ali embaixo, gritou:

— POR MERLIN, SAI DAÍ MÃE!

— Eu vou ficar! Se você cair, estarei aqui para te pegar! – a mulher gritou de volta.

Por um instante, a poeira negra que era Klaus moldou a forma de seu próprio rosto. A face do homem gargalhou e disse:

— Quer ficar órfã de mãe também, docinho? Assim você e o tal Potter terão ainda mais coisas em comum.

— NÃO OUSE AMEAÇAR A MINHA MÃE! – bradou Astrid, acertando o rosto com uma grande bola luminosa. Ele gritou de dor e afastou-se, mas logo a face voltou a aparecer. Lá de baixo, Anna franziu o cenho:

— Do que ele está falando? – olhou para Pete, que tinha a mesma expressão confusa de sua mãe.

— SIRIUS BLACK ESTÁ MORTO! Mortíssimo! Partiu desta vida! – Klaus gritava com entusiasmo -  Eu mesmo fiz a sua garotinha assistir.

— Astrid... – Peter andou até sua mãe e olhou para cima também – Diga-nos que não é verdade.

Trid, agora derramando uma porção de lágrimas, acenava afirmativamente com a cabeça várias vezes enquanto lançava uma série de feixes luminosos em Klaus com toda a sua força.

— Não. Não, não, não, não, não! – Anna desabou e caiu no chão, desatando a chorar desesperadamente. Peter abaixou-se e a envolveu em um abraço.

Klaus olhou para a família da garota lá embaixo e abriu um sorriso de escárnio. Astrid entendeu a mensagem na hora. Antes que ele descesse, ela mesma o fez e se colocou na frente dos dois, emanando mais luz do que nunca. A garota agora tinha como prioridade os proteger. Seu irmão e sua mãe ainda estavam processando a notícia da morte de Sirius e não pareciam estar prontos para lutar. Construiu uma redoma luminosa em volta dos dois e se concentrou em mantê-la. Não ligava mais para Klaus e pouco importava se ele a atacasse, contanto que pudesse manter sua família em segurança.

— Vocês vão todos morrer. Vão todos para o inferno! – cantarolou Klaus, em seu maior nível de loucura.

— Astrid... – Peter levantou a cabeça para encarar a irmã com os olhos marejados.

— Está difícil... – ela admitiu, também com os olhos cheios de lágrimas – Mas eu não vou soltar. Eu juro por tudo nesse mundo.

Bruce e Jude – que haviam derrotado Loretta facilmente – correram até Astrid para lhe dar apoio. Lupe fez o mesmo e, por fim, Aurelia. Todos se posicionaram em um círculo em volta dos Black, e a velha disse com os dentes cerrados:

— Vamos garantir com que não solte.

Repentinamente, Ellaria começou a caminhar para o centro do local gritando coisas em latim que Astrid não compreendia totalmente. Seus olhos de fogo se tornaram brancos também e, por um instante, ela pareceu ter sido desligada.

— Astrid Black, fique atrás de mim. — Potens Summi ordenou autoritariamente e a garota obedeceu – Queria me conhecer, humano? Aqui estou eu.

Por um instante, Klaus parou de atacar e começou a voltar para sua forma humana – tal era a sua surpresa. Ele ficou estático olhando para o corpo possuído de Ellaria, que abriu a boca para dizer:

— Parece que não tem uma boa resposta na ponta da língua como o usual, não é? Pois bem, homem. Você tem causado uma desordem tamanha que nem as minhas quatro guerreiras poderiam conter. E é por isso que eu estou aqui. Desobedeci o Destino ao vir ao mundo dos mortais para intervir e sei que terei um castigo de milhões de anos junto de um exílio, mas eu precisava conhece-lo.  — começou a caminhar na direção de Klaus lentamente, mas ele não recuou. Potens estendeu as mãos e tocou seu rosto – Você queria saber tudo sobre nós, não é? Matou e torturou pessoas para isso. Enfim...Aqui está tudo. Tudo que nenhum humano jamais ousou pensar em saber.

— É lindo. – foi tudo que Klaus pôde balbuciar com uma voz estranhamente calma.

— E você morrerá junto com isso, homem, pois nenhum ser vivo pode absorver tanto conhecimento, nem em um milhão de encarnações. Você ganhou tudo o que queria, mas isso lhe custará caro. Terá que me pagar com seu silêncio eterno e sua vida. — e Ellaria o abraçou com força.

Com o ato, o homem começou a se desintegrar rapidamente até se transformar em puro pó no chão do salão destruído. Astrid finalmente pôde soltar a redoma e se desequilibrou, exausta. Anna e Peter a seguraram e os três se envolveram em um abraço silencioso.

 Potens virou-se na direção dos outros bruxos. Astrid se soltou dos familiares para poder encará-la.

— A profecia foi totalmente cumprida, mas sabem que não acabou, não é?

— Nunca acaba. – Jude suspirou.

Haverá mais de nós futuramente, vocês três precisam continuar pela causa.

— Mas somos quatro. – Trid disse.

Não mais, minha doce criança. Os serviços de Ellaria foram todos prestados. A habilidade de se manter viva por tanto tempo contribuiu para que ela pudesse ajudar muitas pessoas até que chegasse a vocês, mas a eternidade a tornou uma pessoa triste e vazia. Ela finalmente terá o que sempre desejou.

A mulher deitou-se no chão com os braços abertos. A luz deixou o seu corpo indicando que Potens havia ido embora. Astrid pôde ouvir a voz de Ellaria, desta vez carregada de felicidade:

— Enfim, a liberdade.

E aquelas foram suas últimas palavras. A mulher fechou os olhos e foi dormir com um sorriso.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Opiniões, críticas... Mandem ver!
Logo é hora de dizer adeus...



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