Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 26
A Festa


Notas iniciais do capítulo

Miss Riddle, obrigada por comentar!
Boa leitura e não se esqueçam de ler as notas finais o/



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Após algumas semanas (de muitas aulas e dever de casa) setembro teve seu fim, e outubro passava com igual rapidez.

Astrid não adquiriu mais nenhuma habilidade desde então. Nesse meio tempo, Aurelia e Ellaria estavam sendo ótimas mentoras para a garota, ajudando-a a desenvolver seus poderes da melhor maneira possível. Ambas eram extremamente orgulhosas. As vezes acabavam brigando mas, depois de alguns móveis quebrados, um início de ciclone e um mini incêndio, elas entravam em um consenso e tudo ficava bem.

Ainda não tiveram muitas notícias sobre a garota perdida, mas Ellaria soubera que o Colecionador estava realizando pesquisas de matriz suspeita na França.

Há tempos não sonhava com Tom, e frequentemente perguntava a si mesma se ele havia partido para sempre.

Em Hogwarts, tudo continuava bem. Astrid disse a Fred que ambos continuariam amigos por ora e ele aceitar numa boa só a fez admirá-lo ainda mais. Contudo, era uma amizade com benefícios, é claro. Os dois passavam muito tempo juntos, o que só aumentava as suspeitas e a zombaria por parte de Jorge, Guadalupe, Isabelle, Rachel, Sapphire e até mesmo Liam e Bruce, com quem as garotas se habituaram a conversar bastante.

As reuniões da Armada de Dumbledore eram incríveis: Astrid admirava a coragem e animação de Harry para ensinar. Ele a havia ajudado com alguns feitiços que ela tinha dificuldade. Lá, conheceu uma garota da Corvinal de quem Gina falava muito bem: Luna Lovegood era uma garota excêntrica, doce e sonhadora. Muitas vezes fora sua dupla nas atividades da AD, e Astrid tinha que admitir que Luna a divertia e era extremamente interessante: Seus relatos sobre criaturas como os Narguilés sempre atiçavam sua curiosidade.

Depois de muito conversar com Peter, Astrid decidira contar a Sirius e Anna sobre tudo o que acontecera no Natal, época em que se encontrariam. Era muito arriscado conversar pela fogueira, principalmente com Umbridge sempre xeretando pelo Castelo e o Ministério na cola de seu pai.

Peter começara a ter aulas de latim com Rachel, então os dois passavam algumas noites juntos. Sapphire ganhou uma semana de detenção por dar um soco na cara de Pansy Parkinson, que havia caçoado da garota por conta de seu peso. Isabelle e Guadalupe quase foram pegas por Filtch uma semana depois por estarem jogando Bombas de Bosta em umas duas garotas da Grifinória que as estavam atormentando.

A semana do Halloween finalmente havia chegado, e com ela se aproximava a festa de Halloween organizada por Patricia Lewis – que era da Sonserina – e alguns outros da Lufa-Lufa. Se havia alguém que sabia organizar uma festa, eram os lufanos.

Contudo, a festa nem era mais tão secreta assim. Algum idiota havia deixado que o evento chegasse nos ouvidos de Dumbledore. Entretanto, sua reação surpreendera os estudantes: Ele havia adorado a ideia e sugeriu que usassem o Salão Principal para realizar a festa.

O dia 31 de outubro, sábado, amanheceu com um céu limpo de outono. Astrid acordou e bufou ao ver que todas as garotas já haviam ido tomar café. Colocou um jeans, um suéter azul, calçou seus tênis e saiu do dormitório com passos preguiçosos.

No caminho para o Salão Principal, não pôde deixar de abrir um sorriso quando avistou Fred Weasley se aproximando. Ele sorriu também e, parando em sua frente, disse:

— Bom dia, atrasadinha. Você tem cerca de dez minutos para tomar café.

— Obrigada por me lembrar. – ela resmungou – Dormi demais.

— Se não tivesse dormido demais, não seria você. – zombou o ruivo – Vai à festa de Halloween?

— Acho que sim. Disseram que vai ter comida, então estou bem animada. – Astrid disse, fazendo-o rir – E você?

— Eu ia, mas agora você falou que vai, daí perdi a vontade... – ela deu-lhe um peteleco – Calma, estou só brincando. Vou sim. Sabe que te amo, loirinha.

— Nem vem com esse negócio de amor pra cima de mim. Quero ver provar. Se me amasse mesmo, me pagava uma caixa de Caldeirões de Chocolate. – Trid disse.

— Merlin, que menina folgada! – Fred se fez de ofendido – Não se fazem mais damas como antigamente...

— A gente se vê na festa, bonitinho.

Astrid se despediu e deu-lhe as costas, mas não conseguiu evitar um sorriso quando Fred Weasley gritou ao longe:

— Até lá... Amiga.

~x~

As garotas haviam decidido se arrumar juntas para a grande festa.

O dormitório estava uma bagunça: roupas jogadas nas camas, sapatos espalhados pelo chão e bijuterias largadas em alguns cantos.

Astrid, já pronta, ajudava Rachel a procurar por um par específico de brincos. Sapphire fazia a própria maquiagem,  Isabelle e Guadalupe estavam quase terminando.

— Fecha isso pra mim, por favor... – Belle virou-se de costa e deixou que Lupe subisse o zíper de seu vestido – Cuidado pra não me beliscar!

— Para de frescura, princesa. – ao terminar de ajuda-la, Lupe olhou-a da cabeça aos pés – Arrasou!

— Nós duas arrasamos. – a loira disse, enquanto as duas se olhavam no espelho – Estou uma vadia respeitável.

— Ok, vadia respeitável, termina logo com isso. – Sapphire resmungou – Você também, Lupe. Não quero me atrasar.

Astrid usava um vestido cinza de mangas compridas que ia até o meio das coxas, meia fina escura e um par de botas pretas de salto e cano curto. Seus cabelos usualmente lisos estavam agora com alguns cachos, e sua maquiagem era leve.

Rachel havia colocado um vestido vermelho de manga comprida, uns poucos centímetros mais longo que o de Astrid. Usava uma fina corrente com um pingente dourado e sapatos de salto pretos nos pés. Prendera os cabelos num elegante rabo de cavalo. A sombra marrom e dourada destacou a cor de seus olhos, e optara por um batom nude.

Isabelle trajava um vestido colado ao corpo que desciam comportadamente até seus joelhos. Era cor de marfim com algumas estampas negras nos cantos. Calçara sandálias de salto pretas. Seus cabelos estavam levemente ondulados. Destacou os olhos com uma sombra negra e, nos lábios, optara por um brilho labial não muito chamativo.

Maria Guadalupe optara por uma camiseta cinza com uma bela águia estampada, uma jaqueta de couro com spikes para cobrir seus braços e uma minissaia jeans. Nos pés, calçara botas de salto. Decidira deixar seus cachos negros como sempre foram. Passara apenas lápis e rímel nos olhos, e pintara os lábios com batom rosa.

Já Sapphire usava um vestido de mangas compridas azul marinho estampado com belas flores. Nos pés, calçava sapatilhas azuis claras. Seus cabelos estavam presos em um elegante coque. Seus olhos estavam marcados com delineador preto e passara batom vermelho nos lábios carnudos.

O Salão principal havia sido muito bem organizado para a festa: As grandes mesas onde os alunos faziam a refeição já não estavam mais lá para ocupar espaço. O meio do salão seria usado como pista de dança, e nos cantos haviam mesas com comida e bebidas, e cadeiras para quem quisesse descansar um pouco.

As garotas avistaram Bruce e Liam e foram até eles. Ao vê-las se aproximando, suas expressões tornaram-se surpresas.

— Capricharam, garotas. Estão lindas! – Liam disse.

— Com toda a certeza. – Bruce concordou.

Patricia Lewis aproximou-se animadamente das garotas, abrindo os braços:

— Uau, estão lindíssimas. Que bom que vieram! – e abaixou o tom de voz ao dizer – Os professores não irão participar da festa, então trouxemos um montão de Uísque de Fogo.

— Oba! Vou lá pegar. – Sapphire prontamente saiu em direção à uma das mesas de bebidas.

— Bebum... – Belle disse, revirando os olhos – Mas não tão bebum quanto eu. Me espera, Sapphire!

Lupe, Astrid e Rachel riram ao ver Belle tentar correr de salto. Trid conteve um grito de susto quando sentiu duas mãos tamparem seus olhos.

— Adivinha quem é? – perguntou uma voz masculina.

— O Mário. – ela disse, abrindo um sorriso sacana.

Fred franziu o cenho e tirou as mãos do rosto da garota:

— Quê? Que Mário?

— Aquele que te comeu atrás do guarda roupa. – disse Trid.

Fred fez uma expressão confusa:

— Não é do armário?

— No armário também? Caramba, Fred! – a loira disse e os outros presentes gargalharam.

O ruivo bagunçou seus cabelos, fazendo-a xingá-lo.

— Muito engraçadinha, senhorita. Mas eu sou sério, não gosto de piadinhas. – o garoto fez um biquinho chateado - Vamos ao que interessa: Quer dançar?

— Achei que não fosse pedir. – ela abriu um sorriso e acompanhou-o até a pista de dança.

As primeiras músicas a tocarem eram agitadas. Os dois se divertiam dando as mãos e rodando rápido pela pista, sem se importar com quem estivesse olhando. Fred fez alguns passos de dança ridículos, fazendo Astrid gargalhar.

Quando a primeira música lenta começou, Fred envolveu-a em seus braços enquanto uma melodia suave tocava. Nenhum dos dois disse nada, não era preciso. Apenas se mexia conforme o ritmo da música, abraçados, tão próximos um do outro que, se Fred parasse e prestasse atenção o bastante, conseguiria sentir as batidas ansiosas do coração de Astrid.

Sentada em uma das cadeiras no canto direito do salão, Rachel observava os dois com alegria. Sentia-se extremamente feliz por Trid ter encontrado alguém tão de bem com a vida como Fred Weasley e sabia que, por mais que ela negasse e dissesse que eram só amigos, logo estaria de compromisso com o ruivo. Tinha certeza.

Ela precisava mesmo de alguém que a ajudasse a relaxar e a se distrair dos tantos problemas em que havia se metido sem intenção. Rach, mais do que ninguém, entendia Astrid quando ela dizia sobre o quanto seu fardo era grande. Afinal, Rachel Darling tinha seu próprio e sabia que não era nada fácil.

Foi tirada de seus devaneios quando uma mão se estendeu em sua direção. Peter Black - que estava muito bonito e elegante – abriu um sorriso envergonhado antes de dizer:

Visne saltare?

Se Trid merecia um descanso de seus problemas, ela com certeza merecia também. Segurou a mão do rapaz e se levantou ao dizer:

— Sim, eu adoraria dançar.

~x~

Duas horas já haviam se passado desde o início da festa. Guadalupe dançara algumas músicas com Sapphire e Belle, mas cansou-se logo e foi andar um pouco. Passou por Astrid e Fred, depois por Rachel e Peter, e não deixou de gritar um “Vai que é tua, Pete!”  para a segunda dupla, fazendo Peter xingá-la e Rach gargalhar.

Passou um bom tempo conversando com Bruce Kean (Liam estava se agarrando com uma garota da Corvinal) e comendo alguns petiscos.

— Nunca tentou jogar Quadribol? – perguntou Bruce, quando os dois começaram a falar de esportes.

— Não sou muito boa em esportes... – Lupe deu de ombros – Prefiro ver os jogadores, se é que me entende.

— Que Maria Vassoura! Fica só atrás dos caras... – o asiático disse e Guadalupe gargalhou.

— Besta! – olhou ao seu redor, mordendo o lábio inferior – Você viu Sapphire e Belle por aí? Elas estavam dançando, mas não as vejo na pista.

O garoto esticou o pescoço para procurar por elas:

— Eu não sei, mas... – Bruce parou instantaneamente de falar, abriu e fechou a boca várias vezes antes de continuar – Opa, na verdade sei onde está uma delas.

Ele olhava para alguém atrás de Lupe. Ela virou o pescoço para ver e, no momento em que o fez, se arrependeu completamente.

Isabelle e Patricia estavam aos amassos no outro canto do Grande Salão. A primeira estava sentada em uma cadeira e a segunda em seu colo. Os cabelos de ambas estavam bagunçados e, de pouco em pouco tempo, se desgrudavam para poderem respirar.

Sentiu uma pontada de dor no coração, um incômodo. Mas qual era o problema? Belle e ela eram amigas e cada uma beijava quem quisesse. Que merda..., pensou. O que havia de errado com Guadalupe? Ela não havia parado de gostar de rapazes, claro, mas nunca havia tido sentimentos diferentes por uma pessoa do mesmo sexo, mas com Belle era tudo tão divertido, alegre...

Era isso. Admitia que sentia.

Fodeu. Estava apaixonada!

— Conheço a Pat desde criança. Ela gosta de homens... Deve estar muito bêbada. – Bruce comentou.

Lupe repentinamente olhou para o rapaz. Por que raios o destino não podia tê-la feito gostar de Bruce Kean? Era um garoto de boa aparência, com toda a certeza. Engraçado, com um físico maravilhoso... Mas não, claro que não... Ela tinha que gostar da garota que estava beijando outra pessoa do outro lado do Salão!

Sem pensar muito, esticou o braço para uma das mesas e puxou uma garrafa de Uísque de Fogo. Encheu dois copos e estendeu um para Bruce, que aceitou:

— Ela está se divertindo bastante. Não vou atrapalhar. – e virou o copo com gosto.

~x~

Saindo do Salão Principal, Astrid correu o mais rápido que pôde para o banheiro feminino. Chegando lá, ouviu a voz de Bruce vindo de um dos boxes. Encontrou uma cena um tanto bizarra: Guadalupe estava de joelhos em frente ao vaso sanitário, vomitando tudo o que tinha direito e mais. O garoto segurava seus cabelos para trás.

— O que aconteceu? – perguntou Astrid, preocupada.

— Vou conversar com a Astrid, ok? – Bruce disse enquanto amarrava os cabelos de Guadalupe e ela assentia choramingando.

O garoto se levantou e os dois se afastaram um pouco do mau odor para que ele pudesse dizer:

— Ela começou a beber que nem louca. Depois do quarto copo de Uísque de Fogo, tentei fazê-la parar mas ela simplesmente não me ouvia. Em certo ponto da bebedeira, começou a chorar. Muito mesmo. Resmungava coisas que eu não conseguia ouvir... Ela se levantou e eu a segui. Veio até aqui e começou a botar a alma pra fora.

Astrid franziu o cenho:

— Ela não é de beber assim... Quando exatamente começou?

— Bom, ela perguntou se eu tinha visto Belle e Sapphire. Eu olhei para o outro canto do Salão e vi Isabelle e Patricia dando uns pegas. Ela viu também, e ficou um tempo em silêncio. Do nada, puxou uma garrafa de Uísque e desatou a beber. – o asiático relatou.

Trid bateu com a mão na própria testa:

— Droga. Eu já sei o que foi.

Os dois caminharam até Lupe, que já tinha parado de vomitar e agora olhava para o teto com uma expressão distante.

— Você não precisa beber quando está triste. Não precisa fazer isso consigo mesma! Você e a Belle não tem nada juntas além de amizade, se for ficar desse jeito quando a vir beijando alguém vai passar a vida vomitando.

A latina encarou Astrid com seu olhos tristes:

— Então você sabia?

— Eu suspeitava. Te conheço há tanto tempo... – a loira se sentou no chão perto da amiga e Bruce a imitou – É claro que eu saberia se gostasse de alguém.

Guadalupe disse:

— Sabe... As pessoas são todas tão bonitas e diferentes. Eu posso gostar de todas, não precisa ser só de garotos, certo?

Bruce e Astrid assentiram com a cabeça.

— Você pode gostar de quem quiser. – o garoto disse amigavelmente.

— Eu nunca senti isso por uma garota... – Lupe disse, completamente embriagada - Na verdade, acho que nunca senti isso por ninguém. Tem um negócio tamborilando no meu peito, Astrid. Isso dói pra caramba. Isabelle é tão especial, sabe. E quando a vi ali, beijando aquela outra garota... – desatou a chorar.

— Isso se chama amor. – disse Astrid – E não é de todo ruim. Dói de um jeito bom.

— Ainda estou esperando a parte boa. – resmungou Guadalupe.

Bruce levantou e estendeu a mão para Trid. Juntos os dois levantaram Lupe e deram os braços para que ela se segurasse.

— A parte boa vai chegar, é sério. – disse o asiático, abrindo um sorriso fofo – Vamos voltar para a festa e comer alguma coisa.

~x~

De volta ao Salão Principal, Bruce, Fred, Jorge (que acabara de se despedir de Angelina Johnson e sentara-se com eles), Astrid e Guadalupe estavam sentados olhando os outros dançarem. Lupe já havia parado de chorar, e agora descansava a cabeça sobre o ombro do garoto asiático. A festa acabaria logo, e Trid pensava em como tirariam tanta gente bêbada dali.

Bruce comentou com humor:

— Meu avô sempre dizia que pessoas bêbadas podem ser catalogadas por tipos.

— E que tipos seriam esses? – perguntou Jorge.

— Encha-nos com sua sabedoria oriental. – riu Fred.

— Ok, preparem-se. – Bruce disse com animação e apontou para Lupe – Nosso primeiro caso, é o tipo emotivo. Bebe para afogar as mágoas, e quando está de fogo só sabe chorar.

Lupe fungou:

— Essa foi muito fácil. E os outros?

O garoto apontou para Sapphire, que gritava com um quintanista da Lufa-Lufa:

— EU SEI PORQUE VOCÊ GOSTA MAIS DELA, SEAN! – Sapphire empurrava o garoto com violência – ELA É LOIRA, MAGRA E BONITA... MAS ELA NÃO TEM TUDO ISSO. – rodopiou e quase caiu – Por que desistiu da gente, seríamos tão felizes juntos!

O pobre menino tentava fugir, gaguejando:

— Eu n-não te conheço... E meu nome é Robert! POR FAVOR, NÃO ME BATA!

— Sapphire é a bêbada histérica/agressiva. – comentou Bruce – Tomara que não mate o rapaz.

Kean, dessa vez, apontou para Isabelle e Patricia que estavam em cima de uma mesa tirando as roupas, peça por peça. Alguns garotos fizeram uma roda em volta e jogavam dinheiro para elas, enquanto  as duas dançavam e gritavam coisas como “POR DEZ SICLES A PAT TIRA A SAIA!”

— Isabelle e Patricia: As bêbadas stripper.

 Lupe começara a chorar novamente, esfregando o rosto na camisa de Bruce e sujando-o com maquiagem.

 - Ela é tão linda... AI, MERLIN!

— Acho que devíamos tirá-la dali. – disse Astrid.

Antes que algum deles pudesse fazer algo, Rachel se aproximou de Isabelle com uma cara feia e a fez descer da mesa, acompanhando-a até o local onde estava sentada com Peter (que também parecia bêbado) e sentando-a numa cadeira.

Bruce apontou para Draco Malfoy, que estava sentado no chão perto dali, ao lado de Astoria Greengrass. Ele acariciou os cabelos da garota e abraçou-a com força, enquanto ela gargalhava.

— Astoria, Astoriazinha... Você é tão linda, meu amor. Assim, tem como ser tão bonita? Eu olho para suas unhas e digo: Elas são demais!

— Draco é o bêbado carente.

Bruce apontou para o meio da pista, onde Pansy Parkinson dançava de modo extremamente peculiar e gritava com alegria:

— EU AMO ESSA MÚSICA! – puxou Maxxie Todd, da corvinal e tascou lhe um beijo antes de gritar – E AMO VOCÊ!

— Pansy, a bêbada feliz. – Bruce riu – Só falta mais um... Deixe-me ver se encontro por aqui.

Depois de alguns segundos, apontou para a mesa onde Rachel, Isabelle e Peter estavam. Pete apontava para o teto e dizia:

— E é esse o mito da Caverna, do filósofo trouxa Platão. Nós temos uma visão distorcida da realidade. Nesse mito, a gente deve entender que os prisioneiros dessa caverna somos nós, que acreditamos só nas imagens criadas pelos conceitos que recebemos durante nossa vida. Já a caverna é o mundo, porque nos mostra imagens que não representam o que é real. Só poderemos ter conhecimento da realidade, minha querida Rachel, quando nos libertarmos destas influências que a sociedade coloca, quando saímos da caverna! – e, depois de uma pausa pensativa – Você não vai me beijar mesmo?

— Não, só quando estiver sóbrio. – Rach disse casualmente.

Isabelle contava animadamente os nuques que havia ganhado com sua dança.

De longe, Astrid gargalhava com a cena. Com certeza tiraria sarro de Peter e das amigas no outro dia, lembrando-os de tudo que disseram quando estavam bêbados.

— Peter é o bêbado filósofo. – finalizou Bruce – E esses, meus caros, são os tipos de bêbados encontrados no mundo.

— Cara... – Jorge assobiou.

— Você é meu novo ídolo. – Fred elogiou.

E os cinco ficaram ali sentados jogando conversa fora até que alguém acabasse com a festa e viesse expulsá-los.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Qual o pior tipo de bêbado na opinião de vocês?
Até o próximo capítulo!



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