Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 2
A Carta Favorita de Astrid


Notas iniciais do capítulo

Um beijo e um cheiro para a Larissa Weasley que favoritou O/ Capítulo dedicado para a senhorita. Boa leitura!



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No dia seguinte (um sábado também ensolarado, com pouquíssimas nuvens cobrindo o azul imenso do céu), a mãe e os filhos almoçavam calmamente, todos muito ansiosos pela visita do diretor. Trid e Peter não conseguiam parar de falar um instante sequer. Anna respondia sem prestar muita atenção; não sabia o motivo, mas estava com medo.

— Você não vai trabalhar hoje? –perguntou Trid, se servindo de batata frita.

— Claro que não. Dumbledore vem hoje e eu estarei junto com vocês. Fiz um esforço e consegui uma folga. – disse Anna, piscando.

Peter terminou de comer o mais rápido que conseguiu. Já estava de pé quando a mãe questionou:

— Onde você vai?

— Rever algumas matérias. – disse Pete com simplicidade, como se aquilo fosse óbvio – E se de repente Dumbledore quiser me testar? Eu tenho que estar pronto! - e subiu as escadas, sumindo de vista.

— Nerd. – Astrid resmungou.

Sua mãe tentou repreendê-la, mas acabou rindo e revirando os olhos.

— Como será que é Hogwarts? – perguntou a garota, com os olhos brilhando.

Anna abriu a boca para dizer algo mas desistiu, hesitante.

— Ei, eu te fiz uma pergunta. – Trid bateu com o garfo na mesa, chamando a atenção da mãe.

— Como qualquer outra escola de magia... – ela disse, olhando para seu prato.

— Mãe.

— Sim, querida?

— Olhe para mim. O que está escondendo? – perguntou Astrid, com uma sobrancelha erguida.

A mulher fez cara de desentendida. Trid bufou.

—Ok, ok. É só que... Essa escola me traz tantas lembranças...

— Ora, por quê? Você mesma disse que estudou na A.M.B. e que...

A mãe de Astrid a interrompeu repentinamente e soltou com rapidez:

— Eu menti.

— Mas... Por quê? – perguntou a garota, encarando a mãe.

— Eu estudei lá. E eu menti por que... – ela engoliu em seco – Seu pai estudou lá também.

A jovem suspirou, abaixando a cabeça em tom de desaprovação.

— Porque nunca me contou?

— Eu achei que seria melhor assim...

— Melhor? Para mim ou para você?- disse Trid, já se levantando.

— Me desculpe, é que você sabe que para mim ainda é difícil falar sobre ele... – disse a mãe, contendo as lágrimas.

— JÁ ESTÁ NA HORA DE VOCÊ SUPERAR ISSO, NÃO ESTÁ? – berrou Trid, com os olhos marejados também – HORA DE AMADURECER UM POUCO!

— Filha, eu...

— VOCÊ NÃO SABE COMO É DIFÍCIL SÓ TER ME COMUNICADO COM ELE UMA VEZ NA VIDA, POR CARTA!- e continuou, batendo na mesa com força – E SÓ SIMPLESMENTE SABER O NOME DELE, QUE NEM PODE SER PRONUNCIADO NESSA CASA SEM QUE VOCÊ COMECE A TER UM ATAQUE!

Logo um silêncio constrangedor se instalou no local.

— Me desculpe. É só que... Eu não queria ter dito... Você não entende... – Trid murmurava tentando formular uma frase.

— Tudo bem, querida. – a mãe foi até ela e a envolveu em um abraço reconfortante – Você não precisa ser sempre tão forte.

A garota continuou em silêncio. Tirou os braços da mãe de si, com um olhar magoado e frio.

— Olha, porque você não vai descansar um pouco no seu quarto? Esteja preparada, Dumbledore chegará logo. – a mãe disse, olhando-a.

Astrid assentiu com a cabeça e subiu as escadas correndo. A culpa corroía Anna por dentro, fazendo-a se sentir mal consigo mesma. Queria poder contar animadamente para a filha todas as façanhas e travessuras de sua adolescência, os momentos felizes que havia passado, mas era demais para ela. Simplesmente não conseguia suportar a dor e a tristeza.

Ao entrar no quarto, Astrid bateu a porta com força e logo desabou a chorar. Não sabia se era por tristeza ou por ódio, contudo não se sentia bem e odiava chorar na frente dos outros, principalmente de sua mãe, que era um pouco desequilibrada.

Foi até a sua escrivaninha e tirou da última gaveta um pergaminho dobrado. Jogou-se sobre a cama. Abriu-o e logo começou a ler, pela milésima vez desde que havia recebido:

Querida Astrid,

Eu sinto muito por nunca ter estado presente em sua vida, mas logo isso terá uma explicação. Apenas seja paciente e saiba que eu te amo muito.

Eu me lembro de sua mãe grávida. Você sentia a minha presença. Só parava de chutar quando eu saía de perto.... Eu a vi no berçário. Nunca esteve tão linda, com aqueles encantadores olhos cor de mel e uns poucos fios no topo da cabeça... Loiros iguais aos da sua mãe.

Eu nunca deixei de amá-la, mas foi preciso deixar vocês, para protegê-los. Você pode estar confusa e magoada agora, porém vai entender mais cedo do que pensa.

Eu te amo, minha princesa.

De seu querido pai,

Sirius Black.


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Notas finais do capítulo

Pergunta da vez: Qual seu filme favorito?



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