Potens Summi escrita por Samantha


Capítulo 1
Prezada Família Teles


Notas iniciais do capítulo

Oi :D Fazia tempo que não escrevia fanfics de Harry Potter. Espero que gostem!



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Podia-se dizer que era uma belíssima manhã ensolarada. Os acolhedores raios de sol já eram visíveis pela fresta da janela redonda. Às nove da manhã já era possível ouvir a vizinha, senhora Mouse (sua aparência de roedora – curvada, grisalha, esperta demais para uma senhora de oitenta anos), ralhando com seu neto mais novo por causa de alguma outra relíquia inestimável que ele havia quebrado dentro de casa da avó; os gritos sobrepostos as conversas animadas dos pássaros que pousavam no telhado e observavam o movimento daquela pequena e estreita rua, localizada em Maringá. A cidade paranaense, apesar de se desenvolver mais a cada ano, ainda possuía aquele aspecto tranquilo e alegre do interior que nossa protagonista adorou desde criança.

Contudo, nem as calmarias do bairro podiam conter o terrível pesadelo que Astrid Teles tinha frequentemente. Sempre a mesma história, o mesmo homem estranho, a proposta, as ameaças...

A garota se levantou com um pulo, ainda com a visão embaçada, e passou as mãos pelos bolsos do pijama xadrez. Ao sentir os dedos tocarem a varinha, fechou-os em torno dela e apontou para frente.

Sua visão se tornou clara e ela baixou o objeto com um suspiro aliviado. Não era nada, de novo. Olhou ao redor de seu quarto, frustrada. As paredes brancas e a cortina azul na janela não pareciam querer assassiná-la, tampouco o guarda roupa branco ou o espelho acima da penteadeira de madeira: O máximo que poderia acontecer era sua tartaruga de pelúcia, Raio, ganhar vida e a atacar durante o sono. Tranquilizou a si mesma e calcou os chinelos.

Astrid (ou Trid, como ela preferia) Teles era uma garota brasileira comum. Possuía cabelos loiros levemente ondulados, luminosos olhos cor de mel e lábios finos. Tinha uma estatura mediana e pesava pouco, era - como sua avó Kara sempre dizia quando a visitava (e tentava empanturrá-la com todos os tipos de coisas comestíveis) - um pedaço de tripa seca.

Sentiu a barriga roncar. Saiu do quarto e desceu as escadas correndo.

— Bom dia, minha filha! Acordou tarde. – Astrid sorriu ao ouvir a voz materna.

Sua mãe, Anna, era uma mulher de aparência jovem. Possuía cabelos loiros e lisos e pequenos olhos verdes. Mesmo sendo muito bonita, nem sempre cuidava da aparência, pois era uma mulher muito ocupada. Era bruxa, mas optou por trabalhar como gerente em um banco no Brasil, alguns quilômetros de onde moravam.

Trid nunca vira o pai. Ele havia ido embora após ser acusado injustamente por crimes que não havia cometido. A única vez que se comunicara com ele fora por uma carta que recebera no começo do ano passado. Sua mãe quase desatava a chorar só de ouvir seu nome, por isso os filhos evitavam falar sobre aquilo.

— Bom dia, mãe. – disse a garota sorrindo e puxando uma cadeira para se sentar – Peter ainda está dormindo?

— Deve estar se arrumando, parece uma menininha, você sabe. – a mãe bufou, fazendo Trid rir – Depois eu subo e chamo ele.

— Não precisa, já cheguei. – disse uma voz masculina animada – Bom dia.

— Bom dia. – responderam em uníssono.

Peter (ou Pete) era seu irmão mais velho. Possuía cabelos negros que caíam até abaixo do queixo e olhos negros. Sua mãe disse que ele havia puxado um pouco o pai, por isso Astrid sempre fitava o irmão, na esperança de recuperar alguma lembrança.

Os irmãos estavam de férias escolares. Peter iria cursar seu sétimo ano na A.M.B (Academia de Magia do Brasil), enquanto Trid estava indo rumo ao quinto.

Anna colocou sua xícara na pia e se levantou, pegando a maleta em cima da mesa.

— Eu tenho que ir mesmo, se cuidem. - a mulher mandou um beijo no ar - Vejo vocês à noite.

Então, com um último aceno, Anna aparatou. Sem mal terem se passado dois minutos após a saída da mãe, a campanhia tocou três vezes.

— Eu atendo. – disse Peter, indo em direção à porta e abrindo-a. – Já sei quem deve ser...

— PETE! – berrou uma voz conhecida, abraçando o garoto com força.

— Calma Lupe, quer me matar? – disse Peter, rindo.

A divertida figura era a vizinha (e melhor amiga) de Astrid: Maria Guadalupe Gomez, ou simplesmente Lupe. Descendente de mexicanos, tinha a pele negra, pequenos olhos  também negros. Era alta e magra, possuía um corpo curvilíneo, sendo considerada uma das garotas mais bonitas da A.M.B. Contudo, sempre tinha que namorar escondido por ter um pai rígido.

Ela se aproximou para cumprimentar a amiga. Segurava um papel na mão direita, algo que Astrid não conseguiu distinguir.

— Lupe! Como vai?

— Muy bien, amiga mia! – dizia ela, com seu sotaque carregado– E você? Ah, não importa, você deve estar ótima. Preciso te contar: Você não sabe o que me aconteceu...

A fala de Lupe foi interrompida por uma coruja que pousou calmamente na janela. Trid foi até a ave e tirou as três cartas de sua pata, e acariciou a coruja como agradecimento. Ela piou alegremente.

As duas primeiras cartas eram iguais, com um H.

— Esta é sua. – entregou nas mãos a carta endereçada a Pete.

Viu que o endereço da segunda carta era para a própria. Abriu-a, curiosa.

Srta. Astrid Teles, 2º andar, quarto ao lado do banheiro.

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

 

DIRETOR: ALVO DUMBLEDORE

(ordem de Merlin, primeira classe, grande feiticeiro, Cacique Supremo,

bruxo chefe, Confederação Internacional dos Bruxos)

 

PREZADA SRTA. TELES

Temos o prazer de informar que V.S.a tem uma vaga na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa no dia primeiro de setembro, estamos aguardando sua coruja até 31 de julho, no mais tardar, atenciosamente.

Minerva Mcgonagall

Diretora substituta

 

 

A garota passou os olhos rapidamente pela lista de materiais necessários. Ao terminarem de ler, Peter e Astrid se entreolharam.

— Hogwarts? – a loira questionava, confusa.

— Mas nós já estudamos na A.M.B... –falava Peter – Por que nos mandaram essa carta?

Guadalupe revirou os olhos, argumentando:

— Então, é por isso que...

— Agora não, Lupe. Precisamos saber o motivo disso – Trid disse. – Vamos abrir a outra carta.

Esta era endereçada aos dois. Trid começou a ler em voz alta:

Prezada família Teles,

Devem estar se perguntando o porquê de terem recebido as presentes cartas. Sejam pacientes e logo tudo isso será explicado. Estarei em sua residência para mais esclarecimentos e detalhes no sábado, às 15h em ponto. Até lá.

Sem mais delongas,

Alvo Percival Wulfric Bryan Dumbledore

— Então o diretor virá... – dizia Pete, perdido em seus próprios pensamentos.

Lupe pigarreou alto, tentando chamar a atenção dos dois.

— Agora fiquei muito curiosa. – dizia Trid, olhando para o nada.

— EI, SEUS PEDAÇOS DE MERDA! ALGUÉM PODE ME DAR UM PINGO DE ATENÇÃO? – berrou Guadalupe, fazendo com que os dois se virassem para ela, assustados- Agora sim. Bem melhor. Muito obrigada.

A morena mostrou o papel em suas mãos. Era uma carta, também com o H. Astrid e Peter tinham expressões confusas.

— Então quer dizer que...

— Que eu fui convidada também! – disse ela, dando pulinhos – meu pai já conheceu Dumbledore. Disse que o cara é gente boa. E, além disso, Hogwarts é a escola do famoso...

— Harry Potter. – disseram Trid e Peter juntos.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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