Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 3
La fine dell'inizio


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEY!
Háháhá, vocês pensaram que eu não ia postar no dia que eu prometi, né, danadas? u.u Sou uma garota de palavra, principalmente quando Scorose tá na pa-pa-pa-parada uehuehue ♥

VAMOS AOS AGRADECIMENTOOOOOOOSSSS!
Catrina Evans, Sunny Deep, Mazu, Miss Belle, Jir, Black, LoversLove, nopereira muito obrigada pelos lindos reviews ♥ Amei de coração ♥ É muito bom saber o que os leitores estão achando dos capítulos, então obrigada (e pelos elogios também ♥)
E OBRIGADA TAMBÉM Lú Weasley, AriannaIncomplete, Lu Farias e Mady Allen por terem favoritado ♥
E é claro, OBRIGADA, a todos os 65 leitores que estão acompanhando ♥
Amo todos vocês ♥

Espero que gostem desse cap, fiz com amor e carinho u.u ♥

Boa leitura ♥

► PLAYLIST
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*La fine dell'inizio = O fim do começo



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 Cheiro de café, hortelã e cacau apenas lembrava Rose da primeira vez que havia saído com Brian Wood naquele exato local. Ela estava nervosa, havia penteado os cabelos e passado o seu melhor perfume para a ocasião, já que havia planejado o encontro há duas semanas em sua cabeça. Quando ele chegou, com toda aquela timidez de início, conversaram sobre os assuntos mais comuns até chegarem aos mais interessantes. Quando saíram de lá, acabaram se beijando e pelos próximos meses viveram um namoro.

Namoro que acabaria exatamente onde começou.

Rose ouviu o sininho da porta tocar e levantou os olhos, tendo a imagem de um garoto aparentemente deprimido vindo em sua direção.

Brian Wood era alto, tinha olhos e cabelos castanhos e um comportamento normal. Ele era bem normal, não tinha nada de chamativo ou alguma característica que lhe conferisse o adjetivo de excêntrico. Rose apaixonou-se por ele pela sua fala mansa e pelo seu jeito compreensível de ser, que desapareceu depois do segundo mês de namoro.

Diferente de seu comportamento usual, Rose não queria brigar com Brian e lhe tacar na cara todos os erros que cometeu durante o relacionamento. Ela queria apenas resolver a situação, porque ela não se sentia em posição de julgá-lo, não mais.

Na noite anterior, quando estava no sofá com Scorpius despejando todas as suas mágoas em relação ao namorado e o culpando por tudo, se sentiu muito bem. A cada palavra posta para fora sentia-se mais leve. E quando estava tão livre do peso de seus ombros a ponto de agarrar alguém que nunca fez muita diferença em sua vida, viu como era bom o gosto da paixão. Brian e Rose não tinham paixão, sequer amor.

— Rose — sussurrou ele tocando a mão da garota que estava em cima da mesa. — Eu não sei o que dizer…

— Não se preocupe — esboçou um sorriso, colocando sua mão no colo — eu sei. Olha, eu não vim aqui para ouvir as suas desculpas porque não quero ter que te desculpar por nada e nem saber se o que disseram sobre você estar flertando com a Boot é verdade ou não. Nós dois cometemos erros e é por isso que o nosso relacionamento chegou ao ponto de não dar mais certo — ela disse calmamente, como se a cada palavra esperasse uma reação dele. Talvez choro ou um acesso de fúria. Brian não era um livro que ela podia ler e analisar todas as palavras, suas reações eram inesperadas e muitas vezes não condiziam com a situação.

— É claro que é mentira esse boato da Boot. Sabe que te amo, sabe que eu não faria nada... Nada assim. Em relação ao que aconteceu ontem, Rose, por favor, me perdoe — pediu encarando-a firmemente. — Eu sei que eu me exalto às vezes, mas…

— Esse é o problema — murmurou a garota pegando as mãos dele. — Você se exalta o tempo todo. Você fala alto, faz um escândalo em qualquer lugar que estamos por coisas ridículas.

— Não são ridículas se eu me importo com elas.

— Você se importa com tudo que eu faço, como se quisesse me consertar e, na verdade, qual é a relevância de me criticar em cada mínimo passo? — concluiu encostando-se na cadeira. — Não é como se um dia eu fosse ser exatamente o que você quer, Brian. E eu não quero deixar de ser quem eu sou por alguém como você. 

— O que vão querer? — perguntou a garçonete com um bloquinho de anotações.

— Dois cappuccinos pequenos, por favor — Brian respondeu, fazendo a moça voltar para o balcão. — Olha, tudo bem, você pode não me levar a sério nas coisas que eu falo, mas são para o seu bem.

— Para o meu bem?

— É claro. Algumas coisas devem ser mudadas para, você sabe, um relacionamento ir adiante.

— Como a roupa que eu estou vestindo, imagino. Até do meu guarda-roupa você não gosta.

— Você acha que eu não percebo como os seus supostos amigos te olham?

— O que raios isso importa se eu estou com você? — questionou olhando-o com pena. O rapaz engoliu a seco e respirou fundo. — Você só se importa com o comportamento dos outros em relação a mim e se eu estou sendo ou não a porra da boneca de plástico que você quer. Por que você não se empenhou mais em cultivar o que tínhamos? Ou ao menos o que eu sentia por você?

— Rose, você é muito ingênua e por isso não me entende — afirmou ele colocando os cotovelos sobre a mesa. — Até o idiota do Malfoy te olha.

— Ainda bem, isso significa que os olhos dele estão exercendo as funções normais — respondeu imediatamente, sentindo um frio no estômago. O rapaz revirou os olhos. — Eu esperava que você falasse de todos, qualquer garoto de Hogwarts, mas falar do Malfoy é muita apelação.

— Hmhm, mas é a verdade que você não vê.

— E é exatamente por isso, por você questionar tanto o que os outros pensam ou sentem em relação a mim, por enxergar coisas que só existem na sua cabeça, que nós não estamos mais dando certo.

A moça que havia estado ali antes apareceu com uma bandeja e duas xícaras. Deixou uma na frente de cada e se retirou murmurando um “com licença”. Ambos se encararam por alguns instantes e tomaram os primeiros goles das bebidas quentes. Rose sentiu seu corpo aquecer e seu nervosismo pareceu amenizar.

— Não estamos dando certo porque você não vê o meu lado da história, Rose, você é egoísta demais para abrir mão do seu mundo de teses perfeitas — disse um pouco ríspido, cerrando os olhos em claro sinal de irritação.

— Certo, e qual é o seu lado da história?

— Em um relacionamento as duas pessoas precisam se dar inteiramente para que funcione, ok? Uma tem que ter confiança na outra, tem que entender, ouvir, falar e corrigir quando for necessário. Eu não acho certo muitas roupas que você usa, muitas maquiagens que você passa, a maneira como você fala com os outros, tão alegre e extrovertidamente. Você se passa como uma oferecida e não é essa a imagem que eu quero que a minha namorada tenha — Rose apenas arqueou as sobrancelhas, bebericou sua bebida e fez sinal para o rapaz continuar. — Você pode até dizer que eu não presto atenção nos seus sentimentos, mas você também não presta atenção nos meus.

— Bom, você disse que eu sou muito egoísta para isso, já não está explicado então? — questionou cruzando os braços. — Você está percebendo isso? Não conseguimos nos entender, não tem o que conversar, não tem mais nada. Eu não posso continuar com você e com as suas crises histéricas de ciúme até pelo ar que eu respiro, com os seus julgamentos e as suas imposições.

— Você diz isso como se só eu tivesse defeitos — retrucou bufando. — Já percebeu como você é implicante, como você reclama de tudo e tem um senso de perfeição completamente ridículo?

— Nós dois temos defeitos e não conseguimos superar isso — concluiu tomando o último gole da pequena xícara de cappuccino. Olhou bem para o rapaz, tirou a aliança de dentro de seu bolso e a deixou em cima da mesa. — Espero que encontre uma garota que te faça feliz.

Wood encarou aquela aliança e a pegou na mão, assentindo algumas vezes e suspirando bem fundo. Rose apenas o observava.

Seu interior sabia que tinha feito a coisa certa, afinal quando algo não está mais funcionando levamos para o concerto e se permanecer quebrado é hora de se desfazer. O relacionamento deles já tinha se partido no momento em que surgiu no garoto a ponta de dúvida sobre os sentimentos dela e de sua total fidelidade.

Brian Wood achou Rose Weasley maravilhosa desde o primeiro dia em Hogwarts, que ele assistiu ela indo para a mesma casa que ele e fez questão de cumprimentá-la. Carregou seus livros durante o quarto ano e às vezes saía com ela e sua prima Roxanne para tomar cerveja amanteigada. Ele adorava os olhos dela, que sempre estavam escuros quando ele olhava, a sua boca cor de cereja e a sua pele branca e serena com algumas sardas encantadoras. Seus cabelos ruivos, suas curvas e sua voz só o faziam desejá-la mais, querer aquela garota em sua vida para sempre, e talvez foi essa vontade de posse que o levou para o mau caminho.

Apesar de tudo, Rose estava certa, Brian passou a ter ciúmes de sua própria sombra. Rose era uma garota certinha, vestia-se como qualquer adolescente e não havia nada errado com o seu comportamento. O problema era que ele a achava linda demais e não queria perdê-la para outro. Seu maior desejo era tê-la, apenas, e viver para sempre com ela. 

Só que Rose Weasley não havia nascido para seguir ordens sem nexo, mas sim para ser amada intensamente por alguém capaz de aceitar todas as suas qualidades e defeitos.

— Rose — ele a chamou quando a garota já estava se levantando e arrumando o seu sobretudo. A Weasley o olhou. — com quem você passou a noite?

— Com a minha mãe — respondeu convicta, controlando a respiração. — Choramingando no ombro dela e devorando um pote de sorvete de morango — arqueou as sobrancelhas e ele assentiu olhando para a mesa. — Até mais.

Brian Wood não virou para ver Rose Weasley ir embora de sua vida, não, ele fitou o espelho que lhe dava essa visão. Ao contrário do que ele havia planejado para essa tarde, Rose sequer olhou para trás e manteve suas palavras firmes, a altura de sua voz constante e não demonstrou nenhum sinal de quem iria voltar atrás com a decisão. Talvez ela não fosse tão ingênua assim, já que sabia o que era melhor para ela.

[...]

Rose apareceu na lareira da Toca e respirou fundo, com os olhos marejados. Ela não sabia o que estava sentindo. Seus primos estavam na sala, entretidos com alguma conversa que estava rolando, mas a fitaram quando ela chegou.

Pela primeira vez em seis meses, Rose sentiu seu estômago revirar com borboletas, seus batimentos cardíacos aumentaram e ela ficou com as pontas dos dedos geladas, sentiu um arrepio na nuca e o ar pareceu faltar em seus pulmões. Quando levantou os olhos do chão, encontrou os olhos de Scorpius Malfoy lhe olhando com um pingo de curiosidade.

Ele estava de pé, com uma blusa de manga comprida branca, mexendo o seu chá e a encarando. Rose sorriu e abaixou a cabeça novamente.

Na noite anterior, o seu novo amigo de firewhisky havia lhe dito que ela precisava deixar seus sentimentos fluírem do mesmo jeito que o álcool fluiria e a deixaria mais leve logo, disse que precisava se libertar da prisão que ela era. E estava certo, Scorpius Malfoy estava completamente certo.

Mas isso não significava que seu conceito sobre ele havia mudado em algum aspecto, não mesmo.

— E então? — perguntou Dominique delicadamente. — Como foi lá?

— Nós terminamos — o seu sorriso era incontrolável, pois nunca havia sentido aquela sensação de estar livre de algo que estava lhe fazendo mal. — De verdade.

— Pelo menos você não é igual à Domi que fica voltando com os ex's — Roxanne alfinetou a prima loira, que a olhou de um jeito severamente mortal.

— Ah, Rose, eu sinto muito — respondeu ignorando o comentário da prima. — Mas veja pelo lado bom, pelo menos você não é igual à Roxanne e pode conseguir outro namorado.

Rose tirou seu sobretudo e seu sapato, dirigiu-se até o meio das duas garotas e as abraçou, dando um beijo na bochecha de cada uma. Ela estava se sentindo leve, feliz e pronta para continuar sua vida. Não que ela não havia ficado com um pouco de receio de terminar com Brian, sim, ela ficou, e com certeza sentiria falta de conversar toda hora com alguém, mas isso logo passaria.

— O lado ruim disso é que agora você não tem uma pessoa para beijar constantemente — analisou Roxanne se recompondo do abraço coletivo. — Só que isso não significa que não podemos arrumar um gatinho pra você, Rosinha.

— Af, Rox, dá um tempo para a menina — pediu Alice Longbottom enrolando uma mecha de seu cabelo. — Ela tem que aproveitar um pouco essa nova fase de solteira dela.

— Aproveitar? O que você entende sobre aproveitar fases de solteira, Alice? — questionou Alvo se intrometendo no assunto delas após fazer o seu lance no jogo de cartas que os garotos estavam jogando.

— Mais do que você imagina — a menina mandou um beijinho para o namorado, que arqueou as sobrancelhas e a olhou de uma forma perversamente engraçada.

— Não sei se a Weasley consegue processar solteira e aproveitar na mesma frase — disse Scorpius bebericando o seu chá enquanto sorria divertido.

— Você subestima demais a minha capacidade de interpretação, Malfoy — Rose respondeu observando o seu jeito besta de ser. Sim, era aquele sorriso idiota que ele mostrava todos os dentes brancos irritantes com a intenção de lhe deixar brava. — Quando, na verdade, deveria se importar mais com a sua incapacidade de não se meter onde não é chamado — sorriu forçadamente para ele, que riu com as narinas.

— É, você acha que você que se livrou de um fardo, mas na verdade foi o Wood que teve a sorte grande de se livrar da sua chatice.

— Malfoy — ela o chamou. Scorpius a olhou com as sobrancelhas arqueadas, contendo sua animação. — Ainda sabe que te odeio, não é?

— De todas as coisas que você disse hoje… — ele olhou para cima como se estivesse pensando, e uma expressão perversa que só ela entenderia nasceu em seu rosto. — Essa foi a que você menos proferiu.

— Então, eu te odeio. Certo? 

— Por um acaso, eu também tenho uma grande antipatia natural por você, cabeça de tomate, e sei que a recíproca é verdadeira.

Sim, o universo estava em perfeita ordem novamente e todos perceberam isso. Scorpius voltou a sua atenção para o jogo que estava rolando e Rose se concentrou nas novidades que Alice Longbottom estava tagarelando, como se não se vissem há muito tempo.

Claro que a conversa chegou a uma parte que Rose foi obrigada a contar como foi a conversa com Brian. Repetiu palavra por palavra e fez as observações que achou importante, como o fato dela não ser egoísta e viver em um mundo perfeito de teses. Muitas vezes Scorpius se intrometeu, mas ela o calou com respostas não muito grosseiras. Depois daquele momento, a hora passou praticamente voando e Molly logo mandou todos se aprontarem para o jantar.

Colocar uma roupa quentinha, tomar uma sopa e depois ficar debaixo das cobertas conversando com suas amigas seria o fim de noite perfeito para Rose. Pensando assim, ela subiu as escadas, esperou algum banheiro desocupar e foi direto para o banho.

Prendeu seus cabelos e encarou sua imagem refletida no espelho, seu aspecto já estava diferente desde cedo. Todos aqueles sentimentos de raiva, culpa e tristeza já haviam saído de seu ser e ela estava calma, bem mais calma. A água quente do chuveiro não lhe causou arrepios, apenas lhe deu uma sensação de que algo ainda estava para acontecer, mas Rose não ligou muito para isso, estava aliviada por conseguir se distanciar aos poucos do turbilhão que sentia. Só que praguejou baixinho quando percebeu que não tinha levado as roupas para o banheiro. Enrolou-se bem na toalha e abriu a porta, pronta para sair correndo para o quarto do outro lado do corredor.

Sem perceber, Rose esbarrou em alguém. Segurou sua toalha para ela não cair e levantou os olhos para ver quem era. Internamente, entrou em colapso, mas por fora apenas assistiu Scorpius Malfoy segurar a porta do banheiro para não bater. Ao sentir frio por fora e por dentro, Rose correu rapidamente em direção ao seu quarto e trancou a porta.

Respirou fundo.

Rose nunca foi a maior fã dessas situações delicadas em que Scorpius estava envolvido, não mesmo, por isso tentou esquecer que ele a viu de toalha e colocou um pijama felpudo de coruja que sempre colocava no inverno. A calça vermelha com corações brancos e a blusa branca de gola “V” com uma coruja simpaticamente dando boa noite. Colocou uma meia, uma pantufa e desceu para esperar pela sopa da vovó Molly.

— Rose, um dia eu quero saber tanto de moda quanto você — comentou Roxanne deixando-a levemente vermelha. — Como eu nunca pensei em combinar corações com corujas?

— É a tendência de fim de ano — Dominique sorriu em cumplicidade com a prima morena. — Que é igual todo ano.

— Me deixem em paz, por favor — Rose riu. Todos ali estavam de pijamas, como se fosse uma competição para ver qual era o mais bonito e o mais quentinho. Na época de inverno, sempre nos dias anteriores ao Natal, a Toca se tornava uma amostra do Polo Norte e todos adoravam ficar curtindo o frio de lá.

Quando todos estavam na mesa, Molly trouxe a sopa e todos se serviram, engatando em uma conversa sobre Natal, Alice Longbottom e a cor do próximo ano. Como foi prometido por Alvo, quando chegou à hora certa ele decidiu fazer o seu anúncio para a família. Levantou-se da cadeira, vestido com um suéter que tinha um grande "A" bordado no meio e fez a família toda se calar.

— Querida família — chamou a atenção de todos —, eu quero apresentar a todos vocês a prova de que eu não gosto de meninos — James riu ao se deparar com tamanha cena vinda do irmão. — E essa prova é, por um acaso, a garota mais linda do mundo e mais maravilhosa, que aceitou ser a minha namorada. Então eu peço que vocês se comportem e que não pisem no tomate comigo — pediu abraçando a namorada pela cintura e sorrindo para os pais. — Alice, essa é a minha família. Família, essa é a Alice.

— O Alvo chupou chupeta até os dez anos — disse Lily Luna, atiçando os amigos do garoto.

— Ele já saiu com a murta que geme — confessou Scorpius.

— Quando ele come e vai dormir direto ele fala sozinho, ronca e solta pum — James entrou na brincadeira, fazendo todos darem risada.

— Mas ele é um bom menino, e com certeza vai te fazer muito feliz, Alice — falou Harry Potter, sorrindo em cumplicidade para o filho.

— Tenho certeza, Harry — e ela se sentou, junto com Alvo, que olhava os irmãos e Scorpius com a pior das expressões.

— Eu sou mesmo muito incrível — Alvo disse para si mesmo enquanto continuava tomando a sua sopa. — E o lance da murta que geme é mentira.

— É verdade — Scorpius gargalhou ao lembrar da situação. — Ou você não lembra da vez que você bebeu duas garrafas de água de gilly e foi dar uma voltinha? Eu lembro disso porque eu que te dei as garrafas e eu que te levei pra enfermaria.

— Ou seja, a culpa foi sua — respondeu Alvo como se fosse óbvio. — Olha, pessoal, o importante é saber que é possível encontrar a felicidade nas horas mais sombrias, mesmo se você for um tonto de vez em quando.

Depois de sorrisos e risadinhas, a conversa ficou voltada para relacionamentos. Rose, novamente, foi forçada a explicar o que tinha acontecido e Ronald ficou completamente feliz ao saber que a sua princesinha não estava mais comprometida com um bocó. Eles passaram muito tempo conversando naquela mesa, só saíram de lá quando o sono começou a atingir os adultos.

Dominique, Roxanne e Rose subiram para o quarto que dividiam após darem boa noite a todos e fizeram um feitiço para não serem ouvidas. Todas estavam animadas porque bastava esperar passar mais algum tempo e já podiam começar a revelar os famigerados segredos.

Quando deu meia noite e meia, todas foram para a cama de Roxanne.

Como de costume, as garotas fizeram uma promessa de não mentir e um feitiço para que se uma delas mentisse, aparecesse um sinal em cima de suas cabeças.

— Vamos ver qual vai ser a ordem — disse a garota morena, pegando quatro pedacinhos de papéis e colocando os nomes, já que era mais seguro colocar uma ordem para nenhuma engraçadinha ficar fugindo da sua vez. Ela sorteou em sua mão. — Você tira, Rosinha.

— 'Tá bom — ela pegou um papel. — Roxanne, Dominique, Rose.

— Qual vai ser o tema? — Dominique sorriu animada. 

— A noite da festa — Roxanne sorriu malignamente. — Bom, já que eu vou começar… Tentarei simplificar a ideia central, mas antes que vocês pensem besteira, não, nós não fizemos nada de extraordinário — tudo indicava que Roxanne estava falando a verdade. — Na verdade, nós fomos para o quarto dele depois de ver a Dominique com o senhor James Tarado Potter em um corredor. Nós dois tiramos nossas blusas e ficamos nos agarrando lá dentro, mas nada aconteceu. Foi uma noite bem tranquila, na verdade.

— Credo, Roxanne — riu a loira. — Essa nem parece você.

— Só propus isso porque quero saber o que as minhas duas queridas primas fizeram — sorriu falsamente para as duas, que rolaram os olhos simultaneamente. — Sua vez, Delacour — Dominique respirou bem fundo, sorriu meigamente para as três amigas e olhou para baixo.

— Ele, o James, hm… Ele… Disse que… — deu alguns pulinhos no lugar que estava e levou as mãos ao rosto. — Gosta muito de mim.

— Hã? — Roxanne gargalhou. — Fala sério!

— É sério! — a loira apontou para a sua cabeça, que não tinha nenhum sinal de mentira. Roxanne arqueou as sobrancelhas e olhou espantada para Rose.

— Você torturou a Roxanne o dia inteiro, fez ela ter essa ideia estúpida só pra dizer que o James disse que gosta muito de você? — Rose parecia incredulamente feliz. — Que bonitinhos.

— Mais alguma coisa, Domi? — a loira negou com a cabeça e Roxanne olhou tediosamente para a prima ruiva. — Eu esperava muito mais do que isso, sério. Espero que você tenha uma ótima história para nos contar, mas acho que é pedir muito para o universo.

Rose engoliu a seco, respirou fundo e sentiu suas mãos começarem a tremer. Percebeu então que desde que acordou não falou absolutamente nada sobre o que havia acontecido, não falou nem sozinha, apenas guardou a sua opinião e as palavras em sua cabeça. Ela precisava verbalizar tudo o que estava pensando, pois se não falasse nem para as suas amigas esse seu segredo se manteria apenas entre ela e Scorpius — uma péssima ideia, diga-se de passagem. 

Sem contar que ela estava sob um feitiço, o que não deixava as coisas mais amenas.

Contando até dez mentalmente e escolhendo as palavras mais sutis, sua voz mais calma e o momento em que a sua respiração estava mais constante, Rose encarou Dominique e Roxanne e simplificou tudo em cinco palavras.

— Eu dormi com o Malfoy.


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Notas finais do capítulo

Não sei vocês, mas eu estou perdidamente/loucamente apaixonada pelo Scorpius Malfoy ♥
O próximo capítulo já está sendo escrito, e eu tenho certeza que vocês vão curtir u.u Porque vocês são danadinhas u.u AHUAHAUAHAUAHAUAHAU' Certo u.u
E AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAI, O QUE ACHARAM, AMORAS?
Me contem TUDO!
Me contem o que acharam, o que gostaram, o que não gostaram, o que querem que aconteça, etc, TUDO!
Comentem, favoritem & recomendem, UHUUUUUUUU ♥
Espero vocês nos comentários ♥
Beeijos,
Taahii ♥