Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 2
Il primo passo


Notas iniciais do capítulo

OI, OI, OI! E aí? Tudo certo com vocês?
Nem faz taaaaaaaaaaanto tempo assim que eu postei e prometi o primeiro capítulo, né? Felizmente agora estou de férias e posso me dedicar um pouco mais à LDA.
Boa leitura! ♥

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*Il primo passo = O primeiro passo



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Cama macia, cobertor felpudo, tempo nublado. Tudo era propício para a permanência de Rose em um mundo inteiramente de seus pensamentos. Quer dizer, no final das contas, ela ainda era um ser humano e tinha sentimentos, não poderia ignorá-los de uma maneira tão rude como o seu cérebro pedia.

Racionalmente, ela estava se culpando por não ter terminado de verdade com Brian e ter ido para a cama com Scorpius. E também se lamentava bastante por esse último. Ela nunca foi de agir por impulso, não era algo que fazia parte de sua natureza. 

Emocionalmente, ela estava chateada pelo o que havia acontecido em relação ao seu namoro e em transe pela noite que tinha passado. Ah, sim, ela sabia que o seu parceiro tinha sido muito atencioso durante toda a noite e se espantou ao chegar à conclusão de que, talvez, ambos colocaram muito sentimento em algo que não era para existir. 

Mas não sentimento de amor, não. Definitivamente não. 

Sentimento de raiva, culpa, mágoa e tristeza. Se Rose Weasley estava quebrada, Scorpius também estava. Ela já havia escutado vários sermões de Alvo após dizer algumas coisas que, segundo ele, não precisavam ser ditas. Às vezes ela concordava, às vezes não. Apenas tentava permanecer neutra em relação ao Malfoy, não é como se ele fizesse uma grande diferença em sua vida. Lá no fundo, Rose sabia que embora Scorpius aparentasse ser forte, fosse extremamente orgulhoso e convicto de seus ideias — sabe-se lá quais estes eram —, não era perfeito. Nem um pouco. Como qualquer outro adolescente, tinha seus rolos amorosos, suas desventuras amorosas, seus infortúnios amorosos. Nada que o envolvia parecia vingar. Alvo, apesar de ligeiramente cético em questões relativas à vida, dizia que era uma questão de destino, de achar a pessoa certa e blá, blá, blá; era fácil para ele dizer, afinal, não estava sozinho. Só que Rose não poderia dizer que Scorpius parecia desolado com o pequeno detalhe de não conseguir ter um relacionamento duradouro, caso contrário não daria a entender que gostava tanto de aproveitar os hormônios adolescentes nos corredores do castelo. Mas, se fosse ver, qual era a vantagem de ser tão séria como Rose? Os infortúnios da vida sempre seriam inevitáveis, ainda mais aos dezessete anos. 

Pelo fato de Rose e Scorpius serem amigos de Alvo e constantemente lutarem pela sua atenção, eles ficavam sabendo de algumas coisas um do outro — não que fosse relevante, porque eles não eram nada além de conhecidos que às vezes se desentendiam, principalmente ao que se referia à matérias de Hogwarts —, e o Potter sempre dizia que eles poderiam se dar bem já que eram competitivos, engenhosos e tinham corações moles demais. Tiveram esse tempo na noite anterior, pode-se dizer, a única vez em que conseguiram conciliar suas diferenças em prol da ruína do mundo adolescente. 

Pensando nisso, Rose saiu debaixo dos lençóis para entrar num banho quente. O frio do banheiro e o quente da água do chuveiro lhe causaram arrepios e estes fizeram seu coração palpitar. Fechou os olhos e tentou pensar em outra coisa que não tivesse muita relação com o Malfoy. 

Quando saiu, vestiu uma roupa quentinha e desceu para tomar café da manhã. Seu pai assistia um jogo de futebol trouxa e sua mãe lia um livro de Jane Austen, Lady Susan, pela milionésima vez. Rose sentou-se à mesa e começou a tomar uma xícara de chá com um bolinho de baunilha. Ela estava sem fome, definitivamente.

— Rose, hoje vamos almoçar na vó Molly — Hermione avisou, levando uma xícara de chá aos lábios. — Assim que o Hugo acordar nós iremos — a ruiva limitou-se a assentir, logo mais tendo os olhos de sua mãe lhe fitando por cima dos óculos. — Está tudo bem?

— Por que não estaria? — perguntou mastigando o seu bolo. — Aliás, eu e o Brian terminamos. Não oficialmente, mas hoje nós vamos nos encontrar no Café para eu dar um chute bem dado naquele idiota.

— Ele te fez alguma coisa? — Ronald estava demasiadamente concentrado no jogo para olhar para as duas.

— Sim, nasceu — Rose rolou os olhos. — Não quero falar sobre isso, pelo menos não agora.

Hermione fez um gesto com a cabeça, que significava “você quem sabe” e Rose logo terminou o seu pequeno café. Aquele momento seria o ideal para ir para a casa de sua avó ficar em paz e silêncio.

[...]

— Voltou a sua rotina normal? — Roxanne apareceu no meio da sala da Toca com um sorriso divertido no rosto. — Nunca vi você se tagarelar tanto como ontem, Rosinha.

— Não enche — retrucou fechando o livro que estava lendo desde a hora que chegara à casa da avó. 

— Isso é um bom sinal, eu acho — Dominique comentou ao ocupar o lugar ao lado de Roxanne no sofá. — Você estava tão tristinha ontem. Até pensei que você não iria. 

— Eu também achei que não, mas... Estava precisando espairecer, conversar.

— Você e o Malfoy conversaram bastante, de fato — Rose negou com a cabeça, bocejando conforme via os lábios de Roxanne se contorcerem de curiosidade. 

— Brian Wood é um bom tópico. 

— Amizades sempre começam quando ambos têm um inimigo em comum — observou Dominique enrolando as pontas de seu cabelo. — Vocês terminaram ou não?

— Ele me chamou para ir no Café resolver as coisas hoje — Rose respirou fundo. — Se não acontecer algo muito revolucionário, nós vamos terminar de vez. Não vejo necessidade de termos que nos encontrar para fazer isso, mas...

— Então os planos de casamento já eram, né?

— Roxanne! — Dominique olhou feio para a prima.

— O quê? Isso é um bom sinal! Ele é um bocó, fala sério — a morena revirou as orbes castanhas. — É que eu não tenho provas, apenas a minha intuição, mas eu sei que ele não presta nem um pouquinho. Aquela cara de santo só aumenta a aura de sociopata.

— Não exagera, Rox — pediu a ruiva rindo pelas narinas. — Eu só... Sei lá... Não quero mais ter ele na minha vida, mas não significa que ele seja uma pessoa inteiramente detestável. Apenas noventa e nove por cento. 

— Falando em ter pessoas na sua vida, é super legal avisar as pessoas de que você está indo embora, sabia? Ontem eu e o Lorcan reviramos a casa procurando você.

— Mentira, eles foram se pegando pela casa com a desculpa de achar você — Dominique desviou de uma almofada, gargalhando. 

— Você fala como se fosse a santa, né, Delacour? E você e o JAMES? — provocou falando o nome do primo mais alto. A loira lhe devolveu a almofada com um pouco mais de força. — Vou te contar, Rose. Eles ficaram desde a meia noite longe de todo mundo e a Dominique quer que eu acredite que eles não estavam transando.

— Quem dera eu estivesse! — grunhiu, sentindo uma pontada de decepção fazer seu rosto esquentar. — Mas, sejamos sinceras, é impossível. 

— Não é impossível, apenas... Meio complicado.

Não era fácil assumir uma posição frente à paixonite de Dominique por James, principalmente porque nem eles conseguiam achar uma definição correta para o que tinham.

— Qual o problema de vocês hoje? — suspirou escorregando no sofá, o semblante completamente devastado. 

— Qual é o seu? Vai, conta logo o que fez — Roxanne pediu, cutucando-a nas costelas. — Ou nós três podemos contar hoje à noite, lá em cima, com a ajudinha de um feitiço silenciador. 

Como pareceu uma boa ideia, Rose logo pôde voltar sua atenção para o livro. Além de terminar aquelas páginas amareladas, ela precisava elaborar dois discursos: um para terminar com Brian de uma vez e outro para explicar o que havia acontecido de uma forma bem delicada para suas primas.

Quarenta ou cinquenta minutos depois, Dominique e Roxanne estavam engajadas numa conversa sobre quadribol e Rose já se sentia melhor por ter conseguido voltar a ler, acreditando nas possibilidades daquele dia acabar se desenvolvendo de uma forma bem tranquila e sem muito furdúncio.

— BOM DIA, FAMÍLIA! — gritou Alvo ao aparecer na lareira completamente animado.

— Para de ser patético, Al, sério — resmungou Lily Luna aparecendo atrás dele. Ela deu um beijinho nas três primas e foi atrás de sua avó.

— Adoro esse bom humor das ruivas da nossa família — foi Roxanne quem comentou. 

— Ela está irritadinha porque o meu pai deixou eu trazer três pessoas muito especiais para passar o Natal com a família mais maravilhosa do mundo bruxo — anunciou teatralmente. 

— E quem são os seus convidados especiais? — Dominique não fez questão de fingir estar animada, a voz saiu tão arrastada quanto a do sr. Binns nas primeiras aulas da segunda-feira. 

— Primeiramente, a minha amada, Alice, que vai vir à tarde porque precisa de “tempo para arrumar as coisas” — explicou. — Segundamente, a pessoa que a minha irmã mais ama nesse mundo.

— Adam — disse a Delacour quando viu um garoto moreno sair da lareira. Adam Zabini era apenas a criatura que conseguia causar acessos de raiva na pequena Potter constantemente. — E deixe-me adivinhar o próximo — pediu fazendo uma falsa expressão pensativa. Rose gelou inteiramente. — Malfoy?

Não levou dois segundos para que Scorpius aparecesse na lareira. Ele estava com a mesma roupa de quando saiu da casa dos Weasley sete e meia da manhã, embora o rosto não estivesse mais amassado de sono, nem os olhos cinzentos tão inchados. Rose voltou sua atenção para cumprimentar o Zabini e, em seguida, fingiu compenetração na sua leitura. 

— Adoro o Natal — comentou Alvo tirando seu casaco. — Essa casa fica muito mais animada.

— Concordo plenamente. Inicialmente, eu aposto na Rose e no Adam — a risada de Roxanne ecoou pela sala. 

— Eu aposto na minha irmã e no Scorpius.

— Não sou um hipogrifo para você apostar em mim, Potter — resmungou Scorpius, aproximando-se de onde as garotas estavam. — Mas pode apostar no dragãozinho que você chama de prima. 

Se antes Rose estava quase congelando por algum motivo que ela desconhecia, agora ela estava começando a ficar quente de raiva. Respirou bem fundo, olhou bem para a cara do rapaz sorridente que estava na sua frente e fez o maior esforço do mundo para não lhe dar um tapa. Não, ela não estava fazendo aquilo porque começaria a ser legal com ele, não! Apenas, e somente apenas, porque ela prometeu uma vez para sua avó que exercitaria a calma e tranquilidade de seu coração sempre que possível. Era por causa de uma conversa, nada mais.

Surpreendendo, ela permaneceu sentada e apenas ignorou o comentário do Malfoy, que soltou uma risadinha antes de bagunçar seu cabelo com a mão e andar até seus amigos.

— Vocês conversaram tanto ontem que hoje são incapazes de falar um oi, né? — Roxanne alfinetou.

— É amor, Rox, é amor — Alvo disse, como sempre, fazendo os dois rolarem os olhos.

Seria um longo dia. Longo porque ela teria que dividir o seu oxigênio com Scorpius, o que, definitivamente, não fazia parte de seus planos. 

Alvo, Scorpius e Adam subiram para o quarto do Potter e as três continuaram na sala.

Certo tempo depois deu a hora do almoço. Seus pais e seus tios já haviam chegado, todos estavam falando e gargalhando na mesa da sala de jantar, que acomodava a família e os seus convidados.

— Ainda tem um lugar vazio, quem está faltando? — perguntou Ronald olhando para seus sobrinhos.

— Scorpius, ele está tirando um cochi-

— Ali ele — apontou Gina para um garoto que cambaleava para descer as escadas. Estava esfregando os olhos e bocejando. — Scorpius, querido, você foi dormir que horas?

— Eu acho que quatro da manhã, senhora Potter — respondeu se apossando do lugar ao lado de Adam.

— Ah é, verdade, vocês foram naquela festa dos filhos da Luna, não é? — Scorpius assentiu para a pergunta de Harry. — E como foi?

— Foi muito bom — os três amigos sorriram travessos em cumplicidade.

— Alvo arrumou uma namorada, algo muito bom mesmo! — exclamou James Sirius antes de dar um gole em seu suco. — Alice Longbottom, papai.

— É sério, Al? — perguntou Gina docemente para o filho, que rolou os olhos para o irmão.

— Eu já estava com ela, para o seu governo, eu apenas pretendia fazer um lindo discurso no jantar, mas… Vou fazer mesmo assim, vocês fingem que não sabem de nada, 'tá bom? — os adultos riram assentindo. — Agora vamos falar da vida do James? Vamos!

— Verdade, ontem o Jay desapareceu depois da meia noite com uma garota pelos corredores da casa dos Scamander — contou Roxanne animada com o rumo da conversa.

— E como você sabe que eu estava pelos corredores? — questionou James marotamente. — Ah, é, você também estava neles com o Lorcan. A diferença é que vocês não ficaram no corredor, não é?

— Sim, você e a sua garota estavam fazendo muito barulho e nós acabamos desistindo de continuar nos beijando, aí voltamos para a festa — retrucou Roxanne.

— Aham, acredito em você.

— Senhor Weasley, eu tenho que te contar uma coisa — a mesa toda ficou em silêncio, até aqueles que não estavam envolvidos na conversa prestaram atenção na fala do Zabini. — Ontem o Scorpius encheu tanto o saco da sua filha que ela admitiu que o Chudley Cannons é o melhor time do mundo — todos gargalharam alto. Apenas Scorpius e Ronald torciam para o famigerado time de meia tigela.

— Muito bom, Scorpius. Sempre digo que Rose deveria se integrar mais sobre quadribol — Ronald deu um sinal de positivo para ele.

— E, inclusive, o que você fez depois, garanhão? Você também sumiu — o rosto de Scorpius esquentou com a falta de tato do Potter, embora ele ainda não soubesse do que tinha acontecido.

— Ah, sabe como é, eu... — fez uma pausa para tomar um gole de suco, tentando achar uma explicação convincente. 

— Como era a garota, Scorpius? — perguntou Ronald causando risos nos adolescentes assanhados e curiosos. Nesse momento, Rose se encolheu um pouco na cadeira, tentando fingir que, ora essa, era apenas o Malfoy falando abobrinha. 

— Linda, senhor Weasley — pigarreou, virando o rosto para o ruivo. — E beijava muito bem. 

— Interessante. Parece que se divertiram bastante. E vocês? — Ronald olhou para sua filha e as duas sobrinhas. 

— Tio Ronald, eu posso te afirmar com toda certeza do mundo que o ponto mais alto da minha noite foi o cupcake que o Lorcan me deu. Mas não garanto nada sobre a Domi — Roxanne olhou de canto para a prima loira, que a encarava mortalmente. — Ela tem sido muito, muito... Como posso dizer? Muito marota. 

— Eu vou te dar um soco bem maroto na cara, Roxanne — Dominique rolou os olhos, tentando parecer tão desentendida quanto Rose, que àquela altura tentava comer as ervilhas que tanto detestava. 

A ruiva terminou o seu almoço em silêncio, depois pegou a sobremesa e continuou fitando a toalha branca que, por algum milagre, ainda estava limpa. Ela estava cansada, de ressaca, sentia o coração bater forte e sua mente não colaborava em nada conforme algumas imagens aleatórias invadiam o seu campo de visão. Fechou os olhos para tentar livrar-se da terrível lembrança de Scorpius sem camisa lhe beijando. Negou com a cabeça ao ter certeza que estava ficando vermelha como um maldito tomate. 

Endireitou-se na cadeira ao abrir os olhos e ser abatida por uma leve tontura. Não era acostumada a beber, muito menos a ficar com Scorpius. Muitas coisas novas em um curto período de tempo. 

— A Rose que parece ter levado um soco — alfinetou Alvo sorrindo para a prima, que suspirou bem fundo ao sorrir sem jeito. — Mas eu te entendo, Rose, eu me lembro bem da primeira vez que o Scorpius me embebedou.

— Você lembra todos os detalhes, Al? — Scorpius perguntou ao passar o braço pelos ombros do amigo. James gargalhou.

— Ah, é claro, meu amor — o Potter respondeu rolando os olhos. — Seu jeito delicado feito coice de hipogrifo é difícil de esquecer — os amigos trocaram olhares cínicos. — O ponto principal dessa conversa é que você está tão quietinha hoje, Rose.

— Ela está assim desde o café da manhã — comentou Ronald. — Está com probleminhas com o Wood.

— Pai, ninguém precisa ficar sabendo da minha vida amorosa — resmungou  cruzando os braços. Ela odiava falar dos seus problemas porque todos começavam a dar opiniões, que por um acaso ela nunca pedia e nem levaria em consideração. Aparentemente não levava a própria opinião em conta, quem diria a dos outros. 

— É claro que precisamos, querida, somos a sua família — disse Gina sorrindo meigamente para ela. — Vocês já tiveram uma conversa sobre o assunto?

— Que assunto? — Alvo perguntou, meio perdido, procurando em Dominique a resposta. Ela fingiu que não o viu.  

— Vamos nos encontrar às cinco no Café — rolou os olhos e encarou a família tediosamente. Scorpius Malfoy riu com as narinas. — Algum problema, Malfoy?

— Nenhum — sorriu falso. Foi o suficiente para tudo voltar ao normal e Rose lembrar que, bem, ele conseguia ser irritante quando se fazia de idiota. 

— Também não gosta dele, garoto? — indagou Ronald, tendo como uma resposta o dar de ombros de Scorpius sob o olhar da ruiva. — A cada dia estou descobrindo mais qualidades em você. Não que eu tenha algo contra o rapaz, filha, mas não gosto dos que mexem com a minha garotinha.

— Minha opinião sobre o Wood, senhor Weasley, é que ele não passa de um desperdício de espaço patético que tortura o frágil psicológico da sua filha com chantagens emocionais baratas.

— Não sabia que você era capaz de formular uma frase tão difícil como essa, Malfoy — comentou Rose falsamente alegre. — E nem que a minha vida era da sua conta — fechou a cara.

— Mas também, senhor Weasley, ele gosta de alfinetar a sonserina e nós não somos dotados de muita paciência para aguentar as infantilidades dele. Não é, Alvo? — ignorou completamente a fala da ruiva, que teve uma vontade imensa de pegar o seu garfo e enfiar nos olhos cinzas em sua frente.

— Sim. É um bocó. Tem que ver ele quando perde um jogo de quadribol. Na verdade, eu nem sei como ele ainda está no time. 

— É, probleminhas adolescentes são complicados — respondeu o Weasley. Em seu pensamento estava lembrando que no começo gostou de Wood exatamente por isso, por falar mal dos sonserinos. Não que ele não gostasse do namorado da sua filha, negativo. Só que Brian também não o conquistou. Além de conquistar Rose, era função do namorado de Rose conquistar Hermione e ele. Óbvio.

Depois de conseguir desviar a atenção da família para outro assunto, mais precisamente para outra vítima — Dominique —, Rose saiu da mesa e voltou a sua leitura. Por estar nevando, infelizmente, todos ficaram tagarelando lá dentro e por mais ou menos cinco páginas Rose ficou viajando em pensamentos.

Estava quase na hora de ela ir encontrar o seu futuro ex-namorado. Apesar de tudo, apesar de saber que ele não valia a pena e que, segundo a atual circunstância, ela também não valia todo o amor que ele poderia estar disposto a lhe dar, Rose não queria jogar fora tudo o que havia construído. Não foi muita coisa, mas foi um laço afetivo que a fez amadurecer.

O que mais a deixou intrigada foi como ela estava olhando sua situação com Brian por um ponto de vista racional, quer dizer, Rose Weasley era a rainha do drama e estava agindo com a cabeça em um caso amoroso, como se fosse um problema de aritmância. Em um romance, que ela deveria apenas sentir e aproveitar a mistura de sentimentos e sensações, o que estava prevalecendo era a lógica. E isso nunca seria considerado um bom sinal.

Quando faltava uma hora, Rose subiu para o seu quarto e se trocou. Já conseguia sentir o seu sangue gelar e os seus batimentos cardíacos aumentarem. Estava nervosa. Olhou-se no espelho e viu a imagem de uma garota pálida, que estava com medo de não estar fazendo a coisa certa. Mas desde quando ela tinha medo de fazer algo errado?

Desceu as escadas, lentamente, e viu que tudo estava calmo lá embaixo. Scorpius, que estava jogando xadrez bruxo com Alvo, encarou-lhe e fez sua barriga torcer em calafrios. Rose Weasley já tinha feito a escolha errada, e Scorpius era a prova disso.

— Volto antes das seis e meia — avisou Rose colocando o seu sobretudo e dando um beijo rápido na bochecha de sua mãe. Entrou na lareira e desapareceu.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Será que rolou algo entre a Domi e o James ou nem? tcharamramrammmmmm kkkkkkkkkkkkk Claramente, nesse cap vemos como a Rose é certinha e "crica", mas... Até o final da história com certeza certos paradigmas serão quebrados ♥

Até domingo tem outro cap, e espero que leiam, comentem, favoritem e recomendem, hehe ♥
Estou esperando pela opinião de vocês!
Me contem TUDO, ok? O que acharam, o que gostaram, o que não gostaram, o que querem que aconteça e o que querem que não aconteça, belezaaaaaaaa?
Nos vemos no próximo cap ♥
Beeijos,
Taahii ♥