Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 14
Vero fantasie


Notas iniciais do capítulo

SALUT, MES AMOURS ♥
Acabei de ver a última data de atualização e eu quase caí da cadeira ao ver que fazem éons que eu não atualizo essa fanfic. E por mais > inacreditável < que pareça, metade do outro capítulo já está pronto (ouvi um amém?)

Peço desculpas, novamente, pela demora. Entrei na faculdade e estou me adaptando ainda às mudanças, porém estou tentando me organizar para postar pelo menos uma vez por mês. Ou seja, o próximo capítulo sairá dia 10/04 no máximo. É uma promessa de dedinho ♥

Quero agradecer a todos os comentários do capítulo anterior. Para que eu escrevesse esse cap, li eles novamente e tomei coragem para escrever. Vocês são, sem dúvidas, a minha fonte de inspiração e incentivo. Muito obrigada a todos que acompanham essa história. Mesmo que você não deixe comentários, te agradeço (mas sempre é bom dar um oi, né rs) ♥ AMO VOCÊS, SEUS LINDOS ♥ ♥ ♥

Espero que gostem desse cap ♥

Boa leitura ♥

► PLAYLIST
https://www.youtube.com/watch?v=tNx1y8AXZxw&list=PLm_bv0SbG68UdaGyxvje2S6Vyd79Z5tmc

*Vero fantasie = Verdadeira fantasia



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Exames, notas, futuro. McGonagall estava falando há mais de uma hora, e sequer havia saído dos assuntos acadêmicos. Claro, eles eram o motivo de todos estarem naquela sala. Se alguém dali falhasse em passar nos N.I.E.M’s, obviamente não se formaria. Só que ninguém aguentava mais a ladainha da diretora, que já havia feito o mesmo discurso várias e várias vezes durante o ano letivo. Rose só sabia olhar para Roxanne e Dominique pelo canto dos olhos e checar se estavam tão entediadas quanto ela. Aquela reunião estava morta, ou pelo menos estaria até o momento em que McGonagall começasse a falar algo que os interessasse — o que seria, particularmente, difícil.

Enquanto uns dormiam de olhos abertos, Scorpius mantinha os seus bem atentos a todo e qualquer movimento que Rose Weasley fazia. Ele aproveitou a deixa, da maneira mais descarada possível, para ficar observando-a. Quem olhasse, provavelmente acharia que ele estava em alfa, olhando para o além. Sendo que, na verdade, ele estava bem ocupado tentando acompanhar tudo o que ela fazia. Desde o piscar dos olhos até o movimento de colocar o cabelo atrás da orelha, Scorpius estava antenado. E o seu interesse pela situação apenas aumentou quando ela percebeu o que ele estava fazendo.

As bochechas dela ficaram vermelhas e um sorriso estampou-se no rosto do Malfoy, estava mais do que orgulhoso de si mesmo por conseguir ver uma cena tão meiga como aquela. Há certo tempo, ele não colocaria “Rose” e “meiga” em uma frase só, mas a partir daquele momento conseguiu ver que Rose Weasley era muito mais do que os seus julgamentos infundados pregavam.

— E o nosso último tópico, mas não menos importante, é o baile de formatura  — disse a diretora esboçando o que Alvo jurou nunca ter visto: um sorriso. — Espero que todos saibam dançar, arrumem uma companhia e deem os nomes dos convidados para os monitores das casas de vocês. E, é claro, quero todos muito bonitos na grande noite.

Um silêncio absurdo tomou o local. A animação da diretora não condizia com as expressões de semi-mortos dos alunos, e a sala já estava ficando abafada por causa das grandes janelas fechadas e com um cheiro estranho por causa das cadeiras de madeira.

A realidade era que todos estavam nervosos com o fim de Hogwarts. Era impossível não sentir algo ao saber que nunca mais voltariam para aquele castelo, não jogariam mais quadribol no campo e não correriam pelos corredores  de manhã por estarem atrasados para a aula. Assim que acabasse o semestre, a vida de todos mudaria de uma forma extraordinária e não haveria como voltar atrás. E era assustador pensar que teriam que tomar decisões sérias e o castigo da vida não seria organizar a sala de troféus ou corrigir trabalhos para alguns professores.

Scorpius não se sentia tão nervoso ao pensar no futuro. Sabia o que queria e faria de tudo para alcançar suas metas. Ele nunca se esqueceu de um dia durante suas férias de verão do quarto ano em que teve que acompanhar Draco à uma emergência para não ficar sozinho na mansão. Ao ver o seu pai tratando tão bem uma senhora de idade que teve um aumento súbito da pressão arterial por causa da doença que enfrentava, sentiu que a sua vocação seria a mesma que a do seu pai: ser um medibruxo. E conforme os anos foram passando, a certeza foi aumentando dentro do seu coração.

Simples. Scorpius gostava de seguir tudo o que sentia, sem medir muito as consequências. E encontrar-se tão parado, monótono e estático como estava apenas fazia-o ficar perdido dentro de suas certezas. Respirou fundo e esticou as pernas, olhando para os lados e, inevitavelmente, parando em seu alvo principal.

Rose parecia estar um pouco aflita enquanto prestava atenção nas palavras da diretora. Suspirava uma ou duas vezes seguidas e batia o pé freneticamente, como se estivesse aliviando a tensão ou algo do tipo. Quando finalmente McGonagall deu por encerrada a reunião, os alunos levantaram-se exaustos em direção à saída.

— Rose, posso falar com você um instante? — antes que Rose pudesse recorrer à Roxanne e Dominique que estavam um pouco atrás, Brian Wood estendeu a mão para ela. — Por favor.

Ela assentiu, cruzando os braços e indo até o canto entre a porta da sala e o corredor. Rose sabia bem que eles não tinham nada para conversar, nenhum pingo para colocar em nenhum “i” e nada poderia fazer com que eles voltassem a namorar. Mas resolveu escutar o que ele tinha a lhe dizer para não acabar em outra situação constrangedora que envolvesse Scorpius Malfoy.

— Vou ser bem direto — disse colocando as mãos dentro do bolso da calça. — Eu sei que eu te magoei e que não tentei nenhuma aproximação desde que as aulas voltaram, mas… Acho que esse tempo foi bom para mim e com certeza para você.

— Foi ótimo. E seria melhor ainda  se você  falasse logo o que quer.

— Eu ainda amo você — Brian pegou suas duas mãos e olhou bem no fundo dos seus olhos. — E não acho que tomamos uma atitude certa. As brigas podem ser superadas, eu posso ser diferente, você pode ser diferente, tudo pode ficar bem.

— Brian, você é uma pessoa ótima — ela olhou para o chão e para o corredor. Viu que Ryan estava parado perto de uma coluna, provavelmente esperando-a ou fingindo que estava ali por acaso. — Mas eu não vou voltar atrás o que eu disse.

— Por que não? — o aumento de voz foi iminente e Rose piscou os olhos com força, desconfortável. — Eu estou sozinho, você está sozinha, nós podemos acabar com esse clima tenso e fazer tudo voltar ao normal — a garota fez esforço para não responder, sabia que não adiantaria nada. — A não ser que você não esteja.

— Olha, Brian… — ela riu nervosa, encarando-o seriamente. — A minha vida não lhe diz respeito, mas eu não estou saindo com ninguém. Diferente de você que só odeia e desconfia das pessoas de uma maneira paranoica e ridícula, eu consigo gostar, amar, confiar em todos. E eu amei você… Muito — sentiu um nó fechar sua garganta e o sangue subir em suas bochechas. — Não vai ser fácil achar outra pessoa, mas eu vou. E espero que você faça o mesmo.

Antes de esperar pela resposta dele, virou-se e caminhou pelo corredor em passos firmes. Não sabia para onde estava indo ou o que pretendia fazer, apenas andou, andou, andou enquanto chorava em silêncio e sentia seu estômago revirar. Sentia-se imunda. E talvez ela realmente fosse.

Como que depois de tudo o que aprendeu na vida, ela havia conseguido mentir, ser falsa e hipócrita? Não era isso que ela odiava nas pessoas fúteis que a cercavam? Não era isso que ela nunca quis para sua vida? Rose Weasley não era tudo o que acreditava ser.

Ela ignorou todos os seus princípios no dia em que brigou com o Wood. Ir a uma festa, beber, transar com uma pessoa que ela não era nem muito afeta. O que havia acontecido com a garota certinha, consciente, perfeita que seus pais haviam criado? Rose traiu Wood, sim, ela sabia que sim. E traiu-se ao fazer essas coisas, o que era a pior parte. No final das contas, ela era igual ou talvez até pior do que as garotas que ela costumava julgar quando estava em posição para isso.

Ao deparar-se com o banheiro feminino, entrou direto em uma cabine e ajoelhou-se na frente do vaso sanitário para colocar para fora tudo o que estava sentindo. Nojo. Nojo de si mesma e de como a sua vida estava saindo do seu controle.

Sentou-se no chão e chorou. Rose não gritava ou fazia algum som que denunciava sua presença, mas sentia algo a sufocando por dentro e que, aos poucos, acabaria com ela. Ou lhe traria vida. Rose era apenas uma criança que não se entendia ainda, e não entendia o que estava acontecendo.

 [...]

Dias depois, Rose sentia-se exatamente como uma criança que foi forçada a comer rúcula no almoço e acabou passando mal. Ela estava estranha, no geral, e procurava esquivar-se de tudo e de todos para focar em algo que poderia ser a razão de tudo aquilo. O problema era, e sempre seria, o seu próprio eu.

Rose estava sentada em uma poltrona no salão comunal da grifinória, enquanto lia um livro de Runas Antigas e fazia algumas anotações em seu pergaminho. Ou seja, estava tentando voltar a ser o que achava que deveria. Uma garota estudiosa, pé no chão, madura. O que ganharia com esses adjetivos? Um bom cargo no Banco Gringotes, como era o seu sonho. . E era exatamente a palavra “só” que fazia um nó formar-se bem na boca do seu estômago, causando náuseas. Antigamente, Rose adorava pensar sobre o seu futuro e como ele sairia exatamente como havia planejado. Naquele momento, contudo, questionava esses planos por algum motivo que ela não entendia.

— Merlin — ela murmurou quando ouviu um barulho vindo da entrada. Ela não precisava olhar para saber que eram Dominique e Roxanne. Suspirou profundamente, não podia dar tão na cara que algo não ia bem no seu mundo perfeito.

— Ela disse que pode enviar por correio ou mandar na Madame Malkin para pegarmos. — disse Dominique indo em direção ao sofá vazio perto de Rose, que poupou-se em desfocar sua atenção. —  Eu acho melhor pegarmos na próxima ida a Hogsmead, porque o correio… Você sabe como é.

— É, pode ser — concordou Roxanne sentando-se e repousando sua cabeça na mão. — Tomara que aquele vestido ainda sirva, engordei uns cinco quilos desde que tiramos as medidas.

Darling, se não servir, faremos com que sirva. Simples! — sorriu, movendo o olhar para a prima ruiva. — O seu, dona Weasley, também estará lá. E nem pense em ficar trancafiada nesse castelo quando formos porque eu não vou pegar para você.

— Você é muito chata, Dominique — respondeu falsamente irritada, deixando o livro e suas anotações de lado. — Muito.

— Eu sei que vocês duas me amam — espreguiçou-se no sofá com uma expressão muito feliz, o que fez Rose franzir o cenho. — E o James também.

— Ah, Merlin, de novo não — grunhiu Roxanne temendo pelo papo que vinha.

— De novo sim, sim, mil vezes sim — Dominique deu um gritinho de animação, sentando-se subitamente e encarando as primas com um olhar animado. — Sabem o que ele escreveu na última carta que me mandou? Se ele seria o meu par no baile de formatura. Não é incrível?

— É, vai ser incrível a nossa família inteira ver os dois priminhos juntos no baile. — ralhou Roxanne fazendo com que a loira rolasse os olhos.

— Não era você que falava que eu não deveria perder essa chance de ficar com ele, Roxanne? — a irritação estava começando a dar indícios no tom de voz da Delacour. — Sabe, eu não entendo você e esse seu comportamento bipolar. Não é porque você e o Lorcan não se resolvem que você tem que espalhar mau humor e pessimismo.

— Nada a ver, Dominique — resmungou rolando os olhos.

— Acho que o jogo virou, não? Os covardes não eram eu e o James? Agora são vocês dois. — alfinetou. — E se você quer saber, o Lorcan é a melhor pessoa pra ficar com você, porque é o que mais tem paciência para aguentar esse seu humor. O que eu não entendo é por que, pelos brincos dourados de Morgana, vocês não ficam juntos! Merlin!

— Não é fácil assim, Dominique, fala sério.

— Não é fácil? Roxanne, vocês se amam, por Merlin! — a garota loira levantou, pronta para acabar de falar e sair dali. — Não é uma regra fixa que é sempre o cara que tem que tomar iniciativa. Você pode tomar uma atitude e fazer o que quiser com esse relacionamento de vocês. Se você gosta dele, abra o jogo e já era. Esse negócio de ficar bundando enquanto espera algo da parte deles não existe mais. Faça acontecer o que você quer que aconteça.

Rose e Roxanne entreolharam-se assim que Dominique voltou ao caminho por onde havia entrado. E ambas, naquele momento, sentiram a mesma sensação consumi-las. O que Rose e Roxanne queriam para as suas vidas?

Roxanne, bem, ela não sabia exatamente. Queria terminar os estudos, conseguir um emprego legal que desse prazer à ela, ter uma família bem no futuro e… Curtir tudo quanto podia. Simples. Ela era uma garota simples, que gostava de apreciar as pequenas coisas para encontrar graça, beleza e vida. Porém, não era muito experiente com sentimentos profundos e não sabia se valeria a pena pegar sua amizade com Lorcan e colocar em uma roleta de aposta. Porque eles poderiam ter um longo relacionamento, ou acabar com a longa amizade.

Por outro lado, Rose não sabia mais quais eram os seus ideais, suas vontades, seus princípios. Não. Ela só sabia que a atitude de ter terminado com Brian Wood foi a mais certa, e que Scorpius Malfoy era um indivíduo que exercia um papel singular em sua vida. A causa de toda a confusão em sua cabeça era ele, como também em seu coração e até mesmo o nó em seu estômago. Mal sabia ela, entretanto, que não havia problema em assumir que gostava dele e que queria ficar com ele todas as vezes que possível. Rose Weasley era, no fundo, uma covarde.

No final das contas, o futuro dela estava bem na frente de seus olhos. Sozinha, de novo, no salão comunal fazendo algumas anotações. Dominique foi para um lado, Roxanne para outro e ela permaneceu, como sempre, no meio. Nem para isso ela tinha uma opinião muito forte. Ela gostava de ver Dominique e James começando um relacionamento, e achava engraçado a situação de Lorcan e Roxanne. No caso, os dois casais se amavam… James e Dominique assumiram mais esse amor, Lorcan e Roxanne preferiram a amizade. Ela e Scorpius… O meio. Nem amizade, nem amor, nem nada. Não ser oito e tampouco oitenta, preocupava Rose.

Respirou bem fundo e sentiu uma leve pontada em sua nuca. Uma terrível dor de cabeça já começava a dar os primeiros indícios. E, como se não desse para o dia ficar pior, ainda tinha um dever de Poções para terminar.

 [...]

Na sexta-feira daquela mesma semana, os ânimos de todos pareciam ter se acalmado. Rose fazia o impossível para permanecer-se alheia a tudo o que acontecia enquanto estudava para os N.I.E.M’s, até mesmo das primas. Elas, também, estavam mais tranquilas em relação ao baile, aos vestidos e aos companheiros. Roxanne, entretanto, ainda sentia-se irritada quando o assunto Lorcan era mencionado. Tudo estava certo com elas.

Por outro lado, Scorpius questionava o verdadeiro significado de “estar tudo bem”. Ele não estava mal, mas aflito por não entender o que, exatamente, separava ele e Rose. Estava estampado em seus olhos o quão apaixonado estava ficando por ela dia após dia, e permanecer passivo em meio ao tempo que passava cada vez mais rápido causava-lhe palpitações no coração. Durante a madrugada ele havia acordado após um sonho, e um dilema instalou-se em sua cabeça: O que sentia por Rose era real ou apenas uma fantasia?

A única coisa que Scorpius sabia era que o calafrio que sentia quando via ela em algumas aulas era fora do normal. Ele estava gostando da ideia de ficar admirando-a, trocar alguns olhares na surdina e sorrir como nada estivesse acontecendo. E talvez não estivesse e fosse realmente algo que a sua imaginação fértil criou. Pensando racionalmente, era quase impossível acreditar que eles eram compatíveis o suficiente para conseguirem ter um relacionamento. Ou, pior, amarem-se.

Scorpius estava deitado em sua cama, descansando, quando ouviu um barulho de gaveta abrindo e fez o esforço de encarar seu amigo e tentar desvendar o motivo para o súbito levantar da cama.

— Eu vou atrás dela — disse Alvo decidido a não fracassar. — E ela vai me ouvir e vamos nos resolver como duas pessoas maduras.

— Vai tarde — resmungou Adam mexendo em sua gravata. — Eu não te aceitaria de volta se fosse ela. Além de babaca, você está meio gordinho.

O Potter poupou-se em responder à brincadeira do amigo e saiu do dormitório antes que Scorpius pudesse deixar as coisas ainda mais engraçadas. Eles encararam-se e deram um sorriso cúmplice ao ver que o amigo estava indo fazer a coisa certa.

— Tomara que ela aceite ir ao baile com ele — Zabine comentou arqueando as sobrancelhas, o que antecedeu um longo suspiro. — Se não vamos ter que ouvir ele falando muita merda sobre como não conseguiu arrumar uma garota e blá, blá, blá.

— E você arrumou?

— Mais ou menos — Scorpius franziu o cenho. Assim que ele deu um riso suspeito, uma tensão pairou no dormitório. — Opções eu até tenho, mas… Estou confuso e com um sério problema de um metro e meio de altura.

— Que problema? — o modo como Adam olhou para Scorpius entregou toda a situação delicada. O garoto abaixou a cabeça, passou a mão pelos cabelos e deu ombros. — Quem é o problema?

— Lily — rolou os olhos.

— Potter?

— Tem outra? — Adam parecia estar começando a ficar irritado. — Todo o ódio dela por mim virou uma grande obsessão desde que as aulas voltaram. Ela tem olhado pra mim, sorrido para mim e, pior, ela tem me dado “oi” nos corredores.

— Não era isso o que você queria, no final das contas?

— Ela é do mal, Scorp, é sério... — sentou-se na cama, perplexo. — Ou ela está me tirando ou… Não sei. Eu acho que ela está me testando… Porque seria uma traição.

— É — concordou mexendo em sua gravata. — Mas as investidas dela surtem algum efeito?

Ela surte efeitos — praguejou em um sussurro. — Eu acho ela maravilhosa, você sabe, mas não pensei que as minhas implicâncias iriam gerar algo nela. É estranho pensar que depois de alguns dias sob o mesmo teto ela passou a não me odiar tanto.

— Entendo. — Scorpius limpou a garganta e conteve uma expressão de verdadeira compreensão. — E o que vai fazer agora?

— Procurar outra garota para ver se ela desencana, né. Só que a pergunta é: qual garota?

Scorpius pareceu levar um choque de muitos volts.

Para começar, Adam nunca havia falado que achava que Lily Luna era maravilhosa. Ele realmente pensava que Adam implicava com Lily por diversão, até mesmo pelo fato dela ser mais nova e mais suscetível às suas zoações. Claro que a ideia dele gostar da irmã mais nova do melhor amigo pairou uma vez ou outra em algumas conversas, afinal, Adam curtia um lance perigoso. Scorpius achou que fosse coisa de sua cabeça, pra variar, mas ali estava a prova que não era.

Só que a diferença entre Adam e Scorpius era clara: Adam não daria a mínima moral para a garota, já que sabia que estava colocando algo maior em jogo. Se fosse Scorpius, as coisas levariam outro rumo. Quer dizer, qual era diferença entre Rose e Lily? Uma era prima e a outra irmã, ou seja, quase a mesma coisa.

Scorpius levantou-se, andou até a janela e olhou bem para aquele céu antes que pudesse tomar uma grande decisão. Soltou todo o ar de seus pulmões quando pensou que Alvo poderia ficar chateado por ele estar se envolvendo com alguém da família.

Sua vontade era de gritar, quebrar todos os vidros de Hogwarts e derrubar todos os pilares daquele castelo. Como podia ter se colocado em uma situação onde ele estava, praticamente, rastejando-se por alguém que não estava dando e nunca daria nenhum valor a ele? Ele gostava da Weasley patética e chata da Grifinória, estava quase convencendo-se de que a amava. Mas e daí? Ela não parecia estar se importando muito com ele.

Scorpius olhava Rose, Scorpius sorria para Rose, Scorpius sonhava com Rose, Scorpius pensava em Rose. Mas e ela? Estava esguiando-se aos poucos dele, retribuindo sorrisos e olhares por pura pressão. Certo?

O rapaz sentiu o sangue esquentar nas bochechas e fechou o punho ao sentir os olhos arderem. Ele não sofreria por Rose Weasley, ou melhor, não sofreria pelo o que o seu inconsciente estava criando de modo equivocado.


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Notas finais do capítulo

Certo... Achei esse cap meio tenso (mas me aguardem, porque vai piorar bastante, eu juro ♥), e esse Scorpius revolts dá aquele ar de bad boy da pesada, adoro e.e #stayStrongScorp #sss #ssssss (sonserina, sacaram? cobra, ssssssssssssss qq)

Espero que tenham gostado do capítulo. Se puderem (e quiserem), me mandem o twitter de vocês para eu seguir (estou aprendendo a usar qq) ♥ E está, também, combinado que dia 10/04, no máximo, sairá um cap de LDA!

Não esqueçam de comentar, é muito importante a opinião de vocês para o desenvolvimento da história ♥

Beeijos,
Tahii ♥

twitter @tahiiscorps | ask http://ask.fm/Scorpsm | taahii.tumblr.com

Ps. Freaking Out foi atualizada, deem uma passadinha por lá ♥
https://fanfiction.com.br/historia/710322/Freaking_Out/



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