Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 13
Conosci te stesso prima


Notas iniciais do capítulo

SALUUUUUUUUUUUUUUT!
Graças a Dumbledore, a atualização demorou menos de dois meses para sair — algo que, não sei vocês mas, eu considero uma vitória. Esse lance de escola, prova, vestibular está me matando a cada dia. Entretanto, tenho a linda notícia de que todo o meu esforço valeu a pena, haha. Passei em primeiro lugar no meu curso na faculdade da minha cidade (♥) e está tudo sob controle agora.

Peço desculpas pela demora, mas acredito que todos entendem essa situação delicada, não posso deixar a minha vida acadêmica em segundo plano (se fosse a social, não haveria problemas, hehe). Mesmo assim, peço desculpas pela demora. Porém, como todos podem ver, esse capítulo está grandinho e, acreditem, muito fofo.

Quero agradecer a todos que comentaram, aos que começaram a acompanhar e favoritar. Vocês são a razão de eu ainda insistir em escrever ♥ Estou sentindo falta de muitas pessoas nos comentários, espero vê-las de novo em breve ♥

Boa leitura ♥

► PLAYLIST
https://www.youtube.com/watch?v=tNx1y8AXZxw&list=PLm_bv0SbG68UdaGyxvje2S6Vyd79Z5tmc

*Conosci te stesso prima = Conheça a si mesmo primeiro

Ps. a música que escolhi para esse cap é muito linda, vocês deveriam ouvir (principalmente no começo e na parte da Domi, hehe)



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NÃO!, era a resposta certa para Scorpius Malfoy naquele momento. A resposta que gritaria todos os seus sentimentos, desejos e desesperos, toda a sua ânsia de ser o que não podia e querer o que nunca teria. Três letras que decidiriam o que ele realmente era. Poderia sim ser um covarde, mas também poderia mudar todo o percurso da verdadeira derradeira em que encontrava-se.

Se Scorpius Malfoy deixasse Rose Weasley ir, ela nunca mais voltaria. Ela havia nascido para ser o oposto dele. Inteligente, dedicada, responsável e certa de suas atitudes. E ela, com todo o bom senso que faltava nele, não colocaria todo o seu futuro em mãos que pertenciam a um coração indeciso, inconsequente e insano. Ou talvez ela o tivesse feito sem perceber que o rapaz por quem ela estava apaixonando-se dia após dia era nada mais e nada menos do que a sua própria metade andando em sua direção da forma mais inusitada possível. Por outro lado, caso ele resolvesse não a deixar ir, Rose Weasley nunca mais seria a mesma, pois seria de uma maneira inexplicável tudo o que ela precisava para amar-se e tudo o que Scorpius precisava para amá-la.

Conforme o coração de Scorpius batia mais rápido e parecia estar tentando sair pela boca, ele sentia-se mais próximo do já esperado fim. E não culpava-se pelo seu nervosismo, muito menos pela sensação de soco no estômago que sentia toda vez que encarava os olhos verdes da garota, que buscava decifrar cada movimento tenso expresso em seu rosto.

Rose sentiu a mão grande ficar gelada enquanto tocava o seu pulso, sentiu o suor frio e a dificuldade em respirar fundo. E pressionou os olhos com força para tentar acalmar-se, olhou para o chão esperando a resposta sem pressa de ouvi-la, mas quando teve coragem para encarar novamente o olhar desesperado de Scorpius Malfoy, foi tomada por algo muito maior do que tudo o que guardava dentro de si e não hesitou em soltar-se dele, ficar na ponta dos pés e colocar suas mãos quentes no rosto gelado do rapaz. Era como se ambos estivessem sentindo uma queimadura, mesmo que com dores diferentes. E ela o beijou, antes que pudesse realmente pensar se era certo ou não.

E Scorpius surpreendeu-se porque… Sim, a resposta era sim para tudo. Ele a deixaria ir, ele era covarde, ele era sim tudo o que Rose Weasley não precisava na vida. Problemático, complexado e extremamente excêntrico em relação aos seus sentimentos. Às vezes, nem ele se entendia, então seria difícil exigir que ela o entendesse, e por mais que Rose fosse inteligente, seria necessário mais do que um QI elevado para compreender quem Scorpius Malfoy realmente era.

Ao sentir, finalmente, os lábios com os quais sonhava quase todas as noites e que o fazia buscar a mesma sensação quando repousava a sua mão sobre a boca, ele encheu-se do que mais precisava há dias. Scorpius Malfoy encheu-se de Rose Weasley, de energia vital, de eletricidade e de amor. E ela, não muito distante de todo esse conceito de amor, abraçou-o pela nuca e pressionou suas bocas para terminar o beijo e voltar à realidade, que se resumia em dois alunos atrasados para a aula de Astronomia por causa de um surto de hormônios adolescentes.

Encostaram as testas e tentaram respirar fundo com a intenção de inspirar um pouco de verdade. Scorpius apertou a cintura de Rose com suas mãos e deu-lhe forças para continuar na ponta dos pés, para continuar junto a ele naquele momento que provavelmente nunca se repetiria. Foi pensando nisso que Scorpius decidiu dar-lhe mais um beijo, segurando seu rosto e acariciando sua bochecha com o polegar. Ele a fez colocar os pés no chão e encostar-se mais a ele.

E o chão realmente tocou os pés da Weasley não permitindo que ela continuasse flutuando em uma nuvem de amor. Ela sentiu, então, em seu interior que não era certo o que estavam fazendo, por mais que ela quisesse. Rose não entendia o porquê de sentir todas as coisas confusas. Amor, raiva, certo e errado, ideias opostas que resolveram cruzar-se justamente com os dois. Rose, então, afastou-se um pouco de Scorpius e, antes que ele resolvesse falar algo, ela juntou o resto de coragem para encarar-lhe.

— Esse foi o último. — disse colocando a mão no tórax do rapaz para que ele não se aproximasse. — De verdade. Não que… — olhou para os lados, suspirando profundamente. — Nós não podemos. Você entende, não entende?

— Não. — Scorpius a olhou realmente desentendido.

— Eu e você, nós não… Damos certo.

— Não damos certo? — arqueou as sobrancelhas colocando as mãos no bolso. — Estamos, praticamente, juntos desde aquela festa, Rose. Nós brigamos? Sim, várias vezes, mas nos reconciliamos.  

— Não do jeito certo. — falou rapidamente. — Não do jeito que deveríamos, Scorpius, nós… Nós não nos gostamos. — ele engoliu a seco fitando os seus pés.

— E de qual jeito deveria ser?

— Acho que não através de sexo. — ela colocou o cabelo atrás da orelha, um pouco constrangida. — Eu não quero ficar presa a você por… Por causa de uma noite, e também não quero que você prenda-se a mim.

— Casais reconciliam-se assim.

— Não somos um casal, Scorpius, de todas as coisas essa é a última que realmente somos.

— Mas podemos ser. — o olhar curioso dela atentou-se ao dele, que parecia estar quase tendo um verdadeiro infarto por ter tido coragem de falar, mesmo que indiretamente, o que queria. O inevitável silêncio instalou-se entre os dois.

— Não podemos. — afirmou incerta controlando uma sensação estranha que lhe subia à garganta. — Olha, eu… Nós não temos nada a ver, nós nunca nos gostamos, o que aconteceu pertence ao passado e agora nós temos que seguir a vida. Nós não daríamos certo nunca, Scorpius, não fomos feitos um para o outro.

— Como você pode saber disso?

— Eu… Apenas sei. — Rose conseguiu ver, mesmo na má iluminação, a insatisfação presente no olhar do rapaz e voltou a fitar seus sapatos. — Nós temos que ir para a aula.

[...]

Um tempo depois, quando faltavam apenas dez dias para o fim de janeiro, Rose percebeu o quão inquieta estava. Desde o dia em que beijou Scorpius, não teve coragem sequer de olhar para outro lugar além do chão quando passava perto dele, e as aulas com a sonserina foram torturantes. Saber que alguém a observava e que ela não podia — pois não queria — desviar sua atenção do professor, apenas contribuía para aumentar a sua vontade de ser inconsequente. Rose Weasley era uma menina cabeça, e quando não estava sob efeito de poções ou álcool, ela sabia que Scorpius Malfoy não era o que precisava para o seu futuro.

Enquanto tentava estudar para História da Magia na biblioteca, batia o pé freneticamente para tentar aliviar toda a sua tensão e, às vezes, distraia-se com coisas sem importância, como o livro dourado torto na estante e a mesa bagunçada de uma garota ao seu lado. Pela vigésima vez, suspirou e deixou a pena repousar no tinteiro para que tentasse colocar ordem em sua cabeça.

A sua tática pareceu não funcionar, e viu que o dia de estudo estava realmente perdido quando Lily Luna apareceu entre as prateleiras e sentou-se na cadeira de madeira a sua frente.

— Rose, você não sabe da maior. — disse em tom baixo com a pior das expressões travessas. — Sabe o que a Alice me contou? Com certeza não sabe, mas eu vou te falar. Ryan gostoso McLaggen deu um fora na Rebecca vadia Boot porque está afim de alguém.

— A Rebecca não foi uma namorada do James?

— Foi, por isso não gosto dela. Nem eu, nem o Al, e agora nem o Ryan. — sorriu animada de forma a deixar Rose bem confusa.

— E daí?

— Daí, darling, que isso quer dizer que ele está gostando de alguém. E eu estive conversando com a Lucy e nós duas achamos que ele está gostando de uma certa ruiva.

— De você? — Rose forçou-se a demonstrar interesse.

— Quem dera, mon amour. De você.

— De mim?

— Aham.

— Qual é o problema de vocês? Fala sério. — ela rolou os olhos cruzando os braços. Lily Luna tinha apenas uma função na vida de Rose, que se resumia em tirá-la da órbita. Enquanto Rose estava girando em torno de um planeta chamado Scorpiuslândia, de repente o planeta anão Ryan apareceu e o que era foco começou a ficar embaçado. Duas informações distintas que, definitivamente, não interessavam a Weasley.

— Ah, qual é, Rose, nós vimos vocês estudando aqui na biblioteca aquele dia. Sem contar que ele ficou gamado em você no ano novo.

— Quem é você e o que fez com a Lily? Porque a minha prima nunca usaria a expressão gamado. A minha mãe fala gamado.

— Não foge do assunto, Rosinha, quer notícia mais espetacular do que essa? É uma chance de você finalmente esquecer o idiota do Wood.

Rose permitiu-se dar risada, repreendendo-se em seguida por causa da altura de sua voz. Às vezes, Rose questionava-se por não saber quem era mais desatualizada, ela ou o resto do mundo. Não conteve o olhar divertido para a prima.

— Lily, minha flor, não se preocupe. Brian Wood, hoje, é o menor dos meus problemas.

— O maior é a solidão, eu sei. — Lily estendeu as mãos para entrelaçar com as da prima. — Eu não quero te ver para baixo, Rose, quero te ver alegre e sorridente com você mesma. Claro que você não precisa de uma companhia, mas ultimamente você tem andando muito tristinha. E a informação que eu acabei de te dar pode ajudar, sei lá, a sua auto-estima.

Rose decidiu agradecer e falar que não estava para baixo, apenas ocupada. Não que ela não gostasse ou não confiasse o suficiente em Lily para contar sobre ela e Scorpius, porém pensando pela perspectiva que nem ela sabia administrar o seu pseudo-ex-relacionamento… Seria bem difícil outra pessoa conseguir lidar com essa informação verdadeiramente bombástica.

Ao perceber que a sua intenção de estudar havia descido pelo ralo, começou a perguntar sobre como as coisas estavam na vida da prima e quando terminaram de conversar Rose sentiu a mesma sensação de quando lia o Profeta Diário e ficava sabendo de tudo.

E talvez Lily tivesse ajudado Rose a desfocar um pouco de Scorpius, a lembrar-se de que existia algo muito maior fora da redoma dramática em que ela mesma havia se colocado. Mesmo que a sua tensão não tivesse sumido por completo, sentiu-se melhor quando foi jantar.

O que Rose sentia era quase a mesma coisa que Scorpius. Enquanto ela sentia-se no meio de um verdadeiro nada, sem reação, sentimento ou razão, ele perdia-se na totalidade desse suposto nada. Para Scorpius não havia saída, ele estava realmente de frente a uma verdade absoluta que não mudaria da noite para o dia, ele estava apaixonado por Rose Weasley e não sabia, definitivamente, o que teria de fazer.

Quando todos estavam jantando, conversando e dando risadas, Scorpius ocupava-se em beber o seu suco de uva e ouvir mais ou menos o que Alvo e Adam conversavam, sempre dando uma olhada para checar como Rose estava. Mesmo que ela tivesse causado algumas sensações nada agradáveis nele após o fora de alguns dias atrás, ele ainda permitia-se olhá-la de vez em quando.

Embora devesse estar chateado e um pouco envergonhado por causa de tudo o que havia acontecido naquela noite — que foi contra todos os seus princípios —, ele não se considerava um perdedor ou fracassado. Pelo contrário, sentia que algo muito grande estava prestes a acontecer.

— Você e a Alice se resolveram? — perguntou Adam, o que chamou a atenção de Scorpius.

— Não. — a irritação de Alvo era cristalina, só não enxergava o seu rancor, mau humor e rabugentice quem não queria. — Pra variar, a conclusão que ela chegou é que a culpa é minha. E eu tenho certeza que ela acha que eu tenho que pedir desculpas e blá, blá, blá. O cara estava super dando em cima dela e eu tenho que me redimir pelo o que? Por ser corno?

— Por ser um ridículo. — Adam rolou os olhos. — Quantos anos você tem afinal? Doze? Ela estava conversando, não tem nada demais nisso, cara.

— Realmente, Adam. Conversar quase grudado um no outro não tem nada demais. Qual é o meu problema mental para achar que tem algo demais? — respondeu irônico, no ápice de sua irritação. — Vocês dois são hipócritas, isso sim. Se fosse a namorada de vocês, com certeza dariam chilique, algo que faz parte do perfil másculo de vocês.

— Por sorte, não tenho namorada nenhuma. — disse Scorpius. — Tem uma diferença entre o espetáculo que você está armando e o que eu armo, Alvo.

— O seu tem o quê? Mais classe? — riu sem humor. — Poupe-me, ok? Não vou pedir desculpas porque eu não fiz nada, ela quem decidiu ficar de papinho furado com qualquer um.

— E você, por um acaso, não conversa também com outras garotas?

— É diferente.

— Potter, a minha teoria de que você é um completo otário se confirma a cada dia. — Adam gargalhou enquanto dava a última garfada em seu jantar. — Não tem nada demais, cara. E se eles forem amigos?

— Ah, devem ser mesmo, com certeza. — Alvo bebericou o suco de uva e atentou-se a Scorpius, que não estava tão de corpo e alma quanto costumava ficar durante as conversas que tinham. — Perdeu alguma coisa do outro lado do salão, Scorpius?

— Não, estou tentando achar o seu bom senso mesmo. — sorriu cínico. — Alice está sentadinha, conversando com a sua irmã de boa enquanto você está aqui fazendo um discurso sem pé ou cabeça.

— Eu não gosto daqueles dois, ok? Ela pode conversar com qualquer um de Hogwarts, menos com eles. Eu não gosto e acabou.

— Você deveria dar credibilidade a ela, Alvo. Alice não é como certas garotas que se deixam levar por qualquer coisa. Ela gosta de você, de verdade. Sabe como é difícil achar alguém que goste de você pelo o que você realmente é? Levando em consideração que o sujeito, no caso, é você. — Alvo suspirou e Scorpius trocou um olhar cúmplice com Adam. — Se ela quer que você peça desculpas, peça, simples. E converse com ela, fale que você não gosta do Thomas e do Creevey. Acrescente o McLaggen na lista também.

— Nossa, eu odeio o McLaggen. — grunhiu Adam. — Ele é tão, mas tão idiota que me dá vontade de pegar e macetar aquela cabeça de batata dele.

— Fiquei sabendo que ele está indo para lá e para cá com a minha prima. — comentou o Potter remexendo o seu jantar. — Rose.

— Ela não tem muito bom senso, então não se pode esperar muita coisa dela. — alfinetou Scorpius para conformar-se e, de um certo modo, não dar na cara nada do que estava sentindo. Moveu seu olhar para Rose e arqueou as sobrancelhas, como se realmente a desprezasse. — Ela só é boa mesmo em Runas Antigas.

— Então a trégua de fim de ano acabou? — riu Adam. — Pensei que estivéssemos vivendo uma era de paz.

Eu também”, Scorpius pensou assim que Rose o encarou do lugar onde estava. Alvo incumbiu-se de continuar falando de Alice e Scorpius sentiu um tremor em sua pálpebra esquerda, o que significava que se as coisas já estavam ruins, iriam ficar muito pior.

[...]

Ah, o amor. Um sentimento tão lindo, inexplicável, imensurável e, acima de tudo, nobre. Apenas pessoas nobres conseguem encontrar o verdadeiro amor, a imprescindível alma gêmea e o generoso final feliz após uma longa história com o seu amante. Rose Weasley pensava, a cada dia, que ela estava mais e mais longe de alcançar tanto a verdadeira felicidade quanto um pedacinho do gigantesco amor que todos idealizavam e diziam sentir.

— Ok, vamos lá, muita calma nessa hora, eu consigo. — Dominique andava de um lado para o outro no dormitório da grifinória. Estava de pijama e pantufas, completamente eufórica e, provavelmente, prestes a ter uma parada cardíaca por causa da carta que havia recebido no café da manhã e não teve coragem de abrir para ler.

— Pelas barbas de Dumbledore, Delacour, eu estou ficando zonza com você! — resmungou Roxanne de sua cama. — Você está nessa ladainha desde cedo, pelos brincos de Morgana, abre logo.

— O amor não tem pressa, Rox, ele é calmo, paciente e arrebatador.

— Ótimo, Dominique, já sabemos, agora vai logo, para de ser bunda mole.

E antes que pudesse desistir de abrir o papel, respirou fundo para conter toda a sua emoção em receber a primeira carta de James.

Eles se gostavam há muito tempo, mas as férias de inverno foram essenciais para que o sentimento deles se confirmasse. James e Dominique ficaram meio ano longe várias vezes seguidas, mas todas às vezes em que encontravam-se sentiam a mesma coisa. Borboletas no estômago, eletricidade nas veias e um aumento na pulsação cardíaca. Eram apaixonados e rendiam-se a esse sentimento sempre que tinham a oportunidade de ficarem perto um do outro. Mesmo que discretamente, amavam-se em gestos e olhares. E depois que ele cogitou a possibilidade de assumirem um relacionamento, o mundo encantado de Dominique ficou apenas mais colorido.

Naquele momento em que ela lia, atentamente, as palavras do seu, então, amante, esquecia-se do seu dilema central e procurava manter a calma para que conseguisse entender tudo o que estava escrito naquele pedaço de pergaminho. Quando terminou, olhou para suas primas com os olhos cheios de lágrimas e com o coração cheio de amor.

— Ele disse que me ama. — riu curvando-se para conter a sensação que tomava todo o seu interior. — James Potter me ama.

Ajoelhou-se no chão e pôs a mão no rosto para conter sua respiração ofegante e suas lágrimas que caiam cada vez mais. Chorou como se fosse uma criança que ganhou o brinquedo que queria, ou como simplesmente uma garota de um coração que poderia transbordar a qualquer momento de felicidade, esperança e amor. Colocou o pergaminho em seu peito e respirou fundo, fitando a cortina que estava em seu campo de visão.

Roxanne e Rose não conseguiram não chorar, falharam na missão de parecerem indiferentes e contagiaram-se com tudo o que Dominique exalava naquele momento. Quando deram-se por conta, as três renderam-se aos sentimentos mais profundos que guardavam, sem sequer conhecê-los. E um sorriso instalou-se nos lábios delas.

Rose limpou o canto dos olhos com o seu dedo indicador e quando olhou para o teto a fim de acalmar-se, chorou ainda mais. A sua vontade, fosse influenciada ou não por Dominique, era sair daquele dormitório e procurar Scorpius em todos os lugares até achá-lo para que pudesse abraçá-lo, beijá-lo e dizer que ela faria de tudo para que eles dessem certo. E o seu corpo formigava de vontade de correr até os braços dele, mas sua cabeça latejava em discordância.

Ela odiava a situação em que se encontrava. Certo ou errado, bom ou ruim, sentimento ou razão. Por que ela tinha que enfrentar todas as suas inseguranças quando ele estava em pauta? Por que não podia deixar-se livre de seus próprios julgamentos para enfrentar o acaso? Por que prendia-se por tão pouco?

Respirou fundo para voltar à realidade.

— Nunca pensei que chegaríamos a esse ponto. — riu Roxanne com o nariz entupido. — E não sei o que dizer.

— Acho que agora que está bem claro que vocês se amam, dá para ver que o relacionamento de vocês vale sim a pena. — Rose olhou ternamente para a prima loira. — Não fuja disso, Domi, permita-se amar e ser amada. Você merece, ele merece. E o destino não vai separar vocês, a menos que um dos dois procure por isso, o que não é o caso. Não hoje, não agora.

— Acho que vou explodir. — brincou levantando-se para sentar na beirada da cama de Rose. — Por que vocês sabem usar palavras tão bonitas e eu não?

— Porque ou você é bonita ou você fala coisas bonitas, não dá para ser os dois.

— James é os dois.

— Ah, pronto, ninguém merece. — a morena jogou-se em seu travesseiro. — Amor, amor, melodrama a parte.

— Não fale assim, Rox. — Rose abraçou Dominique pelo ombro. — Teremos que ajudar ela a escrever uma linda resposta a essa carta de amor.

E antes que o sono batesse à porta de Dominique, as três foram escrever a carta de amor. Ou melhor, Dominique foi escrever, e a cada linha lia e pedia opinião. Ela queria responder exatamente o que James gostaria de ler e ser o que ele gostaria, e precisava, que ela fosse.

Rose, por alguns instantes, sentiu-se sufocada por si mesma. Ver Dominique tão animada, apaixonada, feliz, acabou dando-lhe falta de ar. Sem alardes, foi até a janela para tomar um vento fresco, mesmo que fosse gelado demais por causa do inverno. Enquanto tentava acalmar o seu emocional, o que, para ela, era o responsável pelo desconforto que sentia, apoiou-se na parede e sentiu seus olhos arderem ao perceber que em meio a todo conto de fadas e romance de Jane Austen, ela estava a cada dia mais perdida. E Scorpius Malfoy, ao invés de ser algum tipo de mapa ou bússola, só servia para piorar a situação personificando uma grande tempestade.

Quando decidiram dormir já era bem tarde, e a sensação de repousar sua cabeça em um travesseiro macio foi quase a mesma coisa de ir direto para o paraíso. Rose suspirou, virou para o lado direito e foi levada por toda a exaustão que sentia.

No dia seguinte, acordou com uma dor de cabeça terrível, como se tivesse ficado acordada a noite inteira bebendo e ouvindo músicas altas. Seus ouvidos pulsavam e seus olhos estavam sensíveis à luz do dia, que invadiu o dormitório antes que o despertador acordasse-a. Sentou-se na cama, fechou os olhos e tentou inspirar coragem.

O dia teria ocorrido muito bem caso, exatamente na última aula do dia, Rose não tivesse que dar de cara com todos os seus problemas em um metro e oitenta de altura. História da Magia e Poções eram as piores matérias do mundo por serem chatas e, infelizmente, com a sonserina.

Ela chegou, sentou-se na carteira atrás de Roxanne e Dominique e fez o máximo para prestar atenção e, de certo modo, não forçar sua cabeça. O senhor Binns começou a monologar com a sua irritante voz de aspirador de pó velho sobre a Convenção Internacional de Bruxos — que Rose nem sabia de que ano era —, mas foi interrompido.

— Com licença, professor. — disse Scorpius segurando suas coisas, aparentemente tão entediado quanto o resto da sala. Binns moveu seu olhar, rolou os olhos e fitou bem o rapaz.

— O dia em que o senhor não chegar atrasado será, realmente, uma surpresa, senhor Malfoy. Por que ao invés de chegar depois do horário não falta de vez em quando? — sugeriu claramente irritado. — Nós dois sabemos que não fará nenhuma diferença para você, senhor Malfoy.  Qual matéria, aliás, faz diferença para o senhor? Se é tão esperto assim para não ter o mínimo de disciplina para com as suas responsabilidades escolares, creio que não precise mesmo continuar em Hogwarts, não é?

— Até o final do ano eu preciso, professor. — respondeu não se sentindo ofendido, estava até que acostumado. Toda aula era a mesma ladainha. — O meu pai já pagou e não posso largar Hogwarts tão perto de terminar. O senhor não concorda?

— Então trate de se comportar como um aluno decente e não como um jovem rebelde e irresponsável, senhor Malfoy. — grunhiu fazendo com que todos da sala abaixassem a cabeça. — Menos cinco pontos para a sonserina.

Scorpius arqueou uma sobrancelha, controlando-se para não soltar fogo pelas narinas e ouvidos. Sem escolha, sentou-se na cadeira vazia ao lado de Rose, ignorando completamente o fato de estar recebendo um olhar condenador de alguns de seus colegas de casa. A sonserina não estava tão bem quanto parecia, e um ponto a mais ou a menos significava muita coisa para eles.

Assim que o professor continuou com o seu monólogo, Scorpius sentiu um olhar flamejante de três carteiras à sua frente. Ryan sorriu malvado para ele, que retribuiu com o pior de suas expressões ao quase ouvir aquela risada sarcástica e patética do rapaz.

Definitivamente, Scorpius não prestaria mesmo atenção em nada do que aquele fantasma falasse. Já não estava muito disposto por causa das noites mal dormidas, e o breve sermão o desanimou completamente. Preferiria dormir, mas naquele caso em especial, preferiu ficar, às vezes, olhando Rose pelo canto do olho.

Eles não haviam conversado desde o dia da aula de astronomia. Rose venceu seus instintos do dia anterior e Scorpius decidiu dar um espaço para ela, talvez não fosse o momento certo, porém, certamente ele chegaria.

Com todas as informações que tinha sobre a Weasley, conseguiu perceber que não estava tudo em perfeita ordem no seu mundo de cristal. Suas bochechas estavam cor de rosa, ela escrevia com a mão direita e segurava sua cabeça com a esquerda, apoiada na mesa, parecendo que estava mal ou algo do tipo. Mesmo não querendo se meter, decidiu que perguntaria o que estava havendo para conter todo o frio na barriga que estava sentindo. Ele precisava falar com ela, mais do que prestar atenção na aula.

O que você tem?

Scorpius deslizou o papel para mais perto das anotações dela, despertando sua atenção. Ao ler, esboçou um sorriso fraco e escreveu a resposta com a sua pena.

Dor de cabeça.”

Só?

Sim. O que mais eu teria?

Saudades?

Ah, sim, saudades dos minutos em que você não estava aqui

Você é muito chata, Rose Weasley.”

“Você é um irresponsável, senhor Malfoy.”

Ambos sorriram ao trocarem um olhar de cumplicidade, e passaram o resto da aula espiando um ao outro e fingindo que a atenção estava completamente voltada à tartaruga velha e enrugada que ocupava a posição de professor naquela aula.

[...]

— Rose Weasley, eu tenho uma proposta para te fazer e eu não aceitarei um não. — Rose cerrou os olhos e virou-se para o lado oposto ao que andava no corredor para encarar um rapaz que sorria. Ryan.

— Hm, o quê?

— O que acha de dar uma volta pelos jardins? Eu, você e várias ameixas. — ele sorriu tirando de trás de si uma sacolinha com várias frutas. Rose não segurou a risada incrédula ao vê-lo tão animado por ter achado no castelo a fruta que ela mais gostava.

— Se você insiste.

Desde o dia em que estudaram juntos na biblioteca após Ryan carregar os livros de Rose, eles ficaram menos distantes. Ele já poderia ser considerado um “colega quase amigo” da garota, que ficava feliz ao ser distraída pela presença dele. E achou bonito, da parte dele, lembrar-se do mínimo detalhe da fruta, que haviam conversado na biblioteca. Rose foi ao lado dele e eles caminharam pelos jardins até cansarem-se. Sentaram-se na grama depois de um tempo, sem parar a conversa que tinham.

Ryan McLaggen era um bom ouvinte. Rose gostava do modo como ele prestava atenção no que ela falava e fazia algumas observações quando o papo começava a pesar para a vida pessoal dela, gostava do seu senso de humor e da sua estabilidade emocional, algo que faltava em, praticamente, todos que a cercavam. Ele era dócil, gentil e não havia sinais de segundas intenções. Eram amigos então, algo mais do que suficiente para ela.

Embora soubesse do desafeto que havia entre ele e Scorpius, Rose não se importava. Scorpius não era nada na vida dela, logo, não poderia ditar regras ou influenciar em alguma decisão que tomaria sem ter ele por perto. E estava feliz por ter alguém para conversar que não estivesse cego de amor ou tivesse uma tendência a prever o futuro.

— Eu acho que o que eu mais gosto em uma pessoa é a sinceridade. — analisou Rose apoiando seu cotovelo em seus joelhos. — Se alguém não te diz a verdade, ela não é digna de confiança ou algo do tipo. Não gosto nem quando o meu irmão mente sobre os doces do armário que magicamente somem no meio da noite, sabe.

— É o mínimo que se pode esperar de alguém, não é? — respondeu compreensivo. — Um dos pilares de um relacionamento, seja ele qual for, é a sinceridade. Sem ela, nada pode durar. Sinceridade com o próximo, sinceridade conosco.

— O que tem me faltado é isso. — arqueou as sobrancelhas, cansada. — Não consigo me entender e, às vezes, não tenho coragem de encarar o que realmente sinto. E então me encontro desesperada por uma solução que tenho medo de encontrar. Confuso, eu sei.

— Você diz isso em relação a que? — Rose abaixou a cabeça instintivamente, deixando com que o silêncio fosse a resposta até ela pensar em algo para dizer. — Se quiser me contar, é claro.

— É complicado.

Ela colocou seu cabelo atrás da orelha, envergonhada ao cogitar a ideia de realmente abrir-se para aquele garoto, o que não seria muito inteligente de sua parte.

Rose Weasley odiava desaguar nos seus problemas pessoais, eles eram confusos demais para alguém entender e só aumentavam a sua dor de cabeça, que persistia desde o dia anterior. Talvez, o que estava faltando era alguém com quem conversar, com quem se abrir ou simplesmente alguém com quem ela pudesse distrair-se. Ryan era, mas ao mesmo tempo não era, a pessoa ideal. Não fazia sentido para Rose contar tudo para ele, muito menos da sua suposta vida amorosa, a responsável por todo vendaval que ela sentia dentro do seu organismo.

E, por acaso ou destino, Scorpius estava sentindo quase a mesma coisa. Algo prendia-o pela garganta, tomava o seu ar e soprava bem em frente aos seus olhos, que piscavam atordoados em busca da realidade que o cercava. Não conseguia colocar em prática os seus sentimentos em relação a Rose, porém sabia da existência deles. Acima de tudo, não entendia por que não conseguiu ser com ela o que era com todas as outras garotas.  

Rose e Scorpius davam-se bem por um determinado tempo, e depois brigavam. Ambos odiavam a instabilidade do outro e como ela afetava cada interior. O coração de Rose estava cansado, amordaçado e sensível demais para aceitar, lidar ou enfrentar alguma coisa que nunca passou pela sua cabeça, como, no caso, um relacionamento com Scorpius. Já ele, sentia seu coração bater diferente, mais forte e coisas que não costumava sentir há muito tempo. Eles estavam prestes a se fatigarem caso não encontrassem alguém com quem pudessem expor todo o conflito interno que assombrava-os em forma de insônia e dor de cabeça.

— Temos que correr agora. — comentou Adam ofegante por causa do treino de quadribol. — Porque se não, o senhor Malfoy vai se atrasar de novo e eu duvido que a McGonagall vai ser tão dócil quanto o senhor Binns.

— Eu odeio aquele cara, odeio. — resmungou Scorpius tirando o uniforme para ir direto ao chuveiro. — Mas não quero pegar detenção, as dele não são legais.

— Quem não te conhece que te compre, Scorp. — riu. — Acho que você está precisando extravasar um pouco essa sua raiva contida, e organizar livros e livros seria um bom método. Quem sabe você não consegue dormir a noite inteira depois?

— Ou toma um calmante, porque você vai acabar ficando bem doido. — disse Alvo já tomando banho. — Às vezes, quando eu brigo com a Lily em casa, eu tomo uns bagulhos de ervas da minha mãe pra relaxar. Ela diz que é um remédio não sei das quantas, mas eu acho que deve ser drogas, porque faz um efeito massa.

— Ah, Dumbledore, agora você passou da fase de corno pra drogado? — Adam trocou um olhar com Scorpius ao estender uma toalha para o Potter. — Você precisa de tratamento.

— Eu preciso é da minha namorada de volta.

— Você precisa parar de ser imbecil. — Alvo enrolou a toalha em sua cintura, tentando ignorar Adam. — É sério.

— Concordo. — sorriu Scorpius. — Com os dois. Por que não pede desculpas logo?

— Porque eu não fiz nada de errado, meu caro, nada.

— Isso é irrelevante, pensei que já soubesse. — Scorpius fez com que a água cessasse e foi enrolar-se na toalha para, como sua mãe dizia, não pegar friagem. — Faz o que eu te falei, Al, pede desculpas e conversa com ela sobre esses contatos que você não gosta, simples.

— Alice Longbottom não é simples. — grunhiu colocando uma cueca por baixo da toalha. — Ela é gentil, meiga e dócil demais, ou seja, muito complexa.

— A cada dia que passa, eu vejo que você não entende nada de nada mesmo. — alfinetou Adam. — Abra sua mente, ou melhor, entre na mente dela e faça o que ela quer que você faça. Se você gosta mesmo dela, tome alguma atitude.

Scorpius engoliu a seco, Adam não era tão ruim quanto pensava em dar conselhos. Embora o que ele dissera para Alvo não fosse muito eficaz para o seu caso, serviu para despertar algo nele: a vontade de entender a si mesmo e lidar com a sua totalidade. Ele deveria conhecer-se antes de qualquer coisa.

Quando terminaram de aprontarem-se, foram até o salão onde haveria uma reunião do sétimo ano para detalhes sobre a formatura serem resolvidos. E, de certo modo, os três sentiram um frio na barriga ao pensarem que não voltariam para Hogwarts depois das férias de verão. Estariam perdidos, para sempre, no mundo real dos adultos. Além de assustador, era triste pensar na ida sem volta.

Muitas coisas, na verdade, só davam uma passagem de ida na vida de Scorpius. O que ocorreu no final do ano, com Rose, foi um exemplo. Ele havia ido sem perceber, com todo o seu corpo e alma, até o paraíso que Rose Weasley era, mas percebeu que ela era tão instável quanto uma ilha no meio do oceano. Apesar do seu coração ser imenso e poder hospedar muitas pessoas, inclusive por uma vida toda, talvez não houvesse um lugar para Scorpius que não fosse no mar que a rodeava. Não havia mais maneiras de voltar atrás, ele estava preso à Rose, e a tendência era afogar-se caso ela não o salvasse dela própria.

Os três chegaram ao salão, sentaram-se e esperaram até que todos estivessem ali. McGonagall estava em pé, como uma estátua, observando todos que entravam e encontravam um lugar.

Sem perceber, Scorpius respirou mais fundo em busca de ar e olhou para a porta, que deu a visão perfeita para encontrar tudo o que precisava para suprir sua necessidade: Rose. Mas Ryan, ao seu lado, apenas o fez perder todo o resto de energia vital que havia lhe sobrado desde o dia anterior, que trocou bilhetes na aula de História da Magia com a garota. Sentiu seu corpo perder toda a eletricidade que continha ao vê-los sorrir um para o outro. Engoliu a seco e encarou a diretora, que fez um leve barulho com o aparelho de som que estava ao seu lado para chamar atenção.

— Boa tarde a todos. — saudou Minerva McGonagall esboçando um sorriso. — Como vocês sabem, o final do ano letivo é uma data importante para todos nós, e ela está aproximando-se a cada dia. Por isso, nessa reunião, acertaremos detalhes mais precisos sobre a formatura de vocês.


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Notas finais do capítulo

A cada dia, sinto-me mais aflita com o sentimento desses dois. Alguém, por favor, joga uma bóia para o Scorpius? KKKK Tadinho, ele sofrendo e eu zoando ele, que dó :(

Alvo está se revelando bem diferente do que eu costumava imaginar. Como eu sempre digo, Capitu traiu ou não o Bentinho? Eu estou do lado da Alice, para todos os efeitos, não sei vocês... (eu ser a autora não influencia em nada, sério, até eu me surpreendo às vezes com eles -qq)

Espero que tenham gostado do capítulo, fiz ele com muito carinho. O próximo vai sair no começo de dezembro, eu prometo. É meio demorado escrever um cap de LDA, porque preciso pensar no que eles estão sentindo, então... Mas prometo que no comecinho de dezembro (antes do dia 05) um novo cap vai ser postado cheio de tretas quentinhas ♥

Não esqueçam de comentar, é muito importante a opinião de vocês para o desenvolvimento da história ♥

Beeijos,
Tahii ♥

twitter @tahiiscorps | ask http://ask.fm/Scorpsm | taahii.tumblr.com

Ps. Não sei se comentei, mas postei uma nova fanfic, Freaking Out (James/Domi), adoraria ver vocês por lá. Ahhhhhhhhh, e logo Girls Just Wanna Have Fun será atualizada ♥