Legami Di Amore escrita por Tahii


Capítulo 10
Forse


Notas iniciais do capítulo

Oooooooooooooooooooooi, minhas amoras, como vocês estão?
Não quero nem comentar sobre essa minha demora, porque... Enfim, né. O vestibular está tomando muito do meu tempo e vocês sabem que durante as aulas é difícil ter tempo e inspiração. Então... MAS HERE WE'RE, PEOPLE! De férias, finalmente. Prometo voltar com a rotina de atualização 2x por semana ♥

OBRIGADA A TODOS QUE FAVORITARAM A FANFIC, QUE COMEÇARAM A ACOMPANHAR, QUE NÃO NOS ABANDONARAM E A TODAS AS LINDAS QUE COMENTARAM ♥ Vou responder review por review, ok? ♥ MUITO OBRIGADA: Aly, Lory,
luzilane da silva de frança, Whitney Maddox, Sunny Deep, Ashley Potter, Jir, Courtney,
bru dias, Jujuba Azul Malfoy, missValdez, Belly mellark, Eadlyn, umaasgardiana,
Carol Reimberg ♥ ♥ ♥
Tivemos um aumento maravilhoso de +30 leitores durante esse meu tempo off, hehe!
MUITO OBRIGADA A TODOS!

Fiz esse cap com muito carinho para vocês (por mais que, durante eles, vocês achem que não) kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Boa leitura ♥

Boa leitura ♥

► PLAYLIST
https://www.youtube.com/watch?v=tNx1y8AXZxw&list=PLm_bv0SbG68UdaGyxvje2S6Vyd79Z5tmc

*Forse = Talvez



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E talvez se Scorpius tivesse esperado para ver a reação de Rose, ele não teria largado ela ali. A ruiva apenas piscou algumas vezes enquanto os seus olhos se enchiam de lágrimas que significavam, para ela, o ápice de toda a sua ingenuidade. Rose Weasley estava sendo ingênua em acreditar que a vida não prega surpresas. Se dormir com Scorpius foi algo surpreendente, ser largada por ele deveria ser apenas uma consequência.

Scorpius Malfoy era independente, galanteador, poderia ter qualquer uma aos seus pés apenas com a sua fala mansa. Do mesmo jeito que fisgou Rose naquela noite, fisgaria outras dia após dia. Quem resistiria a ele? Visto que nem ela conseguiu.

Rose se sentou no chão escorregando pela parede, abraçou os seus joelhos e ficou ali se perguntando o que estava acontecendo. Talvez ela estivesse errada na sua última conclusão, o problema não estava no Wood ou no Malfoy, o problema estava exclusivamente no sentimento que cultivava em seu coração. Como poderia ser o suficiente daquele jeito? Enquanto ela ficasse ali, sentada, chorando silenciosamente e sem saber o real motivo, não seria suficiente nem para si mesma.

Rose Weasley queria ser mulher para lidar com tudo o que fez. Se transou com Scorpius, foi porque quis, e se acabou ficando apaixonada por ele, não foi por falta de motivos. Ele se provou um cavalheiro, por mais de um ou dois motivos quaisquer. Scorpius, em menos de dez dias, fez tudo o que Brian não fez em todo o relacionamento deles. Ele a ouviu, a consolou, deu carinho e até mesmo atenção, mesmo com o jeito exótico de demonstrar afeto, demonstrou, deu um presente que talvez nunca ganharia de ninguém por ser tão caro. Ele a fez entender que as emoções que levam as pessoas são o que fazem a vida valer a pena.

Ela não estava feliz com o seu ex, valeu muito mais a pena fazer tudo o que fez com Scorpius, não importando se toda a confusão lhe valeu noites de insônia, falta de apetite e raiva incessante.

Porém, poderia estar certa ao afirmar que aquele foi a última vez em que se deixaram render por emoções que não pareciam fazer tanto sentido quanto estavam fazendo para Rose naquele momento.

Rose se levantou, limpou embaixo dos olhos e resolveu voltar a dormir, como deveria ter feito antes de entrar naquele banheiro.

Após se deitar, pareceu não demorar muito tempo para que ouvisse três batidas seguidas na porta e uma voz muito irritante gritando.

— ACORDA, ROSE PREGUIÇOSA, CAFÉ DA MANHÃ! — sim, Hugo parecia mais uma criança de sete anos do que um adolescente normal, mas caso Rose resolvesse expor sua opinião não teria ninguém para ficar do seu lado, então seria melhor apenas levantar.

Roxanne sequer se mexeu, aparentemente estava em um sono profundo, um daqueles que nem se a casa pegar fogo ela acordaria. A cama de Dominique estava do jeito que havia deixado desde a hora que foram conversar na sala. Rose suspirou temerosa pelo o que poderia enfrentar lá embaixo.

Sem pensar muito, como andava fazendo ultimamente, desceu as escadas e murmurando um singelo “bom dia” apenas pegou o pão, a faca e a geleia de amora. Sentou-se na cadeira e ficou ouvindo a conversa, porque não estava em um dia bom, apesar de ser o primeiro do ano. Em seguida, ouviu passos na escada e acabou preferindo nem olhar, por já saber de quem se tratava.

Rose Weasley ainda não era mulher para encarar, literalmente, os seus erros. Ainda tinha que aprender que tudo tem um preço determinado. Se cair nos encantos de Scorpius era caro e lhe custara até mesmo o que não tinha, o azar foi unicamente dela por não saber avaliar suas prioridades. Mas que prioridades? Um namoro furado?

A garota chacoalhou a cabeça para afastar os pensamentos e colocou o seu pão com geleia no prato para tomar uma xícara de café. Quando colocou a mão para apertar a garrafa azul, sentiu uma mão tocando a sua. Rapidamente as duas se afastaram.

Os olhos assustados de Rose encontraram os de Scorpius, que também não parecia estar completamente lúcido.

— Essa é a garrafa de chá. — ele disse baixinho, em meio de toda a conversa que estava tendo. Sem sucesso, a garota tentou sorrir agradecida. Nunca que Rose Weasley conseguiria beber um chá e se sentir satisfeita. Primeiro porque não tinha gosto de nada, e segundo porque café era muito melhor para ela, já que acompanhava o seu ritmo e não era como uma água quente com supostas ervas que não têm gosto de nada e lhe dá sono.

Eles se olharam novamente para tentarem decifrar, um nos olhos do outro, o que estavam sentido. Rose, incrivelmente, parecia estar decidida de que deveria aceitar tudo o que fez e apenas continuar levando a vida. Scorpius, como sempre, aparentava estar certo do que estava fazendo quando, na verdade, não estava nem um pouco.

Ele ainda não sabia se deixá-la no banheiro foi a conduta certa, não sabia o que estava sentindo em relação a ela. Mentira. Diferente de Rose, Scorpius Malfoy sabia exatamente o que iria começar a sentir não muito em breve. Como que ele não acabaria se apaixonando por ela? Scorpius estava começando a gostar da cor do cabelo dela, da maciez de sua pele e sua voz não estava mais irritante como antes. Ele gostou das experiências que teve com ela. Na cama, no chuveiro e onde mais ela quisesse. Scorpius sabia que estava começando a perder o seu autocontrole e isso o deixava com medo.

Medo por não saber se era a coisa certa a fazer.

Bom, pelo menos em todos os anos que foi obrigado a ver a cara de Rose na frente ele achou que ela não era exatamente o seu tipo.

Scorpius pendeu sua cabeça para o lado e continuou a encarar a garota, que apenas ficou corada e tentou olhar para todos os lugares, sempre voltando por um ou dois segundos para checar se ele ainda estava olhando-a.

Afinal, o que havia em Rose que a fazia não valer a pena?

Rose Weasley era inteligente, sensata, só um pouco birrenta e às vezes criança. Lia de tudo, desde romances até livros complicados de poções. Ela tinha um futuro promissor desde o primeiro dia que pisou em Hogwarts e foi para a grifinória. Rose gostava da ideia de mandar em alguém, então provavelmente seria chefe em algum departamento do Ministério da Magia. Ela também sabia lidar com as situações mais diversas, sendo ou não planejadas por ela. Scorpius sabia, acima de tudo, que ele era a situação mais excêntrica na vida dela. A primeira e única experiência da vida dela seria com ele — e Scorpius não se referia ao quesito cama — e ela se lembraria para sempre daquilo.

Ele já havia nascido com o dom de confundir as pessoas, mas sem dúvidas o que Rose estava sentindo era um grau acima do normal na escala de confusão. Scorpius parou de entender todo o sentido que ele jurava existir quando percebeu que o único problema ali era ele mesmo.

Quando percebeu o que estava fazendo, olhou para a sua xícara de chá e tentou ver alguma coisa ali que pudesse lhe dar a direção certa a seguir. Nunca foi bom em adivinhação, e estava realmente percebendo que Alvo não dizia que a aula de adivinhação era importante simplesmente por dizer. Poderia ser muito útil em alguma hora, como na que ele se encontrava com o seguinte dilema: Continuar odiando Rose Weasley pelo resto da sua vida ou dar uma chance para essa fresta de sentimento?

— Senhor e senhora Weasley, muito obrigado por ter deixado eu e o meu irmão passarmos a noite aqui, nós adoramos passar a virada com vocês. — disse Ryan McLaggen com aquele velho tom falso que Scorpius conhecia muito bem. — Mas agora nós temos que ir.

— Imagina, queridos, voltem sempre que quiserem.

Molly deu um beijinho em cada um e todos deram um tchau coletivo, com exceção do trio. Scorpius ficou pensando em quando foi a última vez que Molly lhe deu um beijinho no rosto, provavelmente foi nas férias do segundo ano. Suspirou.

— Que simpáticos eles, não?

— Não.

— Não.

— Definitivamente, não. — respondeu Alvo depois de Scorpius e Adam. — Não sabia que você se envolvia com pessoas tão baixas, James.

— A pessoa mais baixa é a Lily mesmo. — analisou James Sirius, já acostumado com essa conversa, rindo enquanto olhava de escanteio para a irmã que apenas revirou os olhos. — Veja bem, vocês não se dão bem, mas isso não significa que ele não é uma boa pessoa.

— Aliás, porque vocês não se dão bem mesmo? — perguntou Ronald curioso. — Adoro saber esses rolos adolescentes.

— Ele é um mentiroso. — respondeu Alvo.

— Falso.

— Filho da puta. — concluiu Scorpius encarando o ruivo. — Eu não gosto dele. Ele não gosta de mim. E dá pra sentir que ele gosta de me provocar.

— Ah, é, você é o centro do mundo e todo mundo te provoca por hobby, né? — Rose comentou enrolando a ponta do cabelo. — Esqueci desse detalhe.

— Alguns por hobby, outros por inveja e outros, como você, como profissão mesmo. — ele respondeu na lata, voltando a atenção para Ronald. — Ele não presta.

— Mas o Al também tem amigos que não prestam. — Lily se intrometeu na conversa fazendo Zabini estreitar os olhos. — A diferença é que os amigos do Jay são mais bonitos.

— É porque eu sou mais bonito. — riu James, como se fosse óbvio. — Gente bonita atrai gente bonita, gente feia atrai gente feia, é a lei da vida.

— Ah tá, e você atrai alguém desde quando? — perguntou Alvo, fazendo Gina apenas olhar para o teto com o início de uma discussão dos dois.

— Desde que eu nasci, pirralho, porque eu nasci bonito e não igual um lobisomem igual a você.

— Pelo menos eu tenho cabelo, e você que já tá ficando calvo?

— A nossa diferença é que eu vou ser um calvo bonito, enquanto você, com cabelo ou não continua feio.

— A nossa real diferença é que eu tenho uma namorada e você não. — Alvo sorriu vencedor. — Por que mesmo? Ah é! Porque ninguém quer ter que suportar você.

— Alguém vai me suportar, mas pelo menos não vão ter que cuidar de mim como se eu fosse um bebê. — James arqueou as sobrancelhas e sorriu provocador. — Vai chorar? Ou chamar a mamãe?

— Eu odeio você. — Alvo o encarou com o cenho franzido e depois encarou Lily. — E você também.

— A recíproca é verdadeira. — respondeu a garota rindo. — O ponto é, o Ryan é um gatinho. E o irmão dele também.

— Uma pena que você é uma pirralha ainda, né, pequena Potter? — Zabini deu um fim à breve discussão e sentiu que ganhou uns pontinhos com Harry Potter. E uns pontinhos já era um grande avanço.

Depois que todos se levantaram da mesa, o primeiro dia do ano não foi muito interessante. Scorpius foi para um lado e Rose para outro. O plano da garota era sentar no sofá e ler até a hora da janta, porém seus planos foram estragados por duas garotas que, sem permissão, se sentaram na sala e começaram a tagarelar.

— A vida é um negócio surpreendente. — Dominique deitou no sofá e olhou para sua prima morena que estava sentada aos seus pés. — Uma hora você está por cima, e em outra está por baixo.

— Surpreendente é a tia Gina fazer um mousse tão bom. — disse Roxanne colocando uma colherada do “mousse da sorte” na boca. — Ano passado foi difícil de engolir.

— Acho que é porque é de chocolate. Normalmente ela faz de baunilha porque a Lily gosta, mas… Esse o ano o James pediu pra ela.

— Ah, o James.

— É, o James.

— James.

— Eu cheguei a uma conclusão. Nós não vamos dar certo. — Rose olhou por cima do livro quando ouviu essa afirmação. — Quer dizer, porque insistir em uma coisa que tem tudo para dar errado?

— Não tem tudo para dar errado.

— Rox, por favor. — pediu Dominique mexendo os dedos. — Vamos ficar longe por meio ano, ele já está praticamente com a vida formada enquanto eu não sei nem o que vou fazer depois de Hogwarts.

— E você acha que só porque ele está em um time de quadribol profissional já está com a vida feita?

— É exatamente o que eu acho. Ele vai ter fama um dia, e fama atrai mulheres.

— E daí?

— Daí que nós sabemos que ele… O ponto é, nós não vamos dar certo e ponto final.

— Por que você insiste em colocar pontos finais em coisas que você nunca tentou, Dominique? Você já pensou que pode estar sendo egoísta?

— Egoísta?

— Sim, egoísta em relação a tudo que você está se privando de viver. — Roxanne passou a mão pelos seus cabelos ondulados e bufou baixinho. — Você não pode supor que algo vá acontecer e acreditar nisso. O único jeito de você saber do futuro, é você viver o seu presente e não é o que você tem feito.

— Isso é papo furado, Rox, fala sério. — Rose voltou os olhos para o livro ao ouvir isso. — Eu não vou ficar meio ano sozinha em Hogwarts pensando nele enquanto ele vai estar aqui fazendo sabe-se lá Merlin o quê.

— E você vai fazer o que em Hogwarts? Sair com alguém?

— Se eu quiser, vou.

— Ata. — riu debochadamente. — Você não sai com ninguém desde o quinto ano, Dominique, você acha que pode estalar os dedos e magicamente um cara que supra todas as suas exigências vai aparecer na sua frente?

— Acho.

— Acha, né. Então tá, eu duvido que você consiga sair com alguém, duvido. — Roxanne cruzou os braços, irritada. — As coisas não funcionam assim.

— E como funciona? Eu vou ter que ficar beijando ele e dizer pra todo mundo que somos melhores amigos porque nem eu e nem ele temos coragem o suficiente pra assumir alguma coisa?

— Talvez seja melhor do que ficar igual uma tonta que coloca ponto final em coisas que nem tiveram a chance de existir.

— Eu dei chances para existir, SÓ QUE EU NÃO VOU INSISTIR EM UMA COISA QUE TEM TUDO PRA DAR ERRADO.

— CHEGA, DOMINIQUE. — gritou Rose, fazendo a loira a olhar, no mínimo, muito brava. — Por favor, chega. Vocês duas.

— Por que vocês nunca me apoiam? — Dominique as olhou com olhos pidões.

— Só porque as coisas que você faz não condizem com uma coisinha chamada SENTIDO.

— Roxanne, menos. — pediu Rose fechando oficialmente a sua leitura do dia. — Eu concordo com a Rox, Domi, você deveria dar uma chance.

— Ah, Rose, por favor. — ela revirou os olhos. — O que você sabe sobre isso?

Rose Weasley se viu em uma situação incômoda. Fitou bem a prima, enquanto rangia os dentes e sentia um fluído congelante passar pelas suas veias.

Ela sabia muita coisa sobre dar ou não uma chance para alguém. Recentemente, fez duas escolhas muito decisivas que talvez pessoas covardes, como Scorpius e Dominique, não fariam. Terminar um namoro considerado longo por mais uma crise “normal” de ciúme é algo que, definitivamente, não seria um motivo suficiente para Dominique terminar com alguém.

Dominique não dormiria com alguém, não deixaria sentimentos novos invadirem o seu coração, não pensaria em deixar acontecer algo que nunca havia imaginado. A diferença é que Rose deixou, sentiu raiva, ciúme, insônia, mas também sentiu seu coração disparar, suas pontas dos dedos ficarem geladas e sentiu calor, muito calor em cima de lençóis, embaixo do chuveiro e em uma parede gelada de banheiro. Porém, Rose Weasley sabia que ela não foi feita para Scorpius Malfoy. E ele deixá-la sozinha no banheiro a fez ter certeza de que um relacionamento, de fato, nunca existiria.

— Heim? — Dominique a provocou. — Você não sabe nada também, a não ser que tenha dado uma chance para o seu… O que mesmo? Ah é! Rival.

— Eu pensei que você queria a nossa opinião. — a ruiva apenas ignorou o seu comentário. — Mas pelo jeito só quer colocar o seu ponto de vista acima do nosso para se convencer de que essa é a coisa certa a fazer.

Rose se levantou e sem dizer mais nada, subiu para o seu quarto.

[..]

Scorpius desceu as escadas em passos ritmados, como tinha costume de fazer quando era criança. Ele ajeitava as mangas de sua camisa azul petróleo enquanto segurava o seu sobretudo preto. Parou em frente a um espelho retangular que tinha em cima de um balcão na sala de jantar e após vestir o sobretudo, ficou arrumando a gola e, em seguida, o seu cabelo.

Apesar de alguns membros da família terem saído para jantar, os que ficaram estavam na sala de estar que não era muito longe de onde se encontrava. Ronald e Harry estavam sentados na mesa, jogando xadrez bruxo.

— Vai sair, Malfoy? — Ronald perguntou, sorrindo de canto para o seu amigo. Scorpius respondeu um singelo “sim”. — Com alguém?

Talvez Ronald fosse curioso demais. Scorpius queria realmente sair para tomar um ar fresco, alguns whisky de fogo e talvez até encarasse uma partida de poker mais tarde. Sozinho. Não chamou nem Alvo e nem Adam, porque precisava de um tempo para decidir que rumo daria para a sua vidazinha. McLaggen já havia ido embora e toda a sua paz interior voltaria em questão de horas.

Scorpius sabia o que estava sentido. Uma leve pontada de orgulho não o deixava admitir — em voz alta — que poderia estar gostando de Rose Weasley de uma maneira que nunca pensou que gostaria. Porque mesmo em seus sonhos mais malucos, nunca se imaginou gostando de uma criatura que só sabia gritar com ele. Mas ele nunca foi bom em adivinhação mesmo, então isso não o surpreendia.

Ronald o olhava esperando uma resposta enquanto Harry pensava em uma jogada. Engoliu seco e tentou pensar em uma boa desculpa para sair sete e meia da noite no primeiro dia do ano.

— Minha ex me mandou uma carta. — rapidamente olhou para ver a reação da ruiva que estava bem lá atrás quieta escutando Dominique falar. Sem reação. — Para nós sairmos e ver se conseguimos, ahn, resolver… Nos resolver.

— Resolver o quê? — questionou o Weasley. — Vocês já não terminaram? Se terminou está terminado, não tem nada para resolver.

— Ah, senhor Weasley, é complicado, né. Com certeza o senhor e a sua esposa passaram por momentos que acabaram se separando e voltando.

— Ele tem razão, Ron. — disse Harry finalmente fazendo a jogada. Ronald rolou os olhos sorrindo divertido. — Deixa o menino em paz.

— Eu estou deixando em paz, só não sei porque ele prefere sair com uma garota ao invés de ficar com a gente tomando uma sopa quentinha.

— Posso tomar a hora que voltar.

— Hmhm, não acredito que você volte, garoto.

— Nós vamos nos resolver, senhor Weasley, não necessariamente reatar. — defendeu-se sorrindo amarelo para o ruivo.

— Se você está indo pensando desse jeito, nada vai reatar mesmo.

— Pai, deixa ele ir atrás do amor da vida dele. — disse Rose em um tom irônico. — Quem sabe ele não fica por lá mesmo.

— É, quem sabe ela não seja mesmo o amor da minha vida. — o Malfoy passou a mão pelo seu queixo, querendo dizer que poderia ser uma hipótese a considerar. Mesmo não sendo. — Pelo menos ela não tem uma voz irritante.

— Você, Malfoy, é um covarde. — a Weasley disse observando os passos que ele dava até a porta. — Você não assume o que você fez ou o que quer fazer. Você faz, mas não é homem o suficiente para lidar com as consequências.

— Porque você sabe muito sobre isso, não é? — ele questionou abrindo a porta.

— Eu terminei com o Brian e até agora não me rastejei implorando para reatarmos.

— Ninguém está se rastejando aqui, Weasley, se você não ouviu direito eu vou sair com ela porque ela me chamou.

— E por que você tem que ir?

— Porque eu quero. — Rose estreitou os olhos. — Por que você se importa?

Rose ficou quieta porque começou a sentir o que ela não queria sentir, começou a falar o que ela não queria falar e começou a fazer o que ela não queria fazer. Scorpius estava certo. Por que ela se importava? Tinha decido que o que passou é passado e que, daquele dia em diante, ela tinha colocado um ponto final nesse sentimento sem fundamento que estava começando a sentir pelo Malfoy.

Ela virou as costas e Scorpius a assistiu se distanciando.

— Você não vai falar mais nada? — ele perguntou, inconformado. Era claro que aquela parte sentimental dele queria que ela falasse: Não, fica, espera, vamos conversar. Era claro que ele queria continuar tudo aquilo no banheiro. Era claro que ele queria ver o que aconteceria se ela admitisse, primeiro do que ele, que estava a fim de sair para tomar alguma coisa e conversar. Era claro para Scorpius. Apenas.

— Não.

— Você vai deixar eu ir sem falar nada?

— O que você está esperando, Malfoy? Que eu implore pra você ficar e tomar sopa com os seus dois amigos ao invés de sair e comer aquela vadia? Eu não vou fazer isso porque não tenho motivos.

— Você me irrita, Weasley.

Terminou fechando a porta um pouco mais forte do que deveria.

Andou em passos firmes e nervosos sem direção, só queria estar o mais longe possível daquela garota insuportável. Era difícil entender que ele estava desenvolvendo sentimentos por ela e que não era fácil de administrar?

Estúpido. Scorpius Malfoy era um estúpido por achar que Rose Weasley valia suas noites mal dormidas, um colar caro de sua mãe, um abraço de ano novo ou até mesmo alguns copos de whisky.

Aparatou.

Quando abriu os olhos apenas sentou no banquinho do bar em que sempre ia com Adam e Alvo e que, caso eles quisessem ir atrás dele, serviria de ponto de referência. Pediu uma dose, depois outra, depois outra, depois outra e ficou ali por algumas horas até se convencer que estava bêbado. Não olhou para ninguém, não falou com ninguém, ficou apenas tentando entender a confusão da sua mente.

Continuar odiando Rose Weasley ou dar uma chance para essa fresta de sentimento?

Era muito mais fácil a primeira opção.

Porque ele sabia que em qualquer lugar em que ela estivesse, ele não estaria em seus pensamentos. Talvez em forma de uma leve dor de cabeça, mas não da forma que lhe seria favorável.

E Rose Weasley realmente não deu a mínima, ou pelo menos aparentou não dar. Jantou com sua família, elogiou a sopa de sua avó e subiu para dormir. O ano não havia começado muito bem. Primeiro brigou consigo mesma, depois com Dominique e depois com o Malfoy. Já era o suficiente para ela.

Deitou nove e meia e dormiu até às oito horas do outro dia.

Quando desceu as escadas, surpreendeu-se ao ver que não era a única que já havia acordado. Alvo estava sentado na poltrona de seu avô e Adam estava ao seu lado. Conversavam bem baixinho. Rose os saudou com um “bom dia”, mas sequer fora ouvida. Pegou uma xícara de café e sentou-se à mesa para apreciar uma das poucas coisas que ainda gostava.

Olhou para a porta e lembrou da noite anterior. Claro que ela não foi dormir tão confortável quando deveria. Sentia-se, como de costume, insuficiente. Britney Parkinson, sem fazer absolutamente nada, conseguiu estalar os dedos e ter o ridículo do Malfoy aos seus pés novamente. Rose Weasley não seria o que Britney era para Scorpius nunca. Mas se arrependeu por ter causado uma discussão que não precisava acontecer.

— Cadê o Malfoy? — perguntou bocejando.

— Foi embora.


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Notas finais do capítulo

#Tenso
E ai, amores, o que acharam? Quero saber a opinião de vocês porque é, realmente, MUITO importante. Então comentem, não fiquem com vergonha aushauhsuashua
COMENTEM, FAVORITEM E RECOMENDEM, UHUUUUUUUUUUUUUU ♥
(a cada recomendação um beijinho dos dois {e se for maravilhosa, algo a mais})
KKKKKKKKKKKKKKKKKKK ♥
Me contem o que acharam, o que gostaram, o que não gostaram, o que querem que aconteça, etc, TUDO!
Comentem, favoritem & recomendem, UHUUUUUUUU ♥
Espero vocês nos comentários ♥
Beeijos,
Taahii ♥
Ps. Logo postarei mais fanfics, então fiquem atentas no meu perfil ♥
Ps². Fanfics Jaynique e Scorose ♥ ♥
Ps³. E uma one ♥ ♥ ♥