A.K.A. Spider-Gwen escrita por ladyenoire


Capítulo 9
Arco II: Na Teia da Mulher-Aranha


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários e boa leitura!!!



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Entrei pela janela de casa e logo olhei-me no espelho. Eu estava com a maquiagem borrada por conta do choro. Mas isso não me impedia de ser a Mulher-Aranha.
Vesti meu uniforme e saí o mais rápido possível pela janela.
Avistei Peter lutando contra o tal de Duende Verde. Ouvi sua risada macabra rasgando os céus de Nova Iorque e um calafrio percorreu meu corpo, pois meus poucos encontros com o vilão, não foram tão bons.
O Duende puxa uma de suas granadas laranjas e atira contra Peter, que explode em uma bomba de gás verde, mas Peter havia desviado.
Lancei minha teia no seu planador e puxei com força. O vilão simplesmente virou de cabeça para baixo, mas não caiu. Ele me olhou nos olhos e começou a rir.
– Outra cabeça de teia para eu aniquilar. - ele se virou novamente e veio até mim. Quando ele chegou bem perto eu apenas saltei e permaneci no lugar. Lancei minha teia no seu planador e ele riu e saiu voando comigo pendurada, enquanto o Homem-Aranha seguia a gente balançando-se pelos edifícios.
– Ótima ideia Gwen! - resmunguei ironicamente para mim mesma. Tentei lançar uma teia em um edifício qualquer, mas não saiu nada. - E ótimo momento para acabar a droga do fluído de teia! - Impulsionei meu corpo para baixo, fazendo o Duende Verde se desequilibrar e girar no ar. De alguma forma o Duende partiu a teia, e eu caí.
O vento estava forte e eu sentia ele se chocando violentamente contra o meu corpo. Sou jovem demais para morrer.
– Te peguei! - era Peter que havia me salvado. Ele estava segurando na minha cintura e eu estava abraçada em seu pescoço.
Ele pousou em cima de um prédio e me soltou. Ficamos parados por um tempo nos encarando.
– Obrigada. - falei.
– O que aconteceu?
– Fiquei sem fluído de teia. - ele assentiu nervoso.
– Eu... eu já vou então. - Peter disse olhando para onde o vilão fugiu voando.
*
Depois de me trocar, abri a porta de casa e entrei, como se eu tivesse acabado de chegar do meu encon... digo, jant... da saída com Peter.
– Olá filha, como foi o jantar? - disse meu pai sentando no sofá, cheio de papéis na volta e com uma xícara de café nas mãos.
– Decepcionante. - falei e fui em direção as escadas.
– Porque? O que aconteceu? - subi alguns degraus e parei para responder meu pai.
– Digamos que eu era a pessoa errada.
– Entendo. - ele largou a xícara e foi até o pé da escada e ficou escorado no corrimão - Você gosta dele, não é? - suspirei pesadamente e assenti - Eu me lembro do primeiro encontro que tive com a sua mãe. Eu havia saído com ela porque meu amigo disse que ela gostava de mim, mas minha cabeça estava em outra mulher. - ele olhou para baixo tentando se lembrar - Não me diverti no encontro e magoei sua mãe, tudo porque não quis enxergar o que estava na minha frente. - ele fez uma pausa.
– O que? - ri de leve.
– Uma pessoa incrível. - ele disse sorrindo - Eu pensei que estava saindo com a mulher errada, quando na verdade não havia mais certa. Decidi dar um tempo a ela e voltei a procurá-la. Saímos mais algumas vezes, e sabe o que aconteceu com a outra mulher que eu era apaixonado?
– O que?
– Nem me lembrava mais o nome dela. - ele sorriu novamente e eu também.
– Você é o melhor pai do mundo! - meus olhos se encheram de água e eu desci os degraus e o abracei bem forte. - Obrigada por tudo!
– É o mínimo que posso fazer para a melhor filha do mundo! - ele beijou o topo da minha cabeça e permaneceu abraçado comigo - Escute Gwen, às vezes é preciso dar um tempo para que as coisas se ajeitem.
*
– Ei Gwen! - ouvi a voz de Peter e suspirei olhando para baixo. Fechei o armário e me virei para ele. - Eu queria te pedir descul...
– Oi Peter, tem um minuto? - Mary Jane chegou sorrindo.
– É que estava falando com a Gwen. - ele disse sem jeito.
– Tudo bem MJ, eu já estava de saída. - dei um sorriso simpático para ela e saí dali. Qual é?! Não foi culpa da Mary Jane o que Peter fez, quer dizer, foi por ela; mas não que ela seja culpada.
O resto do dia passei ignorando Peter. Talvez eu devesse perdoá-lo, ele não fez algo muito grave além de me iludir, mas é melhor eu me afastar e ficar na minha.
Eu estava sentada no topo de um prédio observando a cidade. Olhei para a tela do celular e ignorei mais uma das vinte chamadas de Peter.
Já estava noite e eu fiquei esperando por algum crime o coisas do tipo para eu agir, como estava meio frio, abracei os joelhos e olhei para as estrelas.
– Finalmente te achei Gwen. - Peter chegou de surpresa e eu me assentei quase caindo, mas ele me segurou. - Olha, eu queria dizer que...
– Pode parar, tá legal? - o interrompi - Não quero explicações!
– Mas Gwen, eu me sinto péssimo.
– E como você acha que eu me sinto, Peter? - balancei as mãos frustrada. - Só me deixa, tá? - suspirei, pulei do prédio, lancei minha teia no prédio a frente e me balancei até ficar o mais longe possível dele.
Parei em um edifício perto do museu, onde estava acontecendo uma festa em comemoração ao novo artefato que será exposto. É um tipo de colar antigo, não sei dizer ao certo o que era. E é claro que algo daria errado, já que me sentido aranha estava disparado.
Ouvi pessoas gritando e coisas do tipo. Entrei correndo no museu e as pessoas estavam com cara de espanto, mas nenhum sinal de vilões ou coisa do tipo.
– O que aconteceu aqui? - perguntei a uma mulher.
– O colar... - ela apontou para uma caixa de vidro vazia -... foi roubado!
– Quem fez isso? - perguntei e logo o curador do museu apareceu ao meu lado.
– Não sabemos, quando vimos já tinha sumido. - olhei em volta tentando achar algum suspeito, porém não havia vestígios. Mas se meu palpite estiver certo, sei quem é o verdadeiro criminoso por trás disso, ou melhor, criminosa. - Por favor Mulher-Aranha, recupere a jóia para mim. Pago quanto quiser...
– Senhor, eu não faço isso por dinheiro. - falei o interrompendo com um sinal de pare com a minha mão - Vou ver o que posso fazer, fiquem atentos a qualquer coisa. - saí de dentro do museu. Fui me balançando entre os prédios, indo onde o sentido aranha me levava.
Notei uma sombra pulando de prédio em prédio com uma mochila nas costas, fui sorrateiramente até ela e parei na sua frente.
– Olá Gata Negra. - falei pronta para qualquer tipo de ataque. - Achei que estava presa.
– Foi um golpe de sorte Mulher-Aranha. Mas não vai acontecer de novo. - ela disse e partiu para cima de mim. Subi em uma pedra me impulsionando e pulei por cima dela, desviando do ataque.
Ela sorriu e veio até mim para me dar um soco, mas eu segurei sua mão. Ela tentou fazer o mesmo com a outra mão, mas eu segurei também. Dei uma joelhada na sua barriga fazendo ela se desequilibrar para trás e em seguida girei meu corpo acertando um chute em cheio no seu rosto, resultando na queda dela.
A Gata Negra levantou-se rapidamente, então lancei uma teia em seu pé e ela ficou presa esbravejando.
– Mais um golpe de sorte Mulher-Aranha, mas creio que você não é nada sem essas teias. O que acha que me enfrentar como mulher de verdad... - interrompi o discurso dela lançando uma teia em sua boca.
– O que você dizia mesmo? - falei e fui até ela arrancando sua mochila. Quando me virei meu sentido aranha vibrou.
– Onde vai? Estamos apenas começando. - olhei para ela que agora estava solta e com suas garras a mostra.
– Estava pensando em ir comprar uma caixinha de areia para você usar na cadeia.
– Fique tranquila, isso não vai acontecer! - ela sorriu maldosamente e avançou na minha direção com suas garras, mas eu me abaixei a tempo. Porém ela chutou minhas pernas e eu caí de joelhos, em seguida ela acertou uma joelhada no meu nariz, fazendo-me cair no chão. Ela veio por cima de mim mas eu levantei a perna e a atirei para o outro lado.
Atirei uma teia no rosto dela, tapando sua visão.
– Mas o que? - ela murmurou tentando tirar. Como a Gata Negra não enxergava nada, ela se desequilibrou, caiu do prédio e começou a gritar desesperada. Peguei a mochila dela e coloquei nas minhas costas, então corri e saltei em sua direção.
Lancei uma teia na criminosa e a puxei contra mim. Segurei ela e lancei outra teia em um prédio a frente. Quando estávamos próximas do chão eu a soltei e ela que caiu rolando.
– Não foi dessa vez, Gata Negra! - falei ajeitando sua mochila nas minhas costas.
*
Eu estava organizando minhas coisas na minha própria mesa que eu havia ganhando por ser uma ótima estagiária, quando de repente ouvi vozes falando em um tom mais alto vindas do corredor e todos os empregados ficaram se olhando. Me levantei para ver o que era e logo duas figuras passavam pelo corredor.
– Norman, você não entende. Não podemos investir nesse tipo de tecnologia, ela nem se quer foi testada. - um dos acionistas da empresa falava com o pai de Harry enquanto caminhava. Norman puxou o ombro dele e ficou frente a frente com o homem.
– Eu sou dono de grande parte de empresa, faço o que bem entender. - o senhor Osborn disse firme.
– Não interessa o quanto da empresa é seu. - o empresário falou firme também - Você não pode fazer NADA que o conselho não aprove, entendeu? Ou quer que eu desenhe?
– Não me venha com suas ironias Robert. - Norman colocou o dedo no peito do senhor Evans.
– Não são ironias. - ele afastou a mão do pai do Harry com um tapa e foi sua vez de colocar o dedo no peito de Norman - Fique na sua Osborn, caso contrário será afastado da empresa... de novo. - Robert disse e por fim saiu.
Todos estávamos parados, meios perplexos com o que havia acabado de acontecer.
Norman retirou um lenço de seu terno e passou em sua testa para limpar as gotas de suor que escorriam da mesma. Em seguida ele olhou na nossa direção e todos imediatamente voltaram ao trabalho, menos eu, que estava sem reação.
– Você! - ele disse e eu apontei para mim mesma - Sim você mesma, o que faz aí parada? Me traga um café. - ele disse e foi em direção ao elevador.
Pensei em dizer que esta não era mais a minha função, mas eu não queria correr o risco de ser demitida, ou coisa do tipo. Então fui pegar o café para meu chefe e depois entrei no elevador.
As portas se abriram e eu fui andando no corredor até chegar na sala dele. Dei duas batidas, mas não obtive resposta. Bati novamente e nada. Então abri a porta vagarosamente e notei que não tinha ninguém. Andei até a mesa do senhor Osborn e coloquei a bandeja com o café e saquinhos de açúcar.
Quando ia sair ouvi um enorme barulho ali, porém não sabia da onde vinha, mas meu sentido aranha vibrou. Olhei tudo atentamente e notei uma porta feita, provavelmente, de algum metal, meio camuflada mais para o fundo da sala.
Caminhei devagar até a porta e coloquei meu ouvido ali. Conclui que os barulhos vinham dali.
Ouvi passos atrás da porta e corri para o outro lado da sala, de maneira que parecesse que estava de saída.
– O que faz aqui garota? - era Norman que havia saído da sala.
– E-eu vim trazer seu café senhor Osborn. - falei.
– Ótimo! Mas saiba que bisbilhotar demais pode trazer consequências, senhorita Stacy. - ele disse sério, um tanto arrogante. - Já pode sair.
– Sim senhor. - baixei a cabeça e saí dali o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Então, o que vocês acham que vai acontecer com a Gwen e o Peter? Mais importante, como acham que a história vai indo, bem ou mal? Obrigada xx