A.K.A. Spider-Gwen escrita por ladyenoire


Capítulo 14
Arco IV: O Demônio de Hell's Kitchen


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários e boa leitura!!!



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Sério? Ele matou aquelas pessoas porque fizeram mal à ele? - meu pai arqueou a sobrancelha.
— É sério mesmo pai. - falei tentando convencê-lo de que Deadpool tinha motivos para fazer o que fez.
— Olha, nós já conseguimos as provas para prender o pessoal do "centro de pesquisas", mas as pessoas comentam, Gwen. Então é bom você conseguir um depoimento do seu amigo... De...Dea...
— Deadpool.
— Isso. Consiga um depoimento dele e vejo o que posso fazer por ele.
— OK.
— Estou indo para o trabalho. - ele juntou suas coisas e foi em direção a porta - Tente não se matar.
— Ultimamente tenho ouvido de você mais essa frase do que um "eu te amo".
— Eu não diria essa frase se não te amasse. - ele piscou para mim e saiu. Sorri pelo que meu pai havia me dito e peguei minha mochila para ir a escola.
Encontrei Peter no caminho e falei sobre as câmeras.
— Pode deixar que eu tiro elas de lá. Não quero você se arriscando mais do que deve. - falei.
— Gwen. - ele parou na minha frente - Eu sei que quer me proteger, mas eu quero estar nessa, entendeu? É minha escolha. - Peter me olhou com uma cara muito fofa e eu não resisti, suspirei derrotada.
— Tudo bem, mas tome cuidado.
— Eu sempre tomo. - Peter segurou minha mão fomos andando assim até a escola.
Durante o intervalo, ficamos conversando em uma das mesas que tinham no pátio.
— Gwen? Sentiu isso?
— Isso o qu... - meu sentido aranha vibrou e eu assenti olhando diretamente para Peter. - O que pode ser?
— Vamos verif... - ouvimos um enorme estrondo e alunos correndo para fora da escola. Eu e Peter saímos correndo e quase fomos levados pela multidão, pois íamos no sentido contrário.
Chegamos dentro da escola e vimos um rinoceronte gigante.
— DESTRUIR MULHER-ARANHA! - ele gritou, bateu os punhos no chão e veio na nossa direção.
— Vai se vestir.
— Mas...
— VAI! - empurrei Peter para o lado e corri na direção do rinoceronte. Agora pude ver que na verdade era um cara, com um tipo de armadura ou pele estranha.
Quando íamos colidir eu me joguei no chão e deslizei por baixo de suas penas. Ele gritou de raiva e virou-se para mim. Mas antes que pudesse fazer algo, acertei com um chute, que foi a mesma coisa que nada. Ele me acertou um soco e eu voei para o outro lado do corredor.
O rinoceronte veio em minha direção, mas foi impedido por Peter que havia acabado de chegar. Corri para eles na esperança de passar despercebida enquanto lutavam, para eu poder me trocar.
RINO NÃO QUER LUTAR COM HOMEM-ARANHA, RINO QUER MULHER ARANHA! - ele gritou e jogou Peter longe bem na hora que eu estava passando por ele. Então ele simplesmente se virou, me segurou pelo pescoço e me jogou contra o armário. - ONDE ESTÁ MULHER-ARANHA?
— Primeiro aprenda a não falar de si mesmo na terceira pessoa. - falei quase perdendo o ar. Ele se irritou mais e me prensou mais forte. Eu teria morrido se Peter não tivesse jogado o extintor na cabeça dele, logo ele me soltou e foi atrás do Homem-Aranha.
Me levantei com dificuldades e lancei umas teias nas costas daquele que se identificava como Rino e puxei. Ele cambaleou para trás e eu lancei outra teia e o fiz cair. Tossi por conta da poeira que levantou quando ele caiu.
Corri para Peter enquanto Rino se levantava com dificuldades.
— Vou colocar o meu traje e...
— Não, saí daqui.
— Não vou te deixar. Ele está atrás da Mulher-Aranha.
— Por isso que você deve sair. Se ele ver a Mulher-Aranha vai destruir tudo para matá-la. Agora vai. - fiquei parada encarando ele enquanto Rino já estava de pé.
— Eu não... - Peter me segurou pela cintura e me jogou pela janela, fazendo minhas costas se chocarem contra o vidro. Em seguida lançou uma teia na minha barriga e a prendeu no parapeito da janela.
Fiquei pendurada até parar de balançar. Não que eu não conseguisse sair antes, mas eu estava em um tipo de estado de choque.
Quem era aquele tal de Rino? Porque queria me matar? Será que alguém o enviou?
Vários questionamentos se passavam em minha cabeça. Então me desprendi da teia e corri para dentro da escola para procurar o Homem-Aranha. Não havia nenhum sinal de Rino, a não ser seu rastro de destruição.
A polícia já estava no local e eu passei pelo meu pai fazendo sinal de que eu estava bem. Corri mais um pouco e encontrei Peter caído no corredor com a roupa rasgada.
— Meu Deus! - levei a mão na boca e corri até ele - Vamos sair daqui, a polícia está no local. - segurei ele e passei pelo enorme buraco deixado pelo rinoceronte cinza, que ia direto para a rua. Me certifiquei que não vinha ninguém vindo e lancei uma teia no teto pra subir até lá com Peter. - Você está bem?
— Não pareço muito bem. - ele riu de leve enquanto se escorava em um cano do teto da escola.
— Desculpe, eu só... só estou preocupada. Você me salvou de novo, muito obrigada. - sentei ao lado dele e ele deitou sua cabeça sobre as minhas pernas.
— Eu sempre vou te salvar quando precisar. - eu sorri de leve e acariciei seus cabelos.
— Onde está Rino?
— Depois de um tempo ele viu que a Mulher-Aranha não iria aparecer e foi embora.
— Acha que alguém pode ter mandado ele?
— Como assim? Acha que o Duende Verde mandou ele? - Peter sentou-se e me encarou.
— E-eu não sei, mas precisamos investigar isso e descobrir uma maneria de deter Rino, caso ele apareça novamente. - ele assentiu - Vem. Agora, vou te levar para casa.
*
Liguei para Peter para confirmar se ele estava bem e por mais que eu tenha insistido em retirar as câmeras ele não deixou que eu fizesse isso. Então aproveitei para prender alguns criminosos e depois procurar por Deadpool. Mas onde eu o acharia?
Tive um palpite e fui até a lancheria onde compramos os hambúrgueres aquela vez. Fiquei parada no topo do prédio a frente do estabelecimento e logo avisto Deadpool saindo com um hambúrguer na mão.
Esperei ele atravessar a rua e lancei uma teia nele, o puxando para cima, onde eu estava.
— Belo modo de chamar a minha atenção. - ele disse enquanto sentava o chão e comia o seu lanche.
— Preciso que você faça uma coisa.
— Ah eu sabia. Eu sei que você queria ter algo a mais...
— Deadpool! - chamei sua atenção rindo - Não é isso, ok? Eu preciso do seu depoimento.
— Meu depoimento?
— Sim, para todos saberem o que esse pessoal fez com você.
— Relaxa, não preciso disso. - ele disse de boca cheia - Esse mistério é até bom para minha reputação, aliás, se você quiser que eu mate alguém, é só me ligar. Farei um desconto por que somos amigos.
— Como assim? Está me dizendo que é um tipo mercenário?
— Sim. Mas prefiro mercenário tagarela. Define mais quem sou.
— Mas...
— Não esquenta a cabeça, docinho. Não sou o herói, mas também não sou o vilão.
— Tem certeza que não quer depor? - ele fez que sim com a cabeça e ficou de pé.
— Agora. Pode me ajudar a descer? - assenti e o joguei do prédio. Lancei uma teia nele e a prendi no poste de luz. Antes dele ir, pulei do prédio, depois no mesmo poste e me pendurei de cabeça para baixo nele.
— Ei, Deadpool! - o chamei e ele se virou - Conhece algum tal de Rino?
— O rinoceronte?
— Esse mesmo. Sabe se ele trabalha para alguém, ou coisa do tipo?
— Posso descobrir, por um preço razoável de...
— Deadpool!
— Tá, tá. Farei de graça, mas vai ficar me devendo uma.
— Ok, obrigada, e... boa noite.
— Tenha bons sonhos Mulher-Aranha, de preferência comigo. - eu ri e finalmente fui me pendurando nos prédios até a casa de Peter.
*
— Nada! Não temos absolutamente nada que prove que Norman Osborn é o Duende Verde. - falei frustrada esfregando as mãos no rosto.
— Só temos ele fazendo coisas de empresário, entrando e saindo daquela sala e nada mais. -Peter disse revendo as gravações. - É isso! Precisamos entrar naquela sala.
— Você enlouqueceu? Não podemos fazer isso.
— Mas... - meu celular tocou e eu atendi.
Conseguiu o depoimento do seu amigo?
— Deadpool não quer depor.
Então não podemos fazer nada por ele.
— Ele também não quer isso.
Como assim?
— Longa história. Te explico em casa.
Tudo bem, cuide-se.
— Você também pai. - desliguei e me virei para Peter.
— Deadpool?
— Um cara que eu conheci. - falei indiferente.
— Que cara? - Peter cruzou os braços e ficou me encarando.
— Ah, ele é tipo um mercenário e tal.
— Gwen...
— Esquece isso, tá? Não é importante. - falei indo até ele e o abraçando.
— Se você diz... - ele me abraçou de volta.
*
Baixei a máscara por completo, corri e saltei do prédio. Lancei minha teia e fui me balançando para impedir um tipo de tráfico nas docas.
— Peter, onde você está?
— Tô chegando. - desliguei e parei atrás de alguns contêineres para ouvir a conversa dos traficantes enquanto esperava o Homem-Aranha.
— O chefe pediu para esperar o contato dele vir até nós.
— OK. - depois de um tempo, Peter não havia chegado ainda e do nada escuto um barulho de briga e tiros. Olho para o lugar onde estavam os traficantes e vejo um cara em um traje vermelho brigando com eles. Levei um susto, porque Peter chegou bem na hora e eu o puxei para briga. Haviam muitos malfeitores, mas estavam desarmados, acho que o vigilante havia tirado as armas deles.
Corri por cima dos contêineres e me joguei em um cara, o derrubando e depois me levantei e amarrei ele com teias. Lancei uma teia em um outro que estava em cima do vigilante vestido de vermelho e o puxei com força, batendo ele contra um contêiner.
Comecei a dar chutes e socos em todos os traficantes. Um deles segurou meu pescoço e me arrastou. Ele estava prestes a tirar minha máscara quando o vigilante de vermelho o derrubou.
— Obrigada. - ele assentiu e voltou a bater nos caras, assim como eu e Peter.
Acertei vários socos em um traficante que parceria um dos mais fortes. Ele cambaleou e avançou na minha direção tentando me acertar várias vezes, mas eu desviei. Então ele puxou uma faca do cinto e sorriu de forma maldosa.
— Uh, uma faca afiada? Cuidado! Sua mãe não lhe ensinou a usar apenas as sem ponta? - Ele rosnou e avançou, eu desviei e segurei sua mão. Acertei várias joelhadas na sua barriga e puxei a faca da mão dele. Girei meu corpo e acertei um chute no seu rosto. Prendi ele no contêiner com minhas teias, em seguida ajudando Peter a prender todos eles.
— Nossa! Acho que conseguimos. Você é o...? - disse Peter para o vigilante.
— Me chamam de Demolidor!
— O demônio de Hell's Kitchen? Cara, você existe mesmo! - disse Peter e ele sorriu de lado.
Ele vestia um uniforme vermelho com alguns detalhes pretos, sua máscara deixava a mostra a parte da boca - mesmo assim, era impossível reconhecê-lo -, haviam um tipo de chifres no topo da parte cabeça e no peito estava escrito "DD".
— E vocês provavelmente são Homem-Aranha e Mulher-Aranha. - assentimos - Obrigado pela ajuda, nos vemos por aí.
— Tchau. - falamos e ficamos ali até ouvirmos a polícia chegar. Saímos dali e depois de impedirmos mais dois assaltos paramos no topo de um prédio e ficamos conversando.
— Não acredito que conheci o de Demolidor! - ri.
— Ele luta muito bem. - falei e fiquei pensativa.
— Gwen, o que aconteceu?
— Nada, só que... não sei o que mais vou fazer.
— Calma, tudo vai ficar bem. - Peter veio ao meu lado e me abraçou. Encostei a cabeça no seu ombro e fiquei ali pensando como as coisas mudaram desde o dia que fui picada por aquela estranha aranha radioativa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!



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