A.K.A. Spider-Gwen escrita por ladyenoire


Capítulo 13
Arco IV: Piscina de Mortos


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos novos favoritos e pelos reviews, boa leitura!!!



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Ajeitei meu crachá, passei as mãos pelo jaleco branco e liguei a torneira para lavá-las, em seguida olhando meu reflexo no espelho.
Me via na mesma situação de um tempo atrás, logo quando comecei meu estágio na Oscorp. Porém era uma situação muito diferente da anterior.
Hoje era o dia que Peter e eu finalmente teríamos a prova de que o Duende Verde é na verdade Norman Osborn.
Peter vai camuflar algumas câmeras na sala de Norman durante a noite. Acontece que "acidentalmente" haverão algumas janelas abertas na Oscorp.
Depois que terminei meu estágio fui direto para casa. Liguei para Peter e ele disse que estava tudo certo. Desliguei o celular e ouvi um barulho lá em baixo.
Peguei meus lançadores de teia e desci as escadas lentamente.
– Ah que susto, pai. - falei com a mão no coração ao ver meu pai sair da cozinha.
– Desculpe Gwen, eu não quis te incomodar, já estou de saída. - ele disse juntando suas coisas.
– Mas o senhor mal chegou.
– Acontece que ocorreram cinco assassinatos só essa tarde e todos eles estão interligados. Preciso ficar de plantão por enquanto.
– Acha que pode ser o Duende Verde?
– Acredito que não, ele prefere ser visto tocando o terror, não é? - assenti - E se ele for quem você realmente diz que é, não tem porque matar pessoas que ele nem deve conhecer.
– Quem morreu?
– Funcionários de um centro de pesquisas do Canadá. Eles transferiram sua base para Nova Iorque por motivos desconhecidos e estão sendo mortos aos poucos.
– Quem será que fez uma coisa dessas?
– Não sabemos, mas estamos investigando tudo que podemos.
– Eu posso ajudar. Me dê o endereço desse centro de pesquisas ou de algo relacionado. - falei e meu pai não pareceu muito convencido - Eu prometo que vou tomar cuidado. - ele me olhou novamente com a mesma cara, mas pegou um bloquinho e anotou as informações.
– Esse é o único endereço que temos e fique sabendo que isso é confidencial. Não temos permissão de invadir sem ter provas. Tente não se matar. - ele disse e saiu.
– Também te amo. - falei sem ter certeza que ele havia escutado.
Coloquei me traje e saí em busca do tal centro de pesquisas.
– Como nunca ouvi falar desse lugar? - perguntei para mim mesma enquanto me balançava pela cidade.
Cheguei num prédio que parecia estar abandonado. Olhei novamente o celular para ver se estava no endereço certo. Decidi entrar pelo teto.
Lancei uma teia no telhado e fui andando vagarosamente.
– Isso não tem cara de um centro de pesquisas. - falei enquanto caminhava. O local era tão velho que as telhas abaixo de mim se quebraram e eu caí dentro de uma sala. As paredes estavam destruídas e a sala estava vazia.
Fui andando até outras salas e vi um painel na parede. Um painel muito tecnológico para um local como esse. Pedia algum tipo de senha.
Ouvi vozes então escalei a parede e parei no teto. Dois caras super fortes conversavam sobre suas namoradas. Eles digitaram a senha - que eu consegui ver qual era - e entraram na sala. Assim que a porta fechou, esperei alguns minutos e desci do teto. Digitei a senha e entrei.
Me assustei quando vi os dois caras que acabaram de entrar, caídos no chão. Eles não estavam mortos, mas inconscientes. Me escondi atrás de um tipo de maca que tinha ali.
– Ah que droga, matar pessoas me deixa com fome. - um homem em um traje vermelho com preto, segurando duas katanas, apareceu na frente dos caras. O traje cobria todo seu corpo, era impossível identificá-lo.
Saí de trás da maca e me posicionei na sua frente, porém um pouco afastada.
– Quem é você? -perguntei e ele se virou.
– O que está fazendo aqui? Você trabalha aqui por acaso?
– Não trabalho aqui, eu sou a Mulher-Aranha.
– Ah, a tal vigilante que andam falando. - respondeu dando de ombros - Eu achava que você fosse mais alta, talvez mais forte e...
– Dá para me responder quem é você e porque você matou as pessoas que trabalham aqui?
– Sou o Deadpool e isso... - ele apontou para os caras - Não é da sua conta mocinha.
– Isso é da minha conta sim, você está matando cidadãos inocentes.
– Inocentes? Você tem ideia do que eles fizeram comigo? - ele se aproximou e eu me assustei, mas não recuei. Não podia demonstrar que estava assustada. - Não, não tem. Então siga sua vida e finja que não viu nada, se não terei que te matar, inseto. - ele virou as costas, indo em direção aos caras.
– Ei idiota, aranhas são aracnídeos. - lancei uma teia nas suas costas e o puxei, em seguida acertando um chute, então ele se virou rapidamente e tentou me acertar com uma katana, mas eu desviei.
– Vai ser ótimo te dar uma surra. O papai aqui precisa extravasar a raiva. - ele girou as katanas e veio para cima de mim. Desviei dos seus ataques e dei uma rasteira nele que caiu e se levantou rápido.
– Quem está levando uma surra agora? - ele avançou em minha direção e eu chutei uma das katanas dele para longe. Eu segurei a sua mão e acertei duas joelhadas na sua barriga. Ele me segurou na barriga e me levantou, me virando de cabeça para baixo enquanto eu estava em cima dos seus ombros. Minha coluna estava dolorida, pois eu estava em uma péssima posição.
Deadpool foi me atingir com uma das katanas na barriga, mas eu segurei sua mão. Ficamos assim por instantes até que eu consegui desviar e acidentalmente ele mesmo ficou sua katana em seu pescoço. Ele me soltou e eu levei minha mão até a boca. Com certeza ele estava morto.
O malfeitor apenas tirou a katana do pescoço e avançou na minha direção. Passou de raspão na minha barriga, já que eu estava atordoada demais para desviar. Dei um grito por conta da dor e caí no chão. Como ele não estava morto?
– C-como você está vivo?
– Agradeça a esse pessoal, garotinha. - ele disse parado na minha frente. - Agora... Quais são suas últimas palavras? - ele puxou uma arma e apontou para mim. - Anda logo que eu to com pressa. Ah e se você não se importa, posso tirar uma selfie ao lado do seu corpo ensanguentado? Tenho muitos seguidores nas redes sociais.
Meu sentido aranha estava disparado, como era de se esperar. Então, rapidamente eu chutei sua arma e depois chutei seu joelho, fazendo ele se ajoelhar. Levantei-me, lancei uma teia na arma, a puxei para mim e o acertei forte na cabeça com ela. Deadpool caiu, mas se levantou novamente.
– Mas que droga! Dá pra você parar com essas tentativas falhas de me matar? - Avancei em direção dele, mas ele me chutou e me jogou contra a parede. Ele pegou a arma e veio em minha direção, mas parou do nada. - CALEM A BOCA! - gritou olhando para cima.
– O que?
– Não é com você. - ele falou gesticulando para mim - Tá, eu já entendi. - ele olhou para cima e coçou a cabeça com o cano da arma. - Escuta, eu não quero perder meu tempo tentando te matar, porque pelo visto vai demorar. Então... Quer ir comer um hambúrguer? - fiquei confusa e neguei com a cabeça.
– Você matou pessoas, precisa responder pelos seus crimes.
– Vamos comer uma droga de hambúrguer que talvez eu te conte o que quer saber. Esses caras não são inocentes.- fiquei de pé e encarei ele.
– Está me dizendo que você é o herói?
– Tipo isso. - olhei desconfiada - É sério, não vou tentar te matar, estou com fome.
– Quem te garante que pode confiar em mim?
– Você é uma heroína, não uma assassina. Agora podemos ir?
*
– Esse é o melhor hambúrguer da cidade. - ele dizia de boca cheia.
Nós estávamos no topo de um prédio, comendo hambúrguer e com a máscara levantada de maneira que só fosse vista a boca. Pude notar que ele tinha algumas cicatrizes na parte que estava de fora do rosto.
– O que são essas cicatrizes?
– Longa história. Mas basicamente, tem a ver com aquele pessoal.
– O que eles fizeram para você?
– Me disseram que iam me fazer um super-herói, mas me fizeram um monstro.
– Isso é horrível.
– Sabe quando o chupa-cabra tem um filho com o Freddy Krueger? É tipo o que eu sou agora. - ri de leve.
– Mas porque alguém de um centro de pesquisas faria is...
– Não é um centro de pesquisas. Quer dizer, é fachada. Eles fazem experiências ilegais em humanos. - a ficha finalmente caiu. Peguei meu telefone e comecei a digitar uma mensagem para meu pai. - O que está fazendo?
– Chamando a polícia.
– Ei, eu...
– Não é para te prender. E sim para dar essa informação que você podia ter dito antes de tentar me matar. - ele relaxou e voltou a comer. - Agora me diz exatamente o porquê de você ter matado eles.
– Eu não vou ficar falando sobre a minha vida sofrida... querem calar a boca?
– Hã?
– Não é com você, aranha.
– Com quem você está falando? É algum tipo de comunicador?
– Não, são duas vozes estúpidas na minha cabeça. - olhei confusa. - É uma longa história, ok? Tudo o que precisa saber sobre o "centro de pesquisas", - ele fez aspas com as mãos - é que eles são do mal e eu sou legal.
Eu abri a boca para falar alguma coisa, mas meu celular tocou. Era Peter, então eu atendi.
– Alô?
Oi, Gwen. Tá tudo pronto.
– Ok, você tomou cuidado?
Sim. Mais tarde eu passo na sua casa, pode ser?
– Tudo bem.
Tchau.
– Tchau, se cuida.
– Quem era? - Deadpool se inclinou para ver a tela do meu celular.
– Ei, não é da sua conta. - o empurrei.
– Que grosseria! Não devia tratar seus amigos assim.
– Quer dizer que somos amigos?
– Claro, mas se quiser podemos até ser algo mais... - ele se inclinou na minha direção fazendo bico, mas eu lancei uma uma teia em sua boca. Ele tentou falar, mas não conseguia.
– Bem melhor! - relaxei e baixei a minha máscara por completo.
– Vejo que esse é o começo de uma bela amizade, Mulher-Aranha. - Deadpool falou após ter conseguido remover as teias. Assenti e fizemos o famoso toque com um soquinho - Mas se você ainda quiser algo mais...
– Cale a boca, Deadpool. - revirei os olhos, mesmo sabendo que ele não veria, e o empurrei de leve.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram do nosso convidado especial na fanfic? O que acharam desse capítulo? A opinião de vocês é muito importante, então sintam-se à vontade para argumentar! Beijos x