A.K.A. Spider-Gwen escrita por ladyenoire


Capítulo 11
Arco III: Na Mira do Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Gwen? Você é a Mulher-Aranha? - apenas afirmei com a cabeça enquanto esperava ele baixar a arma. Meu pai ficou perplexo por alguns instantes e por fim abaixou a arma. - Porque?
– Eu fui picada por uma aranha e estranha e ganhei esses poderes. E como o tio do Peter disse uma vez, que "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades", então...
– Mas eu não entendo...
– Você é um bom policial, pai. Você usa esse distintivo e carrega essa arma porque sabe que se não o fizer, alguém que não deveria, vai. Essa máscara é meu distintivo agora. Se eu não definir o que isso significa que caras malvados vão.
– Como assim Gwen?
– Eu cometi um erro. - falei com a voz trêmula - Eu quero ajudar as pessoas e me visto dessa maneria, para que os vilões que enfrento não descubram quem eu sou e não machuquem quem eu amo. Mas ontem aconteceu que o Duende Verde me sequestrou, me pegou desprevenida, não tinha como fazer alguma coisa. - meu pai me observava atentamente - O Homem-Aranha tentou me salvar, mas eu não tive escolha e para sair de lá viva eu tive que revelar minha identidade, ou seja o Duende Verde sabe que eu sou a Mulher-Aranha.
– Nossa! - meu pai suspirou surpreso e levou a mão até a nuca, preocupado.
– Eu estou te contando isso tudo, porque você mais do que ninguém está correndo perigo e eu preciso que tome mais cuidado ainda, eu preciso que...
– Gwen! - ele fez sinal com as mãos para mim parar de falar - Isso é demais para mim. - ele se sentou no sofá e escorou a cabeça entre as mãos.
– Pai, me desculpe... - falei sentando ao seu lado e em seguida o abraçando. Ele ficou imóvel por uns instantes mas depois retribuiu o abraço.
– Eu diria para você tirar essa roupa agora mesmo e deixar de ser a Mulher-Aranha, pois não quero você arriscando sua vida. - ele fez uma pausa - Mas agora você precisa mais do que nunca proteger as pessoas que ama. Não se preocupe comigo, eu sei me cuidar. Fique de olho nos seus amigos, naquele garoto, o Peter...
– Sobre o Peter... - cocei a cabeça constrangida e ele ficou me olhando, esperando eu falar - Acontece que ele é o Homem-Aranha. - o queixo do meu pai caiu.
– Ai senhor. - ele colocou as mãos sobre a cabeça e depois balançou a mesma se acostumando com a ideia. - Escute Gwen, não deve deixar que pessoas inocentes se machuquem, mas acima de tudo, não deixe você mesma se machucar. Sua causa é nobre e por mais que eu não concorde, eu respeito isso, mas a última coisa que eu quero é te perder minha filha. - por fim ele me abraçou e ficamos bom tempo assim, tendo uma conversa familiar.
*
– Eu contei tudo a ele. - falei e Peter ficou surpreso.
– Como assim? Porque? Ele sabe só de você, ou sabe de mim também?
– Eu tive que contar, pois eu precisava garantir que ele tomasse mais cuidado. - fechei o armário e encarei Peter - E ele também sabe sobre você.
– Gwen, você não pode contar um segredo de outra pessoa dessa maneira. - fui andando até a sala enquanto Peter me seguia surtando.
– Ele precisava saber. - parei e me virei para ele - E tem mais, ele não vai contar para ninguém, é meu pai lembra? - Peter suspirou e se acalmou - Agora mais do que nunca eu tenho que protegê-lo, e mesmo que você seja o Homem-Aranha, não quer dizer que Peter Parker esteja livre das garras do Duende Verde.
– Eu sei me cuidar Gwen. - ele se aproximou de mim.
– Eu também disse isso, cinco minutos depois fui sequestrada e minha identidade secreta foi revelada para um vilão maníaco. - ele riu de leve - Ouça Peter, eu sei que pode parecer meio estranho, mas eu quero te proteger também porque você é muito importante para mim! - sorri e ele me segurou pela cintura e me beijou.
Peter Parker por um momento, com um simples beijo, me fez esquecer de todos os problemas que atormentavam minha frágil mente. Estar com ele me trazia um choque de sentimentos que era impossível de ser explicado, mas com certeza era algo bom.
*
– Peter, eu tenho que te contar uma coisa. - falei enquanto ele arrumava seus lançadores de teia.
– Diga. - ele disse sem tirar a atenção dos pequenos aparelhos.
– Eu acho que Norman Osborn tem alguma ligação com o Duende Verde.
– O pai do Harry? Como assim? - ele deixou de lado o que estava fazendo e virou-se para me encarar. Contei sobre os barulhos, a discussão e o sequestro. - Olha, se isso for verdade temos que nos manter mais atentos.
– Peter, eu trabalho na Oscorp, ele pode tentar me matar a qualquer hora. - falei com as mãos no rosto.
– Ei calma. - ele veio até mim e sentou-se ao meu lado, me abraçando em seguida. - Se ele realmente tiver alguma ligação com o Duende, porque já não fez algo?
– E-eu não sei. Se alguma coisa acontecer com o meu pai, jamais me perdoarei. - falei já chorando enquanto Peter me consolava.
*
O Duende Verde andou sumido por uns tempos, o que me deixou mais preocupada ainda. Quase toda hora eu ligava para meu pai, certificando-me que ele etá bem.
Norman Osborn anda sumido também e devido alguns arquivos e pistas que eu e Peter encontramos, temos quase certeza que o pai do Harry é na verdade o Duende Verde, mas infelizmente não temos com provar e nem como saber o porque disso.
Hoje de manhã liguei para Peter, perguntando se podíamos ir a escola juntos, mas ele disse que se atrasaria, pois iria ajudar a tia May já que ela havia pego um resfriado.
Cheguei na escola e depois que entrei vi uma cena totalmente desagradável: Peter e Mary Jane chegaram juntos conversando animadamente.
Baixei a cabeça e andei furiosa até meu armário, retirei o que precisava e fechei a porta com tanta força que quase quebrei a mesma.
– Ei, acredito que o armário não tenha culpa de nada.
– Ah, oi Flash. - falei calmamente.
– O que aconteceu?
– Nada demais.
– Eu notei pelo jeito que você tratou o pobre armário. - nós rimos.
– Gwen? - Peter chegou ao nosso lado e me chamou com uma cara desconfiada.
– Olá Parker, como vai sua vidinha medíocre? - disse Flash com maldade na voz.
– Bom dia Flash. - Peter sorriu ironicamente - Posso falar com você?
– Ah eu não sei, talvez você devesse ajudar a tia May, já que era isso que você ia fazer. Mas pelo visto não fez. - olhei discretamente para Mary Jane, segurei meus livros contra o corpo e saí dali.
– Gwen eu... - virei as costas e fui embora. Talvez eu tenha exagerado com Peter, mas eu estava nervosa com essa coisa do Duende Verde e a segurança do meu pai, não precisava de mais problemas.
*
Norman Osborn apareceu hoje na empresa. Dei de cara com ele enquanto ele passava pelos laboratórios para falar com o Doutor Connors, mas ele simplesmente me ignorou, o que é bom.
Deve ser paranoia eu pensar que ele tenha alguma relação com o terrível Duende Verde, mas é melhor ficar de olho.
Peter me ligava a cada cinco minutos, mas desistiu depois de um tempo.
Hoje à noite, fazendo a ronda eu encontrei uma gangue de criminosos assaltando uma loja, obviamente a espetacular Mulher-Aranha impediu o assalto. Agora eu estava sentada em uma gárgula feita de concreto que fazia parte do design de um prédio antigo.
Ouvi uma risada macabra e em seguida uma sombra parou a minha frente.
– Nos encontramos de novo Mulher-Aranha, ou será que devo dizer... Gwendolyn Stacy? - o Duende riu novamente e eu me coloquei de pé.
– E você, prefere que eu te chame de Duende Verde ou de Norman, sr. Osborn? - eu não tinha certeza se minha afirmação era correta, porém eu precisava saber.
– Vejo que a garotinha bisbilhoteira é mais esperta do que eu imaginava. - ele disse, fazendo-me ter certeza de que Norman Osborn é definitivamente o Duende Verde - Pena que você não durará muito Gwendolyn.
– Você é louco! Porque quer ser o vilão? Não se importa com que seu filho pensará de você?
– O meu filho é um inútil, um incapaz. Mas isso não importa agora. - ele riu - E porque você quer ser a heroína? Não sabia senhorita Stacy? Os heróis... - ele fez uma pausa - Sempre morrem! - ele disse e arrancou minha máscara.
– Você pode tentar Norman, mas nunca conseguirá me matar. Não tenho medo de você!
– Ah não, não, não. - ele riu - Eu não disse que ia te matar. Eu vou é tirar as suas esperanças e quando você estiver com um enorme peso na consciência por não ter conseguido salvar aqueles que ama, você morrerá sozinha, aos poucos... e eu não precisarei fazer mais nada. - as palavras dele me fizeram tremer. - Mas eu não vim aqui para isso, não ainda. - ele jogou a máscara para mim e permaneceu parado.
– Então para que veio? - falei com a voz trêmula, lutando para que as lágrimas teimosas não caíssem. Eu não posso chorar agora, não na frente do vilão.
– Vim para dar um recado. - ele voou para mais perto de mim e ficou cara a cara comigo - Não se meta no meu caminho Mulher-Aranha, caso contrário, tudo que você mais ama será tirado de você... da maneira mais drástica possível! - a risada do Duende rasgou os céus e ele por fim saiu voando em seu planador enquanto inúmeras lágrimas escorriam pelo meu rosto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem o que acharam, please!!! Obrigada x