A.K.A. Spider-Gwen escrita por ladyenoire


Capítulo 10
Arco III: A Queda de Stacy


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Parado aí Duende! - gritei para o vilão que estava no topo de um prédio com um refém amarrado em um pilar.
– Mulher-Aranha?
– Acho que a roupa me entregou. - falei uma das típicas ironias.
– Não era que eu esperava ver, mas não importa. Você não pode me deter. - ele lançou suas bombas em mim, mas eu desviei de todas. Lancei uma teia em seu planador e o puxei para longe. Fui até o refém e o reconheci como o senhor Robert Evans, um dos acionistas da Oscorp. - Esse homem merece morrer. E se você pretende ajudá-lo, deve morrer também.
Não tive tempo de desamarrar o cara, mas continuei lutando com o Duende. Ele jogou uma de suas bombas e eu atirei minha teia nela, girei meu corpo e joguei de volta para ele. A bomba pegou no planador dele, o deixando danificado.
– Isso não vai ficar assim!
Achei estranho a maneira como o vilão falou "esse homem merece morrer", será que havia um interesse pessoal por trás do sequestro?
Nesse momento me veio a mente a imagem de Norman Osborn brigando com o senhor Evans. Balancei a cabeça tentando afastar a ideia. O pai de Harry não seria um vilão maníaco, seria?
*
Mil teorias sobre o Duende Verde se passavam na minha cabeça enquanto eu pegava os livros que eu precisava no armário. Depois fui em direção a sala de aula. Antes de entrar vi Peter e Mary Jane conversando animadamente no pátio. Me virei e entrei o mais rápido possível na sala de aula.
Ora Gwen, você nunca ficou assim por causa de um garoto? Porque logo agora?
Bati na minha testa me punindo mentalmente por estar nessa situação. Mas afastei os pensamentos rapidamente para prestar atenção na aula, ou pelo menos tentar prestar atenção na aula.
*
– Gwen, espera! -ouvi a voz de Peter enquanto eu saía da escola, então apressei os passos para não precisar olhar na cara dele.
Mais afastada da escola, olhei para trás bem na hora que Peter lança uma teia em nas minha costas e me puxa para si.
– O que quer? - perguntei sem olhar nos olhos dele.
– Quero que me desculpe Gwen. Eu fui um idiota, eu sei, mas será que você pode me dar uma chance?
– Chance para que Peter? - peguntei olhando frustrada para ele.
– Para fazer isso. - ele simplesmente me puxou mais ainda para si e me beijou. Um beijo calmo e doce, enquanto suas mãos apertavam minha cintura. Não resisti ao beijo e finalmente coloquei minhas mãos ao redor do pescoço dele.
Aquele momento parecia tão perfeito que eu não queria que acabasse. Peter me fazia sentir como se fosse meu primeiro beijo.
Nos separamos por falta de ar e ficamos nos olhando por instantes.
– Suponho que agora que me beijou novamente irá atrás da Mary Jane, não é mesmo? - falei ainda com as mãos ao redor do pescoço dele.
– Quem é Mary Jane? - ele brincou e selou nossos lábios novamente.
*
– Descobriu alguma coisa sobre o Duende Verde? - Peter perguntou e eu neguei com a cabeça. Decidi não contar sobre o que penso do pai de Harry, Peter não acreditaria em mim sem ter provas. Ele bufou e se atirou na cama enquanto eu permaneci sentada na sua cadeira da escrivaninha.
– Só descobri sobre o Homem-Areia e a Gata Negra. - falei calmamente. - O nome dele é Flint Marko, eu acho. É difícil saber, pois ele é um criminoso que já tem passagem pela polícia e atende por vários nomes, mas o atual é esse. E ela se chama Felícia Hardy, o pai dela, Walter Hardy era um dos ladrões de jóias mais procurados do mundo, mas acabou sendo capturado. Ele ainda está vivo, mas cumprindo pena na prisão. Então a vida dela é meio que "vingar o pai".
– Interessante. - Peter levou a mão até o queixo e permaneceu com uma expressão pensativa. - Mas o que me intriga é esse tal de Duende Verde, o que ele quer? Ele parece tão...
– Maníaco, doido, maluco, doente, lunático, esquisito?
– Por aí. - ele disse rindo.
– Devemos abrir o olho, não sabemos absolutamente nada sobre ele. - fui até Peter e sentei na cama, ao lado dele.
– Isso pode esperar, porque agora eu quero passar um tempo com a minha garota. - ele disse sentando-se ao meu lado, segurando meu rosto e selando nossos lábios.
– Gosto muito de você cabeça de teia! - brinquei e baguncei os cabelos já bagunçados de Peter.
– Você é perfeita Gwen Stacy! - nos beijamos novamente, mas fomos interrompidos por gritos, era a tia May.
– Peter querido, desça aqui e traga sua amiga para comer um lanche.
– Já estamos indo tia. - ele gritou e ela concordou e saiu.
– Amiga... - olhei desconfiada para Peter, que riu e me beijou novamente.
– Vamos lá senhorita cabeça de teia. - eu ri e ele segurou minha mão e fomos até a cozinha lanchar.
Conversamos animadamente com a tia May que não parava de falar o quanto tinha orgulho de Peter. Realmente ela havia criado um garoto maravilhoso, isso não podia ser negado.
– Quer que eu te leve até sua casa?
– Esqueceu que eu posso me virar sozinha? - brinquei e o abracei.
– Ah, só queria tentar ser gentil senhora durona, mas tudo bem. - ele me abraçou de volta e nos beijamos, até eu decidir ir embora, pois já estava escurecendo.
De longe eu ainda enxergava a casa de Peter, então acenei para ele que ainda permanecia parado ali. Ele acenou de volta e eu sorri como uma boba.
Escutei uma risada macabra e fui mais para o meio da rua para ver o que era, dando de cara com o Duende Verde.
– Você vai servir! - ele disse e me olhou com com um sorriso maléfico. Eu saí correndo na direção da casa de Peter, mas ele veio no seu planador e me agarrou pela cintura, me tirando do chão.
Sei que sou a Mulher-Aranha, mas fui pega de surpresa, não tinha como vestir meu uniforme e se eu fizesse qualquer coisa, poderia revelar minha identidade.
O Duende me segurava pela cintura e me carregava pelos céus de Nova Iorque, enquanto eu tentava manter a calma.
– Me solte, ou eu...
– Ou você o que? - ele disse irônico e eu não respondi.
Logo ouvimos uns barulhos e eu vi o Homem-Aranha se aproximando.
– Ora ora, finalmente quem eu queria ver. - o vilão disse e rasgou os céus com sua risada macabra.
– Solte a garota! - Peter gritou
– Como quiser aracnídeo. - o vilão disse com maldade na voz e eu já sabia o que estava por vir. O Duende Verde me soltou enquanto eu gritava desesperada. Queria de verdade usar os laçadores de teia, mas não podia correr o risco de revelar minha identidade.
Peter veio em minha direção, porém o Duende acertou ele. Continuei caindo enquanto tudo parecia passar em câmera lenta.
– NÃO! - Peter gritava e tentava se livrar do vilão que ria e falava coisas maldosas para ele. Comecei a ficar mais desesperada e a gritar mais, pois estava perto de mais do chão.
Mas o Homem-Aranha conseguiu se livrar dele de alguma forma e lançou sua teia em mim. Minha queda foi parada bruscamente, mas nada que eu não aguentasse. Quando ele ia me puxar para cima do prédio onde ele estava o Duende explodiu a teia e pegou Peter de surpresa.
Comecei a cair novamente e quando realmente vi que não tinha escolha, era sacrificar minha vida ou minha identidade secreta, com muita dificuldade, mirei um prédio e acionei meus lançadores de teia. Me balancei até conseguir parar no chão. Notei que Peter havia ganhado vantagem, pois o Duende estava perplexo ao ver a cena.
Bati minha mão na testa e chutei com toda força uma lata de lixo que havia ali. Olhei para cima e percebi que o vilão já não estava mais lá, apenas Peter que parecia me observar atentamente. Então corri o mais rápido que pude para casa enquanto tentava ligar para o celular do meu pai, porém sem resposta alguma.
Agora você está em um labirinto sem saída Gwen Stacy, um dos maiores vilões de todos os tempos sabe sua identidade secreta enquanto você não sabe nada sobre ele, e o pior, sua família e as pessoas que você ama estão correndo grave perigo.
*
Cheguei em casa e percebi que meu pai estava na sala, tomando seu café.
– Que bom que o senhor está bem. - falei o abraçando apertado.
– Ué como assim? - ele retribuiu confuso.
– É que eu vi no noticiário que o Duende Verde atacou mais uma vez, pensei que... ah tudo bem, só fiquei com medo do senhor se ferir pai. - inventei a primeira parte, porém a segunda era totalmente verdadeira.
– Que isso filha, seu velho sabe se cuidar. - ele sorriu e eu fiz o mesmo. Porém não pude afastar a enorme preocupação e aflição no peito. Meu sentido aranha estava em alerta e eu sabia que não podia baixar a guarda, agora mais do que nunca.
Subi as escadas e ouvi batidas na janela, era Peter. Abri a mesma e praticamente o puxei para dentro.
– Está tudo bem? - ele disse ainda trajado de Homem-Aranha.
– Como assim está tudo bem? É óbvio que não está tudo bem! - respondi de forma meio grosseira devido a minha preocupação. - Desculpe, eu...
– Tudo bem, a culpa foi minha. Eu devia ter te salvado, primeiramente eu devia ter insistido em te acompanhar até em casa. - ele retirou a máscara, me abraçou e eu encostei minha cabeça no seu ombro.
– Não foi culpa sua e sim desse maníaco ajudante maléfico do Papai Noel. - ele riu de leve. Já eu, deixei algumas lágrimas escaparem.
– Ei não chore, vai ficar tudo bem. - ele disse enquanto eu permanecia ali imóvel.
– Agora meu pai corre perigo Peter. - falei chorando ainda mais - Eu não precisava disso.
Peter passou a noite comigo, mas não aconteceu nada demais, apenas ficamos deitados na cama enquanto eu chorava em seu ombro.
Durante a noite ouvimos sirenes, mas nenhum de nós foi ajudar. Eu não estava pronta para dar a cara a tapa novamente e Peter quis ficar comigo, por mais que eu tenha dito para ele ir ser o herói.
Na manhã seguinte, fui com Peter até sua casa para pegarmos os materiais dele e logo depois fomos para a escola. Eu estava cabisbaixa e preocupada com meu pai, vai saber o que aquele maníaco do Duende Verde pode fazer agora que sabe quem é a Mulher-Aranha?
Entramos na escola abraçados, arrancando alguns murmúrios dos idiotas que estudavam lá. Peter passou todo tempo ao meu lado enquanto eu queria desabar ali mesmo, mas não podia.
Assim que saí do colégio liguei para meu pai para me certificar de que tudo estava bem. Pensei por alguns instantes e tomei uma decisão importante.
Depois do meu estágio na Oscorp, fiquei esperando meu pai chegar em casa. Quase tive um surto porque ele demorou, mas me acalmei quando descobri que hoje era dia de hora extra.
– Cheguei! - meu pai gritou lá de baixo - O que queria falar de urgente comigo Gwen?
Eu estava no topo das escadas então joguei minha teia na parede e pulei os degraus parando ao pé da escada, trajada de Mulher-Aranha.
– O que faz aqui? Cadê minha filha? - meu pai disse sacando uma arma do seu coldre e apontando para mim. Me aproximei mais e ele segurou a arma mais firme ainda. - Mais um passo e eu atiro.
– Não se preocupe Capitão Stacy. - disse me aproximando com as mãos para cima. Quando cheguei perto o suficiente retirei a máscara, fazendo uma expressão de espanto tomar conta do rosto do meu pai.
– Gwen?


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Notas finais do capítulo

Título com referência a "A Queda de Murdock", Gwen se ferrando, Gwen e Peter se acertando... Então, o que acharam do capítulo, espero que tenham gostado!!!



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