A Raposa escrita por Miss Weirdo


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Hello darkness my old friend...
Mentira gal
Oi gente! Esse capítulo é mais paradão, mas serve de ponte. Finalmente estão fora do castelo, yay!
Agora, vamos dar uma pequena abertura para vocês lerem, sim? Já está na hora!
E eu queria agradecer ao One More Kennedy, por ter comentado em TODOS os capítulos! Bem vindo, leitor novo! Ainda não tive tempo de responder tudo, mas eu vou, juro!
Boa leitura gente :D



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Estava escuro. Eu permaneci em pé, e na minha frente, uma figura se formava. Em meio à névoa esbranquiçada que vinha do chão, pude detectar um vestido, longo, branco e esfarrapado. Os medalhões que caíam de seu pescoço denunciaram de quem eram as vestes, e eu baqueei.

— Mãe? — perguntei, incrédulo. Seu cabelo negro e cacheado caía em uma bagunça perfeita sobre sua pele fantasmagoricamente pálida. Algo ali estava bem errado.

Seus gritos agudos atravessaram meus ouvidos como uma faca, e eu tive de tampá-los com as mãos enquanto grunhia. Como se uma janela se estilhaçasse bem atrás de mim, virei-me de repente, fazendo a gritaria cessar.

Porém, lá estava ela de novo. Dessa vez, de joelhos no chão, encolhida, com a cabeça sobre as mãos, soluçando.

Eu fiquei paralisado, mas consegui aproximar meu braço de seus ombros trêmulos para poder tocá-la com meu indicador. 

— Vergonha! — gritou ela, fazendo-me dar um salto para trás, assustado. Minha mãe levantou o rosto, os olhos manchados de preto e lágrimas escuras correndo por suas bochechas — Tomeh, você me abandonou. Você sabia que eu estava sozinha, e foi embora! 

Eu dava passos para longe dela, mas cada vez mais seu corpo parecia próximo ao meu.

— Eu não… Mãe.. — tentei falar, mas gaguejava demais para que qualquer som deixasse minha boca.

— Assim como seu pai, você achou que suas vontades valiam mais que a mulher que te deu a vida! — gritou, a voz fazendo arrepios percorrerem minha espinha. Acabei tropeçando, e ela de pé — imprestável! Vergonha! Vergonha!

Foi então que eu acordei, ofegando e suado. Tentei fazer silêncio para não acordar os marujos, dormindo em meio aos sons de roncos e vez ou outra algum xingamento inconsciente.

Passei a mão em minha testa para tirar o cabelo, e logo me levantei para poder tomar um pouco de ar. 

Assim que passei pela escotilha, tomando cuidado para não fazer a escada ranger demais com meus passos, deixei o ar fresco e úmido das manhãs de Tiga encher meus pulmões com uma falsa sensação de que estava tudo bem. Cerrei os olhos e fui caminhando até a ponta do navio, para poder ficar parado naquele ponto de onde partia a lança de ferro. Sentia falta de deixar as gotas de água baterem em meu rosto, mas por algum motivo, ao chegar lá, me senti muito exposto.

O sol devia estar nascendo, mas estava tão nublado que era impossível ver qualquer coisa. O céu estava pálido, cinza, sem vida, mas ao mesmo tempo com uma intensidade inexplicável. Saí de lá caminhando, passando pelos mastros e me apoiando neles vez ou outra, sentindo o convés sob meus pés, uma súbita alegria percorrendo minha espinha. Era bom estar de volta.

Na noite anterior, havíamos disparado pelos corredores do palácio como se o mundo fosse acabar. Meus pulmões queimavam como nunca, e o pavor de encontrar algum guarda que nos impedisse era imenso. Eu não aguentava nem mais um segundo sequer daquelas paredes de pedra sufocantes, e levar Fox para o calabouço não era uma opção, definitivamente.

Por algum motivo, não havia guarda algum nos esperando. Nem fazendo vigia, nem na porta, nem nada do gênero, o que era uma sorte impressionante. Roubamos duas carroças de mercadores no meio da cidade, partimos para as docas sob a palavra de Fox de que o Metal Curse realmente estava no porto. Lá, nos esquivamos dos guardas na porteira e fugimos com nosso barco, finalmente, para o meio do mar.

Nos afastamos o suficiente para que os moradores da cidade não conseguissem seguir nosso caminho com os olhos e depois reportassem para o regente, mas se nenhum sinal foi dado pela Guarda ao ver que o navio estava indo embora. Imaginei que havia uma ordem prévia para quando isso ocorresse. Possivelmente Grier havia dito que os marujos partiriam naquela noite, e Fox ficaria para trás, então eles não deveriam se preocupar em vir correndo até nós com o intuito de nos afogar ou jogar algum papel com um decreto assinado em nossas caras.

Instintivamente, subi a pequena escada que levava ao convés superior. Passei o dedo pela borda da mureta de madeira, tentando decifrar a linha do horizonte, e me apoiei na amurada para ver se conseguia ver o mar, uma mistura de verde, cinza e preto. As ondas chocavam-se contra o casco mais violentas do que o normal, e mesmo assim de maneira preguiçosa. 

Então eu vi a prancha. Ela esticava-se para fora do navio, e me fez um convite. Me aproximei, dessa vez sem o medo de quando eu queria me jogar para poder fugir. Sentei ali, primeiramente ainda dentro do Metal Curse, mas depois senti a coragem de ficar de bruço, um braço para fora da madeira, traçando linhas imaginárias. O balanço do oceano, a mistura quase que monocromática do ambiente, o som suave da água, era quase como a primeira vez que eu tinha andado de barco em minha vida, aos quinze anos, quando deixei minha casa.

E, simplesmente de recordar esse momento, senti um calafrio. O sonho, ou melhor, pesadelo, que tive com minha mãe. É verdade, assim como meu pai, eu a havia abandonado. Nem por um segundo sequer eu pensei em como ela iria se sentir. Eu apenas parti, sem remorso, e me recusava a traze-la de volta à minha mente para que a culpa me fizesse retornar à Tiga.

— Então você voltou com essa ideia de fugir do navio da forma mais difícil? — a voz feminina tirou-me de meus devaneios, e por algum motivo eu não me assustei. Ela havia trocado o vestido vermelho do baile, que tinha se sujado e rasgado por causa da correria, para suas vestes comuns. 

— Tive um pesadelo — comentei, me sentando.

— Sou profissional nesse assunto. Conte-me sobre o seu — ela falou, cruzando os braços.

— Ah, bem… Eu sonhei com minha mãe.

— E o que aconteceu de tão ruim nesse sonho para que ele se tornasse um pesadelo?

— Ela me disse algumas verdades — falei, jogando a cabeça para trás.

Fox me olhou um pouco, em silêncio, e logo pediu:

— Por favor, saia daí.

— Da prancha? — questionei, balançando minhas pernas — eu gosto desse lugar. 

— Mas você pode cair — falou, entortando a cabeça.

— Me sinto bem seguro… Ah! — gritei, fingindo que caía, o que fez com que ela arregalasse os olhos e esticasse o braço para me alcançar. Puxei-a para perto, fazendo a prancha tremer.

— Você está louco? — perguntou, se debatendo, mas logo ficou completamente imóvel e com o cenho cerrado — eu preciso sair daqui.

Ela estava completamente desajeitada devido à maneira que eu tinha puxado, e percebi como estava tensa.

— Você tem medo de altura? — ri.

— Tenho medo de cair — falou, quase que sussurrando, como se aumentar o tom de voz a fizesse despencar.

— Fique calma, eu nunca deixaria isso acontecer.

— Acho bom — decidiu, ainda de olhos fechados, tentando se empurrar de volta para o navio com calma, mas desistindo eventualmente. Abriu os olhos com o tempo, e fitou o horizonte. Logo, apontou para longe — está vendo ali?

— Eu não consigo ver nada, para ser franco.

— De qualquer modo — ela revirou os olhos — naquela direção fica o Mar do Eco. 

— O Mar do Eco está por todos os lados — comentei.

— Eu sei, ele cerca todos os mares conhecidos, que cercam todos os continentes. 

— E o que tem de especial sobre ele? Não tem nada além das fronteiras. É por isso que quando gritamos, ouvimos o eco.

— Mas quando gritamos nestes mesmo mares, seja o de lava, o de corais, ainda assim ouvimos eco.

Parei por um segundo, confuso:

— Mas as pessoas navegam por aqui, e elas sabem que sempre vai existir terra depois.

— Ninguém nunca desbravou nenhum dos quatro mares do Eco — Fox contestou.

— Sim, desbravaram, e ninguém nunca mais voltou.

— E se encontraram terras? — questionou.

— O único navio que retornou disse que não há nada naquela direção.

— Não me convence — concluiu, o que foi um alerta para que eu não insistisse.

Parei por um instante e respirei fundo.

— Eu preciso lhe perguntar algo.

— O quê? — murmurou, movendo uma perna para o outro lado da prancha. 

— Bem… Lá, no palácio, quando você ameaçou Grier… Estava falando sério?

Ficou calada um tempo, e notei que apertava tão forte a madeira que os nós de seus dedos estavam brancos, e respirava lentamente.

— O que você acha? — me perguntou de volta.

Lembrei de como a ruiva havia apertado a faca contra seu pescoço, gritado que tirar sua própria vida seria como acabar com um fardo.

— Eu não sei. Acho que os Sailors não sabiam, os nobres não sabiam… Acho que você também não sabia.

A capitã arqueou as sobrancelhas e não me deu uma resposta. Apenas se arrastou desconfortavelmente até o navio, onde se ajeitou para poder levantar. Respirou fundo antes de entrar em seu quarto, sem olhar para trás.

Não levou muito mais tempo. Uns quarenta minutos, provavelmente, até que Jaguar corresse pelo convés anunciando que tínhamos chegado. Meu coração parou por um segundo, assim que eu finalmente entendi o que estava acontecendo: eu estava em casa.

Há cinco anos eu não pisava ali, há cinco anos eu me recusava a pensar em minha mãe, há cinco anos eu havia apagado aquele pedaço de mim. Mas as coisas estavam prestes a mudar.

Ancoramos o navio perto da praia. Desolado como era, aquele ponto de Tiga tinha apenas alguns rochedos e uma areia de tonalidade escura. Batata, Mohra, Sequela, Garra, Fox e eu pegamos o que precisávamos antes de finalmente podermos todos entrar nos botes e descer até a água. O resto dos marujos tomaria conta do navio. 

O vento gelado balançava nossos cabelos, e os recentes machucados da noite anterior ainda marcavam a pele dos homens, assim como a minha. A imagem nítida da garota branca como a neve que caminhou até o trono da rainha me perturbava, e minha curiosidade martelava por respostas. Fox não tinha ficado abalada. Elas não tinham uma ligação. Mas, ao me recordar dos semblantes transtornados de Hyn, Grier, Evanna e Jia, imaginei que poderia ter relação a eles.

Chegamos na areia, onde descemos dos botes e os puxamos para longe da água. Por um instante, todos olharam para mim, e me lembrei de que, a partir dali, quem comandaria seria eu.

— É só seguir em frente — anunciei, a voz quase inaudível. Fox assentiu e tomou a dianteira, e eu me esforcei para alcança-la.

— Não estou com uma sensação boa — ela confidenciou, apenas para que eu a escutasse.

Imediatamente me preocupei, visto nossos constantes encontros com demônios nem tão amigáveis. Arregalei os olhos, preparado para puxar a espada, mas a menina me lançou um olhar de represália.

— É apenas por me lembrar do que ocorreu da última vez que estivemos em uma praia… Aquela mulher — e então tremeu, incomodada — a que agarrou meus pulsos.

E eu quase havia me esquecido. Quando descemos no porto de Hiah, Fox e eu ficamos para trás para que eu pudesse buscar uma última caixa. Foi quando uma velha agarrou seus braços e passou a gritar sobre seu sangue.

— Híbrida — soltei a palavra, olhando para o chão — você entendeu o que ela quis dizer com isso?  

A ruiva fez que não.

— Vez ou outra me deixo lembrar disso… Não sei explicar. 

— Não precisa — afirmei — ela devia ser louca. Era uma velha no meio do mato usando uma túnica.

Esperava ver um sorriso no rosto de Fox, porém seu semblante permaneceu sério.

— Não sei até onde isso pode ser uma piada.

Os marujos conversavam animadamente. Para eles, o problema estava resolvido: longe do castelo, longe dos demônios. Pelo menos temporariamente. Imaginei se Grier não mandaria guardas atrás de nós, afinal, eu ainda era inimigo do reino. Até onde meus conhecimentos iam, ninguém havia mencionado qual nosso destino, apenas que pretendíamos encontrar minha mãe. De certo que minha cidade não era tão longe da capital, provavelmente uns dois dias a cavalo, mas de qualquer maneira, do que eu já tinha aprendido da determinação do regente, ele reviraria o mundo para nos encontrar, se assim quisesse.

Estávamos subindo um morro. O vilarejo ficava do outro lado. Por algum motivo, não me parecia real, rever tudo aquilo. Era quase como se tudo tivesse ardido em chamas, virado pó. Não parecia certo que as construções, as árvores, as ruas e as pessoas tivessem permanecido intactas enquanto estive fora. Era quase incabível.

Mas, ao chegar ao topo e ver as pequenas casas de madeira e pedra perfeitamente intactas, tive certeza de que não havia como fugir. O tempo tinha se passado apenas para mim.

— É ali — anunciei, apontando para uma das únicas construções de dois andares, um pouco mais afastada do resto. A estrada de terra levava até lá, e me deixei guiar pela floresta que circundava aquele lugar, de grandes árvores de copas frondosas, recheadas de folhas verde escuras.

Fox prendeu sua respiração, e foi como se estivesse se identificando com minha ansiedade, agonia. O coração dava pulos dentro de mim, e tive que passar a mão na testa para limpar o suor que não estava lá.

— Vamos caber todos aí dentro? — Sequela questionou, o que rendeu alguns risos.

— Estou surpreso que coubemos todos na cidade — Batata riu, e os outros seguiram seu exemplo. Mesmo assim, eu bloqueei todos os sons, e ao me aproximar o suficiente da porta, notei que estava aberta.

— Você está pronto? — Fox olhou para mim de relance.

Eu não respondi.

Mãe? — chamei, abrindo devagar.

Depois de receber apenas o silêncio, decidi entrar de uma vez.

E, por um momento, foi como se eu nunca tivesse partido.

O cheiro da minha casa, dos móveis, da comida que minha mãe fazia, a cor das paredes e os quadros pendurados, tudo me atingiu de uma única vez. Me vi novamente como o garoto de dez anos, que implorava para os pais pararem de brigar, como o garoto de doze anos, que passava as tardes longe de casa para ficar criando planos perto da floresta, porque no fundo, eu sempre soube que teria grandes responsabilidades, ou com quinze anos, quando finalmente percebi que se não fosse embora, a solidão me engoliria por inteiro. 

Cerrei os olhos por um segundo, mas logo me forcei a andar. Passei a mão pelas paredes de madeira azul claro, segui pelo pequeno corredor até alcançar a sala, que dava vista para a escada do andar de cima, traçando novamente o caminho que meu pai fez no dia em que fugiu de casa. Procurei pelo anel dourado em meu dedo, e senti uma enorme sensação de vazio ao constatar que não estava lá. Porém, ao olhar para as mãos de Fox, ela apertava o aro brilhante fortemente, olhando para tudo com atenção.

— Vocês podem se sentar — anunciei, sem realmente ligar para o que eles pretendiam. 

Os Sailors se espalharam pela pequena sala, se jogando no sofá e nas cadeiras, e tive de me esforçar para não passar mal. O maior motivo da minha ansiedade ainda não havia se mostrado. Onde a minha mãe estava?

E a resposta não tardou a chegar. Assim que me sentei nos degraus da escada, a porta do andar de cima se escancarou. Um homem nervoso saiu de dentro, gritando em Gher:

Suas previsões não fazem sentido algum, duvido que minha mulher lhe mandaria dizer algo desse tipo!

— A culpa não é minha se os mortos estão insatisfeitos com você! Volte aqui e pague meus serviços!

Mas, pelo visto, o homem não estava disposto a ceder seu dinheiro, e pareceu ignorar todo mundo que se encontrava na sala, batendo a porta atrás de si. Todos se calaram, e foi apenas uma questão de tempo até que a mulher morena resolvesse aparecer também.

Infelizmente, sua reação não foi como eu esperava.

Ela ficou boquiaberta, o que, de certo modo, foi esperado, mas logo em seguida deu um rugido digno de um animal selvagem ensandecido, desceu as escadas correndo e agarrou um prato na mesa da cozinha, o jogando em minha direção. Aquele não foi o último.

Mãe, pare! — gritei, enquanto me esquivava dos outros objetos que ela disparava contra mim.

Parar? Seu ingrato! — suspirei de alívio quando consegui virar, e um vaso se estilhaçou na parede — Eu te dei a vida! E como me retribui? Sumindo pelo mundo!

—  Mas agora eu voltei, pense pelo lado bom — falei, abrindo meus braços, fazendo-a ponderar.

Lado bom? Você é exatamente igual a seu pai! — e, com isso, deu um grito nervoso e começou a puxar um dos quadros, pronta para atirá-lo sobre mim como uma atleta profissional — Fora da minha casa, agora!

Alguém a segure, por favor! — pedi, enquanto levantava minhas mãos para cobrir o rosto. Mohra correu e a deu um razoável abraço de urso, que em uma situação hipotética poderia realmente imobilizar um urso, a fazendo se debater loucamente.

Tire suas mãos de mim, animal — cuspiu.

— Algo me diz que isso não foi um elogio — o marujo afirmou, enquanto fazia força para não deixa-la escapar.

Mãe, por favor, eu preciso de compreensão.

— Compreensão? — chorou, nervosa — Você simplesmente desapareceu. Deixou uma carta e foi embora. Eu esperava mais de você!

A culpa me atingiu imediatamente, e eu não tinha palavras para rebater seu argumento. Talvez porque eu soubesse que estava errado.

Eu entendo que você esteja brava…

— Brava? Eu estou irada! Vá embora… — ela me interrompeu, mas logo tomei a liberdade de fazer o mesmo.

— Estamos sendo perseguidos por demônios e precisamos de ajuda.

Seus cabelos negros e enrolados caíam em uma perfeita bagunça sobre seu rosto suado. Ela parou de balançar as pernas e ofegou por uns instantes, me dando tempo para prosseguir:

Você foi a primeira pessoa que eu pensei para esse momento, por favor, mãe. Esqueça as besteiras que eu fiz, e eu sei que eu mereço essa raiva, mas eles não.

Depois de um tempo de silêncio, ela disse:

— Demônios, hm? Posso saber qual de vocês ser o alvo?

Seu sotaque arranhado me deu certo incômodo, e torci para não falar daquela maneira.

Fox deu um passo à frente, calada.

Minha mãe a olhou de cima a baixo, depois arregalou os olhos, como se impressionada, e fungou algumas vezes.

— Muita coisa ser explicada agora.

Fiquei sem entender, assim como os outros. Mohra soltou minha mãe, que arrumou os cabelos, corrigiu a postura e se aproximou da capitã. Gesticulou com a cabeça, indicando a escada, e logo que a garota passou a subir os degraus, a morena virou-se para nós.

— Bem vindos à casa de Karmanda. Espero que vocês pagar pelo serviço, se sobreviverem.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Não esqueçam de conferir o meu super tumblr de autora, que está atualizado :D
www.tumblr.com/missweirdonotes



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