A Raposa escrita por Miss Weirdo


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi friendos e friendas, como vão?
Bem, eu queria pedir desculpas pela demora. De verdade. Misturei um bloqueio com a volta para o Brasil e o início das aulas, e acabei escrevendo tudo ontem e o resto agora, mas está sem a devida correção. Se vocês puderem me apontar os erros, vou ficar bem feliz :D
Queria agradecer todos os elogios que vocês fizeram ao meu mapa capítulo passado, espero ver eles aqui também (sim, eu sou carente).
Esse capítulo é mais como uma ponte para os outros, sim? Eu queria entregar logo, e não posso mais enrolar a chegada em Tiga. De qualquer maneira, não vou atrasar mais a leitura de vocês.
Apresento a vocês o capítulo 14!



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Naquela noite eu dormi no chão de Fox. Ali, encolhido, a cabeça apoiada nos joelhos. Eu estava tão absorto em pensamentos, o choque, aquela sensação ruim de que eu não deveria tê-la feito chegar a tal ponto… Ah sim, o arrependimento.

Para uma menina de 18 anos, ela tinha uma carga de vida muito grande. Não era certo, justo, alguém passar por todas as torturas que ela tinha. Mas quem disse que a vida era justa?

Acordei de repente com um toque suave - mas que me causou muita dor - abaixo do meu olho esquerdo. Fiquei de olhos fechados e em silêncio, apesar de a minha vontade ser sair gritando e explodindo coisas com o arsenal de Magma. 

— Isso dói - murmurei.

— É claro que dói, idiota, Mohra te acertou um belo soco - ela riu fracamente.

Abri um dos olhos, apenas para vê-la tirar a mão dali. Pegou algo do chão, e quando vi melhor, era uma batata.

— Por que diabos tem uma batata aqui? - questionei.

— Eu vou por no seu olho, oras - respondeu.

— Ah - conclui, mas então estreitei o olhar - por quê?

— Para ficar roxo menos tempo… Tomeh, você está bêbado de sono, cale a boca.

— Tudo bem - falei, e vi enquanto ela cortava a batata em rodelas.

— Isso, agora deite no tapete - mandou, e eu obedeci. Ela colocou a rodela sobre meu olho, e eu achei aquilo a maior idiotice do mundo, mas mesmo assim algo naquele momento me impediu de reclamar. Meu coração estava acelerado de um jeito estranho, e ver Fox daquele jeito, como se não tivesse mais que fingir, que esconder nada… A sensação era bem estranha.

Me perguntei que horas seriam. O ar frio da noite entrava da janela, uma pequena corrente de vento que mesmo assim fez os pelos de meu braço se arrepiarem. Bocejei com o sono.

— Realmente, foi uma longa noite - Fox comentou, como se fosse uma resposta a minha demonstração de cansaço.

— Uma longa noite não se compara a uma longa vida - falei sem pensar, ao me recordar da história sofrida da ruiva. Ela encolheu-se, sem graça, os olhos transbordando ressentimento - desculpe por lhe fazer contar.

— Você não fez nada - ela deu de ombros - contei porque quis. Eu poderia ter mantido esse segredo.

— De qualquer maneira, eu tenho sido um otário. Desde que entrei no navio - completei - não sei dizer, eu apenas decidi que minha meta de vida era desvendar seus segredos.

— Você realmente foi bem otário - ela sorriu - mas eu não deveria ter escondido isso de vocês. Os Sailors dão a vida por mim a cada saque, eles estão presos eternamente a esta “tábua flutuante” me obedecendo, e eu não lhes entreguei nem a verdade em troca.

— Mas Fox, reviver estas memórias deve ser algo tão doloroso - interrompi - eu não te culpo.

— Tomeh, não há um dia em que eu não reviva o momento do tiro - ela sussurrou. Logo em seguida fechou os olhos e gesticulou com as mãos - o barulho se misturou com os trovões, como se a morte de meu irmão estivesse eternizada a cada tempestade.

Fiquei em silêncio. Meus olhos vasculharam o quarto a procura de uma saída daquele assunto, o que não deixava de ser irônico. Eu, que havia insistido tanto naquilo, agora não podia deixa-la falar sobre.

— Você gosta de ler? - perguntei, olhando para os vários livros espalhados.

— Ah, sim - ela respondeu, e eu não pude dizer se sua entonação demonstrava decepção ou alívio - eram do antigo capitão, mas como eu passo bastante tempo trancada neste quarto, as palavras viraram minhas melhores amigas.

— Você realmente gosta de brincar com palavras - eu murmurei em meio a um gemido, já que meu olho latejava tanto que eu sentia que ele fosse explodir.

— Animado para rever sua família? - ela perguntou, mudando de assunto, analisando minha feição de agonia cautelosamente.

— Bem… - falei, mas simplesmente parei. Eu não queria falar sobre aquilo, e Fox não iria prestar atenção de qualquer maneira.

— Parece que alguém tem seus próprios segredos, não é? - constatou, com um leve sorriso, e depois daquilo nos afundamos no silêncio, mais uma vez, tendo como único som audível as ondas batendo no casco do navio.

Eu fui tentar falar alguma coisa, mas fui interrompido:

— Você deve voltar para o quarto - ela falou, ajudando-me a me erguer - você costuma passar tempo demais aqui, os Sailors estão desconfiando.

— Eles têm algo para desconfiar? - eu disse maliciosamente e de repente, o que me surpreendeu, e mesmo assim, não me repreendi. A pele da ruiva ficou igual a seu cabelo, e bem me agradava deixa-la daquele jeito. Sorri orgulhoso do meu feito, mesmo tendo sido algo sem querer.

— Vá embora, Tomeh - ela disse.

— Por que não me chama de Tom? - brinquei, enquanto ela me empurrava pela porta.

— Leve a batata - falou, deixando-a em minha mão e batendo a porta em minhas costas. 

Dei de ombros com um sorriso tosco em meu rosto. Desci a escada calmamente enquanto me direcionava até meu quarto, e, se bem me lembro, acho que até cheguei assoviando.

Assim que passei pela escotilha, a conversa dos Sailors cessou. Eles se encararam e logo após me encararam. Segui sem problema algum até minha rede, onde estiquei minhas pernas e cruzei os braços.

Depois de um tempo eles se dispersaram, já que alguns já até estavam dormindo. Provavelmente o único olhar que eu ainda sentia queimando-me era o de Mohra.

— Não é por nada, mas alguém te acertou um soco - Tobias falou, apontando.

— Aparentemente - eu disse, curioso por descobrir que Mohra não havia espalhado para todos que tinha tido o prazer de descontar sua insatisfação na minha cara.

Fechei os olhos e soltei o ar de meu corpo, procurando relaxar.

— A Fox ficou tão brava assim por você tê-la tirado do mar? - Batata questionou, e tive de raciocinar um pouco antes de entender o que ele havia dito, já que eu estava começando a me perder em pensamentos.

— O quê? - olhei-o, confuso, e logo após compreendi o motivo de sua dúvida - não, não foi ela.

— Então quem… - ele começou, mas então seus olhos se arregalaram e sua cabeça voltou-se para Mohra, e logo depois para mim - Mohra te deu um soco?!

Ele havia exclamado mais alto do que pretendia, eu imaginava, pois todos se viraram para nós, e eu cerrei os olhos com aquela famosa expressão de quem havia feito besteira.

Bufei irritado enquanto as perguntas começaram a chegar, vindas de todos os lados. Fuzilei Batata, mesmo não tendo sido proposital, e ele deu de ombros como que se desculpando. Revirei os olhos ao ouvir a única voz que se sobressaía no meio da bagunça, e já senti a paciência escapando de meus dedos.

— Você conseguiu acabar com a paciência infinita dele - ponderou Garra, gritando do outro lado do quarto - eu lhe pergunto como. Sendo que de você podemos esperar qualquer coisa, não? - e riu, debochando.

— Garra, você pode deixar para tirar sarro de mim amanhã, não acha? - eu murmurei, gesticulando que eu já me encontrava deitado e sem vontade para começar uma discussão.

— Mas você reconhece que é o único daqui que deixou Mohra nervoso. Parabéns pela proeza - ironizou.

— Pelos Deuses Garra, cale a boca - Jaguar disse, enfiando um travesseiro em seu rosto.

— A última coisa que eu quero ouvir agora é a sua voz - Sombra pediu, irritado, claramente tentando dormir.

— Agora todos vocês estão defendendo aquele idiota? - ele questionou, como se fosse um ultraje.

— Ele está quieto e quer dormir, assim como nós - Cabeça suplicou - por favor, cale a boca antes que você descubra que o facão em minha mão não serve para fatiar apenas carne.

Ele acanhou-se, ofendido, mas logo soltou uma última frase:

— Não entendo como aceitam Tomeh aqui - e revirou os olhos, jogando-se em seu colchão.

Desde a primeira vez que ele tinha me visto, amarrado e no navio do meu antigo capitão, eu já pude sentir que havia desgostado de mim. Caçoava e apontava defeitos meus a qualquer sinal de chance, como se quisesse tornar minha estadia, diga-se de passagem, permanente naquele navio algo insuportável. 

O meu lado impulsivo falou mais alto que o bom senso, e acho que pelo menos uma vez na minha vida eu não havia me arrependido de deixa-lo fazer seu trabalho.

— Qual seu problema comigo? - eu gritei, nervoso.

— O que foi agora? - ele virou a cabeça para mim, surpreso com o confronto.

— Eu só quero entender qual o motivo de você me desprezar - perguntei genuinamente, apesar do tom de minha voz ter saído bem mais agressivo do que eu realmente tinha a intenção. 

— Qual meu problema com você? - ele perguntou a si mesmo, mas sua entonação indicava que eu poderia procurar a resposta por mim mesmo - você não merecia estar aqui. Sua presença é insignificante para mim. Você não venceu a luta para poder entrar no Metal Curse, você mancha o nome dos Sailors.

— Eu não venci? - ri ironicamente - se eu não tivesse vencido estaria morto! - gritei, sentando-me - até onde eu sei, minha espada estava no pescoço de Sequela!

— É verdade - Sequela concordou, ainda deitado.

— Mas não foi você que o derrubou, e sim uma caixa! - Garra esbravejou.

— Também é verdade - Sequela voltou a falar.

— Pouco me interessa se foi uma caixa que o levou ao chão ou não, eu a derrubei. Estou aqui por mérito. O tempo todo os marujos ficam me dizendo para usar o ambiente a meu favor, arquitetar planos, vencer. O que eu fiz senão seguir o conselho deles?

— Você está aqui por mérito? Está aqui por sorte! - levantou-se, apontando o dedo para mim - para chegar aqui   Cabeça perdeu um braço, assim como Sombra. Sequela levou uma pancada tão forte que ficou insano, apesar de eu duvidar que ele é bizarro desde o nascimento, Magma ganhou mais uma cicatriz para a sua coleção, e aquela foi tão próxima de seu olho que quase a cegou. Tubarão perdeu mais dentes do que posso me contar, e por isso ele tem esses metais na boca. Eu quase perdi meu braço, garoto - cuspiu suas palavras, fazendo meu sangue ferver de raiva - o que veio a acontecer meses depois.

— Agora você me culpa por eu não ter quase morrido? - eu ri, incrédulo - você consegue ouvir as coisas que diz?

— Tanto faz se seu corpo ainda está inteiro - ele me fitou - por pouco não desmaiei de exaustão devido ao tempo em que fiquei duelando, e em momento algum pensei em desistir.

— Está dizendo que pensou que eu fosse desistir? - me levantei também. 

A tensão entre nós não podia apenas ser sentida, ela era completamente visível. Quando eu discutia com Fox, nossas palavras sempre tinham um quê alternativo, uma baixaria sofisticada, algo que se analisado poderia até ser cômico. Mas com ele? Eu apenas sentia vontade de levantar e quebrar todos os seus dentes, e ainda por insinuar que eu iria sair correndo.

— Acha que eu não sei daquele pequeno surto no dia anterior à luta? - ele falou, e eu arqueei as sobrancelhas. Ninguém sabia daquilo, a não ser Fox - quase se matou no mar por medo. Patético. Olhe para você, qualquer um de nós pode arrancar seu pescoço, nos falta apenas vontade. Eu não perderia meu tempo investindo contra um covarde…

Aquele pacóvio podia me chamar de tudo.

Mas de covarde não.

Eu não havia sido covarde ao passar toda minha infância com minha mãe incorporando mortos. Eu não havia sido covarde durante todas as brigas que meus pais tinham. Eu não havia sido covarde ao ver meu pai nos abandonar. Eu não havia sido covarde ao sair de casa para me perder pelos mares e conhecer o mundo. Eu não havia sido covarde ao quase ser assassinado por Fox. Eu não havia sido covarde ao ver pessoas torcendo por minha morte, e eu definitivamente não havia sido covarde ao pular do navio sem enxergar nada enquanto nadava na direção de demônios para salvar a capitã.

O mesmo fogo que surgiu dentro de minhas entranhas ao ver a ruiva rindo do meu desespero no dia da luta contra Sequela, aquela vontade que me consumia, o desejo de vingança, de impedir que as pessoas pensassem que eu era fraco, aquela pequena faísca que apenas esperava para causar uma explosão, ela me motivou a irromper pelo quarto como um relâmpago e me jogar em cima de Garra. Nós dois caímos no chão, e eu só tive tempo de acertar um soco em seu rosto uma vez, pois ele já me jogava para baixo para me bater, mas eu não pretendia que aquilo acontecesse. Começamos a rolar pelo chão em meio a grunhidos, enquanto os Sailors gritavam palavras de irritação e incredulidade, e no caso de Tubarão, incentivando, mas aquilo se devia a ele estar em um estado sonâmbulo. 

As garras da mão do meu oponente cortaram meu queixo, e eu gritei de dor. Eu senti enquanto o metal perfurava minha pele, a agonia, e o sangue logo começou a escorrer e a manchar de escarlate nossas blusas e pele. Quando fiquei por cima novamente, segurei sua cabeça e a bati no chão com força.

Senti que alguém me puxava para trás, mas minhas pernas lutavam por liberdade, chutando todos os lados enquanto eu implorava para me deixarem sentir o gosto de meu punho no rosto daquele imprestável mais uma vez.

— Vocês vão se matar, parem! - berrou alguma das vozes, irreconhecível no meio da gritaria.

Alguém puxava Garra para longe de mim, mas minha visão estava embaçada demais para poder ver quem era. Os barulhos ecoavam longe devido a bagunça, como se aos poucos eu estivesse perdendo meus sentidos, vendo-os voar para longe de mim, perdendo-se no escuro da noite.

Naquele momento, o loiro libertou-se dos braços que o seguravam e correu para cima de mim, e seus olhos continham tanta fúria que eu sabia que meu destino acabaria facilmente, era apenas ele querer. Muito bem, meu destino estava nas mãos de um psicopata cheio de ressentimentos porque eu ainda tinha braços e ele não.

Uma figura grande e negra entrou em minha frente como um armário protetor, fazendo Garra trombar e cair.

— Mohra, deixe eu acabar com ele, por favor — agonizou o Sailor, tentando se reeguer.

— Você está nesse navio há anos, Garra! - ele esbravejou, e sua voz potente e fora de si calou todos os gritos como um rojão. Engoli em seco, mesmo a conversa não sendo dirigida a mim, e se apenas imaginar o rosto de Mohra naquele momento já me dava calafrios, eu não podia sequer pensar em vê-lo - e comporta-se como uma criança cada dia mais. Diz que Tomeh mancha o nome dos Metal Sailors, mas não é ele quem sai criando intrigas entre os marujos por diversão igual garotas fazem. Se ele está aqui foi porque Fox o achou digno, e a palavra dela é tão poderosa neste navio que com uma simples ordem qualquer um de nós arrancaria sua cabeça. Estamos entendidos que se eu ver você atiçando mais alguém te faço andar na prancha?

O quarto ficou silencioso. 

— Eu perguntei se estamos entendidos - ele insistiu.

— Sim, Mohra - Garra pronunciou contrariado, e eu quase pude sentir seu orgulho caindo no chão e partindo-se em milhões de pedaços.

E logo após o homem virou-se para mim, e por algum motivo eu achei que ele fosse me estender a mão para que eu pudesse me levantar.

Bem, eu estava errado.

— Eu poderia ter deixado Garra arrancar seus olhos - fitou-me com desprezo - mas se eu fizesse isso Fox provavelmente arrancaria os meus.

Ninguém teve tempo de absorver a frase, pois naquele segundo um grito de socorro veio abafado do convés, logo após vários outros baques.

O mais perto da porta naquele instante era Jaguar, e ele correu para abrir a escotilha. Ao enfiar a cabeça para fora com o intuito de ver o que tinha acontecido, soltou um palavrão e correu para cima. Logo em seguida todos os outros o seguiram.

Quando eu achei que já tinhamos nos livrado de demônios pela semana (isso se não pela vida), eu vi Fox jogada ao pé da escada e uma figura bem vestida e translúcida parada a seu lado. Trajava um sobretudo com um suave brilho azulado, este com alguns grandes botões, e no topo da cabeça um grande chapéu que indicava que ele era o capitão de um navio. Em sua cintura, uma grande espada na bainha, e um revólver no outro. Ele estava de costas, e eu pude ver que seu cabelo era sujo e armado, mesmo após a morte.

Sua cabeça virou bruscamente para nós, e eu nem me surpreendi ao constatar que seu pescoço estava cortado, como se um simples sopro pudesse faze-la sair rolando pelo chão.

— Não é possível - Mohra murmurou, completamente chocado. Seus olhos estavam arregalados, e ao ver sua feição, eu raciocinei o que estava acontecendo.

O fantasma abriu um sorriso, e aquilo me deu calafrios. Ele então puxou a espada da bainha, e o som era como uma lâmina que partia nossos corpos, áspero, vidro se estilhaçando. Ele a ergueu acima de sua cabeça e arqueou as costas, pronto para vingar-se da garota que havia cortado sua cabeça anos antes.

O assassino de Proi havia voltado, e ele estava pronto para arrancar a cabeça de Fox.

Ele era um fantasma, mas eu não queria esperar para ver se sua lâmina faria mesmo o serviço, e antes que eu pudesse ter certeza do que estava fazendo, enfiei a mão em meu bolso para pegar a batata que Fox havia me dado, e em questão de segundos ela estava voando, apenas para atravessar a barriga do espírito.

Ele se virou para mim, surpreso, assim como alguns Sailors.

— Então é essa a utilidade da nossa comida neste navio? Impressionante - ironizou Cabeça.

O demônio então dissipou-se em névoa, mas eu sabia que não aquilo não acabaria ali. O ar frio balançou meu cabelo violentamente, como se o Metal Curse tivesse sido atingido por um tornado, e eu mal tive tempo de analisar os demônios que infestavam o navio como uma doença, pois assim como a batata que usei de arma, eu estava sendo jogado em direção a um mastro.

Aquela foi minha última lembrança.

 


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Notas finais do capítulo

Gente, eu queria saber se algum de vocês não conhece uma fanfic sobre Frary ou Kennash? Eu pretendo escrever uma Kennash assim que A Raposa acabar, o que acham?
Vejo vocês nos reviews! Beijos