A Raposa escrita por Miss Weirdo


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

{E SEU BATOM MATA MAIS QUE UMA PISTOLA
INSPIRADA EM NATASHA DO CAPITAAAAAAL
PISTOLEIRA DE ANTIGOS CARNAVAIS E COISA E TAL
TODOS OS HOMENS 'TÃO A FIM DE ALGO A MAIS NO FINAL}
Oi leitores lindos! Eu sou a Miss Weirdo e bem vindos a minha história!
Tentei fazer a abertura do Felps mas ficou uma porcaria, ignorem!
Depois de tantos dias longe de vocês (11, para ser exata), eu finalmente consegui finalizar o capítulo! Tipo, nesse segundo. Que coisa né. De qualquer maneira, não me xinguem. Eu demorei, sim, e o capítulo nem teve emoção "a gente esperou tanto tempo pra isso sua otária?" é o que vocês vão me perguntar, mas gente, justamente! Eu não tinha emoção pra descrever, tive um bloqueiozinho.
Anyways, chegamos a 1.123 visualizações! Eu não podia estar mais feliz gente, sério. É muita gente que viu A Raposa desde o dia 31 de outubro, eu fico bem feliz com todo o apoio que eu recebo de vocês, seus lindos ♥
Ah, criei um twitter de autora! Até agora está sendo bem divertido, eu consigo conversar com vocês e eu atualizo o tempo todo como anda a história, e eu sigo de volta, viu? Sou um amor de pessoa. @missweirdonotes <-- esse aqui.
https://twitter.com/missweirdonotes
AH! Resolvi aderir agora esse lindo sisteminha pra vocês se localizarem no mundo que eu inventei, é o mapa que eu mesma fiz. O navio é o pontinho preto, logo acima do "Mar Branco", As casinhas são os vilarejos, as torres, as capitais de cada ilha, e o castelinho em Epícia é a capital de tudo, okeijo? Portanto, como o Metal Curse parou na capital de Hiah para abastecimento, eles saíram da torrinha no capítulo 9 e estão viajando desde então :)
De qualquer maneira, sem demora, aqui está o capítulo!



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O dia estava lindo, o que contava com um maravilhoso sinal de que não morreríamos naquela noite. Naquela.

Antigamente, um dia bonito significava que não teríamos chuva, consequentemente o mar não ficaria agitado e teríamos menos chance do navio virar. Atualmente, quando o sol brilha e o dia está quente podemos todos afirmar que nenhum demônio tentará arrancar nossas cabeças. Realmente, a vida é feita de momentos.

O sol anunciava que era perto de meio dia. O ar era quente, o céu não tinha nuvens e se olhássemos para qualquer direção poderíamos perder a noção do infinito. O silêncio era algo nítido, mesmo sendo todos ali extremamente barulhentos. Fox havia comunicado a todos nossa mudança de rota, e não quis responder pergunta alguma, mesmo com o questionamento. Eu não culpava nenhum dos marujos, ir para Tiga sem querer dar explicações era algo completamente questionável, todavia eu não a culpava, pois ter que dizer a seus homens que resolveu ir para o norte para consultar-se com uma vidente relativamente psicótica porque um marujo que mal sabe lutar a disse para faze-lo também era algo completamente questionável.

Ello estava se recuperando, passando o dia inteiro em sua cama dormindo, ou apenas calado evitando falar com qualquer pessoa. Jaguar conseguiu colocar os olhos nele perfeitamente, e eu ainda me lembro - realmente, o fato havia ocorrido há dois dias - de esperar em silêncio com Fox enquanto olhávamos para o oceano ao adorável som de gritos de agonia. Aquele momento foi realmente agradável, não podia ver a hora de repeti-lo.

Devo admitir que apesar de a ideia de levar o Metal Curse para Tiga tenha sido sugestão minha, ainda assim encontrava-me ansioso. Não via minha mãe há anos, quando eu decidi lançar-me nos mares para desbravar outras terras e ver se de alguma maneira a promessa de meu pai se concretizaria. “O Destino vai te trazer de volta para mim”, ele havia dito, antes de desaparecer por completo da minha vida, e a partir daquele momento eu carregaria aquela frase como um mantra. Eu praticamente jogava todas as minhas esperanças nas garras de algo tão incerto quanto o Destino, pois aquele dia foi o marco inicial para todas as minhas crenças e muitas vezes o grande motivo para eu não ter meu corpo sem vida enterrado em qualquer lugar. O Destino me carregava.

De qualquer maneira, eu não sabia como eu iria reagir quando visse minha mãe depois de tanto tempo. Era algo complicado, pois quando meu pai nos abandonara, ela havia surtado. De certo ela nunca havia estado em seu estado mental perfeito, uma cartomante, ela dizia que os espíritos andavam pela casa, que se comunicavam com ela, o que foi algo bem difícil durante minha infância, crescer com estranhos em casa, famílias indo se consultar para ter as respostas de um ente que já não pertencia mais ao nosso mundo. Para mim, se a pessoa está morta, está morta. Por outro lado, eu também não sabia como ela iria agir quando o filho que não a via desde os 15 anos - e já que eu tinha vinte, estava fora de casa há 5 anos - aparecesse de repente com uma capitã instável e seus doze marujos mecanicamente modificados. Provavelmente eu devesse levar uma torta doce ou algo do tipo, talvez aquilo amenizasse a estranheza da situação.

Depois de uma investigação acirrada pelo navio à procura de qualquer atividade que pudéssemos fazer sem que fosse usar uma espada para tentarmos nos agredir em busca de diversão, encontrei-me satisfeito quando achei um conjunto de cartas, peças e um tabuleiro perdidos, o que na hora eu reconheci como meu jogo preferido de Epícia, e naquele momento eu corri para mostrar para os homens. Aparentemente eu havia encontrado algo em que eu poderia vencer a todos, pois eles só pensavam com os punhos, enquanto eu utilizava algo chamado cabeça.

— Então quem perder deve enfrentar outros cinco em uma batalha? - Tubarão perguntou.

— Não - balancei a cabeça.

— Deve cortar as próprias mãos e joga-las ao mar? - Magma olhou para mim, convencido.

Neguei novamente.

— Tomeh, existe qualquer coisa que envolva agressão, morte ou algum acidente brutal nesse jogo? - Sequela perguntou.

— Não - respondi, olhando-os se juntarem ao meu redor, enquanto eu mostrava o tabuleiro.

— Então não vejo graça alguma - Sombra jogou os braços para o ar, como se estivesse confuso.

— Mas o intuito do jogo é apostar dinheiro, e não a própria vida - comentei, esperando uma reação.

— Não é como se tivéssemos dinheiro por aqui - Garra cruzou os braços, encostando-se em um dos pilares - não pisamos em terra, se lembra? Somos os navegantes do metal, nada a perder, e também nada a ganhar - enfatizou.

— Mas vocês não possuem nada de valor? - questionei - um anel, corrente…

— Nenhum de nós seria tolo o suficiente para apostar os únicos bens que nos restaram de nossas vidas no continente - Batata me fitou - são as únicas coisas que restaram do passado que abdicamos.

— Ninguém nunca pensou em criar uma moeda própria para o navio? - olhei para eles - qualquer tipo de coisa que possa contar como dinheiro?

— Eu não quero dinheiro no meu navio - a voz de Fox soou, e todos se calaram.

— O que é algo contraditório para uma pirata - franzi o cenho, encarando-a.

— Contraditório ou não, é a minha palavra final, e enquanto pisam neste convés, minha palavra é lei - a voz autoritária, os olhos tão mortais que pareciam me perfurar como uma espada - fui clara?

Levantei as mãos, rendendo-me. Pelo visto quando o assunto era dinheiro ela parecia ficar bem desconsertada, mas aquilo era mais um segredo para a lista das coisas que eu queria desvendar.

Uma coisa que eu percebi era que os segredos de Fox me incomodavam, por nenhum motivo aparente. Eu não conseguia entender de onde havia surgido aquela vontade absurda, a urgência que eu tinha em faze-la se abrir, pois eu mesmo tinha segredos, e deles eu não abriria mão.

— O que é isso? - ela perguntou, olhando para as cartas, ainda em minhas mãos.

— Ah, é um jogo típico das ruas de Epícia - eu dei de ombros - encontrei perdido perto da minha cama, mas pelo visto ninguém sabe jogar aqui.

— Eu sei jogar - a ruiva fitou-me, os olhos desafiadores - e por acaso sou muito boa.

— Já tirei bastante dinheiro dos meus oponentes com isso - sorri com o canto da boca, cruzando meus braços.

— E por estar trabalhando com carregamento de navios quando o encontramos, assumo que lhes entregou muitas moedas também - ela arqueou as sobrancelhas, e eu não pude evitar o riso que escapava de minha boca.

— Aposto que posso vence-la - sussurrei.

— Isso é um desafio, marujo? - ela perguntou.

— Não pude ser mais claro.

Era possível sentir o fogo que estávamos trocando em nossas palavras por todo o convés. Os Sailors que estavam ao nosso redor encaravam em silêncio, entretanto com um sorriso em seus lábios. A capitã nunca se misturava em suas pequenas batalhas, aquela era a primeira vez que eles a viam se entretendo com algo em que eles estivessem envolvidos.

— Pois bem - ela estralou os dedos, como que se preparando - vamos jogar.

Sentei-me no chão, com ela logo a minha frente, e os marujos todos acocoraram-se ao nosso redor. Estiquei o tabuleiro, passando a mão por sua estrutura empoeirada, e logo passei os olhos rapidamente pelas cartas, checando se estavam todas ali. Fox pegou as peças do chão e começou a organiza-las.

— Eu jogo com as vermelhas - a ruiva falou, checando o desenho entalhado das pequenas estruturas quadradas em seus dedos.

— Algum motivo especial? - indaguei, separando as cartas em montes.

— Nada demais, apenas lembra o sangue dos meus inimigos.

Engoli em seco, mas mesmo assim achei meu caminho para descobrir a ironia daquele momento.

— Muito bem, eu fico com as pretas - puxei-as para mim.

— Certo, vamos deixar isso mais divertido - ela tirou os olhos do tabuleiro e me encarou com um sorriso atrevido - se eu ganhar, você vai se encarregar de todo o serviço de limpeza do navio até alcançarmos Tiga.

— Mas isso são três semanas! - exclamei, o cenho franzido - e você nem tem que fazer tarefa alguma no Metal Curse, qual o sentido disso?

— Considere como um ato de gratidão pelos anos de serviço dos meus homens, por mais que três semanas não chegue nem perto de todas as coisas que passamos juntos.

Garra gritou, animado com a ideia de não ter que passar o esfregão pelo convés pelas próximas semanas, e foi seguido pelos outros.

— Certo, mas e se eu ganhar? - indaguei, no meio do barulho, e todos ficaram quietos.

— Escolha seus termos - ela deu de ombros.

— Se eu ganhar… - parei para refletir. Não havia algo que eu realmente quisesse ali no meio. Foi então que um brilho dourado suave vindo do pescoço de Fox, escondido por entre a gola de sua blusa refletiu momentaneamente a luz do sol, chamando a minha atenção - bem, se eu ganhar eu fico com essa corrente - e apontei para ela.

Suas sobrancelhas arquearam-se em susto enquanto ela levou rapidamente a mão ao objeto e me respondeu com um não tão seco quanto o ar de um deserto.

— E por que não? - indaguei, curioso como sempre.

— Não é da sua conta - vociferou, e por alguns segundos pude sentir a tensão que se criava entre nós. Como poderia ser tão instável?

— Tem medo de perder? - inclinei meu corpo para a frente para obter mais proximidade entre nossos olhos. Por algum motivo que eu não conseguia decifrar, a ruiva tirava meu controle, assim como quando eu lutava com Sequela. O fogo que se criou em mim, a raiva de vê-la se divertir com meu sofrimento, e aquela sensação apenas espalhava-se como uma onda, e me consumia. Eu sentia não apenas vontade, mas necessidade de desafia-la.

Fox soltou o colar e me olhou com tamanha voracidade que eu agradeci aos deuses por não ter nenhuma espada por perto para ela atravessar minha barriga.

Sem qualquer aviso, pegou quatro cartas e colocou uma das peças vermelhas no centro do tabuleiro. Aquele era o começo do jogo.

Sorri sarcasticamente: aquele era o início de algo que nos levaria muito tempo e sarcasmo.

— Como se vence o jogo? - Sequela indagou, levantando o queixo suavemente.

— Vê que o tabuleiro é um losango quadriculado? - apontei movimentando a cabeça.

— Eu tenho olhos, Tomeh, o cego aqui é Bat - ironizou.

— Cale a boca, otário, ainda posso te jogar para fora do navio - o outro respondeu, e todos riram.

— De qualquer jeito - voltei a falar - temos nossas peças,e cada uma tem um desenho entalhado, e cada desenho tem um nível, pontos que você adquire, e as cartas são os complementos para os pontos, entende?

— Eu não quero saber como se joga, quero saber como se vence - Sequela respondeu.

— Não há vitória sem luta, Sequela - Fox disse, focada em contar suas cartas.

Sorri discretamente.

— De qualquer maneira, o jogo é ganho quando completamos todo o tabuleiro com as peças. Uma vez eu, uma vez ele. no fim, somamos com a pontuação das cartas e vemos quem fez mais - Fox completou.

Encarei seus cabelos por uns segundos, pois era impressionante como eles mudavam de cor. O sol os deixava vermelhos como fogo, mas a noite ele ficava castanho escuro, e em dias nublados um laranja suave. Até seu cabelo era instável, condizendo com sua personalidade de um incêndio.

— Tomeh, é sua vez, devo lembrá-lo durante todo o jogo ou você pode perceber por conta própria? - a ruiva ironizou interrompendo meus pensamentos, e eu revirei meus olhos.

Dentre minhas peças, pensei em começar com uma de pequeno valor, que somando com uma de minhas cartas superava a anterior dela. Era um peixe, e aquilo me lembrou que eu estava com fome. Balancei a cabeça para livrar-me da sensação.

Fox continuou a sequência, colocando mais uma peça e pegando uma carta do monte, a analisando. Aquilo ainda ia demorar para acabar, e eu me lembrei das incontáveis horas que passei jogando e apostas que eu fiz nos bares da capital. Eu costumava ser muito bom, mas também cometia os mais tolos deslizes. Me impressionava que nenhum dos homens soubesse jogar aquele jogo, e que dentre todos os presentes, a única pessoa fosse a capitã. Questionei-me onde ela teria aprendido, mesmo que a visão de ela rondando as periferias não fosse difícil de imaginar.

— Eu sei que tudo isso é muito entediante mas eu não consigo parar de ver - Tobias sussurrou, e quando eu me permiti desviar os olhos suavemente, o vi vidrado nas cartas.

Quem sou eu para julgar? Todos temos nossos vícios. Enquanto havia pessoas que apostavam quantias inimagináveis de dinheiro, suas casas e até esposas (acredite, eu vi isso uma vez), outros decidiam perder suas vidas com outras coisas. Minha mãe perdeu a família para um trabalho que assustava o marido e o filho. Os marujos se entregaram para as lutas, eu me perdi para o mundo e a capitã estava se afogando em seus segredos. Cada qual com sua sina.

Dentre as minhas peças, escolhi a do olho para jogar. Instantaneamente pensei em Ello, deitado em sua cama, com mais dor do que eu podia imaginar. Era uma pena que certas coisas tinham de acontecer, mas elas davam passagem a outras. Agora ele teria de se acostumar com a nova visão, e os deuses me perdoem por pensar como penso, mas eu não teria de cruzar com seus olhos investigativos quando eu falava com Fox. Apesar de arrependido, era algo que não parava de voltar a minha mente.

— Você está prestando atenção no que está fazendo? - a ruiva me perguntou, um pouco impaciente.

— Sim, estou - balancei a cabeça. Eu realmente deveria parar de me perder em devaneios e focar nas cartas.

Depois de muitas outras peças, faltavam apenas seis para o jogo acabar. Estávamos ali a certo tempo, e mesmo assim eu não havia me cansado, e ninguém tinha movido sequer um dedo. Me impressionava que aquela horda de bárbaros estava concentrada em algo tão meticuloso e preciso quanto um jogo de cartas.

— Tomeh - Fox começou, desviando os olhos de suas cartas para me mostrar um sorriso convencido - isso está divertido. Deveríamos dobrar a aposta.

— O que isso quer dizer? - Batata me cutucou.

— Isso quer dizer que ela quer colocar mais coisas em jogo - eu disse - mais apostas.

— Você está dentro? - a capitã questionou, arqueando as sobrancelhas.

Olhei para minhas peças no tabuleiro por um tempo. Estávamos empatados, assim dizendo, e quanto a suas cartas, não haveria como saber. Olhei para as minhas.

— Com certeza - sorri, confiante.

Senti ela vacilar um pouco, mas assim mesmo não deixou transparecer.

— Bem, então, se eu vencer, além que você cuidar da limpeza do navio até chegarmos em Tiga, também irá parar de fazer perguntas sobre a minha vida.

Então você pretende me fazer desistir, não é?

— Quais seus termos? - indagou.

Eu não tinha nada para pedir.

— A corrente e… E um favor - dei de ombros.

— Como? - perguntou, confusa.

— Eu não tenho nada para lhe pedir - eu respondi - um favor soa-me bem - tentei lhe dar o melhor olhar com todos os sentidos que eu pude, pois na verdade eu não sabia o que queria dizer, eu apenas precisava que ela desistisse. Logo, sussurrei - este jogo já está ganho, de qualquer maneira.

Dois podem jogar seu jogo, querida capitã.

Ela me fitou, um brilho de dúvida em seus olhos.

— Você está blefando.

— Será mesmo? - arqueei as sobrancelhas.

Será mesmo?

Ela ficou sem reação por um décimo de segundo, e eu quase podia ouvir o som de seus pensamentos entrando em colapso.

— Só pode estar blefando - ouvi-a murmurar.

— Eu não blefo - dei de ombros.

— Está blefando de novo - disse, para convencer a si mesma de que não estava enlouquecendo.

— Acredite no que quiser - falei.

Colocou sua próxima peça. Eu coloquei a minha. Assim fomos, até a última, onde era minha vez. Era possível ver a tensão entre nós. Eu definitivamente não queria passar as próximas semanas esfregando o convés, e principalmente não pretendia abdicar da minha habilidade em ser chato, ou seja, tentar descobrir o que aquela garota escondia por detrás dos olhos cor de mel.

E lá estava, a última coisa que havia me sobrado para colocar no tabuleiro. Não pude dizer se havia sido uma obra do destino ou se meu subconsciente havia tramado tudo. Entalhado na pequena estrutura de madeira estava o rosto de uma raposa.

Depois de somar o valor da última carta, lá estava o resultado.

O olhar perplexo de Fox veio antes que eu pudesse comemorar.

— Como? - ela indagou.

— Eu disse que não blefo - dei uma piscada, e naquele segundo todos os marujos começaram a gritar daquele jeito que faziam quando estavam animados. Ou bêbados, mas como não havia rum envolvido eu apenas aceitei que estavam celebrando por mim.

A ruiva levantou-se para ir embora, sem dizer uma palavra. Quando ela passou por mim, eu apenas estendi a mão, e ela entendeu o recado.

Arrancou a corrente do pescoço. Era grande, dourada e com um pequeno pingente de sol na ponta, algo bem bonito para uma bijuteria. Logo, sua voz seca atingiu meus ouvidos, e seu olhar indecifrável fez-me ter vontade de trocar de lugar com Ello, apenas para não ser afogado pelas ondas vorazes de dúvidas que eu tinha toda vez que olhava para ela.

— Cuidado para não sujar as mãos com sangue - falou, ao solta-la em minha mão - esse colar presenciou todas as minhas sinas.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Acho que de todos os capítulos até agora, esse é um dos mais fraquinhos, mas nós temos que lembrar que eles estão viajando, tipo, NO MAR, é óbvio que vai ter monotonia vez ou outra, certo?
De qualquer jeito, vou tentar atualizar antes de sábado, porque eu viajo, mas se eu não conseguir vai ser só semana que vem, ok honeys? Mas eu vou ficar atualizando o twitter, vocês podem falar comigo por lá ou por MP caso qualquer coisa :)
{COM 17 ANOS JÁ FUGIU DE CASAAAA
E JÁ CONHECE INCONTÁVEIS CANÇÕES
ELA TEM ALMA DE PIPA AVOADA
MAS SUA ESTANTE IMAGINÁRIA COLECIONA CORAÇÕES}
Cara, eu amo essa música