Soul escrita por NightmareMoon


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bem, essa não é a minha primeira fic. Já tem outras apenas na fila, apenas esperando para um desfecho. Erros de português e personagens meio OOC podem ser encontrados no caminho. Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/656513/chapter/1

Existem diversas concepções para o significado da alma. Na filosofia, é entendida como o princípio da organização do ser vivo, utilizada para explicar a complexidade da vida. Lendo Mateus, Lucas, Apocalipse, Deuteronômio e Números, já encontramos a explicação da alma sendo a existência após a morte, a parte imaterial e eterna do homem, o seu estado psíquico. Avaliando diferentes ideias e pontos de vista, encontramos nelas algo em comum: a alma sendo retratada como a parte imaterial ou espiritual do ser, que sobrevive à morte do corpo físico.

Para Francine, l'âme era como a arte da atuação, sendo a vida o próprio palco, a sociedade representando o público e o indivíduo, o ator. Desenvolvia diversos papéis diferentes, com características e atitudes distintas, mas sempre permanecia o mesmo em sua essência pessoal. Ela mesma já havia interpretado diversos papeis durante muitos séculos. Já foi da realeza e já experimentou da pobreza, invadiu o Palácio de Versales, ajudou na tomada da Bastilha, contemplou a Bellé Epoque, sonhou com Napoleão, sofreu com o ataque ao seu país, já foi submissa, burguesa e agora era uma rebelde feminista.

Passava tanto tempo lendo sobre as obras dos iluministas e suas ideias de igualdade e fraternidade que já perdeu as contas de quantas vezes se encontrou encarando o nada, perdida em uma conversa menta, enquanto alguém dizia alguma coisa. Levantou da cadeira velha de madeira que rangeu sob o menor movimento, passou as mãos pelo vestido que um dia já fôra branco e olhou para o céu.

“A noite hei de ser conturbada hoje”, e um calafrio percorreu a espinha.

~*~

“Fuck you, Germany!“, foi o que Arthur pensou — de forma gritante em sua mente — enquanto fazia uma careta e continuava sua marcha pelo território francês. Outros soldados ingleses andavam lado a lado, com o semblante sério e os olhos cansados. Fosse psicológica ou fisicamente, não tinha dúvida que todos, de qualquer nação envolvida naquela guerra, estavam exaustos. Não bastasse Hitler e sua megalomania psicótica, metade de um dos países aliados estava na posse do inimigo.

Arthur sempre sentiu uma antipatia enorme em relação à França.

E agora estava lutando para defendê-la.

Não havia ironia maior do destino.

Os recursos na parte norte do país eram escassos e grande parte dos soldados, tanto ingleses quanto belgas, estavam no limite. Não bastasse isso, logo a frente encontraram uma tropa alemã devidamente uniformizada, armada e aparentemente disposta. “Holy shit”, pensou Arthur, engatilhando a arma. O barulho do objeto absorveu o silêncio e de ali em diante podiam se ouvir gritos enfurecidos e olhares ferozes. Uma pequena amostra de um pandemônio.

Arthur não teve certeza de quanto tempo esteve lutando. Sentiu uma dor na parte de trás da perna, sua boca sangrava de uma direita que lhe foi desferida mas não tinha noção de nada. Ouvia gritos de companheiros caindo, tiros para todos lados e passos apressados por todos os cantos. Estava ocupado demais com um alemão na sua frente, de uma diferença de altura considerável e uma força ainda maior para perceber o outro que o atacou por trás. Seu corpo inteiro estremeceu e depois ardeu quando ele caiu de joelhos e gritou, contorcendo o rosto em uma careta agonizada e desesperada. Ordens para todos os cantos até que os sons se tornaram distantes e sua visão ficou desfocada, seus movimentos estavam mais lentos e seus membros pareciam feitos de chumbo. Sua cabeça tombou para trás e as pálpebras pesadas fecharam-se.

Acordou no outro dia, com um zunido irritante em seu ouvido. Mexeu-se levemente e logo se arrependeu quando a dor excruciante retornou e fez seus olhos verdes arderem. Abriu-os completamente observando uma figura branca passar de um lado para o outro, murmurando algo que parecia ser uma canção. Mas aquilo não era inglês. Felizmente, tampouco se parecia com o dialeto alemão. A figura branca notou que o soldado estava acordado depois de se auto delatar com um pequeno gemido de dor e se aproximou.

Não era uma figura. Era uma mulher.

O branco era de seu vestido estava levemente amarelado e rasgado na borda encoberto por um avental manchado na frente. Os cabelos louros estavam presos em um rabo de cavalo firme e os olhos eram de um azul brilhante, como um par de safiras expostas ao sol.

Monsieur Arthur? — perguntou ela.

Levemente desnorteado, assentiu desajeitado e levemente corado e se sentou no que parecia ser uma maca improvisada, assim como tudo naquele lugar, para então notar curativos em seus braços e uma gaze em seu torso.

— Vejamos o que temos aqui — disse ela, com um sotaque... francês, talvez? O inglês não tinha certeza. Não odiava mas sentia uma aversão forte em relação ao país em questão e tudo relacionado a ele. — Essas pistolas fazem um estrago e tanto. Felizmente, monsieur, não é nada grave. Acho que em até uma semana já estará recuperado.

Arthur duvidou que não fosse grave, mas comparado com todas as atrocidades que observou em seu caminho durante aquela maldita guerra, o que quer que tivesse acontecido com ele, não passava de um corte comparado com a carnificina lá fora. O inglês estremeceu ao lembrar do cheiro de guerra misturado ao desespero de seus companheiros e de uma sensação angustiante contínua, como se fosse a presença da aproximação da própria morte. Olhou novamente para a enfermeira que estava arrumando todos os medicamentos e curativos dentro de um pequeno armário de madeira velho que parecia ceder à qualquer momento.

Who are you? — perguntou, corando levemente quando a moça em questão se virou para ele.

— Francine Bonnefoy — respondeu, sorrindo um pouco e logo voltando para seus afazeres. Deveria estar preparada caso algum soldado aparecesse sem uma perna ou com a parte da cara queimada, o que não seria nenhuma surpresa, e uma bagunça desnecessária de nada serviria.

O loiro não se contentou com a resposta. Aquela era uma enfermaria improvisada de guerra, claramente. Era reconhecível pelas macas também improvisadas e pelos vários corpos em cima das mesmas, porém mais afastadas do lugar onde ele se encontrava, ou até mesmo no chão, se o caso fosse mais simples e requeresse pouco tempo. E Francine era uma mulher. No meio da guerra. O que, for the seven hells, ela achava que estava fazendo ali?

— Mas você é uma mulher — murmurou, franzindo a testa.

A francesa fechou o armário, com um sorriso pretensioso no rosto e se aproximou do soldado, cruzando os braços.

— Já que deduziu o óbvio, posso dizer que não houve nenhum dano cerebral.

Arthur se sentiu ultrajado e acabou ficando um pouco vermelho. Damn i', ele só não conseguiu se expressar bem!

— Guerra não é lugar para mulheres! — exclamou, irritado.

— Retiro o que eu disse, você teve algum dano cerebral — replicou a francesa, agora com os olhos semicerrados e a boca franzida. Não permitiria que um inglês sobrancelhudo e idiota desrespeitasse seus ideais feministas, em nome de Jeanne D'Arc!

— Eu não tenho nenhum dano cerebral, stupid french! — resmungou, encarando a mulher em sua frente. — Mas você é uma mulher, não deveria estar aqui! Guerra é para homens! E eu sou um homem, bem mais forte que você! Não percebeu isso?

Mon Dieu, eu não havia percebido! Então saber que uma mulher está sendo mais útil que você deve ser uma vergonha, non? — perguntou Francine, com um sorriso cínico e um tom ácido na voz.

Ver Arthur irritado e vermelho procurando uma resposta que não fosse tentativas gaguejadas de soltar algum palavrão em inglês ou algum contra argumento fez a francesa rir, o que deixou o inglês mais injuriado ainda. Amaldiçoou todas as pessoas que vieram em sua cabeça, incluindo Hitler por ter iniciado uma guerra, o maldito alemão que havia o machucado, ele próprio por ter conseguido ficar sob os cuidados de uma pessoa tão irritante — e mulher! — e por último Francine, que o deixava tão confuso e cheio de sensações conflitantes.

No dia seguinte, Arthur abriu os olhos se deparando com o pesadelo em que estava. Virou para o lado e se arrependeu quanto o ato arrancou exclamações de dor (mais altas do que o inglês pretendia), fazendo uma francesa aparecer rapidamente, com os olhos azuis preocupados e a testa ligeiramente franzida.

Qu'avez-vous fait, imbécile? — perguntou.

— A culpa não foi minha! — replicou Arthur, resmungando. — Aposto que se fosse um homem cuidando disso, eu não sentiria tanta dor!

O sorriso de Francine se tornou sugestivo, o que fez o inglês rapidamente se arrepender da frase ao perceber como ela soava em voz alta, principalmente se fosse compreendida em outro sentido.

— Então você prefere um homem cuidando de você, anglais? — a loura soltou uma risadinha. — Não sabia das suas 'preferências', cher.

I DIDN'T MEAN THAT! — exclamou um Arthur corado, mais pela vergonha do que por raiva.

A francesa apenas riu enquanto balançava a cabeça, se divertindo mais ainda com o embaraço do inglês. Arthur sentia a sorte zombar de sua cara.

Com o passar do tempo, Arthur foi percebendo coisas sobre Francine que o intrigavam. Primeiramente, ela era francesa, nascida em Ajaccio, na ilha de Córsega. Suas próprias origens já tinham muito a dizer sobre sua própria personalidade: berço de Napoleão e de Paoli, era uma revolucionária quando o assunto se tratava de ideais. Feminista convicta, acreditava na igualdade entre o sexos e desejava lutar junto com os franceses rebeldes para tirar aquele bâtard— como ela se referia a Vichy — do poder de sua amada pátria. O problema era seu gênero. Incapacitada de pegar uma arma por sustentar um par de seios ao invés de um pênis, buscou outras maneiras de ajudar seu povo e seus aliados, o que a levou a ajudar os feridos.

Francine também adorava ler. Podia passar horas e horas lendo as obras de Voltaire e Rousseau, Platão, Aristóteles, Hobbes, Descartes, Galilei e Da Vinci, o que rendeu à francesa conhecimentos suficiente sobre anatomia humana para que pudesse estar em sua atual posição de “enfermeira”. O inglês se viu duvidando se todas as suas certezas, como a ideia de que o homem estava em um patamar superior em relação à mulher, e adotando ideias que até pouco tempo, considerava um absurdo sem tamanho. No começo trocavam comentários venenosos e sarcásticos sobre o outro e com o passar do tempo, falavam sobre a guerra, sobre estratégias que consideravam eficientes, sobre família, sobre si mesmos, sobre o tempo, a infância, passatempos, qualidades, defeitos e manias.

Arthur não pôde evitar o inevitável. Podia perceber as mudanças apenas em pensar em Francine: seu coração batia mais forte quando lembrava dos olhos azulados da francesa, ou de sua voz, a risada, o cheiro das flores que ficava impregnada em suas roupas sempre que ela ia procurar algumas plantas medicinais para colocar no curativo do inglês. Foi preciso de uma pequena iniciativa da parte de Francine (mesmo que ela estivesse brincando quando disse que ele a encarava como se quisesse beijá-la) para que o soldado inglês tomasse coragem o suficiente para se declarar para ela. Tudo era inevitável na guerra. Se não se falasse agora, talvez nunca a encontrasse novamente — mesmo que, secretamente, estivesse disposto a procurá-la nem que fosse para irritá-la — e com esse pensamentos, murmurou nervosamente tudo o que queria dizer.

A expressão de surpresa na expressão da francesa deixou o inglês intimidado e quase fez com que ele se arrependesse.

Quase.

Tudo valeu a pena quando Francine balançou a cabeça rindo, colocou as mãos no rosto de Arthur e o puxou calmamente para um beijo. Em meio a brigas, discussões e amor foi se consolidando o relacionamento de ambos. Assim que o ferimento de Arthur ficou curado o suficiente para que pudesse voltar para o exército, se despediu relutante de Francine prometendo a ela que escreveria cartas todos os dias. Tentando conter as lágrimas, ela concordou com a ideia.

— Eu acho que você não limpou esse corte direito — disse Arthur, encarando o ferimento no braço.

A garota bufou, divertida.

— Então eu vou abrir o machucado de novo e você limpa dessa vez, tudo bem?

NO! — exclamou ele, puxando o braço junto ao corpo fazendo Francine rir. — Só não ficou bom porque você é uma mulher.

A francesa revirou os olhos, aplicando um tapa na nuca do namorado.

— Elizabeth I teria vergonha de você, Kirkland.

O soldado bufou, colocando todos os pertences dentro da bolsa. Apenas o essencial para a sobrevivência no meio da guerra. A francesa o observava com as orbes azuis tristes.

— Arthie?

— Hum, yes? — murmurou, enquanto repassava mentalmente todos os itens. Nada parecia fora do lugar.

— O que vai fazer quando a guerra acabar?

Arthur jogou a bolsa por cima do ombro, encarando Francine com expressão pensativa. Ele nem ao menos saberia se sobreviveria ao fim de toda essa carnificina. Esperava voltar para sua casa em Londres e retomar sua vida, ajudando seu irmão Scott com a empresa da família. Mas os olhos azuis que o encaravam pareciam saber que sua ideia mudou com o tempo.

I wanna marry you.

Francine sorriu, deixando uma lágrima escorrer por sua face. Abraçou Arthur como se aquilo pudesse impedi-lo de partir, beijou-o nos lábios e murmurou:

Je vais attendre pour vous, anglais.

Trocaram cartas por um período de três meses. Arthur contava sobre sua experiência no campo de batalha, sobre as vitórias, as dificuldades e como sentia falta de Francine. Esta por sua vez contava sobre as coisas que lia nos jornais, sobre o dia-a-dia cuidando dos feridos e de como também estava infeliz por ficar longe do inglês. Planejavam a vida de ambos juntos assim que a guerra acabasse, trocando comentários sarcásticos um sobre o outro apenas para manter o velho costume.

Em uma dessas mensagens, Arthur contou como os Aliados haviam interceptado com sucesso uma mensagem do Eixo sobre um ataque que seria realizado em Londres e parte dos soldados, incluindo o loiro, seriam enviados para a Inglaterra como reforço. Francine sentiu um certo temor ao ler a carta, mas a respondeu do mesmo jeito, feliz porque os ingleses pegariam os invasores em uma emboscada e isso pudesse ser o primeiro passo para o fim da guerra. Para o fim de sua angústia sempre que ia dormir, temendo que seu amado não acordasse no dia seguinte.

A francesa nunca esteve tão errada.

O “ataque surpresa” do Eixo passara apenas de uma farsa planejada para que houvesse o deslocamento dos soldados ingleses, enfraquecendo o reforço a fim de derrotar os Aliados no território francês. As mãos de Francine tremeram quando leram sobre a Blitz. Imaginou Arthur em Londres, no meio da população no momento em que foram atacados. Imaginou as mortes e soluçou, apertando o jornal contra o peito.

Esperou dias.

Semanas.

Passou um mês e nada.

Nenhuma carta de Arthur, nenhuma notícia. Francine não perdeu as esperanças, apesar da dúvida sempre contradizer seus pensamentos positivios. Até que, em uma dia fatídico, ouviu alguém bater a porta. Abriu-a, encontrando um oficial que aparentava ter meia-idade, de olhos cansados e porte grande.

Mlle Francine Bonnefoy? — perguntou.

Oui? — perguntou a moça, apreensiva. Isso não era um bom sinal.

Mes condoléances — murmurou ele, entregando uma carta.

Merci — respondeu a francesa, ao que o homem lhe respondeu com um aceno de cabeça e partiu.

Com os olhos já cheios de lágrimas, ela abriu a carta com certa dificuldade. Suas mãos tremiam e sua visão turva dificultava a leitura mas não era preciso muito. Uma nota de falecimento de Arthur Kirkland.

Seu Arthur.

O mesmo Arthur com quem ela esperaria casar.

O Arthur com quem ela planejava passar o resto da sua vida.

Caiu no chão de joelhos, jogando a carta para um canto deixando suas mãos livres para abraçarem seu próprio corpo. Lágrimas escorriam por seu rosto enquanto soluçava alto. Tudo parecia ter perdido o sentido. Colocou uma música para tocar — uma das bandas de punk favoritas de Arthur — e ficou perto do reprodutor da melodia, murmurando a letra parando vez ou outra para crispar os lábios quando as lágrimas tocavam seu paladar ou para soluçar.

Depois de uma semana criando coragem, decidiu visitar o túmulo de Arthur em um local reservado em Londres para a memória daqueles que morreram à serviço do país. Francine não conseguia imaginar que ele era realmente se fora. Talvez estivesse indo apenas para se convencer que ele realmente partiu e que ele não entraria pela porta, carregando a bolsa azul surrada que levara e um sorriso vitorioso no rosto. Parou em frente a lápide, lendo o nome do inglês. Como algo que era tão certo podia ter dado tão errado?

Abaixou-se, colocando em cima do túmulo o pequeno buquê de flores de laranjeira e miosótis. Tantos planos, tantas promessas, tantas brigas, tantos momentos de afeto... Francine acreditava que as almas não morriam com o corpo, porque o ser humano era como um ator. Arthur desempenhou seu papel, mas sua peça acabou. Com um último sorriso triste, ela tocou em uma das flores e murmurou:

— Talvez em outra vida, anglais.

~*~

Francis atravessou a rua, puxando um pouco mais a gola de seu sobretudo para cobrir seu rosto a fim de tentar proteger aquela área, de maneira ineficaz, contra aqueles ventos cortantes do inverno francês. Passou pela rua, repassando mentalmente todos os compromissos do dia e seus respectivos horários, certificando-se de que não estava atrasado. Uma figura loira e de estatura baixa passou pelo franco, resmungando um “Good morning” em um sotaque forte e... inglês? Bem, ao menos não parecia nada com o inglês mais descontraído norte-americano. Virou-se para trás, curiosos com aquele indivíduo em questão, cruzando seu olhar azul com outro verde, que o observava com a mesma intensidade, a mesma curiosidade. Um sentimento estranho borbulhou em seu peito, como se já conhecesse aquele homem, mesmo que nunca tivesse cruzado com ele em toda a sua vida. Sorriu, desviando o olhar e seguindo seu caminho.

O inverno não lhe parecia mais tão ruim assim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Traduções: l'âme : a alma Holy shit: Puta merda For the seven hells: Pelos sete infernos Damn' i: Droga Qu'avez-vous fait, imbécil?: O que você fez, idiota? Anglais: inglês Bâtard: bastardo Je vais attendre pour vous, anglais: Eu esperarei por você, inglês. Mlle: Senhorita Mes condoléance: meus pêsames Não sei se ficou claro, mas a premissa da fic é a reencarnação. Quando fala que a Fran já foi da realeza, da pobreza, da burguesia, remete às outras encarnações dela, tanto homem quanto mulher. Francis, que aparece no final, é ninguém menos que uma encarnação da Francine em uma idade contemporânea, assim como o Arthur. Não deixei explícito o que havia acontecido com o Arthur durante aquele "encontro" com os alemães, mesmo que eu tenha pesquisado algumas coisas, para que eu pudesse estipular um prazo para a melhora do ferimento. Eis outros fatos que podem ajudar (ou servir como conhecimento inútil) no entendimento da fic: ° Jeanne D'Arc ou Joana D'Arc foi uma guerreira que lutou pela França durante a Guerra dos 100 anos. Essa moça foi tão foda que teve grandes vitórias com apenas 16 aninhos. ° Paoli, também nascido em Córsega, foi um revolucionário córsego que liderou os levantamentos populares em oposição à dominação genovesa e depois francesa na ilha. ° A França de Vichy foi o Estado francês dos anos 1940 a 1944, o qual era um governo fantoche da influência nazista, opondo-se às Forças Livres Francesas e foi estabelecido por todo o norte. ° Muitas coisas sobre a guerra foram inventadas, tal como a interceptação do falso ataque surpresa, exceto a Blitz. A Blietz, diminutivo de Blitzkrieg, foi real e representou o período de maior bombardeio alemão no UK, em especial na Inglaterra, causando, inclusive, um grande incêndio em Londres, também mencionado ° A escolha das flores do buquê de Francine não foi aleatório. Flores de laranjeiras simbolizam inocência e amor eterno enquanto miosótis representam memórias, fidelidade e amor sincero. ° Sim, eu quis deixar subentendido que FrUK está predestinado a acontecer em qualquer época. O OTP fala mais alto, gente. ;-; Espero que tenham gostado e comentários são sempre bem vindos, veee~. ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Soul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.