Ligados para todo o sempre escrita por Novacullen


Capítulo 4
Capítulo-03


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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PV EDWARD

Eu observava sentado em um banco meus sobrinhos brincarem com as outras crianças. Alex tirava seu cabelo loiro como de Emmet da frente de seus olhos azuis da cor do céu como de Rosalie enquanto brincava de pega-pega, percebi em sua expressão que não estava tão animado como os meninos com quem brincava ali na pracinha, pois ele tinha que limitar sua força e velocidade, fingindo ser humano como as outras crianças.

Já Melissa se divertia totalmente brincando com algumas meninas de desfile. Céus! Como pode ser a mãe toda, com exceção dos olhos cor de mel como do pai, tinha os mesmo cabelo preto curto da mãe, corpo esguio, se puxasse a altura de Jasper daria para ser modelo, mas acho que será baixinha como Alice, mas não teria problema ser baixinha como a mãe já que o verdadeiro talento dessas duas era para ser estilista.

E ri sozinho quando vi Melissa querer fazer duas das meninas com quem brincava trocarem de blusa entre si, porque a blusa de uma combinava mais com a saia da outra. E as meninas se recusavam a tirar a blusa em público só para fazer a vontade de Mel.

Quando senti o cheio de fresias... Isabella estava aqui? Olhei em direção em que estava vindo seu cheiro e a vi atravessando a praça com um pouco de pressa. Fiquei tentado a ir até ela, mas Filipe ainda não havia me dado sinal de ir vê-la. Não sei como ela reagiria a minha aproximação, e estávamos em meio há muitos humanos, melhor não arriscar o segredo.

Alex corria em direção a Isabella. O que será que ele estava fazendo? Distrai-me tanto com Isabella que ignorei os pensamentos de meus sobrinhos e tudo que Alex pensava agora era em se concentrar em correr na velocidade humana.

— Oi! Tia. –Alex disse a Isabella, quando parou de correr bem em frente a ela a obrigando para de andar.

Essa não! Eu pensei indo até eles.

— Tia?

— Você é a humana do meu tio, não é? – disse Alex apontado para mim. Ainda bem que as pessoas a nossa volta estavam distraídas demais para prestar atenção nessa conversa, Alex falou algo que não devia ser ouvido por qualquer humano.

Isabella olha para mim, seu pulso acelera e em seguida desvia seu olhar e respira fundo tentando se acalmar. Ela deve ter visto Demetri em mim de novo. E eu precisava remediar essa situação, mas minha curiosidade falou mais alto.

— Como sabe disso Alex? – eu perguntei, já que meus sobrinhos não sabiam que Isabella era minha humana.

— Oras você estava olhando para ela que nem um bobo, do mesmo jeito que meu pai olha para minha mãe, tio Jasper para tia Alice, vovô Carlisle para vovó Esme...

— Ok, ok, já entendi Alex.

— Então você é minha tia, não é?

Isabella apenas abriu a boca, e a fechou rapidamente sem saber o que dizer.

— Porque não vai comprar algodão doce Alex.- sugiro lhe dando dinheiro.

— Valeu tio! – e foi em direção ao vendedor de algodão doce, esquecendo imediatamente de sua pergunta.

— Desculpe, Alex é sem freio na língua exatamente como meu irmão.

— Tudo bem. - diz Isabella sem me olhar, acredito que estava prestes a fugir dali enquanto eu queria poder ficar mais com ela, mas sabia que seria forçar demais a situação. Então era por isso que Filipe não me procurou ainda, Isabella não estava preparada para me ver de novo.

— Se fosse azul ficaria melhor? – comentou Melissa andando até a gente.

— O quê? – diz Isabella confusa.

— Se sua blusa fosse azul escuro ficaria melhor, aliás você num vestido azul escuro com saltos finos pretos, ficaria linda, não é tio?

Eu cheguei a imaginar e sim Isabella ficaria ainda mais linda. Azul combina perfeitamente com o tom de pele dela. Mas a expressão de querer sair daquela situação inesperada continuava em seu rosto então optei por não dizer nada. E por mais que me doesse me afastar dela novamente, era necessário eu a liberaria dessa situação.

— Melissa ela deve estar ocupada. E temos de ir até Alex se não ele é capaz de acabar com todos os algodões doces e não lhe sobrará nenhum.

— Verdade tio, e para onde será que vai tanta comida? – questionou-se Melissa - Acho que quando crescer será bem forte como tio Emmet.

— Talvez. – digo sorrindo de sua teoria.

Emmet era o mais forte de todos os vampiros, mas por causa de seu dom e não pelo tanto de comida que comeu.

— Se despeça de Isabella Mel.

Isabella? A sua Isabella?- Me questionou mentalmente Melissa. Alice e sua boca grande. Mel tinha ouvido sua mãe conversando com Rosalie sobre Isabella. Eu queria que meus sobrinhos só soubessem quando minha situação com ela estivesse resolvida. Mas como Mel já sabia e Alex já havia descoberto agora pouco, só me restou assenti discretamente a sua pergunta.

— Tchau! Tia. – disse Melissa e em seguida se recrimina mentalmente, pois havia percebido que Isabella não gostou de ser chamada de tia- Quer dizer Isabella. Mas posso te chamar de Bella? Combina mais.

— Er... claro.

Eu sabia que a hesitação não era pelo apelido e sim porque apelidos eram para os íntimos e estava claro, que Isabella não desejava isso por minha causa.

— Então tchau Bella.

— Tchau! Melissa.

— Me chame apenas de Mel.

— Então tchau Mel.

Eu apenas me despedi com um aceno de cabeça a ela saiu andando na direção que estava indo antes.

— E Bella não esqueça sempre que quiser arrasar use azul é a sua cor.

— Terei isso em mente Mel. – fala Isabella ao parar de andar e se virar para nós.

— Eu poderia chamar mamãe e nós três podemos ir ás compras qualquer dia desses, o que acha?

— Eu não sei eu ando ocupada.

Bella foi sincera, não era uma desculpa qualquer para despachar Melissa.

— Nem para umas horinhas de compra.

— Estou montando um negócio com meu padrinho, realmente estou sem tempo.

— Tem a ver com roupas? – perguntou Melissa com os olhinhos brilhando com a possibilidade.

— Não, comida.

— Se quiser um provador oficial conte com Alex. Ele come de tudo e em grandes quantidades, sorte dele que não engorda por causa da sua parte vam... – eu tapei a boca de Mel antes que terminasse a palavra vampírica.

— Mel, lembre-se do segredo. – a alertei antes de liberar sua boca.

— Mas tio a Bella sabe.

— Sim, mas os que estão a nosso volta não.

Agora pelo pouco de distância que estávamos de Bella tínhamos de falar um pouco mais alto alguém poderia ouvir o que falávamos se prestasse minimamente atenção em nós.

— Ah! Er desculpe, sabe que eu falo demais.

— Bem que você podia ser quieta como seu pai.

— Ah! Qual a graça? Ele só gosta de ler, xadrez, essas coisas intelectuais. Amo meu pai, mas ele podia ser descolado e não careta ao extremo como é.

Eu e Isabella rimos do comentário de Melissa.

— Desculpe Mel, ele é seu pai eu não deveria ter rido.

— Tudo bem Bella, foi engraçado mesmo. Mas então você irá precisar de uniforme para os funcionários, certo? Posso desenhar uns com ajuda de mamãe, ela é ótima estilista. É um restaurante?

— Não sorveteria.

— Sorvete. Não sou descontrolada quanto meu primo com relação à comida, mas sorvete é meu ponto fraco. Aonde será sua sorveteria?

— Naquele ponto ali. – Isabella indica para a rua do outro lado da pracinha.

— Quando vai abrir?

— Ainda não tem data certa.

— Pode me avisar?

— Posso sim.

— Tio me empresta seu celular, eu não tenho um, meu pai diz que sou pequena demais para ter um. – Mel revira os olhos. – Já tenho sete anos isso é absurdo, não acha Bella?

— Os pais sempre sabem o que é melhor para os filhos Mel.

— Pode ser, mas eu queria poder convencê-lo que já sou grande o bastante para ter um celular, mas infelizmente papai é imune ao meu charme, talvez seja porque por meio de seu dom de ler emoções perceba que quero persuadia-lo.

— Mel. – a repreendi.

— Ops! Falei alto demais o que não devia de novo. Alguém ouviu tio?

— Para sua sorte não.

— Então qual é o seu número Bella. - e Mel enfia sua mão em meu bolso pegando o celular.

— Quanta educação Melissa!

— Você para um você sabe o que, você é bem lerdo.

— Me respeita sou seu tio.

— Eu apenas disse a verdade.

— Sabe que sou bem rápido.

— Acho que só correndo mesmo, já no resto...

Vi Isabella segurar o riso várias vezes por causa de Melissa, minha sobrinha era divertida mesmo.

— O número é?

— Sabe mexer? Eu posso anotar o número para você.

— Obrigada, mas não precisa, todos me deixam usar o celular deles lá em casa, escondido do meu pai é claro.

Bella disse o número e Mell o digitou no aparelho.

Segurei o riso pela forma que gravou. Mel havia escrito humana do meu tio.

— Te mando a mensagem com o número do meu tio. Aí você liga para ele para dizer quando a sorveteria será inaugurada.

— Er... claro. – diz Isabella ainda mais desconfortável por saber que tinha que dar o recado de Mel a mim.

— Ei, para você. - diz Alex entregando um algodão doce a Isabella.

— Obrigada.

— E o meu Alex?

— Ué Mel você come como um passarinho. Não pensei que quisesse comer algo antes do almoço.

— Que seja! E sabe o que eu descobri? Em breve Bella vai inaugurar uma sorveteria.

— Sério?! Tio leva a gente lá quando inaugurar, se a gente for com nossos pais eles não vão deixar comer de tudo.

— Meus pais podem levar vocês também Alex.

— Vovô vai vir com aquele papo de médico dizendo que comer demais faz mal a saúde e a vovó que a alimentação tem que ser balanceada, nós só vamos poder comer de tudo se for com você.

— É tio, por favor. - também apelou Melissa.

Eu olho para os meus sobrinhos me implorando para leva-los, mas eu não posso impor minha presença a Isabella, por mais que eu queira ficar sempre próximo a ela, estava claro que Bella precisava de um pouco mais de tempo.

— Eu aviso o dia da inauguração e o tio de vocês leva vocês lá. – fala Isabella me pegando de surpresa. Eu sabia que ela estava fazendo isso apenas por meus sobrinhos, mas ainda sim fiquei feliz em saber que em breve estaria perto dela novamente.

Eu assenti tentando não demostrar toda a minha alegria, eu precisava mostrá-la que as coisas seriam no tempo dela.

— Valeu tia! Você é dez! Não mil, não um milhão.

— Ok! – diz Bella sorrindo da euforia de Alex- Mas quero que seja sincero e diga se os sorvetes são realmente bons. Eu tenho testado receitas novas e quero sua opinião com relação a elas.

— Uau! Você sabe fazer sorvete!

— Entre outras coisas Alex, eu me formei em gastronomia, mas sorvete sempre foi minha paixão.

— Então serei seu provador oficial.

— Eu também.

— Serão os dois e bom eu realmente preciso ir agora.

— Tchau! Tia.

— Tchau! Bella.

— Porque não a chama de tia também Mel?

— Ah que eu acho que ela não gosta que a chamemos assim.

— Você não gosta?

— Não tudo bem Alex, é só que vocês são os primeiros a me chamar de tia eu não estou acostumada a isso.

— Não tem sobrinhos da sua parte da família, da do tio Edward é só nos dois mesmo.

Eles já a tinham como alguém da família, e que é claro que ela já era, faltava apenas Isabella se dar conta disso.

— Eu realmente preciso ir. – diz Isabella com os olhos brilhando com lágrimas que estavam prestes a serem derramadas, acho que se lembrou da sua família que não tinha mais.

— Isabella os desculpe eles não sabem...

— Tudo bem. Nos vemos na inauguração. – diz Isabella saindo apressadamente.

— O que fizemos de errado tio?

— A deixamos triste, mas com o que?

— É que Bella não tem mais família, apenas seu padrinho. – explico segurando nas mãos deles os guiando em direção ao carro, eu sabia que iam querer saber mais sobre isso e já demos sorte até agora de ninguém ter ouvido nada referente ao segredo.

— Oh! Eu não sabia. Temos de ir pedir desculpa a ela.

— Depois Mel, na inauguração. – os acomodo no carro.

— Mas ela tem a gente tio, somos a família dela também.

— Sim Alex, mas Bella precisa se dar conta disso. – me sento no banco do motorista e começo a dirigir de volta para casa.

— Como assim?

— Bem é que a ligação ainda não se fez da parte dela.

— Mas vovô nos contou a história da ligação disse que é automático basta os olhares se cruzarem.

— No meu caso e de Isabella há um empecilho.

— Qual?

— Infelizmente eu me pareço com o vampiro que matou os pais dela.

— Sério?! – diz Mel incrédula e horrorizada com o motivo assim como Alex estava.

— Sim, Bella olha para mim e vê ele. Eu preciso arrumar um jeito dela superar esse bloqueio e só assim passará a olhar para mim e me ver e não ver ele, para que a ligação também aconteça da parte dela.

— Mas vai acontecer não é tio?

— Torço para que sim e obrigada meus sobrinhos.

— Pelo o que tio? – diz Alex.

— Vocês acabaram me aproximando dela hoje. Essa é a segunda vez desde que a conheci, e saibam que isso me deixou feliz, estar apenas próximo, trocar algumas palavras com ela.

— Bom, se nos pagar sorvete sempre, sempre estará perto dela. – diz Alex querendo me ajudar, mas ao mesmo tempo ganhar algo em troca.

— Se Bella não ficar muito incomodada com minha presença no dia da inauguração. Está combinado.


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Notas finais do capítulo

Até sábado que vem!