A escolha escrita por slytherina


Capítulo 3
Canoa furada




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"Benny, meu chapa, se você não quebrar os ovos não vai comer omelete."

O adolescente mal encarado estava dando uma dura em Benny, que gostava de se passar por durão, mas a única coisa que conseguia pensar agora era correr o mais rápido para a casa de seus pais.

"Tudo bem, chapa ... Não precisa ficar nervoso." Benny tentou apaziguar os ânimos de seu colega barra pesada.

"Você está vendo aquela loja de conveniência, ali? Vai lá e mete bronca. Tá aqui o berro."

O sujeito casca grossa empurrou um pesado revólver no peito de Benny, cuja única opção foi esconder o revólver na jaqueta e seguir lentamente em direção à loja quase vazia. Ele entrou cabisbaixo e foi em direção à geladeira de bebidas. Pegou duas garrafas de vodka e seguiu para o caixa. Olhou para os lados antes de falar. Inesperadamente o caixa sacou uma escopeta de debaixo do balcão e mirou na cabeça de Benny.

"Tudo bem, cara! Tudo bem, eu me entrego! Por favor não atira!" Benny chorou.

"Ajoelha, aí, meu irmão, até a polícia chegar. E não se mexa, senão eu mando bala. Isso não me custa nada, afinal você entrou aqui pra me matar." O caixa falou com uma voz grave e fria. Benny não sabia que esse homem era da polícia e fazia uns bicos como caixa da loja do cunhado.

"Tudo bem, cara, eu não vou fazer nada. Por favor não atira!" Benny chorava como uma criança.

Os companheiros de Benny ao verem o rolo em que se meteram, até pensaram em invadir a loja para resgatá-lo, mas Benny estava com a única arma que possuíam. A sirene da polícia ajudou-os a tomarem uma decisão: caparam o gato e deixaram Benny entregue à própria sorte.

No dia seguinte, essa notícia tomou a escola de assalto, como um ciclone: Benny havia sido preso por assalto à mão armada, e fora recolhido a um reformatório.

Na hora do almoço, uma das alunas não dava a mínima para o destino de Benny. Na verdade ela estava de olho no pedaço de mal caminho, também conhecido como deus do sexo, ou Dean Winchester. Ela chegava a sentir os ovários fervendo. Jo Harvelle jurou a si mesma que ainda iria ser a dona daquele garanhão indomável.

"Dean, oi! Você está me devendo uma. Você lembra que ficamos de estudar juntos quarta à noite?" Jo perguntou esperançosa, enquanto falava com os dentes à mostra e lambia o lábio inferior, numa tentativa de sedução.

Dean espreguiçou-se no banco do refeitório, e esticou as pernas sobre a mesa. Colocou as mãos sob a cabeça e baixou as pálpebras numa imitação de gato sonolento. Deu um meio sorriso e cantou o nome da menina.

"Jo, Jo, Jo. Sabia que não devia brincar com você. Olhe só pra você, toda dengosinha e manhosa. Sua mãe sabe que anda flertando com os meninos mais velhos? Olha que ela vai te dar umas palmadas, se souber que você virou uma menina má." Dean brincou.

Jo não se incomodou de ser ridicularizada. Ela se aproximou mais ainda e encostou o quadril na mesa de Dean, enquanto se debruçava sobre o joelho dele.

"O que é, gatão, tá com medo da menina má?" Ela tamborilou os dedos sobre a coxa de Dean, provocando-lhe um espasmo involuntário.

Dean sorriu e fechou os olhos.

"Tenha medo do chapeuzinho vermelho, tenha muito medo." Dean falou brejeiro.

"Eu não mordo. Só se você pedir, é claro." Jo falou meio séria, enquanto se concentrava totalmente no belo rapaz à sua frente.

Dean sabia que aquela garota era chave de cadeia. Por mais que ele quisesse se embolar com aquela gata no cio, ele realmente se meteria em uma canoa furada, pois a mãe dela era muito severa, e inclusive era boa amiga dos pais dele. Então, pra início de conversa, Jo Harvelle tinha um sinal bem grande na frente dela que dizia "Proibido". Ao menos por enquanto. Mais uns quatro anos aí então o caminho estaria livre. Dean deu um longo suspiro, então levantou-se e deu cascudos na cabeça de Jo, como se ela fosse uma criança traquinas. Então foi embora sem dizer mais nada. Jo ficou furiosa e decepcionada.


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