A escolha escrita por slytherina


Capítulo 12
A escolha




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A festa transcorria modorrenta, com Dean conversando com Jimmy/Castiel, e os outros jovens dançando e se embebedando. Algumas garotas mais românticas saíram da festa acompanhadas dos namorados, para terem a noite mais excitante de suas vidas, ou quase.

Dean por um acaso esbarrou em Cassie e seu novo namorado.

"Oh, desculpe-me ... Cassie."

"Apenas olhe para onde anda, mané." O novo namorado reclamou.

"Do que foi que você me chamou?" Dean perguntou surpreso com o atrevimento do novato.

"MANÉ! Você é surdo?" O outro gritou.

"Não, eu não sou. Pergunte a Cassie. Ela me conhece perfeitamente." Dean posou seu olhar na ex-namorada, e por um momento sentiu saudade dela, de sua pele sedosa, sua boca quente e gostosa, suas pernas intermináveis ...

"Hey, pare de secar minha namorada!" O novo namorado deu um empurrão em Dean, que reagiu por reflexo. Ele deu uma chave no braço do rapaz e socou seu nariz. O outro se arriou no chão, com o nariz sangrando.

"Desculpe, Cassie! Acho que estraguei seu brinquedinho novo." Dean disse isso e se afastou.

Ele precisava de ar para respirar. Saiu do salão de festa e foi para a calçada. Era bom socar uns playboyzinhos de vez em quando, mas saber que Cassie já estava em outra, lhe partiu o coração. Subitamente, o ruído de aplausos o alertou da presença de mais gente.

"Parabéns, Winchester! Adoramos ver seu showzinho, ainda há pouco. Entretanto, acho que o rapaz não teve a menor chance. Ele não o conhecia tão bem quanto nós, não é rapazes?" Gordon Walker falou, ao se aproximar com sua gangue, digo, seus amigos.

"Gordon Walker, a coragem em pessoa. Sempre acompanhado de seus perdigueiros pra lhe ajudarem a espancar um pobre idiota. Vou lhe dar um aviso, Gordon: quando estiver sozinho, sem sua gangue, você vai apanhar pra cachorro." Dean falou, já sentindo a adrenalina correr nas veias.

"Peguem essa bicha! Vamos dar a ele a mesma lição que demos em March." Gordon rosnou!

Dois dos rapazes atacaram Dean, que deu uma rasteira no primeiro e um golpe de esquerda no segundo. Eles se levantaram e atacaram novamente, já precavidos contra os golpes de Dean. A sorte parecia ter mudado, quando um deles agarrou os braços de Dean pelas costas, mas tudo mudou de figura, quando um outro rapaz se atirou sobre os capangas de Gordon, que deram um passo para trás e encararam o novo elemento na briga.

"Tudo bem, bro?" Benny perguntou pra Dean, sem precisar olhar para ele, já em posição de guarda, para enfrentar Gordon e sua gangue.

"Agora que você chegou, está tudo bem. Belo golpe, bro!" Dean o elogiou.

"Vão neles!" Gordon ordenou irritado.

Seus homens obedeceram, mas não conseguiram subjugar Dean e Benny, e estavam claramente perdendo a luta. Gordon ficou irado e pegou um pedaço de ferro para atingir Dean pelas costas, mas um pesado golpe o fez desmaiar. Dean virou-se para ver o que acontecera, e ficou chocado ao ver Jimmy/Castiel com uma cadeira nas mãos, de pé ao lado do corpo desmaiado de Gordon. Os outros arruaceiros agarraram Gordon e se afastaram derrotados.

"Castiel? Então você é um anjo guerreiro?" Dean perguntou sorrindo.

"Jimmy Novak? Não sabia que lutava." Benny parecia tão surpreso quanto Dean.

Castiel limitou-se a sorrir.

A festa acabara para eles, mas ainda continuaram conversando depois disso. Benny despediu-se deles, pois tinha que levar a namorada pra casa. Castiel foi para a casa de seus pais, e Dean pegou o Impala para andar por aí, até que a adrenalina se esvaísse de seu corpo. Ele estava agitado demais para dormir.

Lembrou-se que Gordon havia falado em March durante a briga. Frederich March era um homem rico e influente. Um dos mais ricos da cidade. Todos conheciam sua fama. Assim como todos sabiam que Sam March, seu filho único, era um perdedor. Um nerd, meio autista, anti-social. Na verdade, apenas um rapaz tímido e solitário. O que será que Gordon havia feito com ele?

Dean dirigiu até a casa de Sam e ficou em dúvida se deveria importuná-lo. Após apertar a campainha foi atendido por um serviçal de pijamas, que recomendou que voltasse no dia seguinte. Sem saber o que mais fazer, Dean se dirigiu a seu carro. Subitamente a porta da mansão se abriu e Sam March saiu correndo para encontrar Dean.

"Temi que já tivesse ido embora. O que houve?" Sam perguntou ao ver os arranhões e rasgões na roupa de Dean.

"Gordon foi o que houve. Ele mencionou que havia lhe pegado mais cedo e eu vim ver se você estava bem."

"Ele me atirou no lixo. Fora isso só meu orgulho ferido. Você está bem?"

"Uns amigos me ajudaram, senão estaria pior. Já que está bem, eu já vou indo. Que tal me dar seu número de celular? Fica mais fácil do que vir na sua casa."

Sam deu o número e Dean ligou imediatamente, para que Sam soubesse que era ele. Depois disso, Sam entrou em casa e Dean finalmente pôde voltar pra casa dos pais.

Ele ficou ruminando uma decisão que tomara uns meses antes, e até já discutira com os pais sobre sua escolha. Iria pegar a estrada e viver sozinho por algum tempo. Contou sobre sua decisão para seus melhores amigos, e eles o apoiaram em tudo. Chegou a convidar Benny para vir consigo, mas o amigo estava decidido a continuar ao lado da namorada, que atravessava um período difícil, na sua luta contra o vício em drogas.

Sendo assim, Dean pegou uma mochila de roupas, alguns ítens pessoais, sua pistola, e despediu-se dos pais. Seu pai recusou-se a falar com ele, mas sua mãe colocou quinhentos dólares no bolso detrás de seu jeans. Ele deu adeus e prometeu dar notícias assim que possível. E então seguiu em frente.

Ao dobrar a esquina principal da cidade, ele viu Sam sentado em um banco. Parou no acostamento, e já ia falar com o jovem, quando ele entrou e sentou-se no banco da frente.

"Onde pensa que vai?" Dean perguntou irritado.

"Estou saindo de casa. Resolvi ir contigo nessa jornada. Está na hora de crescer e aprender a tomar conta de mim mesmo." Sam falou de um fôlego só.

"E seu pai?" Dean perguntou com o cenho franzido.

"Eu tentei convencê-lo a aceitar minha escolha, mas ele não gostou da idéia. Eu expliquei que esse era meu ano sabático, antes de ir pra faculdade, então ele não se opôs." Sam falou quase sem voz, ainda com dificuldade para respirar.

"Você sabe que se seu pai quiser, até o FBI vai atrás de você, não sabe?" Dean falou já com pena do rapaz.

"Hum-hum!" Sam confirmou com a cabeça.

"Ok! Senhor sabe tudo!" Dean suspirou e resolveu aceitar o caronista.

Quando já estavam para sair da cidade, eis que um outro amigo apareceu na beira da estrada, com o polegar levantado. Dean encostou o carro.

"Castiel?" Dean gritou, já achando que quanto mais gente melhor.

"Dean! Poderia me dar uma carona?" Castiel falou pausadamente.

Dean desceu do carro e observou o amigo. Estava com uma valise de viagem e usava um sobretudo.

"Está indo para uma reunião de negócios, Castiel?" Dean perguntou divertido.

"Não, apenas estou tomando as rédeas da minha vida. Fiz a escolha de sair de casa e seguir o meu destino, seja ele qual for." Castiel falou determinado.

"Seus pais virão procurá-lo para interná-lo em um manicômio. Você sabe disso?"

"É um risco que pretendo correr."

"Por mim tudo bem. E você, Sammy?"

"Tudo bem!"

 

 

Fim

 

 


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