Digimon Masters Overclock escrita por FaheL7


Capítulo 5
Capítulo 5: Dormindo para Sempre


Notas iniciais do capítulo

Nos últimos capítulos...

Vocês conheceram Mattheus Felipe, um jovem garoto viciado num game de digimon para mobiles aclamado no mundo todo. Ele faz um teste para entrar na guild dos seus sonhos, a Overclock, mas acaba perdendo o duelo. Mesmo assim, Lohan, o líder da guild o aceita no grupo e no dia seguinte lhe chama para fazer uma missão no Digi-Mundo, uma parte do game que se joga online. Lá, ele conhece Jhessica, Elves e Zack, outros membros do clã, mas enquanto jogavam, algo estranho aconteceu e todos foram afetados sem sequer perceberem.

Mattheus e Lohan foram os primeiros a descobrirem que eles haviam recebido digimons e que seus celulares haviam se transformado em Digivices, porém, os dois descobrem estar correndo perigo quando encontram digimons malignos que estão à sua procura por toda a cidade.

Agora, juntos, eles tem que arranjar uma maneira de avisar aos outros três que suas vidas estão em risco.
...



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Capítulo 5: Dormindo para sempre

...

Era segunda-feira. Jhessica já havia voltado da escola.

Ela sabia que no Rio de Janeiro ocorreram grandes enchentes e desastres no dia anterior porque era notícia nos jornais do mundo todo. De alguma forma, ela também sabia sobre os digimons.

Google Pesquisas...

... Site da Wemade

Nota da desenvolvedora do game:

“ Pedimos desculpas aos players brasileiros que não estão conseguindo logar em Digimon Masters Online Overclock. O servidor nacional que se localiza na cidade do Rio de Janeiro foi comprometido devido às fortes chuvas no estado, no último domingo. Estamos fazendo o possível para recuperar o sistema de todos os danos para proporcioná-los uma experiência agradável novamente. Enquanto isso, declaramos o game sob manutenção para toda a região brasileira. Contamos com sua compreensão. “

— * Então é por isso que ainda não consigo logar. _ Pensava Jhessica. - * Será que os outros também tiveram contato com os digimons? Por quê até agora eles não se comunicaram comigo? Será que no Rio estão sem internet ainda?

Enquanto a jovem moça de cabelos tingidos de ruivo tentava descobrir mais sobre os acidentes, algo se movimentava às suas costas, dentro de sua mochila.

— Querida, está tudo bem com você? _ Sua mãe batia na porta.

— Sim, mãe! Já cheguei da escola e está tudo bem. _ Explicava.

Essa convivência entre as duas era normal. A mãe dela sempre chegava depois que a garota já tinha voltado da escola e fazia a mesma pergunta. Elas não eram muito próximas como numa família comum, mesmo assim, uma se preocupava com a outra. Mesmo com essa relação de poucas palavras. Além disso, Jhessica era do tipo de menina que gostava das coisas que os garotos faziam. Ela gostava de jogar futebol, videogame, de assistir desenhos e não fazia o tipo de garota metida à patricinha, frágil. Ela preferia até estar no meio de vários garotos do que debatendo futilidades com as colegas da escola. Ela sabia se cuidar sozinha.

— Ahhh, eu não to conseguindo respirar. _ Dizia sua digimon, abrindo o zíper de sua mochila.

— Blackpollemon, você tem que aguentar. Se minha mãe te ver, o que acha que vou dizer?

Blackpollemon é um digimon do tipo planta, parecido com uma nova espécie de Palmon, um dos três digimons que a menina tinha no jogo online. Mas, Blackpollen tem pétalas que imitam uma franja preta caída na frente de um dos olhos, o cobrindo. Além disso, seu corpo é branco, diferente de Palmon que tem todo o corpo esverdeado.

— Me desculpa, mas é que estou com fome e sem ar, estou quase desmaiando aqui dentro. _ A plantinha, quase chorava.

— Fica calma, eu vou pensar em algo.

...

Enquanto a mãe da jovem estava distraída assistindo tv na sala, a garota foi vagarosamente até a cozinha pegar um lanche para sua digimon, na geladeira.

Como uma verdadeira ninja, ela tentava evitar o máximo de barulho para não ser percebida.

Com uma montanha de coisas nos braços, Jhessica passava novamente em frente à porta da sala, cautelosamente, quando notou que sua mãe não estava mais ali, sentada no sofá, como estava segundos atrás.

— Ahhhhhhhhh! _ Era o grito de Blackpollemon e vinha do quarto.

Desesperada, a garota já tinha a certeza que sua mãe havia a encontrado.

Chegando lá, se espantou quando viu a digimon parada bem na frente dela, sem que a mesma a enxergasse.

— Jhessica, olha só que bagunça está esse lugar! Você não tem arrumado não?

— Mamãe! O que você está fazendo aqui?

— Eu vi que você tinha ido na cozinha e aproveitei pra vir arrumar esse quarto. Quando você se tranca aqui não sai mais! _ Reclamava a dona de casa.

— É só isso? _ A menina observava sua digimon imóvel, feito estátua no meio de tudo e sua mãe caminhando de um lado ao outro, sem conseguir vê-la.

— Olha só que bagunça! _ A mulher estava estérica, jogando várias peças de roupa da filha para dentro da cesta de roupas. Havia coisas espalhadas por toda a parte, mas ela parecia não ter visto Blackpollemon. – Espero que você não deixe ficar assim de novo, senão da próxima vez quem vai arrumar isso vai ser você.

— Não vou deixar acontecer outra vez. Obrigada pela ajuda. _ Jhessica agradecia, enquanto sua mãe saia, levando as roupas pra lavar.

...

— Acho que ela não me viu! _ Disse a digimon.

— Sim, eu percebi! Mas ainda tive que tomar um esporro por sua causa. Se você não tivesse revirado meu guarda-roupas ontem pra se esconder de mim... _ Jhessica estava nervosa com a nova colega de quarto, pela bronca recebida.

— Eu estava com medo. Você me viu e saiu gritando pela casa. _ Blackpollen explicava, entristecida.

— É que eu não esperava que você fosse sair da tela do meu celular, essas coisas não acontecem em nosso mundo. Me desculpa. _ Contava a Tamer.

— Ok... _ Blackpollen concordou. – Agora me diz, aquilo é comida??? *----*

— É sim, eu trouxe pra você, mas coma devag... _ Antes mesmo de Jhessica completar a frase, sua digimon esticava os braços agarrando o máximo que conseguia, enfiando tudo euforicamente pra dentro da boca. – Não é assim que se come! Você tem que tirar o plástico!!!

u.u’’

Atrás da porta fechada, a mãe da garota escutava os gritos malucos da filha, falando sozinha lá dentro.

— Amigos imaginários... Tenho saudades da Fada Florzinha.

:’)

...

Mais tarde, a jovem resolvera sair pela cidade com a sua digimon, para lhe mostrar um pouco do mundo humano, aproveitando que ninguém mais conseguia vê-la.

— Nossa! Esse lugar é mesmo incrível. _ Backpollemon brincava no parquinho próximo ao centro.

— Isso é mesmo uma delícia. _ Dizia a plantinha enquanto comia seu primeiro sorvete.

— Como correm! _ Ela observava centenas de carros passando na avenida.

— Está vendo? É assim que é o nosso mundo. _ Jhessica explicava pra parceira virtual.

— Eu já quero morar aqui pra sempre. _ Dizia a turista sorridente.

Enquanto ainda riam, Blackpollemon sentiu algo se aproximando.

— Você está sentindo isso?

— Do que você está falando? _ Perguntava a menina.

Um caminhoneiro estava passando próximo dali em alta velocidade, quando do nada pegou no mais profundo sono. O caminhão continuou andando reto por mais alguns segundos até bater no primeiro carro estacionado na beirada da rua.

Logo, todos prestaram a atenção.

O caminhão não havia parado e continuava seguindo caminho na direção da garota, que estava passando na frente do banco. Ele estava quebrando e batendo em tudo durante o percurso.

Jhessica, sai dai! – Blackpollemon esticava um dos seus braços enrolando-o em volta da amiga, salvando-a antes do veículo atingir e derrubar a parede do estabelecimento.

— Você me salvou! _ Ela dizia, ainda com as pernas tremendo.

O alarme de invasão do banco soara e várias pessoas saiam pra fora correndo.

Em seguida, o piloto de uma moto também pegara no sono repentinamente, batendo com força na traseira de um carro que esperava o sinal abrir para continuar andando.

Em questão de segundos, a cidade estava um caos, cheia de acidentes por todos os lados e pessoas dormindo no meio das ruas.

— O que está acontecendo? _ Jhessica estava confusa.

— Olha lá, um digimon! _ Blackpollemon havia avistado.

Sobre o céu de São Paulo, na altura dos prédios grandes, um pequeno digimon passava sonolento, voando tranquilamente.

" Belphemon Sleep Mode - Não se deixe enganar. Apesar de parecer um inofensivo digimon bonzinho, essa bolinha de pelos marrom acorrentada, vive num sono profundo, causando o caos por onde quer que passe. "

— É Belphemon, em modo de sono profundo. Temos que dar um jeito de mandá-lo de volta pro Digi-Mundo sem que ele acorde, senão ele vai continuar destruindo tudo por onde estiver passando. _ Blackpollen explicava pra sua parceira.

— Como faremos isso? Como vamos chegar lá em cima?

Jhessica não sabia, mas o digimon inimigo estava ali exatamente porque ela também estava e assim que percebera a presença da sua digimon, descera ao seu encontro.

— Matar Digiescolhidos. _ Belphemon pronunciava, ainda com os olhos fechados.

— O que ele disse?! O que ele quer comigo? _ A garota percebia que o monstrinho estava se aproximando.

— Deixa comigo. _ Blackpollemon esticava novamente os seus braços esperando agarrá-lo. Mas Belphemon era um digimon nível Mega muito perigoso e não se deixaria ser derrotado tão facilmente.

— Lampanthus. _ Ainda de olhos fechados, o digimon expandia as correntes que prendiam o próprio corpo lançando-as em direção ao digimon de Jhessica.

— Ahhhh! _ Gritava a digimon do tipo planta, enquanto sentia suas forças serem engolidas.

— Blackpollemon, não deixa ele te derrotar! _ A garota estava muito preocupada, o que ela poderia fazer para ajudar sua parceira?

Em seu coldre, preso em uma de suas pernas, ela via que algo estava acontecendo. Eram os cards de batalha que ela sempre levava consigo para todos os lugares, brilhando.

— Digi-card Ativar: Armadilha Digital!

De repente, grades de prisão se materializavam em volta do adversário.

— Deu certo! _ A jovem percebera que era possível utilizar os cards de batalha através do Digivice, como acontecia no jogo do aparelho Overclock.

— Ele não pode se mover por 15 segundos, aproveite. _ Ela gritava para plantinha.

Enquanto o oponente não conseguia se mexer, seus ataques mágicos anteriores também não podiam ser mantidos. O momento perfeito para Blackpollemon revidar.

— Pólen das Trevas. _ Da pequena rosa violeta presa como um coque de cabelo no topo de sua cabeça, vários fragmentos digitais borrifavam o ar feito purpurina, que quando tocavam o corpo do inimigo causava danos irreversíveis e contínuos.

Belphemon estava praticamente derrotado, quando a prisão à sua volta desaparecera.

— Ele se soltou, Jhessica cuidado!

— Pesadelo Eternooooo. _ Enquanto o ataque poderoso de Blackpollen ainda o consumia, o digimon maligno aproveitou os segundos de vida restantes para atacar a digiescolhida.

— Nããããao! _ Jhessica gritou.

Para tentar defendê-la do ataque, sua digimon se jogou na frente do golpe, sendo atingida em cheio pelas trevas.

— Blackpollemooon! – Sua tamer corria para abraçá-la.

— Você... você está bem? _ Sem muita força, a digimon ainda demonstrava que só se preocupava com a amiga.

— Estou, você me salvou outra vez.

— Acho que eu preciso dormir um pouquinho. _ A planta digital deu um leve sorriso.

A menina olhou em volta e Belphemon havia desaparecido por completo. Ele estava destruído.

...

Novamente em sua casa, a adolescente percebera que tinha uma mensagem em sua rede social. Era do Lohan.

“ Oi Jhessica. Finalmente a internet voltou a funcionar aqui no Rio. Preciso te contar algo que vai ser difícil que você acredite, mas é muito sério. Eu e o Felipe temos digimons de verdade e se estivermos certos, você também vai ter um e pode estar correndo muito perigo agora. Assim que ler esta mensagem por favor nos avise. Não estamos brincando. Não deixe de me responder. ”

Blackpollemon parecia que estava passando bem, apenas estava deitada descansando um pouco na cama da amiga. Porém, sua tamer não percebia que a sua digimon havia sido afetada pelo último ataque de Belphemon e que estava tendo grandes pesadelos.

Fim do capítulo 5... Continuará!


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Notas finais do capítulo

Obrigado aos leitores que continuam comentando e acompanhando a fanfic. Estou me empenhando cada vez mais em trazer uma trama que se desenvolve com calma, porém, que demonstra o ritmo e a pegada mais firme que a série vai ter.

Tenho leitores no facebook também, e estou satisfeito com os que me acompanham.

Também já tenho tudo que vem pela frente resumido no caderno.

No próximo capítulo, Elves, um dos players da Overclock que estavam presentes no dia do apagão, vai à praia e descobre que o calor infernal que atinge o Maranhão é causado por um digimon maligno e junto ao seu recém conquistado digimon, tenta impedi-lo de cumprir sua missão.

Você conhecerá mais um dos personagens principais em Digimon Masters Overclock - Capítulo 6: Calor Infernal



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