A Garota do Banheiro escrita por J S Dumont


Capítulo 31
Uma noite com Edward Cullen I


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente eu quero agradecer pelos comentários recebidos na postagem anterior, eu estou aqui como prometido para postar mais um capitulo, espero que gostem dele, eu vou responder os comentários até o final dessa semana, e agradeço mais uma vez por eles, fiquei feliz em ver que ainda tem leitores daquela época, e esperamos que continuemos juntos até o final dessa temporada, e na próxima também, espero!!! E é isso, o próximo postarei até sábado, esperarei comentário de vocês para saber o que estão achando. Então vejo vocês nas reviews, boa leitura:



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  TRINTA E UM

UMA NOITE COM EDWARD CULLEN I

Paramos em frente ao bosque, olhei a minha volta e então respirei fundo. O local parecia ser até agradável, porém ele estava cercado de arvores enormes, das quais ficavam meio assustadoras quando são vistas no período da noite.

— O que foi? Não me diga que está com medo? – Edward perguntou, olhando para mim, dando uma risada de leve. – Não vai me dizer que você está com medo de eu te estuprar ali no mato? – Edward perguntou num tom irônico, eu o fuzilei com o olhar.

— Não tem graça, dessa vez eu não vou ter medo, mas se você tentar alguma coisa, eu garanto que eu corto seu brinquedo fora! – eu falei num tom bem ameaçador, Edward novamente riu, fazendo-me bufar, eu odiava quando ele não levava a serio as minhas ameaças, mas antes de eu poder questionar a atitude idiota dele, ele me puxou pelo braço, levando-me em direção ao bosque.

Nós entramos em silencio, e só depois de mais alguns metros Edward me soltou, continuamos a caminhada, evitando nos olharmos, eu já estava achando o silencio um tanto constrangedor.

Continuei então olhando a minha volta, eu notei que o local estava bastante vazio, eu só vi dois casais, um sentado em um banco e o outro embaixo de uma arvore, passamos por eles e continuamos caminhando até ele parar de repente e passar por baixo de uma cerca que estava meio escondida atrás de algumas arvores enormes, parei em frente á cerca e fiquei olhando para ele sem entender.

— O que você está fazendo? – eu perguntei levemente confusa.

— Vem, confie em mim! – ele disse, puxando a cerca de arame para dar mais espaço para que eu passasse por meio dela.

— Eu não confio em você... – eu respondi, prontamente.

Ele bufou.

— Vai logo! – ele mandou já impaciente.

Eu suspirei e então aproximei mais da cerca, já irritada com ele, afinal, quem ele tá pensando que é para mandar em mim? Bom, eu obedeci porque... porque... Ah sei lá porque, o mais provável é porque eu não queria mais discutir. Então passei pela cerca, ele só aguardou eu passar para começar a caminhar, eu fui o seguindo sem entender nada, porém também não perguntei aonde íamos, fui seguindo ele até chegarmos à frente de um lago, ele parou e então sentou na grama, dei de ombros e sentei ao lado dele.

— Nossa, eu sempre morei tão perto daqui, porém nunca tinha vindo a esse local... – eu comentei, quebrando o silencio que durou ainda mais alguns segundos depois que sentamos na grama.

— Eu vinha muito aqui, quando era mais novo, mas isso já faz um bom tempo... – ele respondeu, fixando os olhos no lago.

— Tipo quando você e Jacob eram amigos? – perguntei, num tom irônico, Edward me olhou, pela expressão não gostou muito da pergunta.

— É, nessa época eu cheguei a vir aqui... – ele respondeu, voltando a olhar para o lago.

— Ele também a conhecia? – perguntei.

— Quem? – ele perguntou.

— Você sabe, a garota da foto!

Edward suspirou e olhou-me rapidamente, porém não durou nem três segundos o olhar, ele já foi desviando.

— Por que você ainda se importa com isso? – ele perguntou.

— Com que? – perguntei.

— Jacob... Por que você faz tantas perguntas? Ainda se importa tanto com ele? – ele perguntou, sem voltar a me olhar.

Eu bufei e discordei com a cabeça, não acreditava que Edward era tão lento que não percebia que eu gostaria de saber mais é da garota da foto e não qual ligação Jacob tinha com eles.

Apesar de que também existia a possibilidade de que Edward estava dando voltas e mais voltas para não entrar no assunto.

— Eu só queria entender, é tão difícil para você falar do seu passado? Falar o que aconteceu com você, com Jacob e com a... – eu respirei fundo antes de mencioná-la. – A garota da foto? Qual é o nome dela?

Ele me olhou, porém não me respondeu, e aquilo já estava me irritando, eu suspirei e olhei para frente, minha vontade era de esfregar o rosto dele na grama até fazê-lo falar, mas logico, eu não tinha coragem para fazer isso.

— É que não importa mais, não tem porque falar disso... – ele falou após alguns segundos em silencio.

— Ela ainda parece ser importante para você! – eu retruquei.

— Pode ser, mas isso não muda nada... – ele passou a mão no cabelo, soltou mais um suspiro. – Olhe, eu cometi um erro, e foi difícil superar, eu não gosto de falar disso, mas se agora estou aqui e com você é porque eu entendi que eu tenho que continuar a minha vida e não posso ficar tentando resolver algo que não dá mais para ser resolvido, tem erros que conseguimos concertar, mas tem outros, que são impossíveis... – Edward pensou por mais alguns segundos, antes de continuar. – E isso é o que nos da mais raiva, sentir ódio de nós mesmos, pois é mais fácil apontar erros nos outros, odiar os outros e punir os outros do que nós mesmos... Eu só quero que nós dois entremos num acordo de paz, só isso!

— Acordo de paz? – perguntei, ainda digerindo o desabafo dele, teve palavras que ainda eu não havia entendido, parecia ter sido falada em outra língua.

— Sim, chega de perseguições, chega de brigas, quer dizer, pelo menos podemos tentar brigar um pouco menos, não é?  - ele perguntou.

Eu sorri, eu não pude evitar o sorriso, umedeci meus lábios e olhei para grama, eu tinha achado uma ótima ideia, afinal, já brigamos muito desde que nos conhecemos.

— É... Concordo, por que não? – perguntei, olhando-o por alguns segundos.

Edward sorriu para mim, depois olhou para um lado do lago, eu olhei para onde ele olhava, percebendo que os olhos dele estavam parados no barco que estava na beira, com a metade dentro da agua e a outra metade fora.

Edward levantou-se e foi caminhando em direção ao barco, eu sem entender levantei e fui seguindo-o.

— Aonde você vai? – eu perguntei. 

— Já andou de barco? - ele perguntou, pegando os remos de dentro do barco, o observando.

— Não, e o jeito que sou um desastre, eu não daria certo dentro dele... - eu respondi.

— Vamos ver então o que acontece com você dentro dele... - ele falou, me fazendo arregalar os olhos, afinal, o que ele queria dizer com isso?

Observei Edward empurrar o barco um pouco para frente, para ele ficar inteiro dentro do lago, e em seguida ele se aproximou de mim, me deixando assustada. Eu realmente não queria pagar mico bem no meu aniversario, já bastava o mico que eu paguei caindo da escada...

— Nem pensar! Eu não vou! - eu falei, cruzando os braços, é ele não tinha como me obrigar a fazer isso... Pelo menos era o que pensava, até ele me pegar no colo e começar a me levar em direção ao barco.

— AHHHHHHHHHHH! - eu berrei, batendo nas costas dele, mas nem me adiantou, ele me colocou dentro do barco, e em seguida também entrou, pegando os remos e começando a remar, eu fiquei sentada, com os olhos arregalados, o olhando meio assustada, sequer eu me movia, afinal, se eu ficar imóvel era mais difícil de eu fazer algo pela qual eu possa me envergonhar pelo resto da vida.

. Bom, eu odiava barcos, nunca andei em um mais mesmo assim, tudo que envolvia água onde eu possa me afogar me assustava. 

— Não precisa ficar com essa cara, eu não vou sequestrar você e nem te estuprar dentro de um barco! - ele falou, me fazendo bufar, na verdade não era dele que eu tinha medo.

— Se eu cair daqui de dentro? - perguntei de olhos arregalados, afinal, era bem capaz de acontecer isso, eu me conheço e sei o quanto era capaz de acontecer isso.

— Aqui não é fundo... E se você cair e começar a se afogar, eu te salvo... - ele me respondeu, fazendo-me franzir as sobrancelhas.

— Quem me garante que você vai mesmo me salvar? - eu perguntei meio desconfiada.

— Eu estou te garantindo, confie em mim... - ele respondeu, me fazendo suspirar e olhar para o lago, vendo que a cada segundo ficávamos mais longe da beira.

É então, ficamos alguns segundos em silencio, olhei para Edward e vi que o olhar dele estava distante, um olhar meio triste, ele devia estar pensando naquela macumbeira dos infernos! (Não sabem quem é? Esse será o novo apelido da garota da foto, pois ela só pode ter feito macumba para ele estar pensando nela até hoje).

Mas aquele olhar durou apenas alguns segundos (mas estava na cara que era um olhar sofrido) em seguida ele me olhou, dando um sorriso de leve, mudando a expressão, como num passe de mágicas.

— Fala alguma coisa... - ele falou, me fazendo coçar a cabeça.

— Alguma coisa? - eu falei, sem entender.

— Algum assunto... Qualquer assunto... - ele falou, e então eu suspirei.

— É, ok... - pensei por alguns segundos e então falei a primeira coisa que surgiu na minha mente. – Eric McFlyer, eu acho ele uma gracinha... – eu disse, ele revirou os olhos. Mas foi a única coisa que surgiu na minha cabeça, ora bolas.

Quem é Eric McFlyer? Bom, é um novo cantor de rap que está postando uns vídeos no youtube, ele está começando agora, porém quase todo mundo, principalmente da nossa idade conhece ele.

— Eu já falei para você, que você tem um péssimo gosto?! - ele falou, me fazendo ficar emburrada. Afinal, ele era lindo, branco de olhos verdes, cabelos castanhos, mediano e um corpo legal, não sei o que ele viu de feio nele. 

— Não, mas eu não sou a única que acha o Eric super fofo... - respondi meio irritada, qual é o problema achar ele fofo.

— Ele parece um gay cantando, além de tudo, você é uma pedófila, ele é uma criança, tem apenas 12 anos! - Edward respondeu meio inconformado.

— Ele não tem doze anos! - eu falei, ficando em pé no barco. - Ele tem quase a nossa idade! Se não tem a nossa idade... - eu fiquei meio pensativa. - Ah que se dane, ele é bonito do mesmo jeito!

— Quer saber, eu não gostei desse assunto, odeio ficar falando de macho! - Edward respondeu, também ficando em pé no barco.

— Você que mandou falar de algum assunto... - falei, me sentando novamente.

— Tinha que ser logo esse? Claro né, você só gosta de coisa cafona... - ele retrucou, e novamente também se sentou. 

Eu abri a boca ofendida, e então apertei o nariz dele, o fazendo gemer.

— Seu nariz torto! - eu o xinguei, ele tirou minha mão do nariz dele, e logo fez o mesmo com meu, apertou meu nariz, me fazendo gritar um 'aii'. Que Maldito!

— Deixa meu nariz quieto, que preconceito com ele! - ele resmungou, ficando emburrado.

— Eu vou ter até você fazer uma plástica nele, olha só, parece que alguém pisou nele... - eu falei dando uma risada, o fazendo ficar ainda mais emburrado.

— Para de reclamar do meu nariz, que injusto, eu não fico falando das coisas que eu acho feio em você... - ele respondeu ainda emburrado, e então, eu parei de rir na hora.

O que ele queria dizer com isso? Que eu sou feia?

— Perai! - eu falei, me levantando rapidamente. - Você está me chamando de feia? - eu perguntei, então, ele se levantou também, me olhando seriamente.

— Er... Bem... - ele abriu e fechou a boca varias vezes, sem dizer uma única palavra. Isso só significava uma coisa, ele me achava feia!

— Diz o que você acha feio em mim? - eu perguntei, o olhando fixamente, ele aproximou um pouco mais o rosto com o meu, e começou a me olhar de um jeito estranho, parecia me analisar.

— É... Bem, eu não sei, na verdade eu ainda não percebi nada feio em você, mas quando eu perceber eu vou te zoar também... - ele respondeu, fazendo meu coração disparar, eu não pude evitar sorrir. - Ah, eu  esqueci de te falar que o seu cabelo está mais bonito... - ele acrescentou, colocando a mão no meu cabelo, o acariciando, meu coração na hora começou a disparar, ele percebeu que fiz hidratação.

E então meu sorriso se alargou. 

— Eu fiz hidratação... - falei meio emocionada, o olhando com um sorriso bobo no rosto.

— É, e seus olhos estão melhores, você conseguir dormir... Não é? - ele perguntou, me olhando fixamente. Ainda com o rosto bem próximo do meu, Ok, eu estava quase morrendo com aquela aproximação... Eu me segurava para não agarrar ele, o que estava meio difícil...

— Na verdade é a maquiagem, eu ainda estou meio com dificuldades para dormir... - eu falei, tentando disfarçar o nervosismo.

Edward não falou mais nada, ficamos quietos por alguns segundos, apenas se olhando, sem sequer se afastar, até que eu não pude evitar e quebrei o silencio.

— Quer saber... - eu falei, sorrindo, e ele sorriu também. - Seu nariz até que não é tão feio assim não, quando a gente olha assim de perto... - eu comentei, apertando o nariz dele de leve.

— Ah é? Eu sabia que você implica com meu nariz porque paga pau para mim... - ele falou num tom zombador, eu bufei, realmente não dava para elogiar esse garoto.

— Seu convencido! - eu falei, colocando a mão sobre a gola da camisa dele, a puxando, deixando nosso rosto mais próximo ainda.

— Ah fala serio... Estou mentindo? - ele perguntou, ainda sorrindo.

— Está! - eu menti, eu não ia admitir, não mesmo...

— Admita a verdade... - ele disse colocando a mão sobre meus ombros, eu fiquei com mais raiva ainda.

— Não tenho nada para admitir! - menti novamente, e puxei a roupa dele com mais força, fazendo com que nossas bocas se encostassem de leve, só que nesse momento, com a puxada ele acabou se desequilibrando, caindo em cima de mim, e nós dois, bem, adivinhem? Acabamos caindo para trás, dentro do lago.

Continua...


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